O anúncio do Governador Jaques Wagner
sobre a realização de aulões para os estudantes que participarão do
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a ameaça de demissão feita
aos/às professores/as da rede pública baiana, em regime de estágio
probatório e contrato temporário, demonstram o descaso e a truculência
estatal para com a oferta de educação pública de qualidade e a
valorização de seus profissionais.
Ao se aproximar dos três meses de greve
na rede estadual, motivada pelo descumprimento do acordo firmado entre o
Governo da Bahia e a APLB/Sindicato, ainda em 2011, visando o pagamento
do piso salarial da categoria na base do plano de carreira, o
Governador Jaques Wagner tenta compensar sua inabilidade política e a
falta de compromisso com a qualidade da educação pública, promovendo
aulões para cerca de 500 a 700 estudantes, simultaneamente, ministrados
por professores/as ameaçados/as de demissão.
Para a CNTE, a situação na rede de
ensino da Bahia é grave, uma vez que o Poder Público deixa de honrar
compromissos com a população e a categoria do magistério. Pior:
utiliza-se de mecanismos precários para sobrepor suas obrigações
constitucionais, em gestos que reforçam o sucateamento do ensino
público, e desrespeita o direito de greve da categoria.
Na qualidade de representante de mais
2,5 milhões de trabalhadores da educação pública básica no país, a CNTE
repudia, veementemente, as ações do governador Jaques Wagner e exige o
cumprimento imediato do acordo firmado com a APLB, a fim de que as aulas
sejam retomadas com a garantia da qualidade a que todos os estudantes
têm direito.
Brasília, 25 de junho de 2012
Roberto Franklin de Leão
Presidente
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