A mídia, com conivência dos governos, tenta desmoralizar a greve dos trabalhadores da justiça e da polícia federal, insinuando que ganham altos salários e tentando jogar servidores de outros segmentos contra nossos companheiros judiciários. Mas não divulga que estão há anos sem reajuste e que as condições de trabalho estão cada vez mais precárias. Nossa solidariedade aos servidores em greve é importante para desmentir a mídia.
400 pessoas protestam contra a inércia do Supremo e o descaso do Palácio do Planalto
No primeiro ato da greve, deflagrada em
20 de agosto, servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público
da União fazem ato conjunto para protestar contra a falta de negociação
com o governo federal
Cerca de 400 pessoas, vestindo camisetas pretas e munidas de apitos e buzinas, reuniram-se na tarde desta terça-feira, 21, em frente ao prédio da Justiça Federal, em Belo Horizonte, no primeiro Ato Público após a deflagração da greve por tempo indeterminado dos servidores do Judiciário Federal em Minas, em 20 de agosto. No ato de hoje, primeiro dos três agendados para esta semana, servidores do Ministério Público da União – MPU, também em greve por reajustes salariais, juntaram-se aos manifestantes e engrossaram o coro contra a política de não negociação do governo Dilma Rousseff.
Os coordenadores do SITRAEMG presentes ao ato não pouparam críticas ao governo federal, que, passado o período de 13 a 17 de agosto, requerido para as reuniões com as categorias de servidores federais em greve, continua “enrolando” os trabalhadores e postergando as negociações. “O governo Dilma é intransigente e pisa nos servidores. Não somos ‘vermes’, precisamos ser respeitados e valorizados”, indignou-se Hélio Ferreira Diogo, coordenador executivo do Sindicato. Já Hebe-Del Kader, coordenador-geral do Sindicato e membro da diretoria da Fenajufe, criticou a inércia do ministro Carlos Ayres Britto, presidente do Supremo Tribunal Federal – STF: “não adianta ficar no Supremo sentado por conta do ‘Mensalão’, tem que se preocupar com o servidor também”.
“A luta é aqui no chão / De camarote não” e “servidor na rua / Dilma, a culpa é sua” foram algumas das palavras de ordem entoadas pelos servidores durante o ato, que também cantaram um jingle composto pelo Comando de Greve, cuja letra destaca a intolerância e a intransigência de Dilma Rousseff com os grevistas . Ao microfone, foram passados informes sobre a situação nos locais de trabalho, segundo o grupo de servidores que percorreu os prédios das três Justiças na Capital entre ontem e hoje de manhã a cada confirmação de local paralisado, os participantes saudavam com apitaços e palmas.
Roberto Resck e Anestor Germano, respectivamente secretário e diretor seccional em Minas Gerais do Sinasempu, sindicato nacional dos servidores do MPU, reforçaram a necessidade de união dos trabalhadores frente à difícil situação que as categorias enfrentam em busca de suas reivindicações. “São seis anos sem reajuste – não é mais possível arcar com as mesmas despesas de seis anos atrás hoje em dia”, disse Resck, ao que Anestor Germano complementou que o que os servidores reivindicam é somente “o que é justo para a categoria”. Os servidores do Ministério Público foram amplamente saudados pelos participantes do ato e a decisão por atividades em conjunto foi muito bem-vinda pelos presentes.
Durante as atividades da greve, o SITRAEMG também está distribuindo uma “Carta Aberta ao Povo Mineiro”, no qual há explicações sobre os motivos da greve. Para a coordenadora executiva Débora Melo Mansur, o texto é importante para “trazer a população para o nosso lado [dos servidores], uma vez que a mídia insiste em nos ‘pintar’ como ‘marajás’. “Não podemos desanimar”, finalizou Débora
Fonte: http://www.sitraemg.org.br.
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