A Greve nacional da Educação é uma realidade. Apesar de todas as dificuldades encontradas pelos educadores de todo o país em fazer valer seu direito de se mobilizar e apesar da vacilação da CNTE em chamar uma greve nacional no momento correto, que a nosso ver seria nas lutas do ano passado, a greve nacional acontece, em maior ou menor medida, em 23 estados e no Distrito Federal. Importante entender que nos estados inclui-se as redes municipais, portanto não só os educadores de redes estaduais estão nesses três municipais, como aqui em JF.
É claro que os governos, extremamente incomodados com essa mobilização, que escancaram para toda as sociedade brasileira o abandono ao qual eles relegam a educação pública, lançam mão de todas as suas armas, incluindo a imprensa governista para desmoralisar o movimento. Um exemplo é o governo e parte da mídia mineira.
Quem acessou o site da SEE viu lá a informação, completamente mentirosa, de que a greve em Minas atingiu apenas 1, 7% das escolas. Isso não é verdade. Mesmo com o risco de corte de ponto por cinco dias; com a pressão das SREs e inspetores; com ameaças do governo através de ofícios enviados às escolas e com o cansaço da última greve, cerca de 35% dos educadores estão em greve nesses três dias de luta. Boa parte das escolas mineiras, estaduais ou municipais, não estão funcionando normalmente nessa semana, e é isso que incomoda quem quer passar à sociedade a imagem de que tudo vai bem na educação em Minas.
Outra notícia veiculada no site é de que o Consede (conselho de secretários de educação) condenam a greve. Ora, seria grande novidade se apoiassem, afinal todos (as) os (as) secretários (as) de educação são cargos de confiança de governadores ou prefeitos, isto é, seus cargos fazem parte da negociação na partilha dos cargos públicos entre partidos que apoiam os governos. Queremos ver é eles (as) condenarem uma aumento nos salários dos secretários (as) de educação.
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