Essa é a melhor jogada do baixinho: denunciar as remoções forçadas para obras da copa.
Romário ataca desalojamentos em cidades da Copa-2014: 'Pode resultar em favelas'
Deputado federal (PSB-RJ) fez discurso na Câmara
endossando a denúncia feita pela relatora especial da ONU para Moradia Adequada,
Raquel Rolnik
Reuters
Romário atacou desalojamentos em cidades da Copa-2014: 'Pode
resultar em favelas'
Rolnik afirmou estar "particularmente preocupada com o que parece ser um padrão de atuação" nas ações de retirada dos moradores dos locais em que moravam e citou, nominalmente, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Natal, Fortaleza e Rio de Janeiro, municípios que partidas do Mundial de daqui menos de dois anos.
Baseado no parecer da relatora da ONU, Romário classificou a questão como "inadmissível" e fez ressalvas importantes. "Sabemos que o mercado imobiliário está aquecido em todo o Brasil, em especial nas áreas que acolherão essas competições. Assim, o pagamento de indemnizações insuficientes pode resultar em pessoas desabrigadas ou na formação de novas favelas. Com certeza, não é esse o legado que queremos", disse.
A relatora da ONU colocou que várias ações de despejo de inquilinos foram executadas sem que se tenha dado tempo às famílias para debater alternativas. Para ela, situação que configura violação dos direitos humanos.
O parlamentar seguiu duro em seu discurso. "Há denúncias e queixas sobre a falta de transparência (nos processos de desalojamentos), falta de diálogo e de negociação com as comunidades afetadas em diversas capitais. Há denúncias também de truculência por parte dos agentes públicos."
Romário citou até a Palestina para externar seu apelo contra os desalojamentos forçados relatados pela ONU. "Não queremos que esses eventos signifiquem precarização das condições de vida da nossa população, mas sim o contrário. Também não podemos admitir, sob qualquer pretexto, que os nossos cidadãos sejam surpreendidos por retroescavadeiras que aparecem de repente para desalojá-los, destruir as suas casas, como acontece na Palestina ocupada", afirmou.
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