quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Plenária Sindical e Popular realizada em São Paulo organiza Marcha Nacional dos Trabalhadores!



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Nesta quinta-feira (27), em São Paulo, na quadra do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, mais de 30 entidades se reuniram para realizar a Plenária Sindical e Popular chamada pela CSP-Conlutas.
A plenária, que teve diversas inscrições com representantes de movimentos sociais, estudantis e partidos políticos, foi o momento para construir uma grande Marcha Nacional dos Trabalhadores em São Paulo no dia 18 de setembro.

Foram mais de 30 organizações representadas, e ficou mais do que estabelecida uma ação democrática e plural a fim de chamar para as ruas os trabalhadores que não estão do lado da direita do PSDB e PMDB, mas também não apoiam um governo dito de esquerda que na prática se mostra anti-operário como o de Dilma-PT.

Atnágoras Lopes, dirigente e membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, listou algumas das importantes bandeiras que serão defendidas nesta Marcha Nacional, com base no que foi aprovado durante a reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas. “É evidente que a crise, política e econômica, está sendo jogada nos ombros de quem trabalha. Estamos beirando ao número de 1 milhão de trabalhadores demitidos, não há expectativa de que a economia melhore, vivemos grau de tensionamento e repressão que se evidencia nas últimas chacinas, desde Manaus até essa aqui de Osasco. Dentre tantas outras, na verdade. Vimos o despejo violento que ocorreu nesta madrugada, na zona leste de São paulo. Diante disso tudo, partindo do que discutimos no Espaço de  Unidade de Ação, acreditamos que é necessário organizar uma marcha que aponte uma alternativa para a classe trabalhadora, para o setor oprimido, das periferias, os LGBTs, contra a xenofobia. Enfim, com as especificidades de cada estado, construiremos esta que é uma tarefa histórica, um ato independente para a nossa classe”, abriu o debate o dirigente.

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Carlos Alberto Pereira, secretário-geral da CGTB Nacional, firmou a participação da central sindical na Marcha e fez suas contribuições para as discussões na plenária, tendo como base o atual debate sobre a falsa polarização política e os que sugerem um golpe ou impeachment contra a presidente. Para ele, a população “já sofreu um golpe”, uma vez que considera que houve “estelionato eleitoral por parte do PT”,  e que a classe trabalhadora sofre com duros ataques do governo como os ajustes fiscais e iniciativas como o PPE (Programa de Proteção ao Emprego). “O golpe já foi dado. A eleição foi um golpe. A presidente disse que não cortaria direito social, não aplicaria mais juros. A própria conjuntura política nos empurra para esta necessidade de organização. O PT e o PSDB são duas faces da mesma moeda. É muito importante o que ocorre aqui hoje. Duas centrais unidas contra este governo que tira direitos dos trabalhadores”, destacou.


Movimentos ligados à educação e da juventude deram um peso importante no debate, com representantes do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre), DCE-USP, Frente de Esquerda da PUC-SP, Vamos à Luta, Juntos, Sinpeem, UMES, UBES, Emef Chico Mendes entre outras importantes organizações.

Em comum, os movimentos presentes consideram importante combater também, com esta marcha, a burocracia sindical a fim de garantir a independência da classe trabalhadora nas mobilizações. Também em concordância unânime, a Marcha deve representar o campo das massas contra a burguesia da direita, que se beneficia com a continuidade política estabelecida pelo PT ao longo destes anos e com as entidades sindicais que blindam o governo e atacam os trabalhadores.

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O companheiro Luiz Carlos Prates, o Mancha, dirigente da CSP-Conlutas e metalúrgico da GM, deu um breve relato sobre a luta dos trabalhadores da GM contra as demissões e declarou apoio nesta construção da Marcha Nacional. “Não somente agora durante a campanha pela readmissão dos metalúrgicos, vitoriosa para a categoria, mas no último período temos observado que os trabalhadores não absorvem o discurso da direita tradicional, mas também não estão satisfeitos com o governo Dilma. Precisamos criar este terceiro campo e traremos os metalúrgicos para esta Marcha, seja 500 ou mil trabalhadores, daremos peso ao ato”, ressalta.

Movimento de mulheres e negros – MML, Confederação das Mulheres do Brasil, Quilombo Raça e Classe- , e servidores públicos também marcaram presença, além de contar com a representação da Auditoria Cidadã da Dívida, do Luta Popular, por moradia, e da USIH, união formada por haitianos com o apoio da CSP-Conlutas.

Partidos políticos também estiveram na plenária – PCB, Psol, PSTU e POR – e apesar da participação de diferentes correntes, o tom de unidade e de liberdade e independência foi reafirmado até o fim da reunião, que organizou e definiu detalhes para a campanha de divulgação do ato.

“Todo mundo, antes e durante a marcha, deve trabalhar com seu próprio material, suas próprias bandeiras, sabendo que os que aqui estão têm suas bases de tradições acumuladas, do ponto de vista prático e ideológico” frisou Atnágoras.

Além desta importante Marcha Nacional dos Trabalhadores, no dia seguinte, 19 de setembro, sábado, ficou acertado um Encontro Nacional de lutadores, junto com as organizações do Espaço de Unidade de Ação e todas as demais que decidirem se incorporar, a partir das plenárias e encontros que realizarmos no próximo período.
Estas serão as bandeiras de luta da Marcha Nacional dos Trabalhadores!
  • Contra Dilma-PT, Cunha e Temer-PMDB, Aécio/PSDB!
  • Derrotar o ajuste fiscal! Que os ricos paguem pela crise!
  • Por uma alternativa classista dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre!


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