Os professores das redes estadual e municipal deram a
resposta ao prefeito Fernando Haddad (PT) e ao governador Geraldo
Alckmin (PSDB): é greve por tempo indeterminado. Ambas as categorias não
aguentam mais o descaso desses governos com a educação, os baixos
salários e precarização no setor. Mostraram isso, em assembleias que
reuniram milhares de profissionais da rede de ensino.
Nesta sexta-feira (3), primeiro dia da greve dos professores da rede
municipal de São Paulo, mais de 6 mil pessoas ocuparam a frente da
Prefeitura de São Paulo, no viaduto do Chá, região central da cidade, e
votaram, por ampla maioria, a continuidade da paralisação.
A categoria rechaçou a proposta apresentada pelo governo que prevê
aumento de apenas 0,82% de reajuste real já que os 10,19% de reajusta já
estava previsto por Lei conquistada na gestão do prefeito anterior.
A próxima assembleia da categoria será realizada na quarta-feira (8).
A dirigente do Simpeem (Sindicato dos Professores em Educação da Rede
Municipal de São Paulo) e militante da CSP-Conlutas, Maria de Lourdes,
saudou a todos os professores e destacou que a continuidade da greve
representava uma grande vitória. “Agora, temos que ir para as escolas e
levar para os nossos colegas a importância de todos aderirem ao
movimento. Hoje somos 6 mil, mas na próxima quarta seremos 12 mil. Vamos
desafiar o prefeito a apresentar uma proposta decente para os
professores”, disse.
Professores estaduais reivindicam unidade com a greve dos municipais – Em
greve há mais de 15 dias, os professores estaduais de São Paulo, também
realizaram uma assembleia nesta sexta-feira. Mais uma vez, lotaram o
vão do Masp com mais de 20 mil professores e votaram, por unanimidade, a
continuidade da greve.
Os professores gritavam palavras de ordem para que o ato na Paulista
se unificasse com o dos professores municipais, que, assim como os
estaduais, sairiam em passeata rumo à Praça da Republica.
O membro da Apeosp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do
Estado de São Paulo) e também dirigente da CSP-Conlutas, João Zafalão,
também chamou a unidade. “Nós vamos lutar contra o Alckmin e também
vamos enfrentar o governo municipal, vamos unificar as lutas para
arrancarmos nossas revindicações e fortalecemos nossa mobilização”,
salientou Zafalão.
Após a insistente reivindicação da assembleia para que os atos fossem
unificados, os professores seguiram em marcha até a Praça da República.
Fonte:site CSPConlutas
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