Em Juiz de Fora haverá uma grande manifestação popular para pressionar Bruno Siqueira e os vereadores a atenderem a pauta de reivindicações da população entregue ontem à PJF.
A Subsede está organizando uma coluna da educação nessa manifestação. Vamos construir a unidade da juventude com os trabalhadores para avançarmos na pauta local, estadual e nacional.
A classe trabalhadora de todo o país está em movimento, acontecem manifestações a todo dia, a toda hora e em centenas de cidades. Nós, trabalhadores em educação que sempre nos movimentamos, temos que fazer parte dessa história. Conclamamos a categoria a pararem suas atividades amanhã e na quinta. Amanhã haverá manifestação em BH e quinta aqui na nossa cidade.
Todos ao parque Halfeld quinta feira a partir das 16e30h.
Organizar
em todo país, greves, paralisações e manifestações de rua
Vivemos
um momento muito importante em nosso país. A juventude brasileira deu o exemplo
e foi às ruas protestar contra o preço e a qualidade do transporte coletivo nas
grandes cidades. Desencadeou com isso um amplo processo de mobilização popular
que sacudiu o Brasil nos últimos dias, em protesto contra todas as mazelas que
tem afligido a vida dos trabalhadores, trabalhadoras e da juventude.
Todo este
processo de mobilização já conquistou vitórias importantes, como a redução do
preço das tarifas em várias cidades, incluindo as maiores do Brasil, São Paulo
e Rio de Janeiro. No entanto, a luta deve continuar, precisamos transformar
esta vitória na primeira de uma série de muitas outras. Só dessa forma
poderemos transformar para melhor o nosso país e a vida dos trabalhadores
brasileiros.
Para isso
é muito importante, além da participação nas mobilizações que estão
acontecendo, que a classe trabalhadora entre de forma organizada nesta
luta, trazendo suas reivindicações e cobrando dos governos o seu atendimento.
Precisamos cobrar do governo Dilma que ao invés de ficar fazendo propaganda na
TV, atenda as demandas dos trabalhadores. E a mesma cobrança devemos fazer aos
governos estaduais e municipais, sejam eles do PT, do PSDB ou do PMDB.
São estes
governos, do federal aos municipais, os responsáveis pela situação em que se
encontra o país e vida do nosso povo. Eles tem muita agilidade e disposição
política quando é para atender aos interesses das empreiteiras, dos bancos, das
indústrias e do Agronegócio. Mas quando se trata de atender às nossas demandas
parecem uma lesma paralítica!
Por esta
razão a CSP-Conlutas, e as entidades que compõem o Espaço de Unidade de Ação,
decidiram convocar seus sindicatos, movimentos populares e organizações
estudantis, a organizarem uma dia de lutas em todos o país, no dia 27 de junho.
A orientação é fazer greves, paralisações e manifestações de rua, aquilo que
for mais adequado à situação concreta de cada categoria, cidade ou região. O
que é fundamental é que, por todo o país hajam manifestações dos trabalhadores
cobrando o atendimento de suas reivindicações.
Acreditamos
que esta iniciativa da CSP-Conlutas e do Espaço de Unidade de Ação deve ser só
uma primeira iniciativa, assim como fez também o Sindicato dos Metalúrgicos de
São Paulo, que paralisou fábricas dias atrás para exigir melhoria e redução do
preço do transporte coletivo. A necessidade do momento é generalizar
iniciativas para por nossa classe em luta, organizar uma greve geral que possa
obrigar o governo Dilma, os governos dos estados e dos municípios a atender as
demandas dos trabalhadores e da juventude.
Para isso
é preciso que as centrais sindicais majoritárias no país se disponham a lutar
contra o governo, pois são eles os responsáveis por toda esta situação e é
destes governos que precisamos cobrar as mudanças e o atendimento das nossas
reivindicações.Só dessa forma seria possível unir nossas forças para colocarmos
a classe trabalhadora na direção de todos este processo de lutas e fazer dele
uma força que mude para melhor o Brasil. É com essa compreensão que a
CSP-Conlutas e as entidades que compõem o Espaço de Unidade de Ação, ao mesmo
tempo que convocam o Dia Nacional de Lutas para 27 de junho, mantem a discussão
com as demais centrais sindicais, propondo a convocação conjunta de uma jornada
de lutas muito mais ampla, em base a uma pauta que possa ser comum.
Nossas
reivindicações:
- menos
recursos para a Copa e para as grandes obras / mais recursos para a saúde
educação / plano de obras para construir moradias populares, hospitais e
escolas /
- redução
do preço da tarifa de transporte e melhoria da qualidade / implantação da
tarifa social ou tarifa zero / estatização dos transportes coletivos;
-
congelamento dos preços dos alimentos e das tarifas públicas;
- aumento
dos salários para compensar a inflação;
- reforma
agrária;
- menos
dinheiro para os bancos e mais recursos para políticas sociais como os 10% do
PIB para a educação pública, já e pagamento do piso nacional dos educadores /
para isso suspender o superávit primário e o pagamento da dívida externa e
interna para bancos e especuladores;
- redução
da jornada de trabalho;
- fim do
fator previdenciário / recomposição do valor das aposentadorias / anulação da
reforma da previdência de 2003;
- defesa
do patrimônio público / contra as privatizações e os leilões do petróleo /
contra o PL 092 que privatiza o serviço público / revogação da EBSERH que
privatiza os hospitais;
- contra
a precarização do trabalho e o PL 4330, das terceirizações;
- contra
a corrupção / contra a PEC 37;
- contra
a repressão, a violência policial e a criminalização das lutas e organizações
dos trabalhadores.
Trata-se
aqui de uma plataforma base, que pode ser acrescida de demandas que estejam
faltando, ou mesmo ser utilizada de forma parcial, de modo a focar nas questões
concretas de cada categoria ou setor social.
Organização
das lutas
Por outro
lado, é preciso organizar a luta em cada estado e região. É muito importante
que as entidades busquem construir, a exemplo do que vem sendo feito do Rio
Grande do Sul e em Minas Gerais, uma coordenação(coordenação, comitê,
assembleia, a forma não importa, importa o conteúdo) para as lutas que estão em
curso, envolvendo todas as entidades e organizações que queiram lutar. A
disposição de luta é fundamental, mas sem organização não iremos longe.
São
Paulo, 21 de junho de 2013
CSP-Conlutas
– Central Sindical e Popular
Espaço de
Unidade de Ação
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