quarta-feira, 31 de agosto de 2011

EM ASSEMBLEIA ESTADUAL, EDUCADORES DECIDEM CONTINUAR A GREVE.



Aproximadamente 16 mil trabalhadores e trabalhadoras em educação da rede estadual decidiram, em Assembleia Estadual ocorrida nesta tarde (31/8), no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), manter a greve por tempo indeterminado. O movimento teve início dia 08 de junho e a categoria reivindica o imediato cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), regulamentado pela Lei Federal 11.738.

Após a Assembleia Estadual, os manifestantes seguiram em passeata até a Praça da Liberdade.

Nesta quarta-feira (31/08), pela manhã, houve reunião do Comando Geral de Greve, no auditório do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (CREA). Também pela manhã, aconteceu a reunião com o Ministério Público Estadual, Governo de Minas e Sind-UTE/MG. Participaram além de representantes do Sindicato, as secretárias de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, de Educação, Ana Lúcia Gazolla e, pela primeira vez, o secretário de Governo, Danilo de Castro, além do procurador de Justiça, Alceu Torres Marques, a coordenadora da Promotoria Estadual de Defesa da Educação, Maria Elmira Dick, os promotores da Promotoria da Infância e Juventude, Maria Lúcia de Santa Gema e Celso Pena.

Na oportunidade, o Governo apresentou proposta de um valor de Piso de R$712, a partir de janeiro de 2012, desconsiderando o tempo de carreira e o grau de escolaridade. A direção estadual do Sind-UTE/MG explica porque não atende. “A proposta nada mais é que o achatamento da carreira, não está aplicada a tabela de vencimento básico vigente e ela contemplaria apenas o professor, excluiria outros categorias de educadores. O Governo não apresentou proposta para os cargos de suporte à docência e, por isso também não cumpre a Lei .”

A direção do sindicato conclama a categoria a continuar mobilizada para fortalecer o movimento, que avalia ser justo, pois trata-se de um cumprimento à Lei Federal. Os trabalhadores vão se organizar e realizar vários atos e manifestações dialogando com a sociedade, divulgando panfletos, além de promover atividades de caça ao governador e manter a articulação com movimentos sociais e entidades sindicais, com objetivo de fortalecer a greve. O Sindicato orienta os designados a não assinar nenhum documento e a permanecerem em greve.

Também hoje, o Ministro da Educação, Fernando Haddad (PT) disse apoiar o governo de Minas na contratação de novos professores e descartou a possibilidade de cancelar ou adiar o Enen, diante da situação em Minas Gerais. Sobre a questão, a direção estadual do Sind-UTE/MG mandou um recado ao ministro: “não emita opinião sobre a greve em Minas e cumpra o papel de cobrar dos estados e municípios o cumprimento da Lei Federal 11.738/08”.

Nova Assembleia Estadual da categoria está marcada para o dia 8 de setembro. No dia da Independência, 7 de setembro, feriado nacional, os trabalhadores vão participar do Grito dos Excluídos em diversos municípios mineiros.

MINISTRO FERNANDO HADDAD É O BOLA MURCHA DO DIA.



O ministro da educação, Fernando Haddad (PT), disse nesta quinta-feira (31) que apoia a decisão do Governo de Minas Gerais de contratar professores substitutos devido à greve da categoria, que já dura 85 dias. A afirmação foi feita após a realização de uma reunião entre o ministro e o governador Antônio Anastasia no Ministério da Educação, em Brasília.

De acordo com Fernando Haddad, a decisão do governo mineiro é de caráter emergencial e visa resolver o problema dos alunos, que não podem ficar sem aulas. Além disso, a contratação de professores sem licenciatura também é apoiada pelo ministério.

Segundo o ministro, apesar do longo período da paralisação dos professores estaduais de Minas, não há risco da data do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011 ser modificada. As provas continuam marcadas para os dias 22 e 23 de outubro.

Na tarde desta quarta-feira, será realizada mais uma assembleia entre os profissionais e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A previsão é que a reunião sirva para definir os rumos da greve. Neste momento, representantes do Sind-UTE participam de um encontro com integrantes do Ministério Público Estadual (MPE) e do Governo de Minas.


Jornal O Tempo

MANIFESTAÇÃO DE ALUNOS E ALUNAS DA ESCOLA ESTADUAL DELFIM MOREIRA EM JUIZ DE FORA.

Após a agressão de policiais militares aos estudantes e professores na manifestação de ontem, dia 30 de agosto, estudantes da Escola Estadual Delfim Moreira em Juiz de Fora, manifestaram hoje, dia 31 de agosto, o seu repúdio aos policiais militares envolvidos na agressão e apoiaram a defesa da educação pública de qualidade e o pagamento da Lei do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). Também reivindicam melhores condições de ensino. A resposta dos alunos e alunas foi imediata: Anastasia, não adianta intimidar pela força, nós apoiamos a aplicação da Lei do Piso.





terça-feira, 30 de agosto de 2011

O TÍTULO DE "BOLA MURCHA" DE HOJE VAI PARA O GOVERNADOR ANASTASIA E OS POLICIAIS MILITARES ENVOLVIDOS NA AGRESSÃO A PROFESSOR DA REDE ESTADUAL DE MINAS GERAIS.


Hoje, a Polícia Militar de Minas Gerais mostrou toda a sua truculência na manifestação organizada pelos estudantes em apoio aos educadores em greve. O professor André Nogueira, membro do comando de greve, estava presente na manifestação e foi agredido por policiais militares no momento em que defendia alunos que faziam uma cerca humana para paralisar o trânsito no cruzamento da Rua Halfeld com Rio Branco.

Segundo os presentes à manifestação, os estudantes estavam sendo ameaçados por um guarda municipal. "Um policial de moto veio acelerando para o nosso lado e, aí o professor André veio para falar que ele não podia fazer aquilo. O policial desceu da moto e agrediu o professor jogando-o ao chão. Deitado, foi algemado e o levaram de camburão para a delegacia."

Diante de tamanha agressão, os estudantes se revoltaram contra a polícia, sentaram no meio da avenida, puxaram palavras de ordem contra a repressão e não se intimidaram. A manifestação continuou por mais de uma hora com os estudantes sentados no cruzamento da avenida Rio Branco esquina com a rua Halfeld.

O governador de Minas é o responsável pelas ações da polícia militar e esse ato de repressão contra um professor não pode ficar impune. Já somos agredidos todos os dias pelos baixos salários e péssimas condições de trabalho. Estudantes são violados em seus direitos de obter uma escola pública de qualidade.

Os educadores estão em greve desde o dia 8 de junho do corrente, exatos 82 dias, agredidos pela decisão intransigente de Anastasia em não cumprir uma lei a que os educadores têm direito e agora o Governador manda a polícia impedir toda e qualquer manifestação?



Estudantes e educadores têm exercido o direito legítimo de manifestação e nenhum governo poderá impedir isso! Ninguém poderá impedir a chegada da primavera!

Várias entidades de trabalhadores já se solidarizaram com o Sind-UTE Subsede Juiz de Fora e repudiaram a ação truculenta de policais militares despreparados. As manifestações vão continuar. Estudantes e educadores continuarão ocupando as ruas até que sejamos respeitados, pois a Escola Pública está sendo cada vez mais destruída pelas sucessivas gestões, parte delas do PSDB = PIOR SALÁRIO DO BRASIL.

Que o governador Fora da Lei, Antônio Anastasia pague o piso que nos deve e respeite a Escola Pública mineira.

Convocamos os trabalhadores em educação que estão nas escolas a se indignarem conosco contra essa agressão a um colega em greve. Venham fazer parte do movimento.

A LUTA É PRA VENCER! A LUTA É PRA VALER!



REPÚDIO À AÇÃO DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS.

Neste dia 30 de agosto de 2011 grava-se uma das mais terríveis ações da Polícia Militar de Minas Gerais localizada em Juiz de Fora. Em um ato público organizado por estudantes da Rede Estadual, a truculência de policiais da PM mineira chegou a limites intoleráveis. Agrediram estudantes e professores em greve em mais um ato arbitrário de uma corporação que já contabiliza casos incontáveis de corrupção e desvio de padrão de comportamento intoleráveis.

Desde o dia 08 de junho do corrente, a educação pública de Minas Gerais está em greve para defender entre outras questões, a aplicação de uma Lei do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) e melhores condições para as escolas públicas mineiras. A resposta do Governador de Minas Gerais - aquele que se diz professor - Antônio Anastasia é através de cacetetes e de truculência, desta vez violando mais um princípio Constitucional da livre manifestação pública.

Com a total conivência de seus superiores, policiais militares reprimem a manifestação em Juiz de Fora, agredindo e prendendo professores e alunos em ato que deveria ser pacífico, não sendo porque a polícia militar mancha mais uma vez sua farda com o sangue de inocentes que reivindicam seus direitos.

A resposta da sociedade em geral será dada nas ruas a todos que querem valer da força para reprimir e ameaçar os direitos dos trabalhadores, aposentados e estudantes. A categoria agora somente têm uma resposta plausível: Greve!

A Polícia Militar será representada junto aos órgãos de direitos humanos e denunciada a sua arbitrariedade. Anastasia você não sabe perder! Você perdeu playboy!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

MAIS UM DIA DE VITÓRIAS PARA O COMANDO DE GREVE LOCAL

Hoje, dia 29/08 foi um ótimo dia para o comando de greve local. Aumentamos o número de professores em greve e, mais uma vez, não houve nenhuma designação para substituir grevistas.
A partir de hoje vários colegas da escola Sebastião Patrus, onde não tinha ninguém em greve, aderiram ao movimento e a adesão à greve aumentou nas escolas Fernando Lobo e Hermenegildo Vilaçã.
Amanhã as 8h estaremos nas ruas com os alunos do Polivalente de Teixeiras e Escola Normal em manifestção de apoio ao nosso movimento e continuaremos visitando escolas e acompanhando as designações.

DENÚNCIA! PSICÓLOGA É DESIGNADA PARA SUBSTITUIR PROFESSOR

Até onde chega o absurdo das contratações para substituir professores em greve? Cadê a tão propalada "preocupação" de Anastasia/Gazola com os alunos sem aulas porque seus professores estão lutando pelo cumprimento de uma lei? Pois é, pode chegar a situações como a que aconteceu na Escola estadual Delfim Moreira onde uma psicóloga foi contratada para substituir um professor de sociologia.
Ela possue uma "autorização" da SRE para lecionar esse conteúdo porque cursou um período qualquer de uma disciplina qualquer, parecida com qualquer coisa que o sistema de educação de Minas chama descaradamente de sociologia para fugir de sua responsabilidade de oferecer e garantir educação de qualidade para os jovens mineiros, que passa necessariamente por professores formados em cursos superiores específicos e com currículo completo da área de conhecimento com 6, 8 períodos de estudos e pesquisas.
Estamos acompanhando as designações e é gritante o número de estudantes que concorrem às vagas de substituições a professores com 15, 20 anos de experiência, muitos até com mestrado. É essa a qualidade da educação de Anastasia/Gazola?.

NÃO Á CONTRATAÇÃO DE SUBSTITUTOS PARA OS GREVISTAS!
FORA ANASTASIA/GAZOLA!
POR UMA ESCOLA PÚBLICA DE QUALIDADE PARA OS TRABALHADORES MINEIROS!

PROFESSORES: ESSA LUTA É DE TODOS!



Por Vinnícius Moraes

Por motivos que eu ainda não posso revelar publicamente, tive que me afastar um pouco do blog e das redes sociais.

Mas é impossível não reiterar meu apoio e minha solidariedade aos professores, em luta pelo cumprimento da lei!

Submetidos a um longo processo histórico de desvalorização, restou aos profissionais da educação apenas um caminho: a greve.

O quadro é tão caótico que, nos dias 23 e 24 de agosto, na cidade mineira de Juiz de Fora, a paralisação alcançou professores dos três níveis da rede pública de ensino: municipal, estadual e federal.

Em greve há 80 dias (desde 8 de junho), os professores da rede estadual de Minas Gerais cobram do governo o cumprimento da Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, que institui o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) para os profissionais do magistério público da educação básica.

Lutando também pelo piso salarial, os professores da rede municipal de Juiz de Fora decidiram pela greve no dia 16 de agosto.

Em poucas palavras, não querem os professores das redes municipal e estadual de Minas Gerais nada além do mínimo que lhes garante a legislação brasileira!

Ademais, qualquer dúvida porventura existente em relação à constitucionalidade e à aplicação imediata da referida Lei, foi eliminada com a publicação - na edição de 24 de agosto de 2011, do Diário da Justiça - da decisão (acórdão) do Supremo Tribunal Federal (para mais detalhes, clique aqui).

Assim, o que se espera dos governos municipal e estadual - chefiados, respectivamente, por Custódio Mattos (PSDB) e Antonio Anastasia (PSDB) - é apenas o cumprimento da lei!

Além de participar ativamente das manifestações da categoria nas ruas, a professora juiz-forana Helena Rodrigues Gonçalves também tem aproveitado o potencial das redes sociais para debater publicamente a situação dos profissionais da educação.

Diante do descaso dos gestores com a educação, a professora, entre outras reflexões veiculadas em sua página no "facebook", questiona:

como pensar o sistema educacional, a escola, o discurso pedagógico, considerando que a realização desse trabalho tem que estar assentada no reconhecimento do professor, que tem papel fundamental no processo educativo formal?

Contudo, lamentavelmente, em negociações com trabalhadores, é comum governantes tentarem desqualificar os profissionais, utilizando-se, habitualmente, da grande audiência dos meios tradicionais de comunicação, muitos economicamente dependentes de verbas provenientes de campanhas publicitárias.

Proponho um exercício simples: verifique - nos meios de comunicação de sua cidade, de seu estado e do país - quem são os maiores anunciantes dos respectivos veículos...

Assim, como supor que a intensa relação comercial estabelecida entre governos e empresas de comunicação não afeta o jornalismo?

Em Minas Gerais, por exemplo, a relação entre o governo estadual e a imprensa tradicional é tão imbricada, que já desperta a atenção internacional, como mostra o filme "Gagged in Brazil", produzido pelo documentarista mineiro Daniel Florêncio para a "Current TV" e exibido em maio de 2008 no Reino Unido e nos Estados Unidos:

Neste momento, Aécio Neves exerce a função de senador, mas a prática na "Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves" (sede oficial do Governo do Estado de Minas Gerais) parece não ter se modificado no governo de seu sucessor, o "professor" Antonio Anastasia.

No início de agosto, o jornalista Luiz Carlos Azenha publicou em seu site ("vi o mundo - o que você não vê na mídia") o excelente texto "Professores de Minas publicam contracheques para provar que estado é PSDB [PIOR SALÁRIO DO BRASIL]".

Logo no primeiro parágrafo, o jornalista denuncia a sórdida estratégia adotada pelo atual governador:

Depois de uma campanha midiática em que o governador Antonio Anastasia sugeriu que os professores em greve estavam mentindo sobre os salários pagos a eles pelo governo de Minas Gerais, os profissionais de Educação do estado decidiram publicar os contracheques e encaminhar um kit-salário para os jornais e outros meios de comunicação do estado.

Contudo, a "cortina de fumaça" gerada pela força persuasiva da propaganda oficial é tão densa que alguns cidadãos são levados a uma visão deturpada da realidade. Como no caso de Avelino Jr., que teve uma carta publicada no jornal juiz-forano "Diário Regional", na edição de 25/08/2011:


No texto, o referido leitor, "indignado com a greve dos professores" (segundo ele, "irresponsáveis com a educação") e que se baseia "nos noticiários" como fonte para a sua argumentação, afirma que estudantes do Instituto Estadual de Educação teriam se manifestado, "implorando que a categoria volte ao trabalho".

Entendo a preocupação do cidadão Avelino Jr., pai de aluno de escola estadual, mas a sua versão para a motivação da manifestação dos estudantes é completamente distinta do que fora veiculado no site "Acessa.com", pela repórter Aline Furtado:

Alunos protestam em JF
Na manhã desta terça-feira, 23, estudantes do ensino médio do Instituto Estadual de Educação (IEE) fizeram um protesto na porta da escola, a fim de chamar a atenção para a greve. A manifestação foi uma forma de apoio aos professores da rede estadual, além de repúdio à falta de negociação.

E essa não foi a primeira manifestação pública de apoio dos estudantes aos professores juiz-foranos: na semana anterior, no dia 16 de agosto, um grupo formado por mais de 50 estudantes interrompeu o trânsito em uma das principais avenidas da cidade, por cerca de 30 minutos.

É preciso ter "olhos de ver" e "ouvidos de ouvir"!
Somente assim, conseguiremos cobrar os que são realmente (ir)responsáveis com a educação!

Muitos leitores do blog elogiam a forma como escrevo. Devo isso, entre outras coisas, a muitos professores!

Para elaborar bons textos, são fundamentais os hábitos da leitura e da pesquisa, adquiridos ao longo do tempo. Também esse "fogo interno", devo a professores!

Ainda, sem medo de exagerar, afirmo que, muito do que sou, nos âmbitos pessoal e profissional, devo a professores!

Por isso: se professores estão em luta, estou com eles!

GOVERNO DE MINAS DIZ EM NOTA QUE PODE DESCUMPRIR A LEI E A ORDEM DO STF. PERGUNTA-SE: E O MINISTÉRIO PÚBLICO DE MINAS, NADA FARÁ?

Por Euler Conrado

Neste domingo o Governo de Minas soltou mais uma daquelas notas que têm a cara de um governo que age como se vivêssemos em plena ditadura militar. Neste informe publicitário, o governo faz um elogio aos professores que estão traindo a categoria e continuam em sala de aula, quando deveriam estar nas ruas, em greve, apoiando a nossa luta, que é para o bem de todos os educadores.

Em seguida, o governo engata aquele cínico lero lero de sempre, dizendo-se preocupado com os alunos e seus pais - preocupado??? Imaginem se não estivesse! -, e que estaria tomando medidas para sanar os prejuízos que, de acordo com o governo, a nossa maravilhosa greve estaria provocando.

E quais seriam essas providências? - poderia indagar algum inocente. Mas, de inocente este governo nada tem. As providências são as tais contratações de substitutos, a maioria deles sem habilitação profissional para exercer a atividade de professores. Recrutados sem qualquer critério, estes substitutos são a "solução" do governo para salvar os alunos do 3º ano do ensino médio que farão o exame do ENEM.

Mas, o governo agora inovou e estaria criando um sistema de aulas à distância, para suprir as deficiências do ensino que ficou suspenso com a nossa greve. A pergunta que não quer calar é a seguinte: essas aulas serão ministradas para os alunos ou para os substitutos? Tenho a ligeira impressão de que estes precisam mais do que aqueles.

A outra providência que seria tomada pelo governo é enviar um projeto de lei contendo "significativas medidas de aperfeiçoamento" para o subsídio. E completa a frase dizendo que tais medidas são voltadas para aqueles que "aderiram" ao sistema de subsídio. Aderiram? Por acaso alguém pediu para aderir a este sistema? Gozado, pensei que todos tivessem sido enquadrados compulsoriamente naquele famigerado sistema. Devo estar mal informado. Ou será que é por que eu não leio jornalecos como aquele que tem a pretensão de se considerar "o grande jornal dos mineiros"? Grande em quê? Só se for na arte de iludir e de tergiversar para a população mineira. Ah, bom, neste caso ele é grande mesmo, sem concorrente.

Mas, reparem que até agora, ou seja, até aqui, a nota oficial do governo não disse nada, uma linha sequer para solucionar de fato um probleminha simples chamado LEGALIDADE, cumprimento da lei federal 11.738/2008, que determina o pagamento do piso salarial dos educadores enquanto vencimento básico - e que o governo de Minas descumpre.

Já no parágrafo seguinte o governo tem a desfaçatez de apresentar a seguinte pérola em matéria de formulação ou raciocínio:

"A recente publicação de acórdão do Supremo Tribunal Federal, que reconhece a constitucionalidade do piso salarial para os professores, não representa novidade e ainda precisa transitar em julgado para que a decisão se torne definitiva."

Bom, se não representa novidade - e de fato, desde o dia 06 de abril de 2011 a decisão do STF já estava tomada - então por que o governo até hoje não cumpriu a decisão tomada pelo Judiciário? Esta história de que "precisa transitar em julgado" é mera enrolação, mecanismo de procrastinação por parte de governantes sem compromisso com os alunos e seus pais, com os quais eles dizem estar preocupados. Se o Governo de Minas estivesse realmente preocupado com os alunos e com a Educação pública já teria cumprido a Lei Federal de 2008 e a recente determinação do STF, que o governo diz publicamente não ser nenhuma novidade.

E a nota do governo continua. "Desde já, entretando, o Governo de Minas deixa claro para os pais, professores e a sociedade que jamais tomará medidas que impliquem ultrapassar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal e suas responsabilidades de governança pública".

Novamente, a velha lenga-lenga da LRF que só é lembrada quando se trata de pagar os salários dos educadores. O governo não se lembrou dessa lei quando contratou centenas de assessores em cargos de confiança através de leis delegadas; nem quando deu 100% de aumento para a PM. Mas, como já demonstramos aqui à exaustão, a Lei do Piso e a LRF não são conflitantes. O próprio TCE de Minas, como foi demonstrado em comentário de um dos nossos ilustres visitantes de Carangola, já se pronunciou a respeito, dizendo que, em se tratando da Lei do Piso o governo poderá sim ultrapassar os limites da LRF. Claro que terá que tomar medidas saneadoras das contas, especialmente em relação aos de cima.

Como se não bastasse, o governo mineiro poderia recorrer à ajuda do governo federal caso provasse não haver recurso. Mas, para isso teria que abrir as suas contas, que, ao que parece, não andam nada bem. A decantada eficiência deste governo é apenas para servir aos de cima; quando se trata de cumprir uma lei para o bem dos de baixo, o governo tenta de todas as formas aplicar confiscos e choques de gestão.

Mas, o que chama a atenção mesmo, neste citado parágrafo é a confissão pública implícita de que o governo pode não cumprir a lei federal e a determinação do STF, que é irrecorrível e tem caráter vinculante. E aí a pergunta que fica no ar para todo cidadão mineiro é esta: e o Ministério Público de Minas, não fará nada? Vai continuar com essa passividade, como se fosse mero espectador desse impasse? E a Justiça mineira, que está sempre pronta para tomar decisões contra os educadores, não fará nada contra o governo que diz publicamente que pode não cumprir uma lei federal (e que aliás não vem cumprindo)? Que país é esse, afinal?

No último parágrafo, a infeliz nota do governo diz cinicamente que "lamenta a intrasigência do sindicato" - o intransigente é o sindicato, que abriu mão inclusive do piso da CNTE, e não o governo -, e insinua que "o movimento tem objetivos que fogem à mesa de negociação". Que negociação, cara pálida? Deve ser aquela na qual nós entramos com o pescoço e o governo com a guilhotina. Só pode ser. Cortou e reduziu ilegalmente nossos salários; contratou ilegalmente substitutos para o lugar dos verdadeiros professores em greve; iludiu o pessoal que ficou no subsídio, sem mostrar as desvantagens daquele sistema que agora precisa de "aprimoramentos" para justificar a mentira dita e repetida de que o governo pagaria até mais do que o piso através do subsídio.

A única coisa que o governo não disse - e era tudo o que tinha que dizer - é que cumprirá a lei e pagará o piso dos educadores.

E para finalizar, o governo diz na nota que continua "aberto para negociar com o sindicato" - imaginem se não estivesse! - "medidas que ponham fim à paralisação, que prejudica, em última análise, os pais e alunos, razão de ser da escola pública".

Quem lê esta parte final pode até pensar que o governo está muito preocupado com a Educação pública voltada para os filhos dos trabalhadores. Tão preocupado que se omitiu de pagar um piso miserável, que teria evitado a greve; e que não investe os 25% da receita na Educação Pública, cortou conteúdos no ensino médio que prejudicarão os alunos no exame do ENEM; e tem realizado sistemática política de confisco salarial pra cima dos educadores.

Quando se comporta dessa forma, o governo prejudica os educadores e consequentemente a escola pública, aí sim, minando as esperanças de muitas gerações de crianças, jovens e adultos, que são privados de uma Educação pública de qualidade.

Enfim, se esta for a linha adotada pelo governo para "sanar" os problemas que vivemos com a greve, acho que devemos nos preparar para uma longa batalha, que não pode se restringir nem à categoria dos educadores, e nem tampouco aos limites do estado de Minas Gerais. A Educação pública é uma luta nacional. E ela está sendo atacada de morte aqui em Minas Gerais. É preciso que todos, especialmente os de baixo, levantem-se para exigir respeito à Lei do Piso, aos educadores, à educação pública, e aos princípios republicanos que constam da nossa Carta Magna. E que o MP, o legislativo e o judiciário cumpram o seu papel constitucional.

Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória!


P.S. A nota em análise foi publicada hoje, dia 28 de agosto, no jornal Estado de Minas, pág. 4, com o título: Comunicado do Governo de Minas.

domingo, 28 de agosto de 2011

DELIBERAÇÕES DO COMANDO DE GREVE

A reunião do comando de greve, após uma ampla avaliação do momento em que se encontra o movimento definiu por consenso entre os presentes que a direção estadual não deve vacilar nessa reta final e não deve aceitar nenhuma proposta do governo que não seja o pagamento do piso, pois a parcela da categoria que está em greve não aceitatá mais a balela de "fazer uma comissão", como aconteceu no ano passado, e tampouco aceitará um escalonamento da implantação do piso como o governo já tá "ventilando" ´por aí. Avaliamos que a greve está com fôlego para ir até o fim e que só deverá acabar com o governo pagando o piso.

Foi definido o seguinte calendário de atividades:


- Continuar as visitas às escolas para convocar nossos colegas, principalmente do ensino médio a aderirem à greve. Assim conseguiremos segurar as contratações para substituir grevistas. Se todos estiverem em greve não haverá substitutos para tantos professores;
- Participar e fortalecer a manifestação dos alunos em apoio a nossa greve que será nessa 3ª feira as 8:00 en frente à Escola Normal;
- Participar da Assembleia Estadual dia 31/08;
- Realizar uma assembleia regional em JF no dia 01/09 as 16h na Escola Normal;
- Realizar uma assebleia específica para aposentados no dia 02/09, as 16h na Escola Normal;
- Realizar uma ação aqui em JF em local, dia e horário a ser divulgado apenas entre a categoria.

A GREVE É PRA VALER. A GREVE É PRA VENCER!

SEMINÁRIO LANÇA CAMPANHA DOS 10% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO JÁ.



No último sábado, 20 de agosto, ocorreu o Seminário de Lançamento Estadual da Campanha “10% do PIB para Educação Pública Já”. O evento foi convocado pela ADUNEB, ANDES-SN, CSP-CONLUTAS, ANEL, SINASEFE, Intersindical e contou com a presença de estudantes e professores da UNEB e UFBA, bem como de estudantes e dos servidores em greve do IFBA, metalúrgicos da FORD, membros da oposição à APLB e servidores de Esplanada e Alagoinhas. A atividade fez parte da Jornada Nacional de Lutas que acontece, entre os dias 17 e 26 de agosto, em todo o país.

A mesa de conjuntura abriu o seminário com a palestra de Luiz Carlos Prates, o Mancha, metalúrgico de São José dos Campos e membro da executiva da CSP/Conlutas, e Hamilton Assis, da Intersindical. Os palestrantes abordaram o cenário de crise econômica mundial e a resistência dos trabalhadores na Europa e no mundo árabe contra os planos de austeridade dos governos. Destacaram, ainda, o período de estabilidade econômica no Brasil que, no entanto, não tem significado melhorias concretas na vida dos trabalhadores, mas sim mais lucros para as empresas. Para Mancha, essa é a hora da classe trabalhadora exigir a sua parte do crescimento do país e lutar contra os recentes ataques do Governo Dilma. “A jornada de lutas unificada será um importante momento para exigirmos o que é nosso”, afirmou o representante da CSP/Conlutas.

Logo após a mesa de conjuntura, iniciou o debate sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) e a apresentação da campanha dos “10% do PIB para Educação Pública Já”. Amanda Gurgel, professora do Rio Grande do Norte, e Hélvio Mariano, diretor do ANDES-SN, compuseram a mesa e abordaram a luta contra o PNE do Governo Dilma e o andamento da campanha em todo o país. Segundo os palestrantes, a educação não pode esperar até 2020 para receber os 10% do PIB, como define o PNE do Governo. “Existe recurso hoje para isso! A aplicação de 10% do PIB deve ser imediata! O governo precisa apenas decidir se prefere financiar os banqueiros e as empresas ou a Educação”, afirmou o diretor do AND ES-SN. Amanda Gurgel destacou que o Seminário foi um importante começo para a campanha na Bahia. “Agora é levar a campanha para as escolas, locais de trabalho, universidades e, em novembro, realizar o plebiscito sobre o tema com o apoio da população brasileira”, declarou Amanda.


Por Raíza Rocha
Foto: Raíza Rocha

ATIVIDADES DO COMANDO DE GREVE

A cada momento da greve, a cada ataque desse governador fascista e de seus subordinados - superintendentes, inspetores (as) e a algumas direções a ele atrelados - novas estratégias e ações são criadas pelo Comando Regional de Greve. O Comando de Greve tem realizado - todos os dias - na sede do Sind-UTE Subsede Juiz de Fora reuniões para definir as estratégiias e táticas a serem usadas no dia seguinte. Tais reuniões acontecem inclusive aos sábados e domingos como a que acontecera hoje, dia 28 de agosto do corrente.

Na reunião desta tarde foi definido nosso calendário de atividades do dia seguinte. Traçamos algumas ações para a semana, buscando impedir as designações de cargos de professores grevistas. Além disso, definimos pela continuidade das outras ações "surpresas" as quais também colocarão nossa greve na mídia, como o abaixo assinado no calçadão da Rua Halfeld e as diversas manifestações que acontecerão e que serão divulgadas devidamente.

Os alunos das Escolas Estaduais como os do Polivalente de Teixeiras e os do Instituto Estadual de Educação (IEE), prometem realizar mais uma manifestação em apoio aos educadores em greve. Será na próxima terça-feira, dia 30 de agosto. Mais detalhes, serão divulgados nesse blog.

Solicitamos que os trabalhadores em greve entrem em contato com o sindicato para que seja orientada o que fazer no caso das designações. Compareça na sede do Sind-UTE e procure saber o seu caso. É importante ressaltar que algumas informações não serão dadas por telefone. Participe da luta e vamos impedir mais um dia de designações.

sábado, 27 de agosto de 2011

É O PISO, É O PISO, É O PISO!

Por Euler Conrado

Colegas de combate, o governo não tem nada mais a fazer em relação ao piso, a não ser pagá-lo. Claro que o governo poder querer ganhar tempo, com essa lenga-lenga de que o acórdão cabe recurso. Conversa para boi dormir. O acórdão não pode ser alterado na sua essência. O máximo que os governantes descomprometidos com a educação podem fazer é querer ganhar tempo. Nada mais.

Mas, claro que isso - tempo - é um fator importante para os dois lados. Da parte do governo, ele precisa de tempo para tentar esvaziar, enfraquecer e destruir a nossa greve. Enquanto houver a nossa greve, principalmente ganhando força, ele nada poderá fazer para atacar os nossos direitos. Ao contrário, se a greve enfraquecer e até terminar antes da conquista do piso, ele poderá nos destruir, de várias formas.

Portanto, a primeira observação que faço aos colegas é esta: a nossa maior garantia de vitória é a nossa greve; sem a greve, seremos destruídos; com a greve, temos condições de pressionar o governo a cumprir a lei (vou publicar esta parte e continuar escrevendo...).

Mas, vocês poderão perguntar: por que o governo quer ganhar tempo ao invés de pagar o piso e acabar com a greve?

A resposta que eu tenho para esta pergunta não é simples. Há muitas coisas em jogo para o governo. Primeiramente, o governo terá que admitir que cometeu um grave erro ao não negociar o pagamento do piso logo após o dia 06 de abril, o que teria evitado a greve e os muitos prejuízos que foram provocados a partir da intransigência do governo. Os educadores foram prejudicados, pois estão (estamos) sem salário, em greve há 78 dias, passando por todo tipo de pressão e prejuízos material e psicológico. Os alunos foram prejudicados, pois deixaram de ter acesso aos conteúdos e à convivência escolar que é dever do estado oferecer. Os pais de alunos foram prejudicados, pois estão assistindo ao prejuízo provocado pelo estado aos educadores e aos alunos.

Essa forma cínica da mídia bandida querer enfocar os prejuízos da greve apenas para o lado dos alunos, numa falsa preocupação com os mesmos, é uma das coisas que precisam ser combatidas. A educação não existe sem os educadores. Quando se prejudica os educadores, toda a Educação pública está ameaçada, e consequentemente, o ensino proporcionado aos alunos das várias gerações fica prejudicado.

O governo de Minas, com o foco apenas na questão financeira do estado, voltado para os objetivos neoliberais do governo, em benefício dos de cima, comete graves prejuízos à sociedade mineira dos de baixo, especialmente aos educadores, à Educação pública e também aos alunos e pais de aluno.

Nós estamos diante da seguinte situação: existe uma lei que obriga o governo a nos pagar o piso enquanto vencimento básico. Ao mesmo tempo, para escapar desta lei, o governo criou uma fórmula de confisco salarial chamada subsídio. Questionada a lei do piso e tendo sido considerada constitucional, o governo mineiro procura procrastinar, ganhar tempo, até o limite da exaustão.

Contra esta prática existem duas maneiras de lidar, de forma combinada ou não. Por meio judicial, através de ação na Justiça, obrigando o governante a executar a lei pleiteada; e através da força, da pressão, que neste caso é exercida pela greve e demais formas de luta (excluindo-se, obviamente, no cenário atual, o embate armado).

Pela via judicial somente, o processo é moroso, ainda que indubitavelmente será vitorioso, já que se trata de uma lei federal com posicionamento do STF acerca da sua constitucionalidade. É importante que o sindicato acione o governo, como vem fazendo, inclusive em relação ao terço de tempo extraclasse, que o governo se recusa a aplicar.

Mas, se queremos receber o nosso piso o mais rápido possível, não podemos esperar pela Justiça. Ainda mais pela justiça mineira, cujas práticas têm sido quase sempre em desfavor das nossas lutas. E como o governo poderia apelar para instância superior, isso demandaria muito tempo.

Portanto, somente a nossa greve, e as nossas variadas formas de mobilização popular, poderão fazer a diferença. Na Justiça o governo pode ganhar tempo. No embate direto nas ruas, na Internet, na pressão de pais e alunos, nas mobilizações populares, nas ocupações, enfim - neste terreno do embate direto o governo tem o seu tempo de decisão reduzido.

Mas, a pergunta prevalece: por que ganhar mais tempo, por parte do governo? Tempo para o governo é dinheiro. Quanto mais tardiamente ele aplicar o piso, se não for forçado a fazê-lo de forma retroativa, melhor para ele, pior para nós.

Além disso, o governo aposta na arma do tempo para usá-la contra a nossa greve. Sem salário, pensa o governo, muitos poderão desistir, até chegar o momento em que a greve sucumbiria sem força. Mas, o governo esquece que não é esta a nossa realidade atual. A greve está se fortalecendo, mesmo com o corte e a redução ilegal de salários praticados pelo governo. E no próximo mês, temos assegurado pelo menos meio salário (referente a julho), seja para quem continuar em greve, ou para quem recuar erroneamente. Logo, do ponto de vista dos nossos interesses, ou seja, dos educadores, não podemos recuar, de forma alguma.

Mas, o governo tem um outro problema em relação ao tempo. É o ano letivo de 2011, que ele precisa fechar e se justificar perante a população mineira. Se ficar comprovado, como agora acontece, que o governo tem o dever constitucional de nos pagar o que estamos cobrando, e não o faz, fica evidenciado a negligência, a omissão e a imoralidade administrativa. Além do desgaste político que sofrerá o governo.

E este talvez seja o nó górdio da questão para o governo. Ou seja, o grande nó que o governo não consegue desatar. Como explicar para a população que o governo não pagou o piso salarial enquanto vencimento básico se isso era uma exigência a ser cumprida obrigatoriamente? Se o fizer daqui a um mês, e já sabendo de antemão que terá que fazê-lo, porque procrastinou em aplicar a lei, causando tantos prejuízos sociais?

A impressão que se tem é que o governo ainda acredita que o modelo montado na gestão do faraó vai funcionar para sempre. Está faltando pessoas com uma visão de mundo mais ampla para aconselhar ao governador sobre os riscos desta intransigência. Suas secretárias não têm este perfil, pois agem tecnicamente apenas, com o apoio de uma mídia de aluguel, sem qualquer respeito próprio, e da máquina de poder que ainda mantém - mas que está se desmoronando pela burrice praticada pelo governo.

Há um impasse criado na questão do piso, que transcende o aspecto legal (já claramente favorável aos educadores) e financeiro. É o impasse político. O governo não quer ceder e ter que reconhecer que atuou equivocadamente nesta questão, fortalecendo o nosso movimento e estimulando inclusive outros movimentos sociais e sindicais. A lógica deste governo é: não negociamos com servidores em greve; não negociamos com movimentos sociais; só conversamos com sindicalistas chapa-branca, etc.

A nossa greve derrubou esta lógica e fez o governo admitir publicamente que causou prejuízo aos mais antigos servidores na lei do subsídio. Claro que a autocrítica foi feita pela metade, já que a proposta de correção do erro apontado seria pagar o piso, e não fazer pequenos melhoramentos no subsídio.

Por outro lado, quase todos os movimentos sociais e sindicais de Minas perceberam que o embate dos educadores com o governo transcende a uma disputa localizada pelo piso salarial. Ainda que para os educadores este seja o principal (e para a maioria talvez seja o único) foco a defender, para outros setores explorados, não. Esta luta pode definir todo o cenário dos embates sociais de classe nos próximos anos em Minas Gerais.

Portanto, quis o contexto histórico atual colocar sobre os ombros dos educadores em greve a responsabilidade pelo presente e pelo futuro das lutas sociais de Minas e talvez até, em grande parte, no Brasil. Se formos derrotados, isso provocará um clima de grande desestímulo às lutas sociais em Minas Gerais. Aos servidores públicos, nem se fala. E aos movimentos sociais em geral, estará aberta a porta para uma contundente ofensiva das políticas neoliberais.

Ao contrário disso, se sairmos vitoriosos, a categoria dos educadores ganhará força, prestígio e passará a acreditar mais em si, na força da sua (nossa) auto organização para os novos embates que virão. Ao mesmo tempo, todos os outros movimentos sociais e sindicais tomarão a nossa vitória como referência, como exemplo a ser analisado e perseguido.

E é sempre bom lembrar que os nossos principais aliados nessa luta não são os políticos profissionais, os deputados, os chefes das centrais sindicais, os partidos políticos, nada disso. Nossos aliados são os movimentos e grupos sociais de base, os estudantes, os pais de alunos, os sem-terra, os sem-teto, os trabalhadores explorados das diversas categorias que se mobilizam em solidariedade. E entre nós, a nossa unidade é chave da nossa vitória.

Mas, o governo tem ainda um outro problema. Se ele teme cumprir a lei e pagar o piso reconhecendo o nosso direito - e implicitamente reconhecendo a sua (dele) derrota -, ele deveria temer ainda mais a possibilidade de ser derrotado em condições humilhantes, o que seria o fim do governo.

Nós, educadores, já fomos derrotados outras vezes, mas nos levantamos com o tempo, aprendemos com a experiência e estamos diante deste novo desafio, vivendo-o com muita coragem, força e determinação. O governo, ao contrário, se sair muito desgastado deste episódio, poderá levar para o buraco todo o projeto de poder que o envolve.

Por isso, politicamente, a melhor saída para o governo é tomar o acórdão como pretexto e mandar pagar o piso, inicialmente pelo menos para os 153 mil educadores que optaram pelo antigo sistema remuneratório. E mais tarde abrir uma porta para que todos possam optar pelo piso.

De uma certa forma, o governo já deu os primeiros sinais desta possibilidade (de pagar o piso), quando a secretária do Seplag admitiu que, caso o STF determine (após o trânsito em julgado do acórdão) o governo pagará o piso para os educadores que estão no sistema de vencimento básico.

E aí talvez esteja uma explicação para a proposta de aprimoramento subsídio. O governo quer fazer parecer, para os educadores que continuaram com o subsídio, que o governo investirá neste sistema. Nós sabemos que este sistema é desvantajoso em relação ao piso. Mas, o governo precisa fazer parecer para os que lá permaneceram que eles podem ter esperança de um futuro melhor. Ficaria muito mal para o governo pagar o piso imediatamente após o dia 10 de agosto, tornando claro o quanto o subsídio é pior do que o piso.

Então, pessoal, não sei se fui muito prolixo quando tentei desenvolver algumas variantes da realidade com a qual estamos atuando. Mas, não quis expor as coisas de maneira simplista.

Mas, é possível que tenhamos algumas definições bem delineadas no nosso caminhar:

1)O piso enquanto vencimento básico é um direito e dele não abrimos mão;

2)A publicação do acórdão abreviou o tempo para o cumprimento da lei do piso pelo governo, embora este ainda possa enrolar por mais alguns dias;

3)A demora em pagar o piso é mais prejudicial ao governo do que aos educadores;

4)Os educadores de Minas não podem perder esta batalha, pois isso representaria um grande retrocesso para os movimentos sociais de Minas e do Brasil;

5)Continuaremos em greve até que o governo nos pague o piso e com isso, venceremos!

Por ora, é isso, pessoal da luta! Amanhã trarei novos detalhes da assembleia e da passeata, que encantou a Capital mineira e mostrou toda a força viva dos educadores e de outros movimentos sociais que nos apóiam. Que coisa bonita este contato direito, no chão da fábrica, com os mais aguerridos e aguerridas educadores de Minas. Amanhã bem cedo tem ato com panfletagem aqui em Vespasiano; mais tarde tem ato semelhante em São José da Lapa. E quando estiver de volta ao bunker, toda a atenção estará voltada para esta trincheira de resistência 24 horas por dia contra os de cima!

Um forte abraço a todos e força na luta! Até a vitória!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

SETORES DA ESQUERDA DA CUT E DA UNE PARTICIPAM DA MARCHA À BRASILA



Setores da esquerda da CUT e da UNE que fazem críticas às direções dessas duas entidades por apoiarem o governo federal e não chamarem suas bases à luta contra a reforma da previdência, contra a homofobia, contra a retirada de direitos dos trabalhadores privados e dos servidores públicos; contra o corte no orçamento que atingirá os setores sociais; contra o Plano Nacional de Educação que é privatista; contra o novo código florestal; contra a criminalização dos movimentos sociais; pelos 10% do PIB para a educação Já! etc., participaram da marcha a Brasilia convocada pela CSP Conlutas, Intersindical, MST, Andes e várias outras entidades.

Essa unidade, construída na "Jornada Nacional de Lutas" e nas novas organizações que estão sendo construídas com setores de esquerda das organizações que já existem, se colocam como fundamentais para a classe trabalhadora, pois a história tem mostrado que só com unidade da classe é que é possivel avançarmos na defesa de nossos direitos.

MARCHA À BRASILIA REUNIU MILHARES DE TRABALHADORES E ESTUDANTES



O cenário da luta de classe que eclodiu nestes últimos anos, no caso da educação, exige dos trabalhadores a necessidade de percebermos que o PT e suas centrais "chapas branca", como a CNTE e CUT, não estão do lado da unificação das lutas. Temos que seguir construindo alternativas para libertação da classe trabalhadora.

O ato que aconteceu em Brasília neste dia 24/08, onde a CSP-CONLUTAS (Central Sindical e Popular), ANEL (Associação Nacional dos Estudantes Livres), INTERSINDICAL e outros segmentos do movimento popular, estudantil e sindical sacudiram Brasília. Aproximadamente vinte mil trabalhadores e estudantes denunciaram os resultados da crise do capital, crise esta produzida pela burguesia e a qualquer custo, quer pulverizar seu fardo nas costas dos trabalhadores e trabalhadoras.

A política de baixos salários, o congelamento salarial dos aposentados, a não implementação do PISO SALARIAL NACIONAL e a não aplicação dos 10% do PIB já para a educação pública, fazem parte desses cenários caóticos que se mostram contrários aos interesses dos trabalhadores do Brasil e do mundo. Não é à toa que eclodiram lutas em âmbito nacional.

A experiêcia dos chilenos, dos ingleses e dos espanhóis, têm orientado aos brasileiros em geral que não nos resta outras alternativas senão protagonizarmos nossos levantes em todo o país. A libertação da classe trabalhadora contra a exploração e opressão será fruto de nossa capacidade de organizar nossas lutas em defesa de nossos direitos já adquiridos e em buscar de novas conquistas. Portanto, nas palavras de Karl Marx: "Trabalhadores de todo o mundo: uní-vos!"

A próxima Assembleia Estadual acontecerá em Belo Horizonte dia 31 de agosto, às 14 horas, no pátio da ALEMG.

MEL - MOVIMENTO EDUCAÇÃO EM LUTA

GREVE EM MINAS: DILMA, FAÇA QUE SE CUMPRA A LEI!



Outra intransigência que vale ser denunciada é a do governo federal. O governo petista de Dilma Roussef, nos deixou à nossa própria sorte no embate com os governos estaduais. Ou seja, após aprovação da LEI no governo Lula da Silva, o governo de continuísmo de Dilma não exigiu dos governos estaduais a imediata implementação da Lei do Piso. Ao que tudo indica, a estratégia do governo Dilma era ficar bem na foto com os educadores em todo Brasil e ao mesmo tempo ser conivente com os governos estaduais pois não exigiu a aplicabilidade do PISO. Agora não tem mais desculpas, o STF publicou o acórdão da decisão que diz que a lei é legal.

Sabemos que a lei do piso tem valores bem rebaixados e que deixa margem a interpretações diferenciadas quando fixa para uma jornada de até 40 horas semanais. Outro exemplo é a fixação do valor do Piso do MEC (R$ 1.187,00), diferente ao do valor da CNTE (R$ 1.587,00). Porém,mesmo sendo aplicado o Piso nos valores do MEC significará um aumento salarial para trabalhadores em várias regiões do país, inclusive aqui em Minas. Temos que continuar nossa luta pelo piso do DIEESE para 20 horas de trabalho sendo 50% de hora atividade.

Os levantes dos profissionais da educação desmascararam tanto os governos estaduais, como o governo federal na sua falta de compromisso com educação dos filhos dos trabalhadores, que são, em última instância, os que dependem da educação pública de qualidade. Os movimentos tomaram as ruas e deram uma lição do que são capazes de fazer para que a lei seja cumprida. Podemos considerar então que o ano de 2011 ficará marcado como o ano em que educadores de todo Brasil tomaram as ruas para denunciar a tática dos governos em jogar sobre os trabalhadores a crise do capital. Eles produzem suas crises e querem nos fazer pagar por ela.

MEL - MOVIMENTO EDUCAÇÃO EM LUTA

É GREVE, É GREVE, É GREVE, É GREVE, É GREVE. ATÉ QUE ANASTASIA, PAGUE O PISO QUE NOS DEVE!

A greve dos profissionais da educação do Estado de Minas Gerais continua, ANASTASIA A CULPA É SUA!!!

Ontem, educadores de Minas Gerais apoiados por vários segmentos dos movimentos organizados, CSP Conlutas, CUT, CTB, MST, MAB, Brigadas Populares, parlamentares, professores da FAE-UFMG, Miguel Arroyo, sindicatos de outras categorias e estudantes deram uma lição de que a organização e a luta dos trabalhadores é o único caminho capaz de fazer, de mudar, de transformar.

Em greve desde o dia oito de julho, as ruas de Belo Horizonte foram tomadas por um gigantes movimento que chamaram à atenção da sociedade sobre a IRRESPONSABILIDADE E INTRANSIGÊNCIA DO GOVERNADOR ANTÔNIO ANASTASIA com a educação de Minas Gerais no que se refere à qualidade da educação oferecida aos filhos dos trabalhadores, bem como, ao miserável salário pago aos profissionais da educação. A greve que já dura quase três meses tem seu legítimo movimento de reivindicação pela imediata implementação do PISO SALARIAL NACIONAL instituído pelo governo federal desde 2008 e exigência de um plano educacional que tenha qualidade em sua intervenção.


mel

A GREVE DOS PROFESSORES É JUSTA?


Por Frei Gilvander Luís Moreira, O.Carm


No dia 16 de agosto de 2011, à tarde, participei de mais uma Grande Assembleia Geral das/os professoras/res da Rede Estadual de Educação do Estado de Minas Gerais, na Praça da Assembléia Legislativa, em Belo Horizonte, MG, Brasil. Essas trabalhadoras/se estão em greve há 70 dias (desde 08/06/2011) e decidiram manter a greve por tempo indeterminado. Era um mar de educadores! Cabe então a seguinte pergunta: essa greve é justa ou é condenável até mesmo em vista da longa duração?

Vejamos. Em Minas, há 3.700 escolas estaduais. Professor/a da Rede Estadual de Educação de Minas Gerais, com nível médio de escolaridade ganha, como vencimento básico, R$369,00; e com licenciatura plena, R$550,00. Diz o governo: "Além do vencimento básico, há gratificações e subsídios”. De acordo com o Ministério da Educação, o Piso Salarial Nacional, instituído pela Lei Federal 11.738/08, é, hoje, R$1.187,00 e, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação –CNTE-, deveria ser R$1.597,87. Relatório técnico do Tribunal de Contas do Estado comprovou que o Governo de Minas não investe o percentual constitucional de 25%(1) em educação pública. Na ADIN(2) 3.106, o Supremo Tribunal Federal – STF - reconheceu a inconstitucionalidade da compulsoriedade da contribuição descontada no contracheque das/os professoras/res de 3,2% (assistência médica) do IPSEMG(3). Em 2001, o Estado de Minas investia 30,57% em educação e em 2010 este percentual caiu para 16,08%.

O STF, em 06/04/2011, ao julgar a ADIN 4.167 definiu a composição do Piso Salarial: vencimento básico inicial da carreira do professor de nível médio de escolaridade, excluídas quaisquer vantagens e gratificações e deve ser aplicada uma proporção aos demais níveis e cargos da carreira. Logo, o governo de Minas está desrespeitando a Lei Federal 11.738/08, pois não está pagando o Piso Salarial Nacional.

A luta dos professores é pelo Piso Salarial Nacional: se não R$1.597,87, pelo menos R$1.187,00. Piso é piso –o mínimo-, não é teto. O governador de Minas, Sr. Antonio Anastasia, (PSDB + DEM) insiste em manter –fala até em aumentar– o subsídio, mas subsídio é subsídio, é ajuda complementar que pode ser retirada a qualquer momento.

O ponto dos grevistas foi cortado e o Governo mandou contratar professores, de forma precária, para substituir os educadores no 3º ano do segundo grau.

Em vez de investimento em políticas sociais públicas - moradia popular, reformas agrária e urbana, saúde pública, educação pública, preservação ambiental, economia popular solidária, transporte coletivo público, os governos Federal e Estadual estão canalizando os recursos públicos para a repressão, em nome da defesa social. Prisões e mais prisões estão sendo construídas, verdadeiras masmorras, campos de concentração. A cada dia cegonhas lotadas descarregam viaturas policiais. Policiais por todo lado. É a militarização da sociedade. Segue-se um projeto de encarceramento de massas – pobres, negros e jovens(4). Em João Pinheiro, MG, cidade de 70 mil habitantes, por exemplo, após a construção de uma penitenciária com capacidade para 193 presos, muitos professores da Rede Estadual de Educação fizeram concurso para serem agentes penitenciários. Um professor, que a contragosto se tornou agente penitenciário, disse: "como professor não tinha mais condições de manter minha família. Como agente penitenciário, ganho acima de dois mil reais por mês”.

A greve está se fortalecendo por vários motivos. O Sindicato dos Trabalhadores da Educação –SINDUTE– está muito bem organizado. A remuneração injusta está causando grande sofrimento para as/os educadoras/res e para as suas famílias. Dezenas de outros sindicatos e dezenas de movimentos sociais populares, do campo e da cidade, engajaram na luta dos professores. Pelo exposto acima, percebo que a greve das/os professoras/res da Rede Estadual de Educação de Minas é justa e legítima.

Governador Antonio Anastasia, o ano letivo de 2011 dos estudantes será perdido? Se isso acontecer está claro que a responsabilidade não será dos professores que lutam justamente. A culpa é do Governo de Minas Gerais, contraditoriamente representado por um professor!

Belo Horizonte, 18 de agosto de 2011

Notas:
(1) Cf. Constituição Federal, art. 212.
(2) Ação Direta de Inconstitucionalidade.
(3) Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais.
(4) Cf. o Filme Tropa de Elite II.

TRABALHADORES NO CHILE PROMOVEM PARALISAÇÃO DE 48 HORAS.

A Central Unitária de Trabalhadores do Chile convocou uma paralisação para os dias 24 e 25 de agosto de 2011. Os trabalhadores exigem uma nova Constituição Política e um novo Código de Trabalho. A ação reúne vários setores trabalhistas.

A paralisação também faz crítica ao atual modelo econômico. A Central de trabalhadores afirma que a ação política envolve 80 organizações. Entre as demandas, estão a realização de uma reforma tributária, mudanças no sistema de previdência social e uma melhor atenção à saúde do trabalhador.

O governo chileno qualificou a paralisação como "ilegal e injustificada”, dizendo que situações de violência serão de responsabilidade das entidades que convocaram o ato público.

A Central reivindica a convocação de um plebiscito para resolver os temas de interesse nacional. A jornada de protestos dos trabalhadores apoia as mobilizações estudantis, que já ocorrem há três meses no país.

Numa tentativa de negociação, a Confederação de Estudantes do Chile (Confech) entregou ao governo nesta terça-feira (23) um documento com 12 reivindicações por uma educação pública, gratuita e de qualidade. No entanto, o ministro de Educação, Felipe Bulnes, respondeu que o único espaço para o diálogo é o Congresso.

Para o encerramento das atividades dos trabalhadores chilenos, manifestações foram realizadas nesta quinta-feira (25) na capital do país, Santiago.

(pulsar)

SYNGENTA COMETE FRAUDE PARA NÃO PAGAR DIREITOS TRABALHISTAS


A transnacional Syngenta contratava trabalhadores rurais no interior de São Paulo por meios de empresas de fachada. Com isso, deixava de pagar direitos trabalhistas. Para fugir de processo, a empresa se comprometeu a regularizar a situação.

Um acordo judicial foi assinado junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) em Ribeirão Preto, São Paulo. De acordo com o procurador do Trabalho Henrique Correia, o contrato da Syngenta com as terceirizadas previa a exploração de atividades agrícolas. Isso se caracteriza como "terceirização ilícita”, já que esta é a área de atuação da empresa.

O procurador conta que de início a Syngenta não teve interesse em fazer um acordo. Por isso, o MPT entrou com uma Ação Civil Pública a fim de regularizar o caso. A fraude livrava o grupo suíço de encargos trabalhistas, fiscais e previdenciários.

Henrique Correa explica que o compromisso assumido pela Syngenta foi de oferecer aos terceirizados as mesmas condições que a empresa oferece aos seus empregados. Caso as empresas terceirizadas não paguem as verbas trabalhistas, a Syngenta será a responsável pelos encargos.

A Syngenta lidera a produção mundial de sementes. A empresa terá que reverter 300 mil reais à Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), a título de indenização por danos morais. Se descumprir o acordo, o grupo terá que pagar multa de 4 mil reais a cada trabalhador prejudicado pela infração cometida.

(pulsar/np)

PRIMEIRA EPÍSTOLA ÀS COMUNIDADES DA EDUCAÇÃO.

Este é o testemunho de Walber, eleito servidor sindical da categoria de trabalhadores e trabalhadoras da educação do Estado de Minas Gerais, também trabalhador da Educação do Estado do Rio de Janeiro. Alguns motivos norteiam a escrita desta mensagem. O primeiro, busca mostrar o que temos feito em Juiz de Fora, na região, em Minas Gerais http://sindutejf.blogspot.com/ e no Estado do Rio de Janeiro http://www.youtube.com/watch?v=gfG0WIEbUmY para o movimento e a luta pela implantação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), cujo valor atualizado é de R$1.597,87, rumo ao piso do Dieese.

O segundo tem por objetivo convocá-los a apoiar, iniciar, permanecer ou voltar à greve, com todos os riscos que ela nos traz e com todas as conquistas que dela resultar. Como sabem, estou em greve também no Rio de Janeiro. Por lá também estou tendo corte de salário, pressão, assédio moral etc. Em Juiz de Fora e região, estamos organizando o apoio aos grevistas e preparando uma campanha publicitária e de solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras que tiveram o ponto cortado. Isso também a Direção do Sind-UTE – Subsede Juiz de Fora – tem feito!

Lembro-me de Dom Valdir Calheiros e da greve dos trabalhadores da CSN no período da ditadura empresarial-militar no Brasil. Com o ponto dos trabalhadores em greve cortado, a Diocese de Volta Redonda fez uma ampla campanha de solidariedade para que a greve continuasse e as reivindicações dos trabalhadores fossem atendidas. Tempos em que eclesiásticos se colocavam a favor dos excluídos, mesmo tendo em seus quadros defensores daquela ordem estabelecida.

Também são feitas visitas às escolas para tentar convencer os trabalhadores e trabalhadoras a aderirem à greve. "Pedágios Pedagógicos", "Arraiá da Greve", Assembleias, dentre outras atividades. Mas não basta fazer greve, é preciso participar das atividades e dar visibilidade ao movimento! Não podemos ficar encolhidos em nossos medos e mundos particulares sem nos envolver com os problemas que também são nossos! Somos filhos e filhas de projeto coletivo de humanidade e não seremos felizes sozinhos! Ou se é feliz todos juntos ou a humanidade não terá felicidade, pois individualmente, é impossível ser feliz!

Muitos brincam que, quando nasci, ajudei na organização das crianças colocadas no berçário! Organização desde o primeiro momento das ações chamadas de "Grito dos Excluídos", das Semanas Sociais Brasileiras, das manifestações contra o aumento das passagens de ônibus, contra as privatizações das telecomunicações, da Vale do Rio Doce, pela ética na política, no movimento Fora Bejani, naquele chamado Fora Vicentão... Tantas lutas, caríssimos!

Defendemos ainda hoje na igreja e na sociedade em geral, os direitos humanos, potencializados em um Fórum de entidades. Contribuímos para que leis de iniciativa Popular fossem aprovadas, como a Lei de Combate à Corrupção (Lei 9.840) e, mais recentemente, a Lei da Ficha Limpa.

Algumas destas lutas enfrentamos juntos e, recentemente, participamos de uma que mostrou a nossa força e a confiança da comunidade escolar no projeto que defendemos: Escola Pública de Qualidade Social, cujo projeto em "Tempo Integral" foi o grande vencedor, não obstante os poucos votos que nos faltaram, embora não tenha faltado dignidade de nossa parte. Não fizemos promessas vãs, não compramos votos, não ameaçamos, não assediamos, não nos omitimos.

Sei que temos razões para ponderar aqui e acolá, um encaminhamento ou outro, uma dúvida e outra. O que não podemos é tergiversar ou omitir nossa solidariedade aos que sempre lutaram e que continuarão lutando. Não devemos envergonhar a nossa história de lutadores e lutadoras de sempre. Não podemos deixar que o medo em nós seja maior que os valores cultivados durante a nossa vida.

Rosa Luxemburgo dizia que "Nada grandioso é feito sem paixão." Karl Marx conclamara: "Trabalhadores do mundo, uní-vos!" Jesus, o Cristo de Nazaré, mostrou com a própria vida uma nova sociabilidade. Gandhi contribuiu para que a Índia fosse independente da Inglaterra com o boicote ao sal inglês.

E nós, ficaremos com medo de Anastasia e Sérgio Cabral e de todos aqueles que os sustentam política e financeiramente? Vamos abdicar de nosso direito e de nosso dever de lutar em defesa de nossos direitos? Como encararemos nossos alunos (as) e nossos (as) colegas de trabalho? Será que conseguiremos dormir tranquilos em nossa consciência de lutadores e lutadoras? Deixaremos valorosos companheiros e companheiras lutando sozinhos sob o fogo cruzado dos Governos Estaduais, dos Tribunais de Justiça e de excelências federais e estaduais?

"Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor" (Jo 1, 23). Nossa ação não deve ser coletiva? Assembleias acontecem e pouco ou nenhuma vez tenho visto a participação de parte significativa da categoria. Posso considerar como algo sintomático? Como todos sabem, a luta sindical deve ser de todos os trabalhadores e trabalhadoras da categoria, bem como o apoio às lutas deve ser de toda comunidade, de toda sociedade.

Nas assembleias, informes são apresentados como "enquanto durar a greve, não haverá posse dos diretores das escolas", por exemplo. Na assembleia estadual temos uma panorâmica visão do coletivo estadual em greve e ficamos mais convictos de que a nossa luta é mais que justa! Peço que reflitam. Peço que divulguem. Exorto aos leitores desta para que não cedam aos apelos da idolatria do capital e da divisão de nossas potenciais conquistas.

Quanto maior for o movimento, menor será o tempo da greve. Visão que Walber Meirelles Ladeira, filho de Thereza e José, ambos operários, lutador e lutadora de sempre, imprescindíveis para ele, a respeito da greve em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em várias redes pelo país, nos dias de Dilma Roussef, Antônio Anastasia e Sérgio Cabral, rainha e reis no Brasil.

Na festa de São Domingos de Gusmão em 08 de agosto, sempre atual o ensinamento mendicante: "Como posso estudar em peles mortas, se meus irmãos morrem em peles vivas?" Quem têm ouvidos, ouçam.


* Walber Meirelles Ladeira é formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Especialista em Ciência da Religião pela UFJF e em Direitos Humanos pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Ex-frade Dominicano. Presidente da Comissão Arquidiocesana Justiça e Paz - Arquidiocese de Juiz de Fora. Diretor do Sind-UTE - Subsede Juiz de Fora. Professor de sociologia nas redes estaduais de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.

CARTA DENUNCIA O GOVERNO DE MINAS GERAIS

O Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação - Subsede Juiz de Fora - vem a público denunciar o Governo Anastasia pelo não cumprimento da Lei do Piso Salarial Profissional Nacional aos docentes.

O Governo Anastásia do PSDB, que paga 369 reais (Isso mesmo: 369 reais é o valor do piso que uma professora alfabetizadora recebe do Governo de Minas!) agora ameaça os trabalhadores em greve autorizando sua substituição.

Como se não bastasse seu descaso à Lei Federal, agora o Governo Fora da Lei de Minas Gerais não respeita esse direito que é garantido pela Constituição Federal. Infelizmente, o Tribunal de Justiça mostra-se conivente com tal violação quando julga legal tal procedimento do Governo do Estado.

Após várias tentativas do Sindicato, o Governador Anastasia mostra-se irredutível e não negocia. Teimosamente se defende com o Subsídio, sistema que destrói a carreira docente mineira.

Este Governo Fora da Lei quer jogar a população contra os educadores mineiros quando afirma estar preocupado com os alunos do 3º ano do ensino médio que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

Mas, o mesmo Governo que justifica sua preocupação com o ensino médio omite que limita a 9 o número de disciplinas cursadas no 3º ano, havendo casos, por exemplo, de não serem oferecidas disciplinas como história, geografia, química, física, química, literatura, biologia a esses mesmos alunos que farão o ENEM.

Cai a máscara do Governador do Estado: se ele está preocupado com os alunos do 3º ano do ensino médio, que amplie o Currículo, ouvindo os educadores, e respeite a Lei do Piso Salarial Profissional Nacional.

Nossa greve - desde o dia 08 de junho do corrente - é também uma súplica para que haja respeito aos alunos mineiros que vivem a precariedade das condições da escola mineira.

Recorremos da decisão juridicamente e, neste momento de tamanha pressão aos direitos dos trabalhadores da educação, não podemos nos calar.

Convocamos os trabalhadores da educação e a toda população a apoiar nossa luta, cobrando do Governo Anastasia do PSDB a imediata suspensão das designações e a aplicação da Lei do Piso Salarial Profissional Nacional a qual busca valorizar a carreira docente em todo o país. Que 10% do PIB produzido em Minas Gerais seja para a educação.

A greve está na rua! Anastasia, a culpa é sua!

Agora é prá valer! A greve é prá vencer!
Sind-UTE – Subsede Juiz de Fora


Solicitamos que essa carta seja enviada para:

Escritório brasileiro da Organização Internacional do Trabalho: brasilia@oitbrasil.org.br
Comissão Interamericana de Direitos Humanos: cidhdenuncias@oas.org
Corte Interamericana de Direitos Humanos: corteidh@corteidh.org.cr

com cópia para:

Presidenta da República Federativa do Brasil
Dilma Rousseff
https://sistema.planalto.gov.br/falepr2/index.php

Ministério da Educação
Ministro Fernando Haddad
http://portal.mec.gov.br/index.php

Governador de Minas Gerais
Antônio Anastasia
Rod. Pref. Américo Gianetti, s/n - B.: Serra Verde - Prédio Minas - Cidade Administrativa - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - CEP 31630-900 - Tel (31) 3915-9106

Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais|
Rod. Pref. Américo Gianetti, s/n - B.: Serra Verde - Prédio Minas /11º Andar - Cidade Administrativa - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - CEP 31630-900 - Tel.: (31) 3916-7000

Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais
Rua Ipiranga, 80 - Floresta - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - CEP 30015-180 - Tel (31) 3481-2020 Fax (31) 3481-2449

STF PUBLICA ACÓRDÃO DO PISO. E AGORA ANASTASIA?

Nessa 4ª feira, dia 24, o STF, finalmente publicou o acórdão da votação do PSPN. Agora os educadores mineiros estão com a faca e o queijo na mão. Temos uma parte da categoria firme e decidida; a opinião pública a nosso favor e a sentença publicada. E agora Anastasia?. Vai dizer o que?
É claro que esse governo fascista vai tentar enrolar com coisas tipo "entrar com recurso", mas a firmeza da continuidade da nossa luta vai obrigá-lo a pagar imediatamente o piso.
Convocamos nossos colegas que ainda estão nas escolas a entrarem em greve nessa reta final. Se pararmos tudo agora, o governo não vair ter como enrolar e receberemos já o valor do Piso.

A luta é pra valer. A luta é pra vencer!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

ASSEMBLEIA ESTADUAL DEFINE PELA CONTINUIDADE DA GREVE



Em Assembleia Estadual define pela continuidade do movimento. Yara Aquino, diretora do Sind-UTE - Subsede Juiz de Fora, afirmou que "foi emocionante o ato público em apoio aos educadores em greve." Aproximadamente 12 mil pessoas estavam presentes. Várias entidades estiveram presentes para apoiar o movimento. Membros do MST, dos Pataxós, dos estudantes de escolas públicas, de universitários, professores universitários como Miguel Arroyo, dentre outros. Os trabalhadores rejeitaram a proposta de aumento nos marcos do subsídio que o Governo do Estado prometeu. A categoria reafirmou: "queremos o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN)." Com a publicação do Acordão, o Supremo Tribunal Federal ratifica a constitucionalidade do PSPN e garante aos trabalhadores (as) o direito a melhores dias.

COMANDO DE GREVE BARROU TODAS AS DESIGNAÇÕES.



Mais de 100 designações já foram barradas pelo Comando de Greve Regional. Segundo Kika, diretora do Sind-UTE Subsede Juiz de Fora "foi lindo ver os trabalhadores ficarem convencidos de que era importante não assumir as aulas designadas. Isso porque o Comando de Greve convenceu a todos da necessidade de fortalecer a greve e os trabalhadores em greve." O Comando de Greve Regional tem monitorado todas as designações e se manterá firme em defesa da educação pública de qualidade. Segundo Ângela de Paula, também diretora do Sind-UTE - Subsede Juiz de Fora e participante do Comando de Greve Regional, "é um trabalho de conscientização política aos que pretendem trabalhar na educação pública estadual e por outro lado, garantir aos trabalhadores em greve, o direito constitucional de fazê-la." Será mantido o monitoramento das designações e conforme Eleandro, o Lé, "Conseguimos barrar mais três hoje cedo e continuaremos usando todas as nossas forças para garantir dias melhores na educação pública." Mais informações serão fornecidas na Assembleia Regional que acontecerá hoje, dia 25 de agosto, às 16 horas, na Escola Estadual Delfim Moreira.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

ATENÇÃO: MUDANÇA DE LOCAL DA ASSEMBLEIA REGIONAL

A assembleia regional do dia 25/08 não será mais realizada na escola normal e sim na ESCOLA ESTADUAL DELFIM MOREIRA, às 16h.
Compareçam.

MAIS UM DIA SEM DESIGNAÇÃO PARA SUBSTITUIÇÃO DE GREVISTAS EM JF

São 18:04h. Chegamos ao fim de mais um dia sem designação para substituição de grevistas em Juiz de Fora. Mais uma vitória do Comando de Greve local. Amanhã continuaremos perseguindo as designações e faremos de tudo para que nenhum educador que está na luta seja substituído.
Até agora, Anastasia/Gazzola foram derrotados, em nossa cidade, nessa ação fascista que ataca nosso direito de greve.
Continuemos firmes. A luta é pra valer. A luta é pra vencer!

sábado, 20 de agosto de 2011

CARRO DE SOM É A MAIS NOVA AQUISIÇÃO DA CATEGORIA.



A direção do Sind-UTE - Subsede Juiz de Fora adquiriu recentemente o carro de som adaptado tanto para funcionar como "Robô Som", quanto em nosso carro. A decisão foi aprovada por unanimidade em Assembleia da categoria e, segundo o argumento apresentado, "será uma ferramenta eficaz de contato com a categoria". O "batismo de fogo" do "robô som" foi na manifestação dos estudantes realizada dia 16 de agosto e, com alguns ajustes feitos, teve sua segunda presença confirmada na "Jornada Nacional de Lutas" nas quais contou com o apoio e a efetiva participação do Sind-UTE Subsede Juiz de Fora.

wml

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A GREVE AUMENTA EM JUIZ DE FORA

Hoje (6ª feira)só temos boas notícias sobre a greve em Juiz de Fora. Além das designações para substituição de grevistas não terem acontecido, mais escolas aderiram ao movimento. Após as intensas visitas que o comando de greve fez às escolas durante essa semana, a escola Delfim Moreira aderiu e está praticamente parada, apenas 3 ou 4 trabalhadores permaneceram por lá e na Escola Clorindo Burnier vários colegas resolveram aderir também, a partir de hoje.
Essa é a resposta que devemos dar à insensiblidade e irresponsabilidade do governo Anastasi/Gazzola que permite que uma greve dure por tanto tempo apenas porque não querem cumprir uma lei que é de direito da categoria. O pequeno aumento de gasto que o governo terá com o cumprimento da lei não justifica tanto descaso para com os alunos e educadores, apenas o fato de que o governo não tá nem aí pra educação pública e prioriza o gasto com propagandas, empreiteiras, corrupção e outras coisas mais. Vamos mostrar a nossa indignação e a nossa força.

A luta é pra valer. A luta é pra vencer!

VITÓRIA DO COMANDO DE GREVE!

Em Juiz de Fora não aconteceu, até hoje, nenhuma designação para substituir grevistas. O comando de greve tem atuado anulando e suspendendo editais irregulares, convencendo candidatos a não aceitarem o contrato, e utilizando outras estratégias para não permitir que os (as) professores (as) grevistas sejam substitutuidos. Essa atitude fascista do governo Anastasia/Gazzola precisa ser rechassada. Solicitamos que os professores grevistas avisem o sindicato se receberem telefonemas da escola avisando da designação e fazemos um apelo aos professores que estão pensando em concorrer a essas vagas. É hora de pensar na categoria da qual todos fazemos parte, os que nela já estão e os que estão chegando. Aceitar substituir colegas em greve é reforçar uma atitude autoritária do governo e abrir mão de seu direito de lutar em defesa de seus direitos.

GOVERNO DE MINAS GERAIS AMEAÇA E A GREVE AUMENTA.

O Governo "Fora da Lei" pressiona e a greve aumenta em todo o Estado. Segundo relatos dos trabalhadores e trabalhadoras presentes à Assembleia Estadual e no ato público ocorrido dia 16 de agosto em Belo Horizonte, o Governo de Minas Gerais se mostra intransigente e não negocia. Além de não negociar o pagamento do PSPN, mesmo sendo com os valores do MEC (R$1.187,00), ele (O Governo) agora pressiona com mais designações. Os trabalhadores e trabalhadoras estão atentos! O Sindicato tem buscado de todas as formas jurídicas e políticas para impedir que essa pressão aconteça. Vamos acionar a justiça para que essa pressão do Governo de Minas Gerais seja tipificada como Assédio Moral. Nossa luta é mais que justa e o número de trabalhadores (as) em greve tem aumentado. A categoria é solidária e responderá às ameaças com o aumento do número da greve.Vamos à luta, companheiros (as)! Contatos: 3216-4963 ou 8883-4963.

ATO DA "JORNADA DE LUTAS" ACONTECE EM JUIZ DE FORA.

Com a participação de diversas entidades do movimento sindical, estudantil, social, eclesial, partidos políticos de esquerda como o PSTU e PCB, aconteceu o ato da "Jornada de Lutas". A direção do Sind-UTE - Subsede Juiz de Fora - participou ativamente da organização e recebeu todo o apoio para a luta que os educadores mineiros estão passando. Estiveram presentes: CSP-Conlutas, Intersindical,Sind-UTE - Subsede Juiz de Fora, APES, SINDPOL-MG, ANEL, Comando de Greve dos Técnico-Administrativos da UFJF, MST, Consulta Popular, Aposentados, Estudantes da Rede Estadual de Ensino, Movimento Nacional Contra a Regulamentação (MNCR), Grêmio Estudantil do IFET - Sudeste Mineiro, Pastorais e Movimentos religiosos, dentre outros. Dia 24 de agosto acontecerá a caravana a Brasília para defender os direitos da classe trabalhadora e garantir novas conquistas. Haverá também caravana a Belo Horizonte para a Assembleia Estadual e ato da "Jornada de Lutas". Participem das Caravanas e das lutas. Contatos: 3216-4963 ou 8883-4963.

TRABALHADORES E TRABALHADORAS BARRAM DESIGNAÇÕES.

Em várias frentes de atuação, os trabalhadores e trabalhadoras estão impedindo que as designações aconteçam. O Comando de Greve tem acompanhado as designações e obtido êxito em suas ações. A Escola "campeã" em designações é a E. E. Professor Teodoro Coelho em Juiz de Fora, com 10 tentativas. Segundo um trabalhador que solicitou não ser identificado, "isso é sintomático, dado o estado de coisas que acontecem. Por lá gera o apadrinhamento para uns e o assédio moral a outros." Hoje novamente o Comando de Greve vai continuar buscando impedir que as designações aconteçam e para isso convoca os demais trabalhadores e trabalhadoras a se somar ao Comando e potencializar as visitas. Pedimos que os titulares do cargo a ser designado ligue para o sindicato e compareça à designação. Sindicato somos nós, nossa luta, nossa voz! Participem!!! Contatos sindicato: 3216-4963 ou 8883-4963

terça-feira, 16 de agosto de 2011

ASSEMBLEIA REGIONAL

ASSEMBLEIA REGIONAL


DIA: 17/08
hora: 16h
LOCAL: ESCOLA NORMAL

COMPAREÇAM!!

COMANDO DE GREVE BARRA DESIGNAÇÃO

Hoje, bem cedo, o comando de greve esteve na Escola Estadual Teodoro Coelho e conseguiu barrar o que seria a primeira designação, na 18ª SRE, para substituir professores em greve. Através do convencimento o comando de greve sensibilizou a única candidata que compareceu à escola e ela acabou desistindo de pegar o contrato.
O fato de ter comparecido apenas uma candidata nos demonstra que o governo terá muita dificuldade em arranjar substitutos para os grevistas e, daqui pra frente será ainda mais difícil porque esse novo ataque de Anastasia/Gazzola está causando muita revolta e os professores do ensino médio estão, cada vez mais, aderindo à greve.
O comando de greve continuará indo às designações e convencendo os candidatos a não nos substituirem até que saia a sentença da ação que o Sind-Ute impetrou contra a resolução. Além disso continuaremos indo às escolas convocando nossos colegas do ensino médio a aderirem ao movimento esvaziando, assim, mais esse medida fascista do governo de Minas.
Daqui há pouco, as 10h, haverá um ato dos estudantes em apoio a nossa luta e amanhã realizaremos mais uma assembleia as 16h na Escola Normal.

A LUTA É PRA VALER. A LUTA É PRA VENCER!