Os trabalhadores da educação em Leopoldo
de Bulhões fizeram na quarta-feira (22) uma manifestação pelas ruas da
cidade, até a secretaria municipal de Educação, cobrando uma resposta da
prefeitura à reivindicação da greve. O movimento surtiu efeito. A
secretária Maria Helena Diniz informou que o prefeito se comprometeu em
pagar um mês no próximo dia 30 e a quitar as folhas atrasadas de todos
os servidores em 20 de setembro.
No entanto, professores e servidores
administrativos decidiram não suspender a paralisação, o que só deve
acontecer quando todos os salários atrasados tiverem sido quitados. "O
prefeito havia prometido em reunião com o Ministério Público pagar as
folhas vencidas em 10 de agosto e não pagou. Agora os trabalhadores só
retornarão às suas atividades quando o acordo for cumprido", afirmou a
professora Renildes Pereira Paula, presidenta da Regional Sindical de
Silvânia.
Sessenta por cento do recurso do Fundeb é
destinado ao pagamento dos professores, porém, não está sendo aplicado
devidamente, pois os docentes do município estão sem receber os meses de
junho e julho. Já os servidores administrativos não receberam nem o mês
de maio. "Vamos acionar judicialmente o prefeito de Leopoldo de
Bulhões. Além do cumprimento da obrigação de pagar os profissionais da
educação, queremos a prestação de contas do Fundeb. Se não está pagando,
onde está o dinheiro?", questionou a presidenta do Sintego, Iêda Leal.
O sindicato está preparando uma ação de
execução contra o prefeito, que está sendo investigado desde 2009 pelo
Ministério Público por possíveis irregularidades na aplicação dos
recursos do Fundeb no município. A informação foi repassada pela
promotora de Justiça Irma Pfrimier, durante audiência pública com os
professores, em 31 de julho. Segundo a representante do MP, foi pedida
auditoria técnica do Tribunal de Contas dos Municípios e o processo foi
enviado para análise pericial da Coordenação de Apoio Técnico do MP
Estadual.
Confundeb
Os professores de Leopoldo de Bulhões
também reivindicam a formação do Conselho Municipal de Acompanhamento e
Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica (Confundeb) no município. A Secretaria Municipal de Educação
afirmou que já encaminhou o projeto de Lei que dispõe sobre a formação
do Conselho à Câmara Municipal. Contudo, a presidência da Casa informou
ao Sintego que tal projeto ainda não foi recebido. Os trabalhadores em
greve farão uma mobilização hoje à tarde, na Câmara Municipal para
cobrar a tramitação e aprovação deste projeto.
Fonte: site CNTE
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