A CSP-Conlutas participou, nesta quarta-feira (4), de Audiência Pública sobre a terceirização promovida pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado. Diversas entidades, federações, associações e centrais sindicais participaram do debate. Os números apresentados durante a reunião revelam a precarização ocasionada pela terceirização. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Sebastião Vieira Caixeta quatro, em cada cinco mortes por acidente de trabalho no Brasil, ocorrem com empregados de empresas prestadoras de serviço. Outra informação dada por ele aponta que a cada 10 acidentes de trabalho, oito ocorrem em empresas que utilizam mão de obra terceirizada.
Foi denunciado também por Caixeta que o trabalho terceirizado torna precário o vínculo empregatício, além de inferiorizar, do ponto de vista social, o empregado – além da imposição de jornadas de trabalho exaustivas.
Além disso, segundo a informação dada pelo representante da CUT, Miguel Pereira, o terceirizado ganha, em média, 27% do que recebe o trabalhador contratado diretamente pela instituição. Somado a isso, 50% do setor não contribui para a previdência.
Para a consultora jurídica da Federação Nacional das Empresas de Limpeza Ambiental, Celita Oliveira Sousa, o mais preocupante no momento é a “irresponsabilidade de administradores públicos”, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, que terceirizam o trabalho e não fazem o pagamento em dia para as empresas.
O membro da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha, defendeu o fim da terceirização e denunciou que seu principal objetivo é a redução de custo das empresas. “A terceirização promove a divisão das categorias, uma com mais direito e outra precarizada” avaliou.
Para Mancha “regulamentar a terceirização é regulamentar as desigualdades. É preciso acabar com a terceirização”, finalizou.
Para entender melhor sobre o tema terceirização, consultar a reportagem da Revista Caros Amigos sobre o tema.
Na matéria, diversos especialistas debatem a terceirização. O membro da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, também colaborou com a reportagem e ressaltou a visão da Central.
Vela a pena conferir!
Com informações da Agência Senado
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