quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013


Até quando esses povos serão atacados? Quando o governo federal tomará a decisão de enfrentar os latifundiários e a defesa dos indígenas que vivem nessas  terras há séculos?



Em protesto contra o assassinato de adolescente, povo Guarani Kaiowá faz retomada de terra indígena


“Após assassinato de adolescente de 15 anos, povo Guarani Kaiowá faz retomada neste momento. Cerca de 500 indígenas estão retomando a terra indígena em protesto ao assassinato”

Esse foi o comunicado enviado por Valdelice Veron, liderança indígena Guarani Kaiowá .


O crime aconteceu no sábado (16). Três jovens Guarani Kaiowá da aldeia Tey’ikue, município de Caarapó, saíram para pescar nas margens do córrego Mbope’i. Na ocasião, três pistoleiros perseguiram os adolescentes. Dois deles conseguiram fugir. Denilson Barbosa, de 15 anos, foi capturado pelos jagunços e assassinado com três tiros: dois na cabeça e um no pescoço. Suspeita-se que o mandante do crime é o fazendeiro Oladino, proprietário da fazenda Sardinha. O corpo do adolescente foi encontrado na manhã deste domingo, 17, na estrada vicinal a sete quilômetros do perímetro urbano.

Em protesto ao assassinato do jovem, mais de 500 indígenas Guarani Kaiowá estão, neste momento, retomando a terra indígena a qual a fazenda Sardinha está instalada. Somente a Polícia Civil apareceu no local do crime para fazer a perícia criminal. Segundo indígenas que estão no local da retomada, até a noite de hoje (18), a Fundação Nacional do Índio (Funai) não apareceu no local do conflito. A Procuradoria Geral da República foi acionada e garantiu o envio da Força Nacional para a região a partir de amanhã (19).

O clima é de tensão na retomada da terra indígena e muitos dos indígenas temem novos ataques dos jagunços. Porém, a decisão dos indígenas é resistir em protesto ao assassinato do adolescente Kaiowá Guarani e em defesa das terras tradicionais.

Os indígenas Guarani Kaiowá pedem, neste momento, todo apoio e solidariedade das entidades e militantes para que possam resistir na retomada indígena, comparecendo ao local e ajudando a divulgar a situação!

Fonte: Blog Conversa de Fera 

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