domingo, 30 de setembro de 2012

Sindicalistas dos dois países tratam de vários temas: Apartheid na África do Sul, nova classe média no Brasil etc. para exaltar "feitos positivos" de seus respectivos governos, mas nem tocam no recente massacre de quase 40 mineiros sul africanos que lutavam contra a exploração e a miséria a que são submetidos por empresas estrangeiras  e na recente greve federal que os servidores brasileiros fizeram expondo as mazelas do serviço público no Brasil e na dureza com que foram tratados pela presidenta Dilma, inclusive com substituição de grevistas.
Os trabalhadores  devem repudiar esse tipo de sindicalismo completamente atrelado aos governos e patrões e construir novas organizações que defendam, de fato, os interesses da classe trabalhadora.

CUT participa do Congresso da COSATU, maior central sindical da África do Sul


“O movimento sindical tem papel fundamental no desenvolvimento de um país, porque tem propostas”, afirmou João Felício, secretário de Relações Internacionais da CUT

Escrito por: Paula Brandão, CUT Nacional


Fortalecer a COSATU para emanciapação total
“Fortalecer a COSATU para emanciapação total” foi o tema do 11º Congresso Nacional da maior central sindical da África do Sul - Congress of South African Trade Unions(COSATU), realizado de 17 a 20 de setembro em Joanesburgo.

O Congresso destacou em seu debate de conjuntura as transformações sociais ocorridas no Brasil a partir do Governo Lula, apresentando a experiência brasileira como um modelo positivo a ser seguido pela África do Sul e por outros países do mundo.

João Felício, secretário de Relações Internacionais da CUT concorda e destaca que "a experiência brasileira se deve em grande parte aos movimentos sociais, que tiveram participação ativa na construção de todo o processo que resultou em um governo democrático-popular, não apenas no Brasil, mas em vários países da América Latina".

Segundo João Felício, a CUT sempre participa dos congressos da COSATU, e vice-versa, por haver uma identidade política histórica muito grande entre as duas centrais.

O secretário-geral da COSATU, Zwelinzima Vavi, disse que apesar de o governo sul-africano ser um avanço pós Apartheid, ainda é preciso progredir muito em políticas públicas voltadas para a geração de empregos, distribuição de renda, reforma agrária e em outras questões fundamentais para o desenvolvimento, incluindo mudanças profundas nas políticas industriais e de comércio, temas que a COSATU tem insistido em suas reivindicações. Segundo o secretário, o movimento sindical sul-africano é parte importante nesse processo, rumo ao desenvolvimento que a África do Sul precisa.

Foram muitas as menções positivas sobre o Brasil, com citações no texto-base do Congresso e em várias falas,  referindo-se às transformações conquistadas em nosso país como lições políticas a serem seguidas. 

“O movimento sindical tem papel fundamental no processo de desenvolvimento de um país, porque tem propostas”, afirmou João Felício. “Em 2008, no auge da crise econômica mundial, o governo brasileiro adotou uma série de medidas de enfrentamento à crise para que a economia continuasse a crescer. A CUT exigiu do governo que as medidas adotadas deveriam ter como prioridade a manutenção dos empregos e dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Deixamos claro que os trabalhadores não pagariam pela crise”, relatou João Felício. “O resultado é que o Brasil conseguiu enfrentar a crise sem graves consequências, se compararmos com o que ainda vem ocorrendo em outros países. Para nós esse o papel do Estado, o de indutor do desenvolvimento”, disse.

O prof. Somadoda Fikeni, recorreu a uma metáfora para falar sobre a atual situação da África do Sul: ”Os negros ficaram com a coroa e os brancos ficaram com as joias”, dizendo que os negros ficaram com o país, mas foram os brancos quem ficaram com a economia, ou seja, com o poder. Explicou que cerca de 40% da economia na África do Sul é controlada por 20 famílias brancas. Segundo o professor, o grande desafio da COSATU é fazer com que a maioria negra tenha influência no poder econômico.

O movimento sindical tem papel fundamental 
no desenvolvimento de um país, porque tem propostas
Para João Felício, “a África do Sul precisa avançar para a construção de uma classe média composta por trabalhadores e trabalhadoras, a exemplo do que vem ocorrendo no Brasil. O presidente da COSATU, Sidumo Dlamini, em uma de suas falas, foi muito feliz ao dizer ‘nunca lutei para ser pobre’. E é isso, ninguém luta para ser pobre. Lutamos por condições dignas de vida, por justiça social; por trabalho decente, por empregos de qualidade e salários dignos; por distribuição de renda, por igualdade de tratamento a todos os trabalhadores e trabalhadores”.

 Sobre a COSATU*
A COSATU- Congress of South African Trade Unions- é a maior central sindical da África do Sul e, assim como a CUT, também é filiada à CSI – Confederação Sindical Internacional.

Foi fundada em 1985, se opondo ao Apartheid, lutando contra o racismo, contra o sexismo e na defesa da democracia. Tem cerca de 1,8 milhões de trabalhadores associados.

Sobre o APARTHEID**
O Apartheid foi um regime de segregação racial que perdurou na África do Sul de 1948 a 1994, por sucessivos governos do Partido Nacional , onde os direitos da maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca.

A segregação racial na África do Sul teve início ainda no período colonial, mas o apartheid foi introduzido como política oficial após as eleições gerais de 1948. A nova legislação dividia os habitantes em grupos raciais ("negros", "brancos", "de cor", e "indianos"), segregando as áreas residenciais, muitas vezes através de remoções forçadas. A partir de finais da década de 1970, os negros foram privados de sua cidadania, isolados em pseudoestados de base criados pelo regime – os chamados bantustões - áreas fora dos bairros e de terras onde habitavam os brancos, mas suficientemente perto delas, onde serviam de mão de obra barata.Nessa altura, o governo já havia segregado a saúde, a educação e outros serviços públicos, fornecendo aos negros serviços inferiores aos dos brancos.

O Apartheid trouxe violência e um significativo movimento de resistência interna, bem como um longo embargo comercial contra a África do Sul. Uma série de revoltas populares e protestos causaram o banimento da oposição e a detenção de líderes anti-apartheid. Conforme as revoltas se espalhavam e tornavam-se mais violentas, as organizações estatais respondiam com o aumento da repressão e da violência.

Reformas no regime durante a década de 1980 não conseguiram conter a crescente oposição, e em 1990, o presidente Frederik Willem de Klerk iniciou negociações para acabar com o regime, o que culminou com a realização de eleições multirraciais e democráticas em 1994, que foram vencidas pelo Congresso Nacional Africano, liderado por Nelson Mandela, que assume a presidência do país.

  *Fonte: www.cosatu.org.za
**Fonte: www.wikipedia.org

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

 A LUTA PELA LEI DO PISO CONTINUA!

 

Ato Nacional em defesa da Lei Piso Salarial dos Educadores será realizado no Rio Grande do Sul, em 1° de outubro


O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT-RS), mais uma vez, tenta desrespeitar o piso salarial nacional dos educadores estipulado por lei, em 2008. Para atacar esse direito, o governo do Rio Grande do Sul entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), a 4848, para não aplicar o piso. Os governadores dos estados de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Piauí, Goiás e Roraima também assinam essa ação.  

Para lutar contra esse ataque aos educadores, foi convocado um ato político nacional em defesa do Piso Salarial dos Educadores e em repúdio à Adin 4848. No ato será denunciada essa ação inaceitável desses governos, uma vez que a população espera o respeito ao direito de se ter uma educação de qualidade e a valorização dos trabalhadores que exercem esse ofício.

A atividade acontece no dia 1º de outubro, às 18 horas, no teatro da AMRIGS (Avenida Ipiranga, 5311), em Porto Alegre. Diversas entidades e personalidades ligadas à educação serão convidadas para o ato político. O membro da CSP-Conlutas, Zé Maria de Almeida, irá participar do ato representando a Central.

De acordo com a vice-presidente do CPERS/Sindicato Neida de Oliveira, o governador questiona o índice de reajuste do piso alegando que a União não tem competência para estabelecer um piso nos estados e questiona seu caráter nacional. “O governador não está atacando só os professores, ele está atacando uma Lei que assegura o caráter no piso e estabelece um parâmetro mínimo nas carreias. Estamos na defesa para que seja cumprida a lei do piso, que é uma reivindicação histórica dos trabalhadores”, explica.

Os estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Ceará, após a aprovação da lei do piso em 2008, chegaram a protocolar uma Adin no STF (Supremo Tribunal Federal), que foi apreciada pelo tribunal em 27 de abril de 2011, e considerada improcedente.

Essa nova Adin, além de não respeitar a lei e a determinação do STF, busca outra medida para protelar o cumprimento de uma importante conquista dos educadores brasileiros.

A CSP-Conlutas junto com o setorial de Educação tem denunciado que a maioria dos estados não aplica nem o piso salarial. Não bastasse isso, esses governadores querem tirar o que é assegurado por lei aos educadores.

Por isso, torna-se necessária uma resposta urgente de todos que defendem o respeito à lei do pis
Fonte: site CSPConlutas

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ISSO É O QUE PODE ACONTECER SE O ACE  (ACORDO COLETIVO ESPECIAL) FOR APROVADO. A CLASSE TRABALHADORA PRECISA MOBILIZAR-SE PARA BARRAR MAIS UM ATAQUE CONTRA NOSSO DIREITOS. A CSP CONLUTAS ESTÁ A FRENTE DESSA LUTA  E CONVOCA A CUT A SOMAR ESFORÇOS. QUANTO MAIS UNIDOS FORMOS MAIS FORÇA TEREMOS.

Governo estuda flexibilizar leis trabalhistas


Como parte da agenda para aumentar a competitividade da economia, a presidente Dilma Rousseff ensaia entrar num terreno pantanoso para um governo do PT: a flexibilização das normas trabalhistas.

A Casa Civil analisa proposta de projeto de lei pelo qual trabalhadores e empresas poderão firmar acordos com normas diferentes das atuais, baseadas na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), em vigor há 69 anos.Na prática, o projeto permite que os salários e a jornada de trabalho sejam reduzidos de forma temporária em caso de dificuldades econômicas. Ele abre caminho também para a utilização mais ampla do banco de horas, pelo qual os trabalhadores cumprem horas extras sem receber adicional, e compensam o tempo trabalhado a mais com folgas.

Os acordos entre empregados e empresas seriam firmados por meio do Comitê Sindical de Empresa (CSE), segundo prevê o projeto de lei. As normas à margem da CLT comporiam um acordo coletivo de trabalho. Empresas que concordarem em reconhecer no CSE seu interlocutor e os sindicatos que aceitarem transferir ao comitê o poder sindical terão de obter uma certificação do governo.

O papel dos sindicatos, nesse sistema, seria o de atuar nas empresas que optarem por continuar sob o "modelo CLT". Eles também selariam com as entidades patronais as convenções coletivas - por meio das quais empregados e patrões definem, anualmente, aumentos salariais. Todos os membros do CSE terão de ser sindicalizados.

A proposta em análise foi elaborada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, baseada no modelo alemão e foi entregue ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Recentemente, a Casa Civil, que auxilia Dilma na elaboração de normas legais, pediu para analisar o projeto. Mas ainda não está certo se o governo adotará o projeto como seu e o enviará ao Congresso. 

domingo, 23 de setembro de 2012

Eleições 2012



Eleições democráticas? Não há democracia sem igualdade de condições. Não pode ser democrática uma sociedade na qual seus representantes são eleitos em eleições cujos resultados são determinados pelo poder econômico. 

Grandes empreiteiras agradam aos maiores partidos com R$ 54 milhões
Maiores partidos do país, PMDB, PT e PSDB concentram 63% dos recursos

Jornal do Brasil   Igor Mello

Grandes beneficiárias de contratos com o poder público, as maiores empreiteiras do Brasil não economizam doações, nem sequer fazem distinção ideológica nestas eleições. Juntas, sete delas já contribuíram com mais de R$ 50 milhões para as mais variadas legendas e candidatos ao redor de todo o Brasil. Em geral, estas empresas optam por repassar os recursos às direções nacionais dos partidos políticos, que depois os repassam aos candidatos.

No levantamento do Jornal do Brasil, as construturas Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão, Carioca Cristiani-Nielsen, Odebretch, Carvalho Hosken e Camargo Correa doaram um total de R$ 54.440.000, de acordo com a segunda parcial da prestação de contas de campanha, divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São doações, lembre-se, oficiais, registradas, no chamado Caixa 1.

A influência destas empresas não é pequena. Juntas, dominam considerável parte dos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e participam da construção de diversos equipamentos para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, além de atuarem em outros ramos, como a construção de usina hidrelétricas e de linhas de metrô. 

Do total empenhado na atual campanha eleitoral pelas empreiteiras, apenas R$ 6,4 milhões foram destinados diretamente a candidatos, pouco mais de 11%. Em 2012, as doações tem sido prioritariamente para comitês nacionais e estaduais. Estes, por sua vez, repassam o valor para os diretórios municipais, dificultando mais ainda estabelecer o destino dos recursos.

Segundo Gil Castelo Branco, secretário-executivo da ONG Contas Abertas, esta é uma estratégia corriqueira para empresas que financiam campanhas. Ele explica que esta é uma forma evitar associações com determinados candidatos:

"Os doadores estão preferindo dar para os comitês. Os partidos não prestam contas do dinheiro que destinam a cada campanha imediatamente, então não podemos relacionar a doação ao partido para um candidato. E nós sabemos que a doação é quase sempre para o candidato. O brasileiro tem a cultura histórica de doar para o candidato", afirma, em entrevista publicada pelo JB recentemente.

A empresa que mais gastou até aqui foi a Andrade Gutierrez, que empenhou mais de R$ 23 milhões. Outros valores expressivos foram doados pela Queiroz Galvão (R$ 7,2 milhões) e Carioca Cristiani-Nielsen (R$ 7 milhões).

A OAS foi a segunda a "investir" na campanha com mais de R$ 21 milhões. Destacou-se também por ser a que mais doou para candidaturas, em um total de R$ 5,15 milhões. Apostou pesado no Partido dos Trabalhadores. Dos19 beneficiados, 14 são petistas. Seis deles são candidatos às Câmaras Municipais de São Paulo.

O sétimo candidato a vereador foi César Maia, do DEM, ex-prefeito, que recebeu R$ 50 mil, metade do que conquistado por cada candidato a vereador petista da capital paulista. Provavelmente porque outros R$ 50 mil foram doados ao filho dele, Rodrigo Maia, único candidato à prefeitura carioca que mereceu doação da empreiteira. 

PMDB, PT e PSDB dominam doações

Protagonistas da política brasileira nos últimos vinte anos, PDMB, PT e PSDB concentram boa parte das doações das empreiteiras analisadas pelo JB, o que demonstra que não existe exigência ideológica. Elas procuram estar bem com todos os partidos. Somados, os três partidos ostentam aproximadamente R$ 34,5 dos mais de R$ 54 milhões desembolsados pelas empreiteiras nesta corrida eleitoral, cerca de 63% dos recursos. 

Maior partido político do Brasil, o PMDB também foi o que mais recebeu recursos de empreiteiras para suas campanhas até agora. Ao todo, a legenda, que governa estados como o Rio de Janeiro e o Maranhão, arrecadou aproximadamente R$ 13,7 milhões com as empresas listadas.

O PT, que ocupa a presidência há 10 anos e tem  a maior bancada no Congresso, vem em segundo lugar no ranking das empreiteiras: recebeu R$ 11,4 milhões.

No comando de São Paulo, estado mais rico do Brasil, o PSDB é o terceiro colocado na preferência das construtoras, com cerca de R$ 9,37 milhões.

O rápido crescimento do PSB no cenário político brasileiro também se traduz na benevocência das empreiteiras. O partido de Eduardo Campos ficou na quarta colocação e ganhou R$ 6 milhões.

O PSD, de Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, recebeu R$ 4,15 milhões, dos quais R$ 3,7 milhões foram doados apenas pela Andrade Gutierrez. Completam a lista de grandes beneficiários o PR, que ocupa o Ministério dos Transportes - R$ 2,2 milhões - e o DEM, que governa Santa Catarina e Rio Grande do Norte, levou R$ 2,05 milhões.

Candidatos ideologicamente diversos 

As doações da OAS para os candidatos agradam a todas as matizes ideológicas. Quem mais recebeu foi o petista Fernando Haddad, que concorre à prefeitura paulista - R$ 1 milhão. Seu adversário, o tucano José Serra levou apenas R$ 750 mil, mas o líder nas pesquisas, Celso Russomano (PRB) nada ganhou.

Na Bahia, terra de origem da construtora, Nelson Pellegrino, do PT, abocanhou R$ 850 mil e o ex-prefeito Mario Kertesz, do PMDB, conseguiu R$ 500 mil.

No Recife, Humberto Costa, também do PT, levou R$ 500 mil. Mas, pelo jeito, a construtora não botou muita fé no candidato do governador Eduardo Campos. Para a campanha de Geraldo Júlio de Mello Filho, do PSB, ela doou exatamente a metade do que deu ao petista: R$ 250 mil.

No Rio de Janeiro a Carvalho Hosken apostou em três candidatos à prefeitura. O prefeito Eduardo Paes (PMDB) levou R$ 150 mil. Rodrigo Maia, do DEM, ganhou apenas R$ 75 mil, mas seu pai, César, ex-prefeito, candidato a vereador recebeu a mesma quantia. O tucano Otávio Leite teve direito a apenas R$ 50 mil, metade do valor que a construtora doou a André Esteves, do PV, que tenta chegar à Câmara pela primeira vez. Também receberam dela R$ 50 mil os vereadores Rosa Fernandes (PMDB) e Carlo Caiado (DEM). 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Muitos tombaram, mas a luta valeu a pena. Os mineiros da África do Sul, ganharam uma pequena batalha na guerra contra a exploração e a miséria extrema. A mineradora inglesa curvou-se à coragem e determinação desses trabalhadores.

Los mineros sudafricanos ganan la batalla y logran mejoras laborales

Los huelguistas de la mina de platino de Marikana lograron entre un 11 y un 22 por ciento de aumento salarial en un acuerdo firmado con la transnacional británica Lonmin la noche de este martes tras casi seis semanas de un conflicto que conmocionó a Sudáfrica cuando la policía dio muerte a 34 mineros el 16 de agosto.


El acuerdo concluido luego de más de tres difíciles semanas de negociaciones estipula que todos los empleados reanuden su trabajo el jueves y prevé entre un 11 y un 22 por ciento de aumento salarial.

“Estamos muy contentos de anunciar la conclusión de esta difícil negociación”, declaró a la prensa Abey Kgotle, director ejecutivo para los asuntos generales.

Señaló el hecho de que todas las partes firmaron el acuerdo, Lonmin y cuatro sindicatos, entre ellos la poderosa federación minera NUM y los combativos AMCU.

Kgotle rechazó que se haya creado un precedente pernicioso para el resto de la industria minera o para el sector del platino, y justificó “medidas extraordinarias adoptadas como respuesta a una situación extraordinaria”.

En total 45 personas murieron desde que comenzó la huelga en Lonmin el pasado 10 de agosto.

“La firma de este acuerdo abre un nuevo capítulo y hace patente todo el trabajo que queda por hacer para transformar y cambiar la vida de la clase obrera en Sudáfrica”, comentó el representante del sindicato AMCU, que alentó la huelga, Joseph Mathungwa. “Cuando miras el acuerdo, se hubiera podido conseguir sin todos esos muertos”.

El acuerdo incorpora aumentos salariales para los 24.000 de las 28.000 personas que emplea Lonmin.

El sector minero es el pulmón económico del país y contribuye al 9 por ciento del PIB o el 19 por ciento si se le incluye todas las actividades anexas.

Publicado por Claudine Renaud / AFP

 ETA POVO QUE NÃO PARA DE LUTAR!

Adesão à greve dos bancários atinge 40% das agências

Desde o início da greve até agora, o número de agências bancárias fechadas no País cresceu cerca de 66%. 

No final do primeiro dia, terça-feira (18), 5.132 agências ficaram paralisadas, de um total de 21.714. Nesta quinta-feira (20), terceiro dia de greve, 8.527 unidades estavam com as portas fechadas, aproximadamente 40% do total.Na quarta-feira, 33% das agências já estavam paralisadas. As informações foram coletadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com dados enviados até as 17h45 de hoje pelos 137 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários.

No terceiro dia de greve do ano passado, 7.672 agências fecharam as portas. Embora o número seja menor do que o deste ano, o crescimento do movimento foi superior no ano passado, na mesma base de comparação. Do primeiro dia de greve de 2011 (4.191 agências fechadas) para o terceiro dia (7.672), o volume de agências fechadas cresceu 83% em 2011.

De acordo com presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, a variação é natural e pode ter como causa o aumento do número de agências no País. "Essas variações são normais. No ano passado, tínhamos só cerca de 19 mil agências. Agora, já estamos na casa dos 21 mil. A greve vai se consolidando e demora um pouco até atingir todos os locais", afirmou. "Aliás, estamos vendo que a greve está ainda mais forte do que a do ano passado", completou. Em 2011, a categoria ficou 21 dias parada.

Sexta-feira (21), o Comando Nacional dos Bancários se reúne às 14 horas para discutir os rumos da mobilização. "Nós mandamos uma carta à Fenaban dizendo que o Comando vai estar reunido amanhã em São Paulo, pois eles podem aproveitar essa data para fazer alguma proposta, caso queiram", disse Cordeiro. Na manhã desta quinta-feira, a categoria esteve presente em ato conjunto de cinco categorias que têm campanhas salariais marcadas neste segundo semestre, na Avenida Paulista, em São Paulo.

A última proposta apresentada pelos banqueiros foi de reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6%. A proposta passa longe da reivindicação dos trabalhadores que pedem 10,25%, sendo 5% de aumento real. Antes de iniciar a greve, os bancários realizaram duas assembleias gerais, no dia 12 e no dia 17 deste mês. Segundo informou Cordeiro, a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) não procurou os trabalhadores para nova negociação. A greve continua à espera de uma nova proposta dos banqueiros. Procurada, a Fenaban não quis comentar o movimento grevista.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Sind-UTE/MG convoca para a manifestação na Cidade Administrativa

A SUBSEDE ENVIARÁ CARAVANA. LIGUE 3216-4963
Sind-UTE/MG convoca para a manifestação na Cidade Administrativa



Greve de professores nos Estados Unidos já entra no 7º dia

LÁ, COMO CÁ, OS EDUCADORES PRECISAM LUTAR!

greve professores eua
Cerca de 350 mil alunos de Chicago, do ensino público fundamental e médio, estão sem aulas desde a última segunda-feira (10) devido à greve dos professores, a primeira na cidade em 25 anos. Chicago é a terceira maior cidade dos EUA e o presidente da câmara é Rahm Emanuel, um democrata que foi o primeiro chefe de gabinete do presidente Obama.


Os docentes reivindicam aumento de salários, um sistema de avaliação que os respeite e garantias contra demissões, já que pairam ameaças de fechamento de cerca de 100 escolas. As negociações entre a Chicago Public Schools (Escolas Públicas de Chicago) e o Chicago Teachers Union (o sindicato dos professores da cidade) prosseguiam na última sexta-feira, sem que tivesse sido concluído um acordo. A câmara já terá cedido um aumento de 16% em quatro anos, mas ainda restariam outras questões a resolver.

Se a direção sindical chegar a acordo, ainda será necessário, porém, levar a decisão à ratificação dos 25 mil docentes do sindicato. Na segunda-feira, milhares de professores vestidos de vermelho manifestaram-se no centro da cidade. Esta é também a primeira greve de professores numa grande cidade dos Estados Unidos desde há seis anos.

Grupos de trabalhadores e professores de outras cidades manifestaram apoio aos grevistas, sugerindo que o conflito em Chicago é somente um passo de uma grande luta nacional em torno das remunerações, condições de trabalho, benefícios sociais e estabilidade.

“Os professores sentem-se total e completamente desrespeitados”, disse Randi Weingarten, presidente da Federação Americana de Professores, ao “The New York Times”. A Federação culpa o presidente da câmara de aplicar um agressivo plano de ampliação da jornada escolar, com adiamento do prometido aumento salarial. “Ele plantou as sementes de uma grande frustração e descrédito”, disse a professora.

Apesar de se temer que a oposição aproveitasse a greve durante a campanha eleitoral para atacar Obama, os republicanos optaram por atacar a greve. O candidato republicano Mitt Romney divulgou uma declaração em que manifesta decepção com os professores e afirma que “os sindicatos têm demonstrado o quanto os seus interesses se chocam com os das nossas crianças”.

Fonte: site CTB

terça-feira, 18 de setembro de 2012


ASSEMBLEIA REGIONAL DO SIND-UTE APROVA ASSINATURA DE DOCUMENTO DA CSPCONLUTAS CONTRA O ACE

A campanha contra o ACE (Acordo Coletivo Especial) está em curso  é preciso ampliar sua divulgação. Uma das principais iniciativas da CSP-Conlutas  é o Manifesto aprovado no Seminário Nacional realizado no Rio Grande do Sul. Será realizada a entrega  formal do documento no Congresso Nacional, prevista para o dia 7 de novembro,  após a realização de um seminário nacional para discutir o tema. Até lá, seminários estaduais ocorrerão por todo país, a exemplo dos que ocorreram em Porto Alegre e em São Paulo.

 O QUE É O ACE


ACORDO COLETIVO ESPECIAL É FLEXIBILIZAÇÃO TRABALHISTA
É PRECISO DIZER NÃO!

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), uma das entidades mais importantes da CUT, apresentou ao governo federal e ao presidente da Câmara dos Deputados, uma proposta de Anteprojeto de Lei que muda a legislação trabalhista criando o Acordo Coletivo de Trabalho com Propósito Específico e pedindo pressa para sua aprovação. Para alem dos argumentos elencados na cartilha que o Sindicato preparou para defender a sua proposta, o que salta aos olhos é que se trata de mais uma tentativa de mudar a legislação para que passe a prevalecer – na negociação coletiva entre o sindicato e a empresa – o negociado sobre o legislado.

Já houve duas tentativas de implantação desta mudança na CLT nos últimos anos. Foram levadas a cabo primeiro por FHC, em seu segundo mandato, quando tentou aprovar uma mudança na Constituição Federal e, depois, no artigo 618 da CLT. Depois, este mesmo propósito aparecia nos debates da proposta de Reforma Sindical construída no Fórum Nacional do Trabalho constituído pelo governo Lula em seu primeiro mandato. As duas tentativas foram frustradas pela resistência dos trabalhadores e grande parte de suas organizações sindicais que pressionaram o Congresso Nacional e impediram a aprovação daquelas propostas.

O que se pretende com este tipo de proposta é abrir mais uma porta para a flexibilização, diminuição ou eliminação de direitos e benefícios dos trabalhadores, por meio da negociação com os próprios sindicatos. Não é mera coincidência que os argumentos do SMABC para defender a sua proposta sejam tão semelhantes aos que foram usados por FHC à sua época. Ou depois, nos debates relacionados à proposta de Reforma Sindical construída no Fórum Nacional do Trabalho, em 2004.

A argumentação central é a mesma de sempre: a CLT é antiga, ultrapassada, antiquada para o momento atual, e prejudica os trabalhadores ao engessar a negociação coletiva, impedindo avanços que pudessem beneficiá-los. Por isso precisa ser modernizada. Como toda falácia, tenta apoiar-se em algo da realidade. Realmente a CLT é antiga, antiquada e ultrapassada. Diríamos mais: extremamente limitada e insuficiente para assegurar os direitos dos trabalhadores. No entanto, esta legislação nunca proibiu ou limitou qualquer negociação ou acordo coletivo que estabelecesse condições mais favoráveis aos trabalhadores do que o que está na lei.

Mudanças na CLT sim, mas para melhor e não para pior!
Direito de organização no local de trabalho, SIM!
Proteção contra demissão imotivada, SIM!
Flexibilização de direitos, NÃO!

Fonte: site CSPConlutas

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O governo e a imprensa tentam fazer com que nós trabalhadores acreditemos que somos os culpados pelo tão propalado "déficit da previdência" para justificar as reformas nas aposentadoria que atacam nosso direitos e beneficiam a previdência privada. Mas a verdade, que não é divulgada, é essa aí embaixo: os rombos na previdência pública são causados pelo próprio governo para defender os interesses dos grandes empresários.

 

Governo Dilma anuncia mais um pacote de bondades aos empresários com novas desonerações em folha de pagamento


Nesta quinta-feira (13), o Governo Federal anunciou outro pacote de incentivos fiscais às empresas. Mais 25 setores estão contemplados com a chamada desoneração da folha de pagamento. Somado às isenções anteriores, já são 40 setores beneficiados. Agora, essas empresas não contribuirão mais com o INSS, na base de 20% da folha de pagamento e passarão a recolher de 1 a 2% do faturamento bruto conforme o setor.

Mais uma vez, quem pagará por essa conta serão os trabalhadores, pois a diferença de arrecadação será paga pelos cofres públicos. Estima-se que até 2016 o governo gastará mais de R$ 60 bilhões, segundo dados do próprio Ministério da Fazenda.

Além de reservar quase metade do orçamento federal para o pagamento dos juros e da dívida aos banqueiros, o governo Dilma Rousseff abre mão de uma arrecadação de R$ 12,83 bilhões em 2013, apenas em desonerações aos empresários.

Este é um profundo ataque à previdência pública, cada vez mais sucateada.

O governo diz que não pode acabar com o fator previdenciário, sem colocar outro redutor nas aposentadorias, porque não teria recursos; não reajusta o salário dos aposentados que ganham mais do que o salário mínimo com a desculpa de que não tem dinheiro; se recusou a atender grande parte das reivindicações do funcionalismo federal, com a mesma desculpa.  Mesmo assim, diminui a receita da previdência com a redução da contribuição das empresas por meio do pagamento do INSS.

No entanto, com os impostos pagos pelos trabalhadores o tratamento é outro. Segundo estudo divulgado pelo Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal) de janeiro de 1996 a dezembro de 2011, a Receita Federal deixou de incorporar à tabela do Imposto de Renda (IR) uma diferença de 64,3%, referentes à defasagem entre a inflação acumulada de 173,6% e os reajustes de 66,5% aplicados à tabela do IR no mesmo período. Como vimos, com a defasagem as perdas se acumulam para os trabalhadores por décadas.

No pacote, o governo federal anuncia que as empresas poderão abater no IR a depreciação das maquinas em cinco anos, entretanto continuará cobrando o imposto dos valores de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos trabalhadores. Os empresários agora lucraram ainda mais.

O Governo Federal diz que toma estas medidas para garantir o emprego, mas tudo não passa de intenções, pois não adota nenhuma medida ou legislação que garanta estabilidade no emprego. Assim, empresas, continuam demitindo como no caso da GM em São José dos Campos (SP).

 Os trabalhadores não podem assistir passivamente a esta situação e à farra de dinheiro público.

É preciso uma grande campanha pela atualização da tabela do IR, o fim de sua cobrança sobre as PLRs, para que se reponha as perdas dos trabalhadores, assim como o fim do fator previdenciário sem nenhum outro redutor como o fator 85-95.

Além disso, exigir o reajuste das aposentadorias e a edição de uma medida provisória que garanta estabilidade no emprego aos trabalhadores, a  estatização das empresas que demitem em massa.

 Chamamos os nossos sindicatos e organizações a fazer este debate nas bases das categorias. Fazemos um chamado as outras centrais  para que rompam com sua política de apoio ao governo, que só beneficia os empresários, a lutem conosco por esta reivindicações e a unificarem as campanhas salariais em curso no país.

Luis Carlos Prates, o  Mancha,  membro da Secretaria Nacional da CSP- Conlutas e secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos

sábado, 15 de setembro de 2012

 VEJAM AS ARMAS QUE OS HERÓICOS MINEIROS POSSUEM. É ISSO QUE DEIXA A POLÍCIA E A BURGUESIA ASSUSTADA? NÃO! É A IMENSA CORAGEM  DESSES TRABALHADORES QUE ASSUSTA SEUS EXPLORADORES E ALGOZES.
 foto de World Riots 24/h.
‎10/9/12 Striking miners from the Lonmin platinum mine march to the gates of the mine in Marikana, South Africa.


Os heróicos trabalhadores mineiros da África do Sul não se intimidaram nem depois do massacre de mais de 30 colegas. A verdade é que a vida desses trabalhadores é tão miserável que eles quase nada têm a perder. Enquanto os donos e acionários da empresa ficam milionários, os mineiros vivem na miséria. Reparem que o texto cita o recolhimento de armas. Quais? facões e armas brancas. E a polícia, que armas utililiza contra os mineiros? Fuzis, granadas, metralhadoras. Quem oferece perigo a quem nessas circustâncias? Outra questão interessante é a prisão de pessoas por "reunir-se ilegalmente". Ora, os mineiros estão sendo massacrados e não podem nem organizar-se contra isso? Essa é a democracia no país que sediou a última milionária copa do mundo. Isso deixa muito evidente que, para os trabalhadores, copas do mundo e olímpíadas não muda nada para melhor em suas vidas. Alguém ganha com esses mega eventos, mas não é a classe trabalhadora.

Nairóbi.- A tensão nos arredores da mina de platina de Marikana, no nordeste da África do Sul, onde milhares de trabalhadores estão em greve há mais de um mês, intensificou-se neste sábado depois que a polícia realizou na noite de ontem uma operação de apreensão de armas entre os operários.


Nairóbi, 15 set (EFE).- A tensão nos arredores da mina de platina de Marikana, no nordeste da África do Sul, onde milhares de trabalhadores estão em greve há mais de um mês, intensificou-se neste sábado depois que a polícia realizou na noite de ontem uma operação de apreensão de armas entre os operários.

Segundo a edição digital do jornal local "City Press", as forças de segurança, que confiscaram numerosos facões e armas brancas no início da madrugada de hoje, dispararam balas de borracha contra um grupo de mineiros em greve que se reuniu após a apreensão.

Um dos locais onde a polícia realizou a batida foi o hotel Karee de Marikana, onde vivem centenas de mineiros. Uma grande quantidade de armas foi apreendida e cinco pessoas foram presas, informou a agência de notícias sul-africana "Sapa".

Ontem, sete pessoas foram detidas sob a acusação de se reunir de forma ilegal. Os trabalhadores da mina de platina de Marikana, propriedade da empresa britânica Lonmin, iniciaram uma greve há mais de um mês para pedir um aumento salarial de até 12.500 rands (cerca de 1.200 euros), três vezes mais que o atual pagamento.

Os mineiros se negam a voltar a seus postos até que a companhia garanta este aumento, apesar dos sindicatos e a empresa terem assinado um "acordo de paz" há pouco mais de uma semana.

A greve dos mineiros de Marikana ficou mundialmente conhecida em 16 de agosto, quando membros da polícia da África do Sul mataram em um enfrentamento 34 trabalhadores.

Outras dez pessoas já tinham morrido anteriormente ao longo da greve. 

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Professores em Chicago entram em greve após 25 anos

No país mais rico do mundo professores também fazem greve. Isso porque no capitalismo, mesmo no meio da riqueza, a educação pública não é valorizada. Reparem que as queixas dos professores de lá são as mesmas daqui: avaliação de desempenho, que é um projeto do neoliberalismo para a educação em todos os países e problemas sociais que impedem o bom aprendizado dos alunos. Essa é a verdadeira globalização: a globalização da pobreza e da exploração.

Fonte: site R7

Aproximadamente 30 mil professores não trabalharam na última segunda-feira (10) em Chicago, nos Estados Unidos. A primeira greve em 25 anos afetou 350 mil alunos de escolas públicas e consequentemente seu aprendizado. A paralisação por parte dos educadores ocorreu pelo fato de o sindicato não aceitar a avaliação dos profissionais com seus estudantes.

Os professores argumentam que muitos fatores prejudicam a falta de conhecimento dos alunos como fome, violência e falta de moradia, problemas que se agravam no país nos últimos anos.

Além de ser um atraso para os estudantes da rede pública do estado, a greve é um desafio para políticos democratas há menos de dois meses para as eleições presidenciais.


 

MAIS UMA GREVE DA EDUCAÇÃO. ETA POVO QUE NÃO PARA DE LUTAR.

Trabalhadores em Educação entram em greve até que o governo negocie

Sem uma resposta sobre suas reivindicações, os trabalhadores em Educação voltaram a protestar ontem contra a postura do Governo do Estado. A categoria já havia decidido em assembleia, há cerca de 10 dias, pela greve em caso de o governo se recusasse a negociar. A partir desta segunda-feira, o movimento grevista foi iniciado.  
Na sexta-feira, 07, a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima (Sinter) se reuniu com o governador Anchieta Júnior (PSDB) para retomar os diálogos e tentar um acordo. No entanto, conforme o Sinter, não houve negociação e o sindicato continua sem posicionamento oficial por parte do governo.
Na mobilização de ontem, com cruz e faixas com frases de protesto, os trabalhadores em educação se reuniram na Praça do Centro Cívico à espera de um documento assinado pelo governador sobre a reunião de sexta-feira. Segundo Josinaldo Barbosa, presidente do Sinter, seria o teor deste documento que determinaria se os trabalhadores prosseguiriam ou não com a greve.
“O governador recebeu a Comissão do Sinter, no entanto se recusa a negociar. Ele continua de braços cruzados sem atender nossas reivindicações e sem apresentar propostas. Como não foi nos encaminhado nenhum documento formalizando o acordo, vamos prosseguir com a greve”, disse.
Servidores da Saúde engrossam movimento
Em demonstração de apoio aos servidores em educação, diversos profissionais de Saúde compareceram ao Centro Cívico, dando força ao movimento. Conforme Humberto Alves, presidente da Comissão de Multiprofissionais da Saúde, o objetivo é mostrar para a sociedade o descontentamento das categorias. Nos últimos dias, a comissão travou uma luta com o governo por causa de um projeto de lei que prevê a gratificação de 150% apenas para a classe médica.
“Reconhecemos o mérito dos médicos, mas saúde não se faz somente com esse profissional. Queremos que todos sejam tratados de forma igualitária”, disse Alves. Ele adiantou que hoje, 11, os profissionais de saúde estarão novamente na Assembleia Legislativa para pedir a retirada do projeto da gratificação médica da pauta. “Reafirmamos: não somos contra o aumento da gratificação, mas queremos que seja estendida as demais profissionais”, afirmou.
No dia 28 de agosto, data em que o projeto foi retirado da pauta de votação, foi formada pela Assembleia uma Comissão Externa Especial para analisar o projeto em conjunto com a Comissão de Multiprofissionais de Saúde, mas Alves disse que não houve diálogo, porque todas as reuniões agendadas foram desmarcadas. “Tivemos várias oportunidades para nos reunir, mas todas foram canceladas. O discurso da instituição de uma comissão para nos receber foi lindo, só que na prática isso não aconteceu”, ressaltou.
Polícia usa spray de pimenta para dispersar manifestantes
Ontem pela manhã, como forma de chamar a atenção do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que participava de um evento no Palácio da Cultura, os trabalhadores em educação e saúde tentaram se aproximar do local para expor os fatos ao ministro. Mas foram impedidos por policias, que usaram até spray de pimenta para conter o tumulto que se formou.
“O que se percebeu é que o governador não quer que o ministro tenha conhecimento do descaso que ele está tendo com a educação, sobretudo que o Governo de Roraima descumpre uma lei federal [Lei do Piso] que determina o direito ao planejamento de aula. Ele quer aparecer na mídia nacional como sendo um governo que cumpre com a legislação”, disse, ao comentar que a atitude dos policias foi desnecessária porque o protesto era pacífico.
Secretaria diz que 45 das 60 escolas não aderiram ao movimento ontem
A Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Desportos (SECD) informou ontem que, das 60 escolas da Capital, 45 não aderiram ao movimento grevista proposto pelo sindicato da categoria, três paralisaram as atividades e 12 aderiram de forma parcial à paralisação.
Com relação às unidades de ensino do interior, não-indígenas e indígenas, a nota informa que continuam com aulas normais, com base no levantamento do Departamento de Gestão do Interior (DGI) e Divisão de Educação Indígena (DIEI).
A SECD afirma que entende que a greve é um direito do trabalhador, porém deve-se observar o Calendário Escolar, uma vez que esse dia de paralisação será reposto a fim de não causar prejuízo intelectual aos alunos da rede pública estadual.
A secretaria disse ainda que na semana passada recebeu recomendação do Ministério Público Estadual para que as escolas cumpram todo o Calendário Escolar de maneira a finalizar o ano letivo, que possui 200 dias, conforme preconiza a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN).
O documento recomenda ainda, que sejam adotadas as medidas cabíveis nos casos em que for verificado o seu descumprimento, diante da prática de manifestações ou atos (mesmo que omissivos), que sem o devido consentimento, impeçam a realização das atividades escolares.
Estudantes anunciam protesto para quinta-feira
As péssimas condições nas escolas estaduais e a falta de professores motivaram os alunos das escolas Ayrton Senna (no Centro) e Gonçalves Dias (bairro Canarinho) a organizarem um protesto na próxima quinta-feira, 13, na Praça do Centro Cívico, a partir das 8h da manhã.
Conforme Caio Munhóz, 17, presidente do Grêmio Estudantil da Escola Estadual Ayrton Senna, para chamar a atenção de estudantes de outras escolas, o evento será divulgado nas redes sociais.
“A nossa luta é denunciar a precariedade das escolas e cobrar melhorias. Convidamos os alunos das demais escolas que estejam passando pelos mesmos problemas”, disse Munhóz.
A falta de professores também está entre as reivindicações dos alunos. Caio disse que em sua turma faltam professores das disciplinas de matemática, português e física.
Ozielli Ferreira / Folha de Boa Vista
Fonte: site Sinterroraima

quinta-feira, 13 de setembro de 2012


Estresse, depressão e ansiedade: os inimigos do professor da rede pública de SP


Qualquer semelhança com o estado de Minas Gerais NÃO  é mera coincidência.
healthprA Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), em parceria com o grupo Géia, apresentou os resultados de uma pesquisa que traçou o panorama da saúde dos professores da rede estadual de São Paulo. O médico do grupo Géia, Leandro Ramani, apresentou a análise da pesquisa realizada durante o congresso da Apeoesp, em dezembro de 2010, que comprovam o adoecimento dos professores da rede estadual. O levantamento apontou que, dentre os professores pesquisados, 27% tiveram afastamento da atividade profissional no ano anterior a pesquisa (2009), motivado por problemas de saúde.
Um dado que chama bastante atenção no levantamento é que 41% dos entrevistados afirmaram terem sofrido, no ano anterior à pesquisa, com problemas relacionados a sua saúde mental, deste, 29% foram diagnosticados com depressão e 23% com transtornos de ansiedade. As doenças relacionadas à saúde mental dos professores são as que mais os afastam da atividade profissional. Dentre os que tiveram depressão, 57% tiveram que ser afastados de suas atividades profissionais e, daqueles que tiveram transtornos de ansiedade, 49% foram afastados da sala de aula.
"O ambiente de trabalho do professor é um ambiente onde existe violência. Isso acaba gerando o que chamamos de estresse crônico. O nosso sistema simpático reage a situações estressantes e nos coloca em estado de alerta. Quando a situação de estresse passou, o sistema parassimpático é ativado para que o nosso corpo relaxe. O que estou inferindo aqui é que o professor sofre situações estressantes diuturnamente, e não possui o tempo para que o sistema parassimpático funcione e ele possa relaxar", explica Ramani.
Dos profissionais que declararam sofrer de ansiedade ou pânico, 62% não fazem acompanhamento médico regularmente. Entre os que afirmaram sofrer de depressão, 59% não tem acompanhamento médico regular. Para Fábio Santos de Moraes, secretário geral da Apeoesp, a política do governo estadual colabora para este quadro.
"A falta de estrutura é gritante. Nós vivemos uma barbárie. O estado age na consequência e não na causa. Para o professor não faltar mais o estado limitou o número de vezes que ele vai ao médico", aponta Moraes.
Obesidade
Outro dado significativo da pesquisa refere-se à taxa de obesidade entre os professores. Dentre os pesquisados, 31,8% dos professores estão em situação de obesidade e 41,2% estão enquadrados como pré-obesos. Segundo o Ramani, uma das principais causas para este alto índice de obesidade e pré-obesidade é a não realização de atividades físicas regulares, 43% dos professores afirmaram que não realizam nenhuma atividade física.
A pesquisa revelou ainda que a realização de atividades físicas está relacionada com a idade do professor. Professores com mais de 50 anos são aqueles que mais fazem atividades físicas. "É importante ressaltar que nesta faixa etária estão os professores aposentados, que possuem mais tempo para realizar atividade física", frisou o Dr.Ramani.
Para Maria Izabel Noronha, presidenta da Apeoesp, a razão para que muitos professores não façam atividades físicas está na jornada de trabalho estafante. "Acho que em relação à atividade física, o fato de a pesquisa apontar que os professores aposentados fazem mais atividades físicas se relaciona com a falta de tempo de quem dá aulas. O professor não tem tempo para cuidar de si", disse.
Encaminhamentos
Após a apresentação dos resultado, Maria Izabel Noronha afirmou que a Apeoesp vai fazer um grande esforço para dar força para a publicação da pesquisa, e assim levar seus números ao conhecimento de toda a categoria. Desta forma, segundo ela, será possível cobrar do governo do estado ações para melhorar a saúde do professor da rede estadual de ensino.
"Devemos tirar metas de como queremos lidar com essa questão do adoecimento dos professores, essa publicação vai sensibilizar muito para que consigamos expor a situação. Um candidato, por uma bolinha de papel na cabeça, fez mil raios x, e nós não conseguimos. E quando conseguimos já passou o tempo", destaca. "Precisamos fazer com que os números sejam revertidos. Que sejam pensadas políticas de prevenção e tratamento do professor adoecido."
(APOESP, 12.09.12)

terça-feira, 11 de setembro de 2012

ETA POVO QUE NÃO PRA DE LUTAR!


Greve para 50 fábricas e 80% dos metalúrgicos no ABC

10/09/2012

Trabalhadores reivindicam aumento real mais inflação do período. Amanhã (11), param os metalúrgicos de Taubaté, Salto e Cajamar e na quarta (12) os de Sorocaba.


A greve de alerta dos metalúrgicos do ABC teve a adesão de 80% dos 70 mil trabalhadores da base que estão em campanha poraumento salarial. As 50 maiores fábricas da categoria não produziram nesta segunda-feira (10) em nenhum dos turnos. A paralisação atingiu o objetivo de pressionar as empresas a exigirem de seus grupos patronais que apresentem proposta, segundo balanço da direção do Sindicato dos Metalúrgicos.Os metalúrgicos reivindicam 2,59% de aumento real mais o INPC do período (total de 8%), índice similar ao conquistado pelos trabalhadores nas montadoras do ABC na campanha de 2011 e que valepor dois anos (até 2013). A paralisação não atinge essas montadoras.

Amanhã (11), param os metalúrgicos de Taubaté, Salto e Cajamar e na quarta-feira (12), os de Sorocaba, pois a campanha salarial (e pauta de reivindicações) é unificada pela FEM-CUT (Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo)

Fonte:  site CUT (trecho extraido de texto) 

REPAREM NO FINAL DO TEXTO ABAIXO, QUE O MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES AVISA QUE CORTARÁ SALÁRIOS DOS DIAS PARADOS. É O GOVERNO DE DILMA/PT AGINDO COMO INIMIGO DA CLASSE TRABALHADORA.  

Essa atitude do governo federal dá respaldo para os governos estaduais e municipais fazerem o mesmo.

Correios podem entrar em greve a partir da meia-noite desta terça-feira


BRASÍLIA - Os funcionários dos Correios estão atualmente no ápice da negociação salarial deste ano e em algumas regiões vigora o risco de a categoria entrar em greve a partir da zero hora desta terça-feira, 11. Mas o risco de greve não vale para todo o País. Em São Paulo, por exemplo, não haverá greve dos funcionários dos Correios nesta terça, pois será o dia que o sindicato da categoria na capital realizará assembleia, devendo convocar nova assembleia para a semana que vem.

Ainda nesta segunda, devem realizar assembleias sobre a possibilidade de greve sindicatos de funcionários dos Correios de mais de dez Estados (AL, AM, CE, PB, PE, PI, PR, SC, SE e RS, além das unidade de Belo Horizonte), conforme informações da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect). As demais regionais só deverão realizar assembleias nesta terça Em Santos, por exemplo, a assembleia dos funcionários dos Correios deve ocorrer apenas no dia 25, informa a federação.

As negociações estão ocorrendo de forma bastante fragmentada, com datas de assembleias, pauta de reivindicações e lideranças diferentes. De um lado está a Fentect, que agrega 31 das 35 regionais, e que solicita 43,7% de reajuste, entre outros pedidos. A federação argumenta que o índice refere-se a 33,7% de recomposição salarial desde o início do Plano Real, mais 10% de aumento real.

Em outro polo está o grupo formado pelos "Sindicatos Unificados", reunindo os trabalhadores dos Correios da capital paulista e região metropolitana; de Bauru, no interior paulista, e dos Estados do Rio de Janeiro e Tocantins. O reajuste solicitado pelos "Sindicatos Unificados" é de 10,2%, sendo 5,2% de reposição da inflação no último ano mais 5% de aumento real; mais R$ 100 de forma linear para os funcionários, entre outras reivindicações. O grupo dos "Sindicatos Unificados", que agrega as duas principais praças do País, ou seja, a capital paulista e o Estado do Rio de Janeiro, desfiliou-se da Fentect no primeiro semestre deste ano.

Na semana passada, os Correios apresentaram à Fentect e aos Sindicatos Unificados uma nova proposta que prevê 5,2% de reajuste de salários e benefícios. A proposta anterior previa 3% de reajuste. "O índice proposto aos 120 mil empregados garante o poder de compra, uma vez que cobre a inflação do período", avaliam os Correios, em nota. O sindicato dos trabalhadores dos Correios da capital paulista realiza assembleia na terça, com indicativo de rejeição da proposta de 5,2% e realização de nova assembleia na semana que vem (provavelmente no dia 18), mas ainda não fala em greve. A direção do sindicato admite que as negociações com os Correios têm avançado, embora a passos curtos, o que não justificaria adotar uma postura mais dura, ou seja, a greve.

Há um ponto de convergência entre os dois grupos: ambos rejeitam mudanças no convênio de saúde atualmente oferecido pelos Correios. A pauta dos "Sindicatos Unificados" pede "manutenção da assistência médica nos moldes atualmente praticados na empresa". A Fentect também rejeita qualquer mudança no sistema de atendimento à saúde dos funcionários dos Correios. Uma funcionária dos Correios do Rio de Janeiro resume a preocupação da categoria: "O plano de saúde é o melhor benefício dos Correios. É o único motivo que poderia levar para uma greve". Ela também critica a politização do movimento sindical que representa a categoria.

A fragmentação nas negociações já havia sido verificada no ano passado, quando a greve durou 28 dias. Em 2011, a greve dos Correios só terminou depois de o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinar o fim da paralisação. Mais do que isso, os ministros do TST fizeram duras críticas aos sindicatos dos trabalhadores dos Correios. À época, o presidente do tribunal, ministro João Orestes Dalazen, disse que "ficou nítido o descompasso entre a cúpula dos sindicatos e as bases". Dalazen se referia à rejeição da proposta acertada entre o TST e a Fentect, que representava o comando da greve, pelos 35 sindicatos regionais de todo o País. "A cúpula foi desautorizada pelas bases", afirmou Dalazen.

No mês passado, sob uma onda de greves envolvendo mais de 30 categorias de servidores, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, foi taxativo e já avisou: se os funcionários dos Correios entrarem em greve, os dias parados serão descontados. "Vamos controlar com rigor a presença e descontar dias, horas e minutos", avisou Bernardo. "Chega um momento em que não tem conversa: parou, tem de descontar.

Fonte: MSN