sexta-feira, 1 de março de 2013


Não nos enganemos! 

Esse  novo ataque à aposentadoria (ler abaixo) é para o setor privado, mas se for vitorioso, em seguida o ataque virá contra o setor público. 

Essa tática de dividir a classe trabalhadora não é nova e já foi utilizada por FHC em 1998 quando ele fez a reforma da previdência do setor privado e deixou  a reforma dos servidores públicos para Lula em 2002.

 Façamos uma conta para entendermos o prejuízo dessa proposta: Pelas regras atuais, após reforma de FHC, uma trabalhadora para se aposentar precisa de no mínimo 30 anos de contribuição e 55 de idade. Se ela começar a trabalhar com 20 anos (que é muito comum entre as trabalhadoras pobres) terá 30 de contribuição e 50 de idade, portanto terá que trabalhar mais 5 anos para atingir a idade mínima. 

Se esse fator 95/105 for aprovado, para ela aposentar-se com 55 anos teria que ter começado a trabalhar aos 15 anos: 40 de contribuição+55 de idade=95. Isto é, ter trabalhado 10 anos a mais do que antes da reforma de FHC. 

Precisamos derrubar o fator previdenciário que diminui a aposentadoria do setor privado em até 45%, no entanto, não podemos permitir que ele seja trocado por uma proposta que piora a situação dos trabalhadores. A proposta correta é lutar pelo fim do fator previdenciário e pelo fim da reforma da previdência no setor privado e público.

 A Subsede/jf participará da marcha à Brasília no dia 24/04 na luta contra esse e outros ataques à classe trabalhadora em nosso país





CUT e demais centrais sindicais governistas abrem as portas para um projeto cruel de previdência social

28/02/2013


O jornal o Estado de S. Paulo publicou uma matéria nesta terça-feira (19) sobre o projeto preparado pelo governo federal para substituir o fator previdenciário. É o “95/105”.  De acordo com a matéria, este projeto está engatilhado caso haja a votação do fim do fator previdenciário.

Segundo a matéria, “a fórmula, que entraria em vigor no médio prazo, exige que a soma entre o tempo de contribuição e a idade seja de 95 anos para mulheres e 105 anos para homens”. E confirma: “Até a adoção dessas regras, o projeto prevê fórmulas graduais, partindo de “85/95″, para a concessão de aposentadorias pelo INSS”. Ou seja, é um ataque crescente contra os trabalhadores brasileiros e suas aposentadorias. E de uma crueldade sem limites, o trabalhador não conseguiria se aposentar antes de morrer.

Aqui há duas questões que precisam ser destacadas. A primeira é a falácia dos argumentos do governo. Ele alega estar preocupado com os gastos com a previdência, diz que o INSS não teria recursos para pagar as aposentadorias. No entanto, este mesmo governo está “desonerando” a folha de salários das grandes empresas, o que significa reduzir a contribuição que estas empresas pagam ao INSS. Só no caso da “desoneração” do setor da construção civil, o INSS perde 3 bilhões de reais ao ano, dinheiro esse que vai aumentar o lucro das empresas do setor.

Conclusão, o problema não são os gastos com a previdência e sim quais são as prioridades do governo federal, que já mostrou: não são os trabalhadores e as aposentadorias. A prioridade do governo federal são os empresários e os banqueiros.

A outra questão a destacar é o papel das Centrais Sindicais que apoiam o governo. Está aí o resultado da decisão destas centrais, ao apresentar ao governo a proposta de formula 85/95 para substituir o Fator Previdenciário. A CSP-Conlutas já havia denunciado que está formula, na verdade, troca o seis pela meia dúzia, pois é prejudicial aos trabalhadores da mesma forma que o Fator.

Agora fica claro que, além disso, esta proposta destas Centrais, serve também para ajudar o governo a empurrar para a sociedade o seu projeto de “aposentadoria depois da morte”. As Centrais Sindicais que apoiam o governo acabam cumprindo este papel, nefasto, de instrumentos para enganar os trabalhadores.

É o mesmo que acontece quando setores da CUT apresentam a proposta de mudança na lei para constituir o ACE (Acordo Coletivo Especial com Propósito Específico). É apresentado em nome dos trabalhadores, mas serve mesmo é para flexibilizar as leis trabalhistas garantidas na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Sob a argumentação de que a CLT engessa novas conquistas, eles abrirão a possibilidade da legalização de redução e o fim de direitos importantes. Assim, fazem o papel sujo pelo governo.

Com a proposta de formula 85/95 abrem caminho para o governo substituir o impopular Fator Previdenciário por outra lei, que atende o objetivo do governo (diminuir despesas com aposentadoria) e prejudica os trabalhadores.

Chamamos essas Centrais, ou aqueles sindicatos a ela ligados e que mantêm a defesa dos direitos dos trabalhadores, a romperem com esta política de parceria com o governo e com os empresários, e a virem para a luta contra o Fator Previdenciário e contra as fórmulas 85/95 ou 95/105. E também contra a precarização do trabalho e o ACE.

A CSP-Conlutas está encaminhando uma campanha nacional com diversas organizações – A CUT Pode Mais, CNTA, Cobap, Condsef, CPERS e diversas entidades nacionais e sindicatos locais -, que se contrapõe justamente a essas políticas defendidas pelas centrais sindicais governistas e a política econômica do governo federal. E no dia 24 de abril a proposta é tomar as ruas de Brasília para denunciar esses ataques. Somemos força nesta luta. Este é o caminho para defender os direitos e interesses da nossa classe
Fonte: site CSPConlutas

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