O governo de Minas abriu, em seu site, guerra aberta contra o sind-ute e utiliza, mais uma vez, dinheiro público para distribuir mentiras ou meias verdades, desta vez, por meio de rede social.
Há alguns meses atrás a SEE tentou, em seu site, colocar a parte da categoria que foi efetivada pela lei 100 contra o sindicato através de um texto maldoso no qual colocava nas entrelinhas o governo - esse que não paga o piso, que suspende férias prêmio e licenças para formação, que cria turmas multiseriadas, que manda fechar turmas, que cria o módulo II etc.etc.etc. - como o grande pai protetor desses (as) educadores (as) e o sindicato como algoz.
Na penúltma semana o site informou que a SEE lançou na ALEMG - aquela cujos deputados votaram no final do ano passado a lei que nos retira direito de biênio, quinquênio, que diminui o percentual de mudança de nível e grau etc.etc.etc. - o Forum da Educação Pública, com grande alarde, de forma cínica, como se fosse a guardiã da qualidade da educação em nosso estado e ainda achou-se no direito de irritar-se com a presença de educadores que foram lá protestar e não permitiram que a representante do governo falasse as baboseiras que já não suportamos mais ouvir.
Por fim, nessa semana a SEE na continuidade dessa política rasteira de difamar a entidade representativa dos educadores mineiros, e no afã de legitimar-se nessa campanha colocou no site duas pérolas: a primeira foi a gravação de uma entrevista com o professor da UFMG Rudá Ricci, na qual ele elogia a política de turmas multiseriadas, diz que os professores são mal preparados, que não há relação entre professor bem pago e bom rendimento dos alunos, que no japão a educação é ótima e tem 50 alunos por sala, que o sindicato só pensa em melhorar salário sem preocupação pedagógica etcetcetc. Enfim, o professor universitário, que na entrevista, além de auto elogiar-se elencando seus títulos e faz questão de dizer que já foi condecorado pelo governo de Minas, é utilizado pelo governo para referendar seu projeto de destruição da escola pública.
A segunda pérola é um documento que está no site intitulado: "que fique bem claro", no qual a SEE "esclarece" acusações feitas pelo sindute num dossiê sobre a situação da educação no estado.
Nesse documento, que é extenso, o governo Anastasia/Gazolla dá respostas genéricas sobre as condições das escolas, limite de alunos por sala de aula, professores sendo obrigados a dar aulas sem formação específica, pagamento do piso salarial, 1/3 da jornada, a proibição dos educadores merendarem nas escola, suspensão das férias prêmio, pagamento de reposição de greve etc. O texto é superficial nas respostas a essas questões, mas no ataque ao sindicato e no elogio ao governo é profundo.
Nós, trabalhadores em educação de Minas, temos entre nós divergências em relação a direção estadual do nosso sindicato. Há grupos que defendem a direção incondicionalmente, outros a apoiam críticamente, outros a rejeitam e outros, como nós da subsede de Juiz de Fora fazem oposição organizada e permanente, e isto é legítimo dentro da democracia que deve existir num movimento de trabalhadores. No entanto, não podemos permitir que o governo de Minas que é o nosso grande inimigo, que tem há anos uma política deliberada de destruição da escola pública e agora, de destruição também da nossa organização, para poder nos oprimir e nos explorar ainda mais, continue com essa campanha de difamação pública de nossa entidade.
A direção estadual precisa preparar imediatamente uma resposta a esse ataque em todos os meios de comunicação, junto aos movimentos sociais e à outras entidades sindicais. As centrais sindicais que apoiaram a nossa greve devem fazer junto às suas bases, em seus jornais, sites, blogs etc denúncia dessa campanha do governo. É preciso a unidade e a reação da classe trabalhadora para calarmos essa campanha difamatória contra nossa entidade.
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