A sexta-feira (17) nublada e de frio não tirou a disposição de luta dos profissionais municipais em Educação que novamente lotaram a frente da prefeitura e votaram pela continuidade da greve. A paralisação já dura mais de 15 dias e está dando a resposta à enrolação do prefeito Fernando Haddad (PT), que mantém uma postura dura frente às reivindicações dos educadores. “Nada mudou das propostas anteriores. Haddad continua intransigente”, disse a diretora do Simpeem (Sindicatos dos Profissionais em Educação de São Paulo) Lourdes Quadros.
A prefeitura mantém a proposta de reajuste – já garantido por lei – de 10,19% (que representa a reposição das perdas de 2010); reajuste de 0,82%, aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo (que se refere ao ano de 2011); 0,18% (referentes a 2013) e o reajuste mínimo de 0,01% também garantido por lei em toda campanha salarial.
Já os profissionais em Educação reivindicam a reposição das perdas de 2012 de 11,46% mais a inflação do período de 6%.
Diante da intransigência da prefeitura paulista e da aliança de entidades sindicais com o governo petista, Lourdes destacou a importância do apoio de sindicatos à greve dos profissionais em Educação. “Vamos chamar a solidariedade dos trabalhadores para a nossa luta. O nosso sindicato, que é filiado à CUT e CNTE, não tem essas entidades aqui presentes na greve. Temos que cobrar a presença delas aqui conosco e perguntar de que lado estão”, criticou.
A dirigente destacou o apoio da CSP-Conlutas à greve. “A CSP-Conlutas tem apoiado nossa luta e comparecido nas assembleias. Devemos ampliar o chamado para outras entidades”, frisou.
Por fim, ressaltou a importância da continuidade do movimento que, segundo Lourdes, não deve aceitar proposta rebaixada. “Nas reuniões de negociação da greve que eu participei o secretário municipal de Educação, Cesar Callegari, pediu clemência para nós, mas o governo não teve clemência com a nossa categoria, que continua sendo precarizada. Por isso, vamos continuar o nosso movimento e fortalecer nossa luta”, destacou.
A próxima assembleia será na terça-feira (21) com passeata até a Câmara Municipal.
A assembleia realizada nesta sexta-feira foi unificada entre Simpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação do Município de São Paulo) e Aprofem (Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo).
Apoio – a CSP-Conlutas solicita as entidades a enviarem nota de apoio à greve. Veja, abaixo, modelo:
Todo apoio à greve dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo
Bastaram apenas quatro meses para cair a máscara daquele que foi apresentado nas eleições como “o melhor ministro da educação de todo os tempos”. Os profissionais em educação do município de São Paulo estão em greve desde o dia 03 de maio e o Prefeito Fernando Haddad (PT) segue intransigente em atender as reivindicações da categoria.
Haddad tomou posse em janeiro deste ano e sua política para a educação não é diferente de nenhum outro que já passou pela prefeitura de São Paulo. Não atende as justas reivindicações dos profissionais em educação levando a categoria a recorrer a greve para se fazer respeitada. Diferente das promessas de campanha os investimentos em educação, bem como a valorização dos profissionais da educação, não são a prioridade para o prefeito.
A CSP-Conlutas presta sua irrestrita solidariedade e apoio a greve dos profissionais em educação no ensino municipal de São Paulo e conclama todas as suas entidades e movimentos filiados a atenderem este chamado. Orientamos que sejam enviada moções parasinpeem@sinpeem.com.br com cópia para secretaria@cspconlutas.org.br e paraquadroslourdes@ig.com.br
A nossa solidariedade é fundamental neste momento.
Viva a greve dos profissionais em educação no ensino municipal de São Paulo!
Fonte: site CSPConlutas
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