sexta-feira, 22 de julho de 2011

EM DEFESA DA AUTONOMIA E DA LIBERDADE SINDICAL, PRESIDENTE DO SINDIFISCO-MG SE RETIRA DE REUNIÃO COM O GOVERNO DE MINAS GERAIS.

Contrariando todos os preceitos da negociação trabalhista, a segunda reunião do Comitê de Negociação Sindical (Cones) foi marcada pela exclusão das categorias que estão em greve no Estado: trabalhadores da educação, da saúde e da segurança (Polícia Civil). No convite para a reunião, o governo foi taxativo ao afirmar que não receberia as lideranças grevistas (Sind-UTE, Sind-Saúde e Sindpol). O presidente do SINDIFISCO-MG, Lindolfo Fernandes de Castro, protestou contra a decisão arbitrária do governo afirmando que o que estava em jogo era a autonomia e a liberdade sindical e se retirou da reunião. Estavam presentes, o secretário de Fazenda, Leonardo Colombini, a secretária de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, a subsecretária de Gestão
de Pessoas, Fernanda Neves, o subsecretário de Planejamento e Orçamento, André Reis, e demais autoridades.

Após ouvir a apresentação da proposta do governo de política salarial para os servidores (que será detalhada posteriormente à categoria) Lindolfo de Castro questionou aos secretários porque os representantes das categorias que estão em greve não compunham a mesa. A secretária Renata Vilhena respondeu que a posição do governo sempre foi a de não negociar com quem está em greve. Lindolfo de Castro ressaltou que um Comitê que se propõe a ser um espaço de discussão, mas não acolhe quem manifesta posição divergente, está fadado a ser um órgão meramente figurativo, sem nenhuma representatividade e, o que é pior, sem o respeito dos servidores.

O presidente do SINDIFISCO-MG lembrou que a greve é um direito conquistado pelo trabalhador e reconhecido constitucionalmente e chamou atenção para o fato de que, hoje, são os trabalhadores da educação, da saúde e da segurança que precisaram recorrer a esse expediente e, amanhã, poderão ser os servidores das outras categorias ali presentes. "É lamentável um governo que se diz democrático cooptar liderança sindical com esse tipo de chantagem. Assim vocês nos colocam em uma posição difícil, porque fica parecendo que o governo só negocia com
quem é pelego", observou o presidente do SINDIFISCO-MG.

A secretária Renata Vilhena limitou-se a responder que a relação é de respeito e que, quem não estivesse satisfeito, ficasse à vontade para sair. O presidente do SINDIFISCO-MG, que desde o início já havia manifestado sua intenção de se retirar em protesto, deixou a reunião: "Vou me retirar em sinal de protesto, em nome da democracia e da independência sindical, que considero inegociável. Não é papel do Estado fazer esse tipo de chantagem e espero que o governo reveja essa posição", ressaltou. Lindolfo de Castro se dirigiu ao local onde estavam concentrados os trabalhadores das categorias em greve e relatou o ocorrido.

INTEGRE A LUTA PELA PAUTA POSITIVA DE REIVINDICAÇÕES 2011: PISO, PARIDADE (TRANSFORMAÇÃO DA CONTA RESERVA EM GEPI) ACELERADOR NA CARREIRA E CORREÇÃO NAS TABELAS DE VENCIMENTO. PARTICIPE DAS ATIVIDADES DO SEU SINDICATO!

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