CSP-Conlutas reúne 2500 no 1º de maio independente e internacionalista em São Paulo
Diego Cruz | ||
Ato internacionalista percorreu
as ruas de São Paulo |
• Depois de realizar um vitorioso congresso, entre os dias 28 a 30 de abril, a CSP-Conlutas promoveu um Ato Nacional neste 1º de maio em São Paulo.
A concentração ocorreu no vão livre do Masp, às 10h. Depois de um breve ato político, os manifestantes marcharam pela Avenida Paulista e desceram a rua da Consolação até a igreja, onde finalizaram o evento.
A passeata reuniu aproximadamente 2.500 pessoas, segundo os organizadores. A imprensa chegou a relatar 4 mil. Na sua maioria delegações nacionais que participaram do congresso da central. Entre eles, trabalhadores da hidrelétrica de Belo Monte, da Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), ambos em greve; metalúrgicos de São José do Campos, trabalhadores rurais de Brasiléia e Xapuri (AC), bancários do Rio Grande do Norte, professores e representações quilombolas de diversos Estados, metroviários de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, servidores públicos federais, estaduais e municipais, operários de Suape (PE), rodoviários e operários da construção civil de Fortaleza (CE), operários da construção de Belém, movimentos populares de São Paulo, moradores do Pinheirinho, movimentos LGBT, de mulheres e da luta negra, entre muitos outros movimentos e categorias.
Um 1º de maio internacionalista
Sem dúvida, um dos maiores destaques ficou para a presença de várias delegações estrangeiras no protesto. Estiveram presentes delegações do Egito, França, Chile, Costa Rica, Inglaterra, Haiti, Paraguai, Espanha, África do Sul, Senegal, Argentina, Benin, Peru, México, Uruguai, Canadá e Alemanha.
O representante do Union Solidaires, Christian Mahjeux, da França, destacou a importância da unidade internacional dos trabalhadores. “É preciso mobilizar com unidade internacionalmente a classe trabalhadora. É dessa unidade que precisamos”, disse.
Junto com a CSP-Conlutas, o Solidaires é umas das organizações que está chamando a Reunião Internacional, que será realizada nos dias 2 e 3 de maio em São Paulo. A reunião pretende criar oportunidade para que diversos lutadores do mundo todo possam trocar suas experiências.
Por fim, o ato foi encerrado pela fala de Fatma Ramadan, do Egito, que saudou os trabalhadores do Brasil e ressaltou o perfil classista e internacionalista da central. A egípcia é presidente do Sindicato Independente dos Trabalhadores de Giza, e membro do comitê de direção da Federação dos sindicatos independentes do Egito. “No Egito também sofremos com as demissões em massa e as terceirizações que retiram direitos. O capitalismo quer que paguemos a conta da crise. A revolução no Egito deve se espalhar pelo mundo para combater esses ataques", disse.
Fonte: Opinião Socialista
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