A unidade da juventude e dos trabalhadores é fundamental para aprofundar a luta e avançar nas conquistas. Centenas de jovens que estão nas ruas são nossos alunos e devemos estar com eles.
A Subsede do SindUte em Juiz de Fora está participando das manifestações junto com a coluna da esquerda e dos movimentos sociais e levando pras ruas da nossa cidade as reivindicações da educação estadual. Venha participar, escreva sua frase e caminhe ao lado da faixa da Subsede. Nesse sábado a concentração será as 13e30 em frente à Câmara Municipal.
As manifestações que tomam as ruas neste país desde
os últimos dias enchem de ânimos os que lutam por uma vida melhor. Estamos
vendo a juventude firme defender e conseguir a redução das
tarifas do transporte. Uma iniciativa que se expandiu por todo o país e, na
noite desta quinta-feira (20), levou cerca de 1 milhão de pessoas às ruas
do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Recife e dezenas de outras
cidades.
Houve protestos em mais de cem cidades, estradas
foram interrompidas, o Congresso Nacional foi cercado. A repressão
policial foi intensa. Após as mobilizações, em dezenas de cidades
incluindo 14 capitais, entre elas São Paulo e Rio de Janeiro, já se
conseguiu a redução da tarifa do transporte.
Após a conquista da revogação das tarifas, as
manifestações continuam. Há uma insatisfação generalizada. Hoje, as palavras de
ordem, as reivindicações são as mais diversas, desde saúde, educação,
transporte de qualidade à rejeição aos bilhões de dinheiro público
gastos com os grandes eventos esportivos. Há também um sentimento contra a
corrupção e um legítimo questionamento aos políticos de plantão.
A força dessa luta, além de já ter conquistado a
redução das tarifas, faz com que os banqueiros, empreiteiros, grandes
empresas, o governo federal, governos estaduais e municipais, os políticos de
direita, que sorriam felizes até ontem, hoje não consigam mais dormir.
Todos têm medo visto que essa fúria os atinge diretamente.
Essa mobilização tende e precisa continuar, por seu caráter diverso,
inteiramente ligado às demandas mais sentidas pelo povo trabalhador e sua
juventude.
Agora setores conservadores e de ultradireita
fazem, com apoio da grande mídia, uma disputa sobre o perfil que assume a
continuidade das manifestações e tentam impor um caráter reacionário
nesse movimento tão progressivo. De forma oportunista,
este setor reacionário tenta usurpar o sentimento legítimo
de indignação dos jovens com a política tradicional.
Tentando disfarçar o seu real
objetivo, esses setores vão às ruas com exacerbado sentimento
nacionalista, cantando o hino nacional e “Sou brasileiro com muito orgulho, com
muito amor”, embrulhados na bandeira nacional. Sabemos que o
nacionalismo reacionário é uma ideologia política perigosa e que
já esteve nas ruas em momentos históricos cruciais de nossa história tendo
como maior expressão disso no Brasil os repugnantes anos de ditadura.
Assim, partidos como PSDB, DEM e outros
movimentos de direita, envolvidos em vergonhosos escândalos de corrupção tentam
abraçar um sentimento legítimo da massa contra a corrupção e trazer para si o
perfil dos protestos. São reforçados com a política de setores fascistas que
estimulam o autoritarismo proibindo com violência a presença das bandeiras de
organizações de esquerda nas mobilizações.
Isto é inaceitável! “Fui preso e torturado na
ditadura militar para que pudéssemos ter as pessoas nas ruas em nosso país; as
bandeiras da esquerda não se esquivaram naquele momento e não vão se esquivar
agora”, diz Zé Maria de Almeida, da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas (e
também presidente nacional do PSTU).
De fato, o movimento sindical e popular tem
papel importante nesse momento. A luta vai continuar e ainda temos uma longa
pauta de demandas dos trabalhadores: reduzir preço da tarifa e estatizar o
transporte, assim como obrigar o governo a investir na saúde e na educação. É
preciso apresentar as demandas da classe trabalhadora: congelamento dos preços
dos alimentos, redução da jornada de trabalho, aumento de salários, fim das
privatizações e apontar a necessidade de outro modelo econômico que não esse
que os governos do PSDB e PT vem aplicando em nosso país.
Nessas manifestações cabem os que são
apartidários, os sindicatos, as centrais sindicais que assumirem, nesse
momento, a pauta da juventude em luta contra os governos de plantão. O que não
cabe é qualquer forma de coação à livre manifestação da esquerda brasileira.
Por isso, a CSP-Conlutas está presente nessa
luta com suas bandeiras erguidas e defendendo as bandeiras vermelhas em todo
momento. As bandeiras de lutas históricas dos trabalhadores no Brasil e em todo
o mundo.
Fonte: site CSPConlutas
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