quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

DILMA ANUNCIA 7,97% DE REAJUSTE DO PISO SALARIAL NACIONAL - ISTO NÃO É VALORIZAR A EDUCAÇÃO


O imbróglio sobre a lei do piso continua e em tempos de crise econômica o valor do reajuste que é, por enquanto, baseado no aumento do valor aluno do Fundeb começa a cair, e muito. De um reajuste de cerca de 21% ano passado cai para 7,97% esse ano. Com essa queda já podemos verificar que os governos irão jogar os efeitos da crise sobre a educação. Resta saber se o governo Dilma diminuirá também os juros que paga religiosamente aos banqueiros. 

Pela Manutenção dos Critérios de Reajuste

No dia 31 de dezembro o governo Dilma (PT), com uma Portaria, diminuiu o índice de reajuste do FUNDEB (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica) em 2012. Inicialmente, a estimativa do governo era que o aumento do FUNDEB em 2012 alcançasse 21,2%. No entanto, a portaria do governo federal rebaixou o índice de reajuste do FUNDEB para 7,97%, mesmo percentual que deve servir de referência para estados e municípios reajustarem o Piso Salarial do Magistério em 2013.  Essa postura do governo federal se choca contra aos interesses dos profissionais da educação pública que lutam por melhorias salariais e possuem os piores salários e carreiras entre os profissionais com mesmo nível de formação.

Mas porque o governo rebaixou os índices de reajuste do FUNBEB previstos para serem investidos em 2012? 

A resposta está no modelo econômico adotado pelo governo do PT e suas prioridades de investimento, que andam longe de estarem relacionadas com a melhoria da educação pública e valorização de seus profissionais. 

Quem não lembra que logo no inicio de 2012 a tesoura de Dilma cortou nada menos que R$ 55 bilhões do orçamento público aprovado pelo Congresso para 2012, sendo cortados 1,9 bilhões do Ministério da Educação. 

Outra medida tomada pelo governo foi o programa “Brasil Maior”, que serviu para manter as altíssimas taxas de lucro da iniciativa privada. Entre as medidas do programa, houve desonerações de tributos, como a manutenção do IPI baixo sobre material de construção, bens de capital (máquinas e equipamentos para a produção), além de caminhões e veículos comerciais leves. Esse projeto custou aos cofres públicos cerca de 25 bilhões. E grande parte desses recursos deixaram de ser recolhidos na forma de impostos.

Sem falar nos mais de 40% do orçamento de 2012 que foram destinados para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública junto a banqueiros internacionais. São medidas como essas que não permitem a melhoria da educação pública e a valorização de seus profissionais. Dinheiro tem, até para o pagamento de um percentual acima dos 21,2%, mas problema é para onde estão sendo canalizados os recursos públicos. E essa é uma política consciente do governo.

A CNTE, entidade que representa os trabalhadores em educação do país, publicou uma nota no site da entidade. A  nota é intitulada de “Fundeb e Piso do magistério têm novos valores para 2013” e seu conteúdo não ataca a raiz do problema, uma vez que não vai a fundo na cobrança ao MEC pelo cumprimento dos critérios de reajuste previstos na Lei. 
A nota diz: “A CNTE lamenta o fato de, mais uma vez, a Secretaria do Tesouro Nacional não agir com prudência em suas estimativas. Em 2012, mesmo ciente dos efeitos da crise mundial, a STN/Fazenda estimou o crescimento do Fundeb em 21,24%, porém no dia 31 de dezembro, através de simples Portaria, o órgão rebaixou a estimativa para 7,97%. E tudo indica que em 2013 o mesmo acontecerá.”(Trecho extraído da nota da CNTE)

Como se vê, a CNTE aceita a desculpa de que o governo não tinha recursos para fazer valer os índices de reajuste do Fundeb para 2012 culpando apenas a STN/Fazenda por um “erro de cálculo”. E ainda coaduna com o discurso do governo de que os efeitos da crise econômica mundial são os causadores do rebaixamento do índice. Nada mais equivocado, pois como constatamos acima, o governo desviou os recursos da educação para o grande capital.

ANASTASIA DIZ QUE JÁ PAGA O PISO

Anastasia segue dizendo que Minas Gerais já paga o piso e que cumpre a lei. Todos sabemos que isto é uma grande mentira. 

Com sua politica do subsidio ele destruiu nossa carreira nos retirando direitos duramente conquistados em anos de luta. Agora com esta mentira deslavada ele anuncia que não precisa reajustar nosso salário nem nos miseros 7,97% anunciados por Dilma. E que a politica de reajuste não difere daquela dos outros servidores públicos, que lembremos ganham tão mal quanto os trabalhadores da educação. 

O SINDUTE-MG anunciou que não aceita está impossição e que a categoria vai estar a postos para lutar por seus direitos. 

GREVE NACIONAL EM ABRIL


A CNTE anunicia em seu site que está chamando uma Greve Nacional para Abril. 

Temos que exigir da CNTE uma grande luta nesta data, parando a educação de todo o país, exigindo do Governo Dilma que mantenha os critérios de reajuste, isto é, o aumento pelo custo alunno do FUNDEB. Não podemos aceitar também a proposta da CNTE de ser 50% do FUNDEB + o INPC e muito menos ser apenas o INPC como querem alguns prefeitos e governadores. 

Devemos exigir, também, que se revogue o artigo que propõe a proporcionalidade dos valores do piso, isto é utilizado de forma nefasta por vários governos, como Anastasia, para rebaixar os valores do piso e alegarem que já o pagam.

Temos que fazer uma grande luta em defesa da Educação Pública e da Valorização dos Trabalhadores em Educação


Em Minas temos que seguir lutando contra o subsidio e em Defesa de uma carreira que atenda a todos os nossos direitos. 

PELO FIM DO SUBSIDIO


CARREIRA COM TODOS OS DIREITOS CONQUISTADOS


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