A greve nacional de três dias cumpriu o importante papel de denunciar a toda a sociedade brasileira que os governantes, em sua, maioria, não cumprem a lei do piso nacional do magistério. Milhares de educadores já haviam feito, em suas greves, essa denúncia em 2011, porém de forma isolada em seus municípios e estados. Agora, todo o país já sabe: os educadores brasileiros não são respeitados em seu direito básico de receber um piso nacional..
Cumpriu também outro importante papel que é o de desmascarar propagandas governamentais de todas as esferas: federal, estadual e municipal, que tentam iludir a população de que a educação mudou para melhor em nosso país. Nós que estamos cotidianamente nas escolas sabemos que isso não é verdade, mas não basta nós sabermos, é preciso mostrar isso à sociedade, e as greves são a forma mais eficiente dessa demonstração.
E a luta por valorização continua. Em abril será realizada mais uma semana nacional em defesa da educação pública e a abertura da semana será dia 21/04 aqui em Minas Gerais na cidade de Mariana.
Na reunião do Conselho Geral dia 15/03 o MEL - Movimento Educação em Luta - propôs ( e foi aprovado em assembleia) que nessa semana seja realizada uma marcha à Brasília, porque avaliamos que é muito necessário fazer pressão no governo federal, que fez a lei e no parlamento que a aprovou, para que exijam dos governos estaduais e municipais o seu cumprimento.
Precisamos também dar um recado aos deputados e senadores: a de que não aceitaremos nenhuma alteração na lei que retire o artigo que define o reajuste do piso pelo valor aluno do Fundeb. Se esse artigo for alterado para o INPC, como querem governadores e prefeitos, o valor financeiro do piso nada valerá, uma vez que, seu valor incial (de 950,00) é muito rebaixado e o único mecanismo que garante um aumento decente desse valor é a metodologia contida na lei.
A CNTE deve organizar essa marcha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário