No terceiro dia, greve no Comperj continua forte com adesão total dos trabalhador
A greve dos operários Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) continua forte com 100% do efetivo. A base, composta por 15 mil trabalhadores, continua determinada na greve, inclusive com adesão do setor de cozinha. A Petrobrás teve que liberar parte dos operários devido à adesão desse setor à paralisação. A CSP-Conlutas continua presente no canteiro de obra e auxiliando na greve.
Na terça-feira (10), a militância da CSP-Conlutas, juntamente com o comando de greve já estava no “trevo” que dá acesso aos ônibus que levam os operários para a refinaria. “Bastava o um sinal e os ônibus iam encostando, todos os operários iam descendo. Logo já eram milhares e as centenas de ônibus foram formando uma fila quase que infinita”, informou o membro da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes, que está levando o apoio da Central para essa greve.
A assembleia realizada na terça reafirmou o movimento grevista tendo em vista que não houve nenhuma nova proposta por parte das empresas. “O Clima de unidade e de confiança na luta cresceu”, avaliou Lopes.
Reivindicações - Esses trabalhadores, que estão em data base, reivindicam 18% de reajuste salarial, acréscimo e valorização de funções; pagamento de horas “in itinere”, reajuste do tíquete alimentação, devolução dos descontos dos dias de greve realizados durante o mês de fevereiro, bem como a garantia de que nenhum desconto será efetuado durante a atual greve, garantia de emprego para todos, em especial da comissão de base ainda a reintegração dos demitidos no processo grevista, entre outras demandas.
A proposta apresentada pela patronal é de 10% de reajuste salarial e de R$ 300 no valor do vale alimentação. Segundo informações do diretor do SINDIPETRO-RJ e ativista da CSP-Conlutas, André Bucaresky, o Buca, os operários recusaram essa proposta e decidiram pela greve por tempo indeterminado.
Greve é reflexo da revolta dos operários - Nesta segunda (9) uma assembleia reafirmou a recusa da proposta das empresas e manteve a greve, contrariando a posição do Sindicato da Categoria (SINTICOM, filiado à CUT) que anunciava a hipótese de aceitar os 10% e o parcelamento do desconto dos dias parados. “Havia muita indignação, disposição e combatividade dos milhares de operários presentes na assembleia. Eles gritavam greve, enquanto o presidente do SINTICOM tentava falar e era vaiado insistentemente. Uma indignação que se assemelha com a dos operários de Belo Monte ou mesmo Jirau e Santo Antônio, como temos visto”, afirmou o membro da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes.
Todo apoio à greve dos operários do COMPERJ – A CSP-Conlutas está presente nesta luta e apoia a paralisação desses trabalhadores por direitos. “A força da greve aqui no Comperj é a mesma a luta de nossos companheiros lá de Belo Monte que tem negociação hoje. Precisamos de garra e muita unidade para enfrentar os patrões e o Governo”, reiterou Lopes.
Fonte: site CSP Conlutas
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