Após várias reuniões a única proposta concreta que Pimentel apresenta é um abono salarial dividido em quatro parcelas. Abono salarial não é valorização, exigimos o pagamento do Piso Salarial e o retorno da carreira. Pimentel prometeu e tem que cumprir.
Aconteceu
nessa quinta-feira (12.03), na Cidade Administrativa, em Belo
Horizonte, a quarta reunião entre a equipe de governo responsável por
analisar o pagamento do Piso Salarial dos educadores e a reestruturação
da carreira, com o Sind-UTE/MG e a Adeomg.
O
governo do Estado, por intermédio, do Secretário de Estado de
Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, apresentou 6 (seis)
propostas relacionadas a salário e carreira. São elas:
1ª) Extinção do subsídio como forma de remuneração e retorno do vencimento básico.
Os
valores das tabelas de vencimento básico seriam os mesmos das atuais
tabelas de subsídio. Um exemplo: hoje o subsídio do PEB I é R$1.455,30.
O vencimento básico do PEB I passaria a ser R$1.455,30. E assim
aplicaria a mesma regra para todas as carreiras da educação.
As vantagens que voltariam para a carreira não estão definidas, dependendo do debate na Comissão.
Os
percentuais de progressão e promoção das tabelas salariais não seriam
alterados, permanecendo em 2,5% para progressão e 10% para promoção.
2ª) Regulamentação do Piso Salarial Profissional Nacional em Lei Estadual.
Não houve um detalhamento desta proposta.
3ª) Extinção
dos níveis PEB T1 (nível médio) e PEB T2 (licenciatura curta) da
carreira do Professor de Educação Básica e posicionamento dos
profissionais destes níveis no PEB I (licenciatura plena).
De
acordo com a proposta do governo, ainda não está definida em qual letra
o professor seria posicionado no nível I: se levando em consideração a
remuneração ou o tempo de serviço. Esta questão será discutida na
próxima reunião.
4ª) Substituição dos níveis de mestrado e doutorado por duas certificações.
A
proposta do governo é retirar os níveis da carreira correspondente ao
mestrado e ao doutorado, substituindo-os por duas certificações. Quem
tiver mestrado passaria a receber uma gratificação de 5% do vencimento
básico e doutorado uma gratificação de 10%. As certificações seriam
regulamentadas posteriormente.
Sobre
a atualização da escolaridade (o trabalhador receber pela sua atual
formação), o governo reconheceu a necessidade, mas não tem proposta. O
governo se comprometeu em apresentar uma proposta para discussão na
próxima reunião da Comissão.
5ª) Reajuste de 10,25% no salário do diretor a partir de maio de 2015.
6ª) Abono de R$160,00 a ser recebido a partir de maio de 2015 para todos os profissionais da educação com incorporação em 4 etapas.
A
proposta salarial do governo é o pagamento de um abono para todos os
trabalhadores em educação no valor de R$160,00, que seria incorporado em
4 (quatro) etapas:
Julho de 2015: R$40,00
Outubro de 2015: R$40,00
Janeiro de 2016: R$40,00
Abril de 2016: R$ 40,00
De
acordo com o Governo, o recebimento do abono exclui os aposentados.
Eles seriam contemplados apenas nas incorporações. Ainda, as
incorporações estariam vinculadas à expectativa de receita do Estado.
A
proposta salarial do governo não contempla o atual valor do Piso
Salarial, que em 2015 é de R$1.917,78, nem o reajuste vigente para este
ano que foi de 13,01%. A proposta, nem de longe, responde às
expectativas da categoria. O Sindicato informou ao governo que já
convocou assembleia da categoria que discutirá a proposta apresentada.
Como encaminhamento terá uma nova reunião no dia 24 de março, que
discutirá a questão da atualização da escolaridade e as vantagens que
retornarão ao vencimento básico.
Em
janeiro deste ano, o Sind-UTE/MG deu início às atividades da campanha
salarial educacional 2015. As propostas sobre salário e carreira da
categoria foram apresentadas ao governo nas reuniões da comissão que
aconteceram nos dias 27 de janeiro e 05 de fevereiro. Paralelo a isso,
através de reuniões com as Subsedes e o Conselho Geral, começamos uma
mobilização com eleição de representantes, assembleias locais e
plenárias regionais. A assembleia estadual está convocada com
paralisação total das atividades, no dia 31 de março, para nos
mobilizarmos e pressionarmos o governo. Com o que for decidido em
assembleia, retornaremos ao debate salarial
Quer dizer que todo mundo na escola vai ter o mesmo salario? Independente da função e da escolaridade?
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