No modelo noeliberal da educação, do PSDB ao PT, a ladainha é sempre a mesma: avaliação externa. Entra ministro, sai ministro e nada muda de verdade para a educação e os educadores.
Vejam na notícia abaixo mais uma proposta de avaliação externa do novo ministro da educação. E notem em qual forum ele deu a notícia: entre empresários. E os educadores, quando serão ouvidos pelos ministros na realização de projetos para a educação? Porque os empresários recebem mais atenção do governo no debate sobre educação, do que os que constrõe o dia a dia da educação nesse país?
A resposta salta aos olhos: é porque a proposta de educação do governo federal é privatizante. Na reunião com empresários, Mercadante dá mais uma boa notícia: "melhores professores terão bolsa em colégios privados". Vejam como a lógica é toda invertida: melhores professores com bolsas em colégios privados. Não deveria ser: professores com maiores problemas sendo preparados nas melhores universidades públicas?
A direção da CNTE e do Sind-Ute precisam repudiar essa proposta do ministro Mercadante e exigir um projeto sério, contruído pelos educadores que valorize a escola pública e quem nela trabalha. As bandeiras de luta devem ser:
NENHUM DINHEIRO DOS TRABALHADORES PARA OS EMPRESÁRIOS DA EDUCAÇÃO!
DINHEIRO PÚBLICO, SÓ PARA A ESCOLA PÚBLICA!
MEC anuncia avaliação nacional da alfabetização
Agência Estado
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou nesta segunda-feira criação de uma prova nacional para medir o grau de alfabetização de crianças de 7 e de 8 anos. O exame, que será aplicado para todos os estudantes a partir do ano que vem, será uma ampliação da Provinha Brasil, que avalia o estágio de alfabetização e de conhecimentos básicos de matemática de estudantes do 2º ano do ensino fundamental.
“A Provinha Brasil é amostral. Nós faremos um exame nacional para ver a qualidade do letramento”, disse Mercadante, que participou de um debate promovido pelo Lide, Grupo de Líderes Empresariais, na zona sul de São Paulo. No evento, o ministro disse que a garantia de alfabetização na idade correta, até 8 anos, é a grande prioridade da sua gestão. “O exame será para todas as crianças. Tem custo? Tem. Mas é muito menor que o da ignorância”.
Mercadante quer usar o desempenho dos estudantes no exame de alfabetização no Escola Sem Fronteiras, programa que vai oferecer bolsas de estudo em colégios privados de referência, como o Pedro II, do Rio, para professores cujos alunos de destacaram na avaliação. O outro indicador para selecionar professores do Escola Sem Fronteiras será o desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O ministro disse que professores com desempenho excepcional podem ganhar bolsas de estudo no exterior.
“Já recebemos uma proposta da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e estamos discutindo com secretários de Educação, porque isso tem de ser feito em parceria. Quem administra a rede são Estados e municípios”, disse Mercadante. “Estamos chamando os secretários para participar do desenho do programa, da modelagem. Na quinta-feira haverá uma oficina dos secretários para que em conjunto a gente consiga fechar a proposta
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