Os heróicos trabalhadores mineiros da África do Sul não se intimidaram nem depois do massacre de mais de 30 colegas. A verdade é que a vida desses trabalhadores é tão miserável que eles quase nada têm a perder. Enquanto os donos e acionários da empresa ficam milionários, os mineiros vivem na miséria. Reparem que o texto cita o recolhimento de armas. Quais? facões e armas brancas. E a polícia, que armas utililiza contra os mineiros? Fuzis, granadas, metralhadoras. Quem oferece perigo a quem nessas circustâncias? Outra questão interessante é a prisão de pessoas por "reunir-se ilegalmente". Ora, os mineiros estão sendo massacrados e não podem nem organizar-se contra isso? Essa é a democracia no país que sediou a última milionária copa do mundo. Isso deixa muito evidente que, para os trabalhadores, copas do mundo e olímpíadas não muda nada para melhor em suas vidas. Alguém ganha com esses mega eventos, mas não é a classe trabalhadora.
Nairóbi.- A tensão nos arredores da mina de platina de Marikana, no nordeste da África do Sul, onde milhares de trabalhadores estão em greve há mais de um mês, intensificou-se neste sábado depois que a polícia realizou na noite de ontem uma operação de apreensão de armas entre os operários.
EFE Brasil
Nairóbi,
15 set (EFE).- A tensão nos arredores da mina de platina de Marikana,
no nordeste da África do Sul, onde milhares de trabalhadores estão em
greve há mais de um mês, intensificou-se neste sábado depois que a
polícia realizou na noite de ontem uma operação de apreensão de armas
entre os operários.
Segundo a edição digital do jornal local "City Press", as forças de
segurança, que confiscaram numerosos facões e armas brancas no início da
madrugada de hoje, dispararam balas de borracha contra um grupo de
mineiros em greve que se reuniu após a apreensão.
Um dos locais onde a polícia realizou a batida foi o hotel Karee de
Marikana, onde vivem centenas de mineiros. Uma grande quantidade de
armas foi apreendida e cinco pessoas foram presas, informou a agência de
notícias sul-africana "Sapa".
Ontem, sete pessoas foram detidas sob a acusação de se reunir de
forma ilegal. Os trabalhadores da mina de platina de Marikana,
propriedade da empresa britânica Lonmin, iniciaram uma greve há mais de
um mês para pedir um aumento salarial de até 12.500 rands (cerca de
1.200 euros), três vezes mais que o atual pagamento.
Os mineiros se negam a voltar a seus postos até que a companhia
garanta este aumento, apesar dos sindicatos e a empresa terem assinado
um "acordo de paz" há pouco mais de uma semana.
A greve dos mineiros de Marikana ficou mundialmente conhecida em 16
de agosto, quando membros da polícia da África do Sul mataram em um
enfrentamento 34 trabalhadores.
Outras dez pessoas já tinham morrido anteriormente ao longo da greve.
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