segunda-feira, 2 de abril de 2012

Educadores da rede municipal de São Paulo deflagram greve nesta segunda (2)

Em Assembléia do Sinpeem (Sindicato dos Professores em Educação do Ensino Municipal), que ocorreu no último dia 28 de março, com a presença de cerca de 3.500 educadores, foi aprovada a greve na rede municipal de ensino de São Paulo a partir desta segunda-feira (2).
Segundo a integrante do grupo de oposição ao Simpeem e minoria da direção do Sindicato, Lourdes Quadros Alves, a categoria está em campanha salarial “e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não ofereceu nada além do já previsto em lei, ou seja, a reposição da inflação do período. O salário desses educadores também está sendo “triturado” com bonificações”, salientou. Lourdes informou também que o Plano de Carreira está sendo prejudicado com a Lei 14660/2007, e, segundo ela, em questão de pouco tempo, esses educadores estarão compartilhando as mesmas migalhas que outros segmentos.
Além disso, Lourdes destaca que as condições de trabalho pioraram bastante, porque não há investimento e as salas de aula estão lotadas e longe de atender aos padrões internacionais de número de alunos. Inclui-se nesse demanda os alunos com Necessidades Especiais, que também sofrem com a falta de estrutura.
O governo vem discretamente ampliando a jornada de trabalho dos educadores com os projetos do Programa denominado Ampliar. Além disso, as péssimas condições de trabalho têm levado ao adoecimento dos profissionais em Educação, muitos professores com dupla jornada de trabalho (12 horas de trabalho) diária e em especial as mulheres que são maiorias da categoria que ainda acumulam as tarefas domésticas e cuidados com os filhos, sem direito à creche pública.
No último período, a prefeitura repassou milhares de reais à construção do estádio do Corinthians e deve ampliar estes gastos com a proximidade da Copa do mundo. Muitos outros milhares de reais para “construtoras” para desapropriar moradores de áreas ditas “em processo de reurbanização”. Trata-se de desapropriação de setores mais pobres. O que vem sendo uma política criminosa do governo do Estado de São Paulo e também do governo Kassab.
A cidade não para de ter crescimento e a prefeitura tem tido arrecadação recorde nos últimos anos que poderia se reverter em benefícios da população. Os vereadores, secretários e também o prefeito ao invés de ampliar melhorias com políticas públicas na Educação, saúde, moradia, saneamento, etc. gasta os recursos com o pagamento da dívida pública e com banqueiros, reajustaram os próprios salários bem mais que qualquer índice real de inflação, 200% de reajuste para o 1º escalão. Para a população nenhum benefício.
Lourdes destaca também que profissionais das Escolas de Educação Infantil também estão sofrendo um duro ataque com a perda do direito ao recesso e às férias coletivas em janeiro. A garantia do atendimento as crianças deve ser responsabilidade da prefeitura e poder público. Cerca de 300 mil crianças sequer têm o direito à creche em momento algum. “Exigimos que o poder público determine imediatamente que todas as crianças sejam atendidas nas creches públicas”, enfatizou.

Com informações de Lourdes Quadros Alves – Compõe o grupo de Oposição do Sinpeem e minoria da Direção do Sindicato Membro da executiva estadual CSP Conlutas – São Paulo









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