O movimento paredista é uma resposta, e advertência, ao governo pelo descaso em relação à pauta de reivindicações da categoria e o protesto contra as privatizações no setor público federal
Paulo Barela, da Executiva Nacional da CSP-Conlutas |
Ag Brasil | ||
Protesto dos servidores em
Brasília, dia 28 de março |
• O governo Lula aprovou no ano passado a privatização dos Hospitais Universitários, criando a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e, neste ano, o governo de Dilma Rousseff também conseguiu aprovar a privatização da previdência do servidor público, acabando com a integralidade e criando o FUNPRESP, que nada mais é do que um fundo complementar de previdência privado, ao qual o servidor vai ter que recorrer para complementar seu salário após a aposentadoria.
Não bastassem esses ataques, desde 2008 não há recomposição nos salários, e mesmos os acordos firmados com algumas categorias no ano passado, ainda não foram aprovados no Congresso Nacional. Ou seja, com os governos petistas é assim: chumbo grosso para cima dos servidores federais; congelamento dos salários, privatização na saúde e previdência e retirada de direitos!
Não há paciência que resista a tamanhos ataques e a dos servidores federais se esgotou. Após várias reuniões com os representantes da Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, sem que nenhuma das reivindicações tenha sido atendida, os servidores federais decidiram paralisar suas atividades em todo o Brasil nesse dia 25 de abril, em protesto contra a política do governo Dilma-PT para o setor público. A decisão, tomada pelo Fórum Nacional, que reúne 28 entidades dos servidores federais mais as centrais sindicais, CSP-CONLUTAS, CTB e CUT, é uma sinalização para o governo de que a categoria não está para brincadeira e vai no sentido de ampliar o processo de mobilização para construir a greve geral por tempo indeterminado no serviço publico federal, ainda neste semestre.
A CSP-CONLUTAS é uma das entidades mais atuantes no fórum dos servidores federais e não só apoia a luta dos servidores federais como coloca todo o esforço de suas entidades filiadas para construção dessa paralisação nacional. É preciso mostrar para o governo Dilma-PT que sua política econômica, voltada para os interesses dos grandes empresários, banqueiros e latifundiários, encontra forte resistência da classe trabalhadora. Tem sido assim nas grandes obras do PAC e da Copa do Mundo, onde os operários da construção civil lutam contra as péssimas condições de trabalho e os baixos salários e se expressa também na resistência e luta dos servidores federais contra a retirada de seus direitos e os cortes no orçamento da União, que prejudicam a prestação de serviço de saúde e educação para a população carente de nosso país.
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