Ontem (19/06)
diversos manifestantes da Subsede de Juiz de Fora ocuparam a SRE por cerca de
uma hora com cartazes e palavras de
ordem contra o assédio moral, o autoritarismo e a repressão do governo de
Minas, via SEE e SRE’s, sobre os trabalhadores em educação.
Há anos os governos
Aécio/Anastasia vem desrespeitando o direito de organização sindical e de
greve utilizando mecanismos de coerção
explícitos como o corte de salário e a substituição de grevistas. Porém, mais
recentemente essa coerção está se dando também através de mecanismos mais sutis,
comuns em situação de assédio moral, como as ameaças enviadas às escolas por
email, nas visitas das inspetoras ou nas reuniões com as direções escolares.
Tais situações acontecem, sempre, próximo a período de mobilização como a
proibição de dispensar alunos em dias de paralisações na greve nacional em
abril ou retirando a autonomia das escolas em definir calendários de reposições
como num documento que chegou nas escolas na véspera da paralisação do dia
05/06 (dia da assembléia com indicativo de greve).
O autoritarismo do governo chegou
ao ponto de Anastasia, em seu ato máximo de megalomania, considerar-se senhor
de todos os espaços públicos do estado e solicitar ao TJ a proibição de
manifestações durante a realização da copa das confederações com multa de
500.000,00, isso mesmo (quinhentos mil reais) para os sindicatos no caso de
descumprimento da ordem. Com o beneplácito de um desembargador o governo ganhou
a liminar porém a mesma foi alegre e
corajosamente derrubada pelas milhares de pessoas, incluindo os trabalhadores
em educação, que estão indo às ruas em várias cidades mineiras desde a semana
passada.
Anastasia saiu desmoralizado e os
trabalhadores fortalecidos. Essa é a luta que devemos fazer: enfraquecer o
governo de Minas e seu secretariado, exigir respeito aos nossos direitos,
repudiar a prática do assédio moral pela SEE e SRE, fortalecer nosso coletivo
nas escolas e as lutas do nosso sindicato.
Belkis recebe os manifestantes que fazem exigências
Após uma hora de manifestação a
superintendente Belkis veio até onde estavam os manifestantes que entregaram a
ela cópia da representação, feita pela Subsede junto ao Ministério Público/JF,
solicitando investigação sobre o assédio moral. Os manifestantes exigiram o fim das ameaças aos contratados e
aos que estão em estágio probatório, a retirada da solicitação às escolas de listagem
com nomes de grevistas, melhores condições de trabalho para os servidores da
SRE etc.
Belkis assegurou aos
manifestantes presentes que a SRE não solicitou lista de nomes dos grevistas e
negou que havia feito essa solicitação, mesmo diante das informações de que as
escolas a haviam recebido. Diante disso orientamos as direções escolares a, no
caso de solicitação, não enviar listas e avisar ao sindicato que entrará em
contato com a Superintendente para cobrar dela coerência entre suas palavras e seus atos.
Em breve postaremos fotos da
manifestação.
SÓ A LUTA MUDA A VIDA!
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