O fechamento de turmas no
noturno afeta não só os alunos mas também os educadores que são
remanejados para outros turnos e até mesmo pra outras escolas, além da demissão
ou não contratação de designados. Portanto essa luta é também da categoria e
não pode ficar restrita aos estudantes e
direção do sindicato.
Se a resolução não for revogada convocaremos a
categoria para as próximas manifestações. É necessário que cada
trabalhador em educação compreenda a
importância da sua participação. Só conseguiremos derrubar essa e outras
medidas do governo que estão nos afetando se lutarmos todos juntos contra elas.
A responsabilidade não é apenas de um segmento da comunidade escolar.
SÓ A LUTA MUDA A VIDA!
Por Tribuna
Alunos e
professores da rede estadual de ensino participaram de um protesto pelas
avenidas Itamar Franco e Rio Branco, no Centro, na manhã desta quarta-feira
(12). O grupo reivindicou a revogação do artigo da resolução nº 2.442 de 2013,
da Secretaria de Estado de Educação, que prevê exigências para abertura de
classes noturnas, entre elas, a idade mínima de 18 anos para os alunos ou
carteira de trabalho assinada. A situação, conforme os manifestantes e o
Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), está ocasionando a
superlotação das aulas diurnas e ainda pode acarretar na demissão de docentes e
funcionários.
Por volta
das 6h30, representantes dos colégios estaduais Instituto de Educação (Escola
Normal), Estevão de Oliveira, Batista de Oliveira e Duarte de Abreu começaram a
se concentrar na esquina da Rua Espírito Santo com Avenida Getúlio Vargas. Às
8h, cerca de 200 pessoas, conforme a Polícia Militar, e 300, na avaliação da
organização do ato, tomaram a pista da Itamar Franco em direção à Rio Branco,
de onde seguiram pela faixa de veículos no sentido Bom Pastor/Manoel Honório.
No trajeto, alunos levaram faixas e entoaram gritos de protesto contra a
superlotação das salas e o desemprego entre os docentes e funcionários que
trabalham à noite com o fechamento das turmas. No cruzamento da Rio Branco com
Espírito Santo, o grupo ocupou a pista central dos ônibus, que foi fechada por
alguns minutos.
De acordo
com a comandante do setor Centro da 30ª Companhia da PM, tenente Evelyn Souza,
a manifestação foi pacífica. "Acompanhamos o trajeto desde a concentração,
não teve desordem ou vandalismo. Agentes da Settra e policiais militares
balizaram o trânsito, mas não houve grandes transtornos." Apesar de a
interdição ter acontecido momentaneamente, a passagem dos estudantes pelos
principais corredores de tráfego da cidade pegou de surpresa motoristas que
seguiam para o trabalho ou outros compromissos.
Os ânimos
só ficaram acirrados com a chegada dos manifestantes ao Centro Empresarial
Alber Ganimi, onde fica a sede da Superintendência Regional de Ensino (SRE), na
esquina da Espírito Santo com a Rio Branco. A diretora local do Sind-UTE,
Victória de Fátima de Mello, questionou o fato de não ter sido permitida a
entrada imediata da comissão formada por oito representantes, incluindo ela, um
professor e seis alunos. Enquanto o trâmite era resolvido, o restante do grupo
se reuniu no gramado da Catedral Metropolitana.
"Inicialmente, não tinha comissão definida, e alguns manifestantes
tentaram adentrar no prédio, mas o condomínio não permitiu. Os ânimos estavam
se exaltando porque, normalmente, o acesso é livre, mas essa era uma situação
um pouco diferente. Depois de formado o grupo, verificamos a autorização, e a
Superintendência se prontificou a atendê-los", explicou a tenente Evelyn.
A comissão se reuniu a portas fechadas com dois assessores da SRE. Após o
encontro, Victória disse que será elaborado um documento com as principais
reivindicações para ser encaminhado à Secretaria Estadual de Educação.
"Ficou claro para a SRE que queremos a revogação do artigo que fala do
fechamento de turmas noturnas, que é uma das causas da superlotação de classes.
Se não formos atendidos depois disso, vamos continuar as manifestações",
garantiu a diretora do Sind-UT
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