quarta-feira, 11 de julho de 2012

Honduras: Magistério em luta após três anos do golpe

Comitê Regional da Internacional da Educação para a América Latina acompanha marcha em Tegucigalpa

Escrito por: CNTE


 
Após três anos do golpe de Estado em Honduras, as vice-presidentes do Comitê Regional da Internacional da Educação para a América Latina, Fátima da Silva (secretaria de Relações Internacionais da CNTE) e Brígida Rivera (CGTEN ANDEN/Nicaragua) acompanharam a marcha nacional realizada pela Federação das Organizações Educacionais de Honduras (FOMH), que transitou pela capital, Tegucigalpa, para comemorar a data.
Com os slogans “não deixamos de ensinar, ensinamos a lutar” e “educação pública primeiro para os filhos do trabalhador”, o magistério hondurenho e dirigentes sindicais da região marcharam em defesa da democracia hondurenha e para demandar políticas que protejam a educação pública e os direitos trabalhistas dos docentes do país.
O golpe de Estado de 2009 abriu um processo de desmantelamento da educação pública e até agora os professores hondurenhos enfrentam a ameaça da municipalização, o desconhecimento do Estatuto dos Professores e com ele uma onda de instabilidade laboral. Além disso, continuam as perseguições dos docentes que tiveram participação ativa na resistência ao golpe. O clima de horror se mantém em Honduras, com ameaças e assassinatos a professores, sindicalistas jornalistas e ativistas sociais comprometidos com que a resistência, passados três anos do golpe.
Fátima da Silva, secretária de Relações Internacionais da CNTE e vice-presidente da Internacional da Educação para América Latina, afirma que "os professores de Honduras e suas organizações continuam na resistência, ensinando cidadania e soberania".
Justamente na data de aniversário do golpe de Estado, quando os militares irromperam na casa do presidente constitucional José Manuel Zelaya, o ex-mandatário afirmou que “as democracias são os caminhos dos povos”, enquanto que “a violência é o caminho das oligarquias de elite, que têm que ser combatidas”. “O golpe de Estado no Paraguai segue o mesmo padrão, talvez com algumas variantes, mas é o mesmo padrão”, afirmou Zelaya à imprensa interacional neste 28 de junho. Ele acrescentou que os golpes de Estado “criam uma crise e as forças oligárquicas representantes dos partidos tradicionais vêm para fazer seu trabalho sujo e, pela força, remover e destruir a democracia em nossos países".
Enquanto isso, no Paraguai, as organizações sociais e sindicais mantém a luta pela resistência e defesa das instituições democráticas faz apenas alguns dias após o golpe naquele país.
As democracias seguem frágeis na América Latina, fato pelo qual os sindicatos são chamados a manter a resistência em defesa dos direitos humanos, da institucionalidade e dos governos democráticos e eleitos livremente nas urnas pelo povo.
A Internacional da Educação para América Latina, assim como suas afiliadas, tem enviado cartas a organismos internacionais repudiando o golpe de Estado desde sexta-feira, 22 de junho, quando foi consumado o “golpe à democracia” no Senado paraguaio. (IEAL)

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