segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Professores sem pagamento protestam

Política
26 de setembro de 2015 - 07:00
POR TRIBUNA
Professores designados e efetivos se reuniram na tarde desta sexta-feira(25) na sede da Superintendência Regional de Ensino (SRE), cobrando uma solução para o atraso nos pagamentos de salários para os que tiveram contratos firmados após 20 de julho. O impasse se deve à falta de servidores na SRE Juiz de Fora, devido à greve de analistas e técnicos, que chega hoje aos 61 dias. Os grevistas pedem a correção nas tabelas de pagamento. Os manifestantes temem pela falta de acerto também do mês de setembro e encaminharam um documento à assessoria da SRE, que se comprometeu a encaminhá-lo à Belo Horizonte.
Professora efetiva de inglês, Andreia Marcellos Resende se desloca de Juiz de Fora a Bicas todos os dias para lecionar em uma escola estadual. Ela descreve as dificuldades que têm passado pela falta de dinheiro. “Estou há dois meses sem receber, mas continuo trabalhando. Desloco todo dia de ônibus e estou pagando as passagens com dinheiro emprestado pelo meu pai e minha tia”, desabafa. A professora aposentada Déa Lacerda fez coro à insatisfação da colega. “Há pessoas que estão usando o cheque especial, o cartão de crédito, pagando juros exorbitantes.”
Em meio a um impasse, por estar à frente da greve das SREs e ao mesmo tempo cobrando o pagamento dos professores, o Sind-UTE cobra do Governo de Minas solução de ambas as reivindicações. “O Governo manteve o portal de designações funcionando e furou a greve, sem orientar que não tinha como fazer o pagamento. O sindicato acredita que a greve está correta e cobra uma posição para resolver as duas coisas”, afirma o diretor Givanildo Guimarães Reis.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação afirma se esforçar para garantir a inserção no sistema dos novos servidores nomeados e dos designados. A proposta é autorizar que trabalhadores que não estão em greve façam horas-extras para dar conta da demanda.

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