sábado, 15 de setembro de 2012


Os heróicos trabalhadores mineiros da África do Sul não se intimidaram nem depois do massacre de mais de 30 colegas. A verdade é que a vida desses trabalhadores é tão miserável que eles quase nada têm a perder. Enquanto os donos e acionários da empresa ficam milionários, os mineiros vivem na miséria. Reparem que o texto cita o recolhimento de armas. Quais? facões e armas brancas. E a polícia, que armas utililiza contra os mineiros? Fuzis, granadas, metralhadoras. Quem oferece perigo a quem nessas circustâncias? Outra questão interessante é a prisão de pessoas por "reunir-se ilegalmente". Ora, os mineiros estão sendo massacrados e não podem nem organizar-se contra isso? Essa é a democracia no país que sediou a última milionária copa do mundo. Isso deixa muito evidente que, para os trabalhadores, copas do mundo e olímpíadas não muda nada para melhor em suas vidas. Alguém ganha com esses mega eventos, mas não é a classe trabalhadora.

Nairóbi.- A tensão nos arredores da mina de platina de Marikana, no nordeste da África do Sul, onde milhares de trabalhadores estão em greve há mais de um mês, intensificou-se neste sábado depois que a polícia realizou na noite de ontem uma operação de apreensão de armas entre os operários.


Nairóbi, 15 set (EFE).- A tensão nos arredores da mina de platina de Marikana, no nordeste da África do Sul, onde milhares de trabalhadores estão em greve há mais de um mês, intensificou-se neste sábado depois que a polícia realizou na noite de ontem uma operação de apreensão de armas entre os operários.

Segundo a edição digital do jornal local "City Press", as forças de segurança, que confiscaram numerosos facões e armas brancas no início da madrugada de hoje, dispararam balas de borracha contra um grupo de mineiros em greve que se reuniu após a apreensão.

Um dos locais onde a polícia realizou a batida foi o hotel Karee de Marikana, onde vivem centenas de mineiros. Uma grande quantidade de armas foi apreendida e cinco pessoas foram presas, informou a agência de notícias sul-africana "Sapa".

Ontem, sete pessoas foram detidas sob a acusação de se reunir de forma ilegal. Os trabalhadores da mina de platina de Marikana, propriedade da empresa britânica Lonmin, iniciaram uma greve há mais de um mês para pedir um aumento salarial de até 12.500 rands (cerca de 1.200 euros), três vezes mais que o atual pagamento.

Os mineiros se negam a voltar a seus postos até que a companhia garanta este aumento, apesar dos sindicatos e a empresa terem assinado um "acordo de paz" há pouco mais de uma semana.

A greve dos mineiros de Marikana ficou mundialmente conhecida em 16 de agosto, quando membros da polícia da África do Sul mataram em um enfrentamento 34 trabalhadores.

Outras dez pessoas já tinham morrido anteriormente ao longo da greve. 

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