quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013


A notícia não é boa, mas não poderíamos esperar outra coisa diante de uma lei confusa, que dá margem a mais de uma interpretação e de um judiciário que não tem independência política.
De qualquer forma o governo Anastasia nos deve, no mínimo,  pagamento retroativo pelas horas a mais trabalhadas de abril de 2011 até dezembro de 2012,


STF decide que lei do piso para professor, de 2008, só vale a partir de 2011
Supremo Tribunal Federal deu ganho de causa a Estados que não queriam
pagar retroativo
Agência Brasil | 27/02/2013


O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta (27) mudar a
vigência da lei do piso nacional dos professores da rede pública.
Embora tenha sido editada em 2008, ficou definido que a lei só pode
ser considerada a partir da data na qual o Supremo confirmou sua
legalidade, em abril de 2011 . Haverá impacto direto na programação
orçamentária dos estados e da União.
Os ministros atenderam a recursos do Rio Grande do Sul, de Santa
Catarina e do Ceará, que alegaram dificuldades para adaptar as
finanças às novas regras. As unidades da federação lembraram que o STF
deu liminar em 2008 suspendendo os efeitos da lei. Os estados passaram
a aguardar posicionamento definitivo da Corte antes de alterar os
orçamentos. A decisão liminar caiu quando o julgamento foi concluído
pelo plenário do STF, três anos depois.
O julgamento desta quarta-feira começou com o voto do relator do
processo e presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa. Ao negar os
recursos, ele entendeu que os estados estavam usando de artifícios
processuais para atrasar a conclusão do julgamento e,
consequentemente, não cumprir a lei. Ele alegou que a lei tinha um
escalonamento que permitiria a adaptação financeira dos estados ao
longo do tempo.
Seguido apenas pelo ministro Luiz Fux, Barbosa acabou mudando de ideia
quando a maioria dos ministros acompanhou a divergência aberta pelo
ministro Teori Zavascki. Segundo Zavascki, a preocupação trazida pelos
estados faz sentido, uma vez que a lei deixou de produzir efeitos
entre 2008 e 2011 e não houve adaptação neste meio tempo.
“As informações que se tem é que os gastos são muito elevados, e em
alguns estados, comprometem seriamente a previsão orçamentária e o
atendimento de outras necessidades”, observou Zavascki. O ministro
Antonio Dias Toffoli não votou porque se declarou impedido. Ele atuava
como advogado-geral da União na época do fato e defendia a aplicação
imediata da lei nacional. 

ETA POVO QUE NÃO PARA DE LUTAR!


Servidores municipais de Teresina decidem manter a greve que já dura nove dias

27/02/2013

Em mais uma assembleia geral na manhã desta terça (26), em frente à Câmara Municipal, os servidores municipais de Teresina reafirmam a continuidade da greve.  A próxima assembleia  da categoria será nesta quinta-feira (28). 

Segundo o Sindserm ( Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina), filado à CSP- Conlutas, a greve, que já dura nove dias, se fortalece e atinge escolas municipais, CMEI, hospitais e postos de saúdes da capital do Piauí. 

De acordo com o Sindserm, a revolta da categoria só aumenta com o descaso dos tucanos. “Firmino Filho (PSDB) abandonou a cidade para pedir a benção dos banqueiros estrangeiros”, destaca o sindicato.

Além disso, segundo o Sindserm, o prefeito ameaça por meio da imprensa  que irá cortar o  ponto e demitirá os servidores grevistas.  Entretanto, de acordo com o Sindicato, devido à greve ter sido iniciada em 18 de fevereiro, mesmo se decretada a ilegalidade, o que até o momento não ocorreu, qualquer medida teria que estar contemplada na decisão judicial que também não existe.

 O sindicato está fazendo todos os procedimentos respaldados na lei.]

Com informações do Sindserm
Foto: Sindserm
- See more at: http://cspconlutas.org.br/2013/02/servidores-municipais-de-teresina-decidem-manter-a-greve-que-ja-dura-nove-dias/#sthash.ljqZXVoJ.dpuf


Subsede de Ibirité anuncia greve
Subsede de Ibirité anuncia greve
Companheiros(as), em Assembleia da categoria ocorrida hoje (27/02),decidiu-se pela GREVE por tempo indeterminado, devido ao descaso da Prefeitura com a Pauta de Reivindicação da Categoria. A Assembleia contou com a participação de 21 escolas. Depois de uma passeata para dentro da Prefeitura fomos recebidos pelo Secretário de Governo, pela Secretária de Educação e pelo Secretário de Esportes e agendamos uma reunião para o dia 05/03 (terça-feira), quando o Poder Executivo Municipal ficou de apresentar uma contra-proposta às nossas reivindicações.
Decidiu-se também que faremos uma nova Assembleia no dia 07/03 (quinta-feira) às 8h, em frente àPrefeitura.
O Comando de Greve se reunirá todos os dias às 8e às 14h. no Sindicato, onde faremos visitas às Escolas. Pedimos a todos que participem do Comando, temos que nos fortalecer cada vez mais.
Ficou decidido também que haverá uma concentração de educadores no hall de entrada da Prefeitura no dia 05/03, às 9 h, no momento em que acontecerá a reunião entre o Comando de Greve e a Prefeitura.

SEE anuncia nomeações de professores concursados


O Sind-Ute solicitou, inúmeras vezes, ao governo Anastasia/Gazzola que fizesse as nomeações antes do início das aulas, o que teria evitado o caos das designações,  o déficit no quadro das escolas e a perda do emprego dos designados em cargos do concurso. No entanto, a notícia é muito positiva e é resultado de uma grande luta dos trabalhadores em educação. Concurso e nomeações permanentes são a melhor forma de termos um quadro estável na escola e termos servidores com direitos plenos.
É claro que Anastasia aproveitou esse anúncio para fazer propagandas de seu governo, mas não devemos nos deixar enganar. Em uma delas diz que os professores terão salário inicial superior ao piso do magistério e isso é mentira. O que ele não diz é que subsídio (pagamento em parcela única) é teto máximo e que, se ganhássemos  o piso (e tivessemos carreira), sobre ele incidiriam vantagens da carreira, o que elevaria o salário para bem acima do valor inicial do subsídio. Além disso ele esconde que destruiu nosso plano de carreira no final de 2011. Os educadores de Minas são um dos poucos em todo o país que não possuem mais uma carreira na qual poderiam ser valorizados pela formação e pelo tempo de serviço. 
Sobre a diminuição da carga horária lembramos que é determinação de uma lei federal que tem validade, de acordo com  o STF, desde abril de 2011, portanto Anastasia nos deve o tempo que trabalhamos a mais nesse período.
Outra propaganda é sobre a distribuição de tablets para os professores do ensino médio. Ora sabemos que quem ganha de verdade com isso são a empresas fornecedoras desses equipamentos, pois quem dá aulas tem clareza de que para melhorar a educação é necessário diminuir número de alunos em sala, ter escolas de tempo integral e bem equipadas, dar uma remuneração decente para os educadores e plano de carreira que nos valorize.




Professores aprovados em concurso público da Educação serão nomeados a partir desta semana
Publicações serão dividas em grupos e, até julho de 2013, 11.700 docentes serão nomeados

Os professores aprovados no último concurso público da Secretaria de Estado de Educação (SEE) serão nomeados a partir desta semana. Serão publicadas, no Diário Oficial dos Poderes do Estado, as nomeações de 1.964 professores e, até julho deste ano, serão nomeados mais de 11,7 mil docentes.
As nomeações serão publicadas em grupos, de modo a facilitar a realização dos exames admissionais dos novos servidores. No total, foram abertas 13.993 vagas para os cargos de professores em todo o Estado no último concurso público. A Secretaria de Educação pode nomear os aprovados ao longo de todo o prazo de validade do certame, que é de dois anos, prorrogável por mais dois. Segundo a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, contudo, é muito provável que, ao longo do prazo de validade, sejam chamados profissionais aprovados além do número de vagas.
"Vamos nomear quase 12 mil professores no total, mas temos que fazer a nomeação por etapas por causa dos exames de saúde. Serão nomeados 11.700 docentes até julho e depois no decorrer da validade do concurso ainda vamos nomear mais 2.293 professores. Estou prevendo que, na validade do concurso, nós vamos ultrapassar as vagas do edital, porque o sistema é muito dinâmico”, afirmou Ana Lúcia Gazzola.
O concurso público da Secretaria de Educação foi realizado em 2012 e abriu, no total, 21.377 vagas para diversas carreiras da educação. Cerca de 4,5 mil candidatos aprovados para os cargos administrativos já foram nomeados e estão em exercício. Nesta segunda etapa de nomeações, serão publicados os atos dos professores.
O concurso da Secretaria de Estado de Educação disponibilizou vagas para professor nas áreas de Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia, História, Língua Estrangeira Moderna - Espanhol, Língua Estrangeira Moderna - Inglês, Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia e para atuação nos anos iniciais do ensino fundamental. Para o cargo de professor, o concurso exigiu formação de nível superior.

Remuneração e 1/3 da jornada

Todos os professores admitidos por concurso terão remuneração inicial de R$ 1.386,00 para uma jornada de trabalho de 24 horas semanais, no sistema unificado de remuneração. O valor é, proporcionalmente, 47,42% superior ao piso nacional estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC) que é R$ 1.567,00 para uma jornada de 40 horas semanais;
Além de uma remuneração acima do piso do magistério, os novos professores da rede estadual mineira iniciarão seus trabalhos com mais tempo para o planejamento de aulas. Minas Gerais regulamentou, no final do ano de 2012, a jornada de trabalho dos professores.
Com a promulgação da Lei Estadual 20.592, os docentes da rede pública estadual passaram a contar com 1/3 da jornada de trabalho para desenvolvimento de atividades extraclasse (oito horas) e os outros 2/3 para atividades de docência (16 horas). Anteriormente, a jornada de trabalho do professor reservava seis horas para as atividades extraclasse e 18 horas para as atividades em sala de aula.
Da carga horária extraclasse, o Governo de Minas permite que o professor cumpra metade em local de sua livre escolha e a outra metade na escola. Do período que deve passar na escola, o professor ainda pode utilizar 50% para atividades de capacitação. Outra inovação da Lei é que, a partir de agora, os professores que excederem sua carga horária de aulas por meio da extensão de jornada ou exigência curricular poderão incorporar gradualmente os benefícios da jornada excedente para fins de aposentadoria.

Novidades tecnológicas

Os novos professores vão estrear em sala de aula no mesmo ano que as novas tecnologias educacionais. A partir deste ano, professores do ensino médio da rede estadual vão receber, cada um, um tablet educacional de sete polegadas para utilizar em suas aulas. O contrato para a compra de 62,5 mil tablets foi assinado em 15 de fevereiro deste ano e os primeiros equipamentos estarão nas mãos dos professores ainda no primeiro semestre.
Atualmente, a Secretaria de Educação está em processo de compra dos equipamentos e de desenvolvimento dos aplicativos que serão inseridos nos tablets. Antes de receber os equipamentos, cada um dos professores do ensino médio vai passar por um treinamento, oferecido pela Secretaria. Além dos tablets de sete polegadas para os professores, cada uma das 3.702 escolas da rede estadual vai receber um tablet de 10 polegadas e uma lousa digital, que vai permitir a realizar de aulas interativas e com mais recursos tecnológicos.
 Trecho retirado de notícia no site www.educacao.mg.gov.br

Corte de 25% no orçamento do HU


Vejam um dos maiores ataques que o governo Dilma faz à saúde pública. O governo federal criou uma "empresa estatal de direito privado" que vai administrar os HU's  e os repasses de dinheiro público, repetindo, de dinheiro público desses hospitais não será mais repassado para os HU's e sim para essas empresas.

Inicialmente o governo "concedeu" à comunidade universitária o "direito" de escolher se aceitava ou não essa privatização (que é chamada eufemisticamente de concessão. Se fosse na época de FHC os petistas que hoje estão no governo gritariam a plenos pulmões que seria privatização) e após muitos debates e manifestações decidiu-se fazer um plebiscito no qual o NÃO foi amplamente vitorioso. Outras 23 universidades também optaram pela não aceitação. 

Alguns meses depois o governo mostra que a concessão do direito de escolha era uma farsa e impõe: ou aceita a privatização ou fecha as portas. 

O mais grave, gravíssimo dessa ação do governo federal é que, na sua imensa maioria, os usuários dos HU's são os trabalhadores mais pobres que não encontram atendimento no SUS e não podem pagar um plano privado de saúde. 

Corte de 25% no orçamento do HU

Medida, que vai impactar no atendimento de usuários do SUS, foi tomada depois que MEC suspendeu envio de recursos para unidades que não aderiram à empresa de serviços hospitalares
Por Fernanda Sanglard


UFJF anunciou, nesta quarta-feira, a necessidade de cortar 25% do orçamento do HUA UFJF anunciou, na tarde desta quarta-feira (27), a necessidade de cortar 25% do orçamento do Hospital Universitário (HU), o que afetará todos os contratos da unidade. Com a medida, a direção do HU acredita que o número de exames, consultas e internações possa sofrer redução de até 30%, mas explica que esse impacto só poderá ser calculado com exatidão depois que as primeiras ações forem avaliadas. O corte foi a solução encontrada para minimizar a suspensão de recursos de custeio pelo Ministério da Educação (MEC), pelo fato de o HU não ter aderido à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).

Conforme o reitor Henrique Duque, a partir deste ano, o custeio dos 46 hospitais universitários do país passou a ser feito pela EBSERH, empresa estatal de direito privado, de forma que o MEC não repassará mais verba aos HUs. "Essa suspensão de repasse não ficou restrita ao nosso hospital, atingiu as 23 unidades que não concordaram em migrar para a empresa criada pelo Governo federal", esclarece Duque.

UFJF anunciou, nesta quarta-feira, a necessidade de cortar 25% do orçamento do HU
O custo mensal do HU é de aproximadamente R$ 2,5 milhões, sendo que existe receita de R$ 700 mil repassada pela Prefeitura. Como o restante era repassado pelo MEC, com a suspensão do recurso, o hospital terá déficit mensal de R$ 1,8 milhão. O diretor geral da unidade, Dimas Augusto Carvalho de Araújo, estima que, com a redução de 25% nos contratos, seja possível economizar R$ 600 mil, faltando ainda R$ 1,2 milhão para o custeio.

O reitor garante que conseguirá manter o funcionamento, mesmo com o déficit. "Não vou medir esforços para assegurar isso, mas não sei por quanto tempo vamos conseguir. A realidade é que uma decisão tem que ser tomada. Ou aderimos à EBSERH, ou vamos ter que cortar ainda mais os atendimentos. Porque existe um limite fiscal e controle do TCU (Tribunal de Contas da União)."

Plebiscito

No fim de 2012, em plebiscito, a comunidade do HU votou contra a adesão à empresa. "Até então, acreditávamos que seria possível contornar, e que o MEC prosseguiria enviando recursos. Consegui, em novembro passado, um último repasse de R$ 8,8 milhões, o que nos deu tranquilidade até o momento. Mas a última informação é que isso não vai mais ocorrer. Agora, esse problema terá que ser discutido internamente." O reitor explica que os cortes não vão interferir nas obras do novo HU, já que a fonte de recursos é diferente e está garantida.

Atualmente, o HU oferece 140 leitos e realiza, em média, nove mil consultas/mês, tendo, inclusive, exclusividade na prestação de alguns serviços pelo SUS local, como transplante de medula óssea, ressonância magnética, gastroenteorologia, entre outros. Por isso, Dimas diz que o intuito é preservar esses serviços, realizando reduções nos ofertados por outros prestadores da cidade. "Vamos trabalhar para que seja uma redução qualitativa, que não atinja a qualidade dos atendimentos."

Dimas explica que a alternativa encontrada foi o corte de 25% nos contratos, porque esse valor está estimado nos acordos firmados. "Os contratos permitem incremento ou redução dessa porcentagem, portanto, isso é uma medida legal. A partir desse número, será preciso recorrer à Justiça." Apesar das medidas serem imediatas, começarão a ser sentidas com mais impacto a partir de abril, quando o aviso prévio de parte dos servidores terceirizados chegará ao fim.

O secretário de Saúde do município, José Laerte, afirma que, inevitavelmente, a medida afetará a rede. "Todos fomos pegos de surpresa, mas vamos trabalhar para minimizar o impacto. Assim que formos comunicados oficialmente, vamos nos reunir para tentar readequar a rede." O contrato entre a Prefeitura e o HU, que estabelece o repasse de R$ 700 mil, foi firmado em 2005. Desde então, não há reajuste. Quanto a isso, o secretário esclarece que a pasta já trabalha na revisão dos contratos com todos os prestadores.

Fonte: Tribuna de Minas

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013


CSP-Conlutas em Santa Marina pede justiça após um mês da tragédia na boate Kiss

26/02/2013


A CSP-Conlutas em Santa Maria promove nesta quarta (27), data que lembra um mês da tragédia da boate Kiss, uma manifestação na praça Saldanha Marinho, a partir das 7h30. Durante o ato será distribuído um panfleto que alerta para a necessidade de acompanhar as investigações e também em defesa de que haja justiça, com a responsabilização dos causadores do incêndio na boate, que levou à morte de 239 pessoas.

O professor Rondon de Castro, presidente da Sedufsm, entidade vinculada à CSP-Conlutas, destaca que a atividade é aberta à comunidade e demais entidades sindicais e do movimento social e popular. Os manifestantes também se somam, às 8h, à programação que foi chamada na cidade em memória das vítimas, que inclui a realização de badalar de sinos, toque de buzinas ou mesmo aplausos.

No panfleto a ser distribuído, a CSP-Conlutas destaca que “a rigor, tanto o poder público municipal como o estadual, não cumpriram suas obrigações…”. Para a entidade, faltou prevenção e também fiscalização, que acabou levando à “nossa maior tragédia”. O impresso encerra afirmando que “a comunidade exige receber informações claras e verdadeiras sobre o processo. A mobilização dos trabalhadores é necessária para não termos qualquer outro caso semelhante a essa tragédia”. 

A Sedufsm também confeccionou oito faixas relacionadas à data, que serão fixadas no campus da UFSM, nos prédios da cidade, além de outras que serão colocadas no Cesnors em Palmeira das Missões e Frederico Westphalen, na UDESSM, em Silveira Martins, e na própria sede do sindicato.

Ainda nesta quarta-feira, outras atividades acontecerão na praça Saldanha Marinho, a partir das 17h, que lembrarão os 30 dias do trágico ocorrido na casa noturna. Um das atividades será promovida pelo DCE da UFSM e outra pelo Fórum de acompanhamento das investigações, criado em reunião na Sedufsm, na última quarta, 20 de fevereiro.


Texto: Fritz R. Nunes
Fonte: http://www.sedufsm.org.br/

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013


Vejam abaixo matéria publicada no site da CNTE sobre mais uma ingerência do setor privado na educação pública. 
A gestão democrática nas escolas vem sofrendo duros ataques desde que o projeto neoliberal começou a ser implementado em nosso país e foi ramificando-se em todas as áreas, inclusive na educação pública. 
A eleição de um governo petista criou expectativas de que essa política poderia ser desmontada mas, infelizmente o que ocorreu foi justamente o contrário: um aprofundamento dessa política. O governo Lula/Dilma incluiu no novo PNE as bases dessa política que são a meritocracia, as avaliações externas e de desempenho e o desvio de verba pública para o setor privado como no Prouni, nas entidades conveniadas e outras modalidades.
A inclusão, no PNE, desses pilares do neoliberalismo na educação é gravíssimo pois retira o caráter de  políticas isoladas deste ou daquele governante para ser uma política de estado nacional.
O que temos sofrido nas escolas nos últimos anos é consequência dessa politica  e a superação desse projeto na sua totalidade deve ser a luta dos educadores de todo os país, pois de outra forma nossos problemas se intensificarão.
No dia 24/04, durante a semana da Educação, a CSPConlutas unificada com várias outra entidades fará uma marcha à  Brasilia e uma das bandeiras é a retirada do PNE do senado e a construção, pelos educadores de um outro PNE, contra a meritocracia e em defesa dos 10% do PIB exclusivamente para a educação pública. Nenhum dinheiro público deve ser desviado para a educação privada.


GESTÃO DEMOCRÁTICA DESVIRTUADA

Começa a se espalhar pelo Brasil o programa Coordenador de Pais, uma proposta da Fundação Itaú/Todos pela Educação, importada, na íntegra, do sistema de ensino de Nova Iorque (EUA), em que a contratação de pais pelo sistema público de educação deve ser estimulada para envolver esse segmento da comunidade escolar no acompanhamento dos/as filhos/as e das ações escolares.
Tal como em outras iniciativas, infelizmente, uma proposta historicamente defendida pela categoria começa a ser desvirtuada. Foi assim com o conceito de qualidade, onde os detentores do capital emplacaram diversas formas de gestão empresarial nas escolas, e tem sido assim em várias propostas de ciclos, onde a preocupação com a “eficiência” do fluxo escolar - resolvida com a simples aprovação automática - é mais importante do que repensar os tempos e espaços pedagógicos, ou inovar as formas de trabalho e de avaliação dos estudantes e do sistema de ensino.
A gestão democrática é um princípio caro para os/as educadores/as brasileiros/as, e consiste, sim, em aproximar todos os atores em torno do projeto político pedagógico da escola. Porém a integração deve ser autônoma e com estímulo a uma verdadeira democracia participativa - onde pais e mães ajudam a eleger as direções escolares, propõem alternativas ao conteúdo curricular e participam das decisões para superar os problemas que comprometem a aprendizagem dos estudantes. E isso tudo deve ocorrer, permanentemente, através de eleições democráticas nas escolas, de reuniões periódicas incentivadas pelos profissionais e as associações de pais e pela presença constante dos pais em todas as instâncias de decisões sobre as políticas para o sistema de ensino.
Um dos grandes riscos do Programa da Fundação Itaú consiste em transformar o importante segmento de pais de alunos em mais um “braço” do gestor público nas escolas, através de vínculo contratual remunerado. Há tempos a comunidade escolar luta pelo fim do clientelismo escolar e, agora, corre-se o risco de se ver reforçada essa conduta por meio dos pais, pretensamente convocados para uma causa bastante nobre.
O outro problema reside na sobreposição de ações simultaneamente conferidas a pais e profissionais no ambiente escolar. De acordo com os objetivos do Programa, os pais estão aptos a interferir em ações voltadas à disciplina dos estudantes por meio da presença constante nos portões da escola, nos horários de entrada e saída, ou “circulando” pelos corredores durante as aulas, os intervalos e horários da merenda. Além dessa flagrante sobreposição de funções educativas - pois a pedagogia escolar é diferente da familiar -, os estudantes também estarão sob constante vigilância da família, o que tende a inibir seu desenvolvimento psicossocial.
A CNTE não tem dúvidas de que a presença dos pais é essencial para o desempenho estudantil e para a melhor organização da escola. Mas ela tem limites e formas de ser processada. Nunca deve ocorrer por meio de vínculo contratual (empregatício) com o Estado, uma vez que depõe contra valores universais da democracia, especialmente a cidadania, e também não pode colidir com teorias e práticas pedagógicas, muito embora deva acompanhá-las de perto e sugerir adaptações.
Por fim, é preciso deixar claro que a gestão democrática defendida pelos profissionais da educação não limita a participação de pais e mães em ações específicas do cotidiano de seus filhos nas escolas. Eles/as devem participar do processo de elaboração, implementação, execução e avaliação das políticas educacionais, sobretudo com assentos garantidos em todos os conselhos de educação, da escola, da merenda e de controle social sobre os recursos financeiros da educação. Isto, contudo, passa ao largo da proposta reducionista de “coordenador de país” da Fundação Itaú, razão pela qual nos opomos a essa iniciativa.


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013


ETA POVO QUE NÃO PARA DE LUTAR!
 

Rio de Janeiro

Indignados, operários do Comperj retomam greve em protesto pelo não cumprimento de acordo

22/02/2012

Acordo anunciado pelo Sindicato e aprovado na assembleia é negado pelas empresas construtoras e operários continuam em Greve!

Os mais de 18 mil operários se indignaram, pararam as atividades e se concentraram na entrada do complexo, desde a última quarta-feira (20). O clima de apreensão, revolta, dúvidas e incertezas tomaram conta de todos esses dias.

O motivo para os trabalhadores não retornarem ao trabalho é o fato de que, após a assembléia que aprovou o acordo, representantes das empresas informarem, dentro da obra, que não concordavam com vários dos itens aprovados pelos trabalhadores a começar pelos índices de reajuste que para os empresários não teria sido de 10% e sim de apenas 9%.

Os patrões também anunciaram que não pagariam o extra de R$ 360,00 (valor equivalente a mais uma cesta básica) nesse mês de março. Também dizem que não garantem o pagamento da PLR até esta sexta-feira 22, como foi anunciado e aprovado na assembleia, entre inúmeros outros entraves e confusões.

Diante do clima de tensão, os trabalhadores tinham a expectativa de que o sindicato que os “representa”, que é filiado a CUT, faria uma assembleia geral, mas isso não ocorreu. Na quinta-feira (21), apenas uma nota foi distribuída informando que estaria marcada uma nova reunião com os empresários. Sem assembléia e sem nenhum informe detalhado dessa reunião, hoje (22) o Sindicato distribuiu um informativo com as propostas que foram assinadas em negociação. Já neste informativo os trabalhadores já perceberam que a data do pagamento da PLR não condiz com o que foi aprovado na assembléia e ainda se surpreenderam ao ver um “compromisso” de que não pode mais haver  greve até o final do ano.

As dúvidas e incertezas aumentaram a indignação e assim os operários continuaram de braços cruzados, já por três dias consecutivos. Eles exigem o imediato cumprimento das conquistas da greve que são: vale-alimentação de R$ 360, cesta natalina de R$ 180 e pagamento diário de 30 minutos de horas “in itinere” (que os patrões resolveram chamar de assiduidade), um reajuste de 10%, para trabalhadores que recebem até cinco mil reais e 7% para os que recebem acima de cinco mil reais e o pagamento da PLR.

Dentro da obra, hoje, intensificou-se a disposição  da categoria de exigir dos representantes dos consórcios que dessem garantia do cumprimento das cláusulas aprovadas na assembleia mas nada aconteceu. Ganhou ainda mais força a generalização da paralisação de todo o complexo e ganha muita força a reivindicação de que se realize uma nova assembléia da categoria urgentemente. 

“Se mudaram o acordo assinado, o canteiro tem de seguir parado!”, foi o que o dirigente da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes, respondeu quando indagado por alguns trabalhadores do Comperj que fizeram contato com a Central. Com a intenção de se reforçar a unidade em defesa dos trabalhadores dessa obra, o dirigente da CSP-Conlutas, escreveu para a CONTICOM (Confederação à qual o sindicato da categoria é filiado) colocando-se a disposição para contribuir com a luta até que se concretizem as vitórias da greve.

“Estamos desde o início dessa batalha apoiando a luta dos companheiros do COMPERJ. Agora, mais do que nunca, devemos unificar todas as organizações e ativistas em defesa das conquistas da greve, contra a intransigência da patronal. Nessa batalha temos de denunciar a cumplicidade do Governo Federal e exigir que intervenha para que o acordo seja cumprido”, frisou o dirigente.

Como se ver hoje, ao receber o informativo do Sindicato, os operários entraram na obra, mas, pelo grau de incerteza, mantiveram a greve e querem uma assembléia geral urgente.
“De nossa parte seguiremos vigilantes, lado a lado das lutas dos operários do Comperj e em defesa da unidade da categoria”, finalizou Atnágoras. 

Chega de enrolação!
Se não cumpre o que foi conquistado:
É obra e peão parado!
Fonte:CSPConlutas

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

ETA POVO QUE NÃO PARA DE LUTAR!

Em poucos dias que ficamos sem postar notícias das lutas dos trabalhadores acumularam-se os acontecimentos porque a classe trabalhadora está sempre em movimento contra a exploração dos governos e patrões. Para facilitar, publicamos apenas os títulos das notícias e as fontes para quem quiser saber mais.
É claro que nem todas as lutas realizadas nesses dias estão noticiadas. O mundo é muito grande e a classe trabalhadora também, além do fato de que noticiar as lutas nem sempre é de interesse da mídia burguesa que está a serviço  da classe patronal e as "nossas mídias", as que a classe trabalhadora vem construindo, ainda não é do tamanho suficiente para dar conta de tudo que acontece no mundo.

Motoristas e cobradores fazem passeata no Centro



O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário (Sinttro) reuniu nesta quinta-feira (21) mais de 800 profissionais da categoria para discussão sobre o prosseguimento da campanha salarial. Após a primeira assembleia, realizada na parte da manhã, motoristas e cobradores foram às ruas em passeata na pista central da Avenida Rio Branco, saindo do Largo do Riachuelo em direção à Câmara dos Vereadores.

Profissionais fizeram passeata na Rio Branco
Depois do segundo encontro, realizado na parte da tarde, a categoria decidiu solicitar a mediação do Ministério do Trabalho e Emprego nas negociações com a ala patronal. Na próxima terça-feira (26), representantes do Sinttro e da Astransp se reunirão na sede do órgão.  "Queremos a participação da nossa classe na decisão, não apenas uma medida tomada pela empresa. Por isso, recorremos ao Ministério como mediador", justifica o presidente do Sinttro, Adilson Antônio Rezende. 

Neta sexta, a diretoria do sindicato irá avaliar o índice de reajuste que será apresentado como contraproposta para a Astransp. "Essa definição será feita com calma e bem estudada. Na segunda-feira (25), anunciaremos para a categoria a nossa decisão, que será embasada em toda a discussão feita em assembleia", afirmou Rezende. A possibilidade de paralisação ou greve do serviço de transporte público foi descartada pelo Sinttro.

Movimentos sociais realizam ato contra Belo Monte em Belém do Pará


19 de fevereiro de 2013
Fonte:site MST


Movimentos sociais e diversas entidades realizam um ato público contra a usina de Belo Monte, nesta quinta-feira (21), a partir das 8hrs, em Belém, no Pará.

O ato acontece em frente ao prédio do Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM), sede de recrutamento de operários para trabalhar na construção da usina.

As entidades denunciam e protestam contra as violações de direitos humanos causado pelos grandes projetos, assim como o de Belo Monte, tendo como foco principal o tráfico humano e a violência contra a mulher.

No mesmo dia, uma comissão irá ao Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA) para reforçar que é este o órgão competente e responsável por investigar crimes de tráfico humano e de trabalho escravo.

As entidades que participam do ato são: MST, Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), Comitê Metropolitano Xingu Vivo, Coletivo Marias, Conselho Indigenista Missionário (CIMI Norte II), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Coletivo Vamos à Luta, Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), Movimento Mulheres em Luta (MML), Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST/PSOL), Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém (STICMB/PA), FMAP, Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Contra Ponto/APS, Sodireitos, Conselho Estadual dos Direitos das Crianças e Adolescentes (CEDCA), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Comissão Crianças e Adolescentes e Ocupa.

Três mil camponesas marcham na Esplanada dos Ministérios, em Brasília

21 de fevereiro de 2013


Da Página do MST

Nesta quinta-feira (21/2), as três mil camponesas participantes do I Encontro Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) farão um ato pela Esplanada dos Ministérios pela defesa da agricultura camponesa e protestar contra a violência contra a mulher. As camponesas sairão em marcha às 9h, partindo da Catedral, em Brasília. 

“Ressaltamos que nosso movimento tem o compromisso de construir um modelo de agricultura camponesa, feminista e agroecológica. Lutamos, ainda, pela transformação da sociedade e pela libertação das mulheres de qualquer tipo de opressão e discriminação. Por isso, denunciamos todas as formas de violência contra a mulher ao mesmo tempo que fortalecemos a organização feminista contra a violência do sistema capitalista, da cultura patriarcal, machista e racista”, afirma Tânia Chantel, integrante da direção nacional do MMC.

Às 8h, as camponesas farão a leitura coletiva da declaração final do I Encontro Nacional do MMC. No documento, as mulheres assumem o compromisso com a construção de relações de igualdade entre os seres humanos e a natureza, com a produção agroecológica de alimentos diversificados, além do fortalecimento das organizações populares, feministas e de trabalhadoras. 

Na última terça, a presidenta Dilma Rousseff visitou as camponesas e afirmou que “o Brasil precisa muito da força e da inteligência da mulher camponesa”. A presidenta Dilma ainda assumiu o compromisso público de contribuir com a efetivação da pauta do MMC, que centrará na luta pela produção de alimentos saudáveis, pela seguridade social, universalização do salário e licença maternidade, além do fortalecimento das lutas camponesas e populares. 

O I Encontro Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas acontece no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade de Brasília desde o dia 18/2. 
Leia a declaração final do Encontro na íntegra:

DECLARAÇÃO DO I ENCONTRO NACIONAL DO MOVIMENTO DE MULHERES CAMPONESAS

Nós mulheres do Movimento de Mulheres Camponesas – MMC, vindas de 23 estados, representantes de outras organizações populares, feministas,nacionais e internacionais da classe trabalhadora com o lema Na Sociedade Que a Gente Quer, Basta de Violência Contra a Mulher estivemos reunidas no I Encontro Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas durante os dias 18 a 21 de fevereiro de 2013, em Brasília/DF.

O Encontro Nacional do MMC contou com a presença da Presidenta da República Dilma Rousseff, da Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres Eleonora Menegucci, da Ministra da  Secretaria dos Direitos Humanos Maria do Rosário, da Ministra do Desenvolvimento Social Tereza Campello, da Ministra de Articulação Institucional Ideli Salvatti,  do Ministro  Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República Gilberto de Carvalho, do Ministro de Desenvolvimento Agrário Pepe Vargas, do Governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz, do Presidente da Conab Rubens Rodrigues dos Santos, do Presidente do Incra Carlos Guedes de Guedes, do Diretor de Infraestutura Social de BNDS Guilherme Narciso de Lacerda,  de Deputadas (os), Senadoras e outras autoridades vindas de todo o país.

A Presidenta da Republica Dilma Rousseff assumiu o compromisso público de contribuir na efetivação da pauta entregue pelo Movimento de Mulheres Camponesas, e, em sua fala, manifestou a importância da luta e da participação política das mulheres, da força das mulheres camponesas e sua organização no Movimento autônomo.

Este encontro trouxe e aprofundou o tema e os desafios que envolvem a luta pelo fim da violência contra a mulher, entendendo que a violência é resultado do sistema capitalista, da cultura patriarcal e machista que perpassa todas as dimensões da sociedade. 

Conscientes dos desafios para a superação da violência concentramos nossos esforços em quatro grandes eixos de reflexão: a) As lutas camponesas feministas e populares; b) A produção diversificada de alimentos saudáveis; c) A Seguridade Social, universalização do salário maternidade e ampliação de 4 para 6 meses para todas as mulheres trabalhadoras; d) A importância da organização do Movimento Mulheres Camponesas.

Após as plenárias houve o aprofundamento dos temas sobre: direitos reprodutivos e saúde da mulher; saúde integral, alimentação saudável e diversificada, a luta contra os agrotóxicos, divisão social e sexual do trabalho, políticas públicas, seguridade social, saúde pública, previdência e assistência, a superação das desigualdades de gênero, raça, gerações e etnia; papel da mulher na agroecologia com destaque à necessidade da autonomia econômica, política e social das mulheres para o enfrentamento à violência.

Foi destaque a MOSTRA DE PRODUÇÃO DAS MULHERES CAMPONESAS. Uma belíssima exposição trazendo uma grande diversidade de sementes, plantas medicinais, artesanato e alimentos, dando visibilidade à importância do trabalho das mulheres no projeto de agricultura camponesa feminista agroecológico.

Foi significativa a socialização da DIVERSIDADE CULTURAL e artística trazida pelos diferentes grupos, apresentada através de poemas, músicas, teatros, danças, simbologias, expressando a vida, a garra e a ousadia das mulheres que acreditam e lutam pela transformação da sociedade,  e na construção de novas  relações humanas e com a natureza. 

A CAMINHADA pelo fim da violência contra a mulher chamou atenção da sociedade pelo gesto de solidariedade às mulheres vítimas de violência, pela indignação diante dos assassinatos e outras formas de violência e o convite para mudança nas relações. Também serviu para fazer a denúncia junto às autoridades e órgãos públicos da responsabilidade e urgência de medidas que possibilitem a todas as mulheres terem mecanismos e estrutura necessária para avançar no enfrentamento e o fim da violência. 

As diferentes manifestações durante o encontro contribuiram para compreender os desafios colocados a fim de  avançar na luta pela emancipação da mulher:

NOSSOS DESAFIOS:

O fim da violência exige a luta pela transformação da sociedade e das relações humanas. Mulheres e homens precisam reencontrar a dignidade e compreender sua ação como parte do universo. 

A produção de alimentos saudáveis e diversificada supõe por um lado, o enfrentamento ao modelo de desenvolvimento capitalista industrial monopolista globalizado e suas políticas que favorecem o agronegócio e a exploração dos recursos naturais em vista do lucro e da concentração de renda; e, por outro, exige que intensifiquemos a luta pela construção do projeto de agricultura camponesa agroecológica investindo nas práticas de recuperação de sementes crioulas, plantas medicinais, produção orgânica, reeducação alimentar, avançando nas ações de preservação, proteção e recuperação dos nossos biomas.

Fortalecer e ampliar a organização dos grupos de mulheres como espaço de reflexão, conscientização de sua condição na sociedade e formulação de estratégias da luta camponesa e feminista;

A partilha de experiências, os debates, a coragem e a consciência de que somos construtoras da história e nela queremos deixar as marcas do belo, do cuidado, da justiça social e ambiental, nos convida a assumirmos o compromisso de continuar avançando com a organização autônoma das mulheres:

NOSSOS COMPROMISSOS:

Avançar na construção de relações de igualdade entre os seres humanos e com a natureza;
Fortalecer a organização das mulheres trabalhadoras, a articulação entre os movimentos feministas e da classe trabalhadora;

Potencializar a produção agroecológica e possibilitar o acesso das mulheres às políticas públicas de crédito e comercialização e a implementação da Politica Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - PNAPO;

Ampliar as relações com os consumidores e divulgar a importância da alimentação saudável e diversificada para a saúde e o bem estar das pessoas e ambiente; 

Promover a autonomia econômica, política e social das mulheres e  fortalecer a luta contra a violência;

Participar e assumir os espaços de decisão e poder;

Lutar pela seguridade social: saúde, previdência e assistência intensificando a luta pela ampliação do salário maternidade de 4 para 6 meses para as mulheres trabalhadoras do campo e da cidade;

Dar visibilidade ao trabalho produtivo e reprodutivo das mulheres com a justa remuneração e a garantia de direitos;

Lutar e denunciar todas as formas de violência do sistema capitalista, da cultura patriarcal, machista e racista que se fazem presentes no campo e na floresta através da violência doméstica, do latifúndio, agrotóxicos, transgênicos, monocultivos, doenças e outros; 

Fortalecer as relações com as organizações populares, feministas e da classe trabalhadora em torno do projeto popular para Brasil. 

O Primeiro Encontro Nacional reafirmou a importância do Movimento de Mulheres Camponesas autônomo, feminista, camponês e socialista. Confirmou a missão do MMC de lutar pela libertação das mulheres trabalhadoras de qualquer tipo de opressão e discriminação; a construção do projeto de agricultura camponesa feminista agroecológico e a luta pela transformação da sociedade. Para isso, é indispensável  a luta, a organização e formação potencializando as experiências de resistência popular, onde as mulheres sejam protagonistas de sua história.

“NA SOCIEDADE QUE A GENTE QUER, BASTA DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER!”
Movimento de Mulheres Camponesas – MMC/BR
Brasília/DF, 18 a 21 de fevereiro de 2013 


Professores realizam paralisação de advertência em Salvador

Reunidos em assembleia geral, os profissionais da rede municipal de educação de Salvador decidiram realizar uma paralisação de advertência, nesta quarta e quinta-feira (20 e 21), em função das condições da Rede, como estrutura precarizada de diversas escolas, falta de professor e coordenador pedagógico, não funcionamento dos CMEIs por falta de pagamento dos terceirizados, devolução de professores e críticas ao Programa Alfa e Beto. A categoria aprovou também uma extensa agenda de luta e decidiu continuar em estado de mobilização. 

A assembleia, realizada no Ginásio dos Bancários, deu prosseguimento a uma movimentada agenda de mobilização em defesa da qualidade da educação no município, pela garantia de funcionamento pleno do ano letivo 2013, e para organizar ações no sentido de pressionar a atual gestão em resolver os graves problemas existentes na rede, antes de implementar novas estratégias, como a ampliação da carga horária dos alunos e a implantação do Programa Alfa e Beto, no Ensino Fundamental I. 

Os professores reafirmaram a luta histórica da categoria pela educação de qualidade, que inclui o respeito ao tempo pedagógico do aluno, o respeito à jornada de trabalho e a reserva da jornada para atividade complementar. “Para implementar estas novas medidas precisa primeiro arrumar a casa, bem como respeitar a jornada de trabalho dos profissionais”, enfatizou a diretora Elza Melo. 

Os professores estarão nas unidades durante a paralisação para discutir o programa "Alfa e Beto", as condições de infraestrutura das escolas e a ampliação da jornada de trabalho em 30 minutos por turno, explicou a diretora de Assuntos Jurídicos da APLB, Marilene Betros. “O conteúdo proposto no Alfa e Beto traz algumas questões de cunho racista e vivemos em uma cidade com a maioria da população negra. Não podemos ensinar conceitos pré-concebidos, ou seja, preconceitos. Além disso, não concordamos com a metodologia de alfabelização. Precisamos discutir se, em pleno século 21, este é o melhor método”, afirmou.  

Agenda aprovada: 

Dias 20 e 21/02(quarta e quinta) – Paralisação de advertência, em função das condições da Rede, como falta de professor, coordenador pedagógico, não funcinamento dos CMEIs por falta de pagamento dos terceirizados, devolução de professores e críticas ao Programa Alfa e Beto. Atividades destes dias: estudo e reflexão sobre o Programa Alfa e Beto, com envio das contribuições da categoria para a APLB-Sindicato, até quarta, dia 27/02; Posteriormente, a APLB-Sindicato irá elaborar documento, com a análise crítica da categoria sobre o Programa Alfa e Beto, o qual será encaminhado à Prefeitura, ao Conselho Municipal de Educação e ao Ministério Público. 

Dia 20/02 (hoje)- à tarde – a direção da APLB participa de reunião com o gestor do programa Alfa e Beto, João Batista Oliveira,na SMED, e outra com a CAGE para dar seguimento às negociações; 

Dia 21/02 (quinta) – às 09h – Sessão Especial, na Câmara dos Vereadores, para tratar da situação da Educação no município de Salvador, com ênfase na convocação dos concursados; 

Dia 22/02 (sexta) – Retorno com alunos – AULA DE CIDADANIA – discutindo a qualidade da educação;  

Dia 26/02 (terça) – às 14h -Reunião com coordenadores pedagógicos, no auditório da APLB, para discussão do Programa Alfa e Beto; 

Dia 27/02 (quarta) – às 09h – Reunião de Representantes de Escola, no auditório da APLB; 

14/03 (quinta) – às 09 h – Assembleia geral, no Ginásio dos Bancários – para avaliar o movimento; 

Dia 19/03 (terça) – Eleição de Representantes nas escolas que ainda não têm representante. A APLB orientará o processo, divulgando através de material impresso; 

Dias 23,24 e 25/04 (terça, quarta e quinta) – Greve Nacional da Educação Pública, por piso, carreira, jornada e profissionalização dos funcionários da Educação. 

Fonte: APLB Sindicato

Trabalhadores da Fundação Casa organizam ato público para cobrar do governo do Estado respeito ao acordo negociado


19/02/2013
Escrito por: Sitraemfa

Nesta quarta-feira, dia 20, às 10hs, os trabalhadores da Fundação Casa farão ato público na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, no auditório Paulo Kobayashi (Avenida Sargento Mário Kozel Filho, altura do nº 118), para exigirem seus direitos na aplicabilidade do Plano de Carreiras, Cargos e Salários, como acordado com o Secretario de Planejamento do Estado no ano passado.

Os trabalhadores estão em campanha salarial e exigem reforma e isonomia do Plano de Cargos e Salários, piso salarial, reajuste real, reposição de perdas e primordialmente segurança nos locais de trabalho.

Contra decisão do STF de manter salários congelados, servidores protestam nesta quinta-feira, dia 21


Retirado do site da CSP Conlutas

Na Capital, tem manifestação às 13h, na JT/ Barra Funda, e às 14h em frente ao TRF-3. Em Santos, protesto será às 12h, na JF. Participe! 

Por Caê Batista

Os servidores do Judiciário Federal vão protestar contra a decisão do STF de não aplicar o reajuste da Gratificação por Atividade Judiciária (GAJ). Na capital, as manifestações acontecem quinta-feira (21/02). No fórum trabalhista Ruy Barbosa, na Barra Funda, o ato será às 13h; e no Tribunal Regional Federal, na Av. Paulista, às 14h.

Na Baixada Santista, os servidores protestam em frente à Justiça Federal, a partir de 12h, em Santos.

A intenção é mostrar para as administrações locais e ao STF a insatisfação da categoria com a manutenção do congelamento salarial, em vigor desde 2006. “Vamos denunciar o calote e exigir o pagamento imediato do reajuste, que foi conquistado com muito esforço da categoria. Embora tenha sido aprovado num patamar rebaixado, esse reajuste nos pertence”, afirma Adilson Rodrigues, diretor do Sintrajud e ex-diretor da federação nacional, Fenajufe.

Para Tarcísio Ferreira, diretor do Sintrajud, “é um absurdo” o STF não aplicar os percentuais garantidos na lei n° 12.774/2012. “A norma já foi aprovada no Congresso e sancionada pelo Executivo”, argumenta.

No final do ano passado, a lei que aumenta a Gratificação por Atividade Judiciária (GAJ) foi sancionada, e a primeira parcela do reajuste deveria entrar nos contracheques da categoria em janeiro. Mas o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, não autorizou o pagamento, sob o argumento de que o Orçamento da União para 2013 ainda não foi aprovado.

O Ministério Público Federal, o Poder Executivo e alguns Tribunais Regionais Eleitorais, incluindo o de São Paulo, já repassaram aos seus servidores o reajuste.

Semanas atrás, em conversa com Antônio Melquíades, diretor do Sintrajud e da Fenajufe, o presidente do Supremo disse que poderá rever a sua posição, caso o orçamento deste ano não seja aprovado ainda em fevereiro. Na reunião, que durou alguns minutos, Melqui argumentou ao ministro que os valores do orçamento da folha de pagamento de pessoal do Judiciário de 2012, acrescidos do crescimento vegetativo, já são automaticamente garantidos para 2013, o que faz com que os tribunais tenham recursos para pagar o reajuste.

Campanha salarial unificada

Além da proximidade com a data do pagamento da categoria, outro motivo justifica a escolha do dia 21 para as manifestações: reforçar a unidade com os demais setores do funcionalismo federal, que lançam campanha salarial unificada no dia 20, em Brasília.

“Queremos somar forças com o conjunto do funcionalismo. No ano passado, na campanha salarial unificada, percebemos que unidos somos mais fortes. Vamos levantar novamente a bandeira da data-base, que é um direito que tem sido negado a todos trabalhadores do serviço público federal”, afirma Tarcísio.

Fonte: Sintrajud

Motoristas de Fortaleza paralisam atividades por descumprimento da CCT 2012/2013

Os trabalhadores dos sindicatos dos motoristas e cobradores Urbanos e interestaduais do Ceará paralisaram suas atividades, nesta sexta-feira, para exigir das empresas o cumprimento da CCT (Convenção Coletiva de trabalho). 

Estavam presentes durante a paralisação a CSP-Conlutas e demais entidades sindicais como o Sindicato da Construção Civil , Sindconfe e o Sindicato dos Professores do Ceará.


A comissão dos sindicatos e da CSP-Conlutas foi recebida pelas empresas de transporte e marcaram uma reunião para hoje, dia 15, entre os Sindicatos e as patronais, para debater as reivindicações.


Caso não sejam regularizadas todas as pendências, o sindicato organizará mais paralisações junto dos trabalhadores.

Com informações da CSP-Conlutas Ceará

Trabalhadores da Novelis de Ouro Preto convocam reunião sobre as demissões hoje (21)


Retirado do site da CSP Conlutas

Na quinta-feira, dia 21 de fevereiro, acontece uma audiência pública da Câmara dos Vereadores na portaria da Novelis, em Ouro Preto. Será as 16 horas, após a saída do turno dos trabalhadores.

Será discutido o anuncio da demissão de 160 trabalhadores e fechamento do setor de REDUÇÃO II. Isso é parte do processo de fechamento total da Novelis, pois, não existem investimentos previstos.

Confira o convite para a audiência

Também será aberta uma discussão sobre o futuro da cidade de Ouro Preto caso a Novelis realmente venha a fechar e qual será o futuro dos trabalhadores e os responsabilidade da prefeitura no assunto.

Neste sentido, é fundamental a participação do máximo de companheiros dos movimentos sociais e sindicais, principalmente, os combativos filiados à CSP-Conlutas. Participem!

Fonte: Federação Sindical e Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais
Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Ouro Preto e Mariana


Nova greve geral na Grécia leva milhares às ruas de Atenas

Retirado do site da CSP Conlutas


Nesta quarta-feira (20), uma nova greve geral de 24 horas contra as medidas de arrocho imposta aos trabalhadores pelo governo, União Europeia e Fundo Monetário Internacional levaram milhares de pessoas às ruas de Atenas, na Grécia.

A greve, convocada por sindicatos dos setores público e privado, teve adesão de médicos, professores, advogados, bancários e funcionários de portos e aeroportos entre outros setores.

Voos foram cancelados e os hospitais estão trabalhando com regime reduzido de funcionários.

A população é castigada pela mais alta taxa de desemprego da Europa que chega a 60% entre os jovens e atinge 27% ao restante dos trabalhadores. Dos empregados, mais de um terço estão com os salários atrasados.

Passeatas saíram de vários pontos centrais de Atenas e culminaram numa marcha em direção à Praça Syntagma, onde se encontra o Parlamento.

A greve geral antecede a chegada de uma delegação da troika no país para avaliar os pacotes de “reformas” concedidos em troca do “resgate financeiro”.

Essa já é trigésima paralisação feita na Grécia desde o início da crise econômica.

As chamadas “medidas austeridade” vem embutidas com o enfraquecimento de acordos salariais coletivos e medidas para a demissão de funcionários públicos, e é contra isso que a população vai às ruas.

A Grécia está em seu sexto ano seguido de recessão, período no qual a economia sofreu contração de quase 25%.

Mesma luta – Os trabalhadores da Espanha também estão em luta. Na terça-feira (19), os funcionários da companhia Ibéria iniciaram a greve no aeroporto internacional de Madri contra a demissão de 4 mil trabalhadores. A paralisação que é a maior feita pelos trabalhadores da empresa, teve a participação de mais de 8 mil pessoas.

Em Portugal, no último sábado (16), milhares de pessoas também realizaram manifestação contra as medidas, de mesmo caráter, impostas pelo governo.

Também na Índia foi iniciada hoje uma greve geral de 48 horas em defesa dos direitos dos trabalhadores.

A CSP-Conlutas apoia todas essas greves e manifestações dos trabalhadores contra os planos de arrocho que vem sendo impostos em seus respectivos países.

Com informações, da Folha, Agencia Estado, Exame, IstoÉ Dinheiro.

Após 11 dias de greve, operários do COMPERJ arrancam vitória em campanha salarial!


Fonte: site da CSP Conlutas

Nesta terça-feira (dia 19), em uma assembléia lotada, os operários da construção do COMPREJ, no Rio Janeiro, aprovaram a nova contra proposta da patronal.

O acordo aprovado pela categoria, que será firmado entre o sindicato e a patronal, arrancou vitórias como 10% de reajuste salarial, o pagamento diário de 30 minutos de horas “in tinere`s”, aumento no vale refeição de R$ 300,00 para R$360,00 (sendo o mês de março no valor de R$720) e a garantia do pagamento da PLR até o próximo dia 22, além de termos conquistado o abono dos dias de greve.

A CSP-Conlutas, através do apoio à operários que se organizam no MAP-Movimento Acorda Peão, esteve desde o início na defesa da pauta, da luta e da organização da categoria, ao mesmo tempo em que insistentemente manteve o chamado a unidade com o sindicato para garantir esta vitória.

Esta vitória só foi possível porque quando houve a primeira provocação da patronal, que apresentou uma proposta extremamente rebaixada (7,5% de reajuste e nada de horas in tinere), a categoria impôs a Greve imediatamente, coisa que pegou até o Sindicato de “surpresa”. Está provado que valeu a luta!

Agora é preciso manter a categoria organizada, exigir o cumprimento das conquistas e seguir batalhando por mais avanços, afinal não temos direito só a 30 minutos de horas “in tinere`s” e nada está garantido em relação as nossas reivindicações referentes a saúde e segurança ou mesmo no que se refere a precariedade do atendimento médico na obra, entre outras demandas.

A CSP-Conlutas seguirá apoiando os trabalhadores e trabalhadores do Comprej em cada luta, em cada ação, em cada batalha necessária contra a ganância dos patrões, a conivência do governo Dilma e em defesa de um Acordo Coletivo Nacional que garanta que, em qualquer obra desse país, sejamos respeitados e tenhamos os mesmos direitos.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013


Até quando esses povos serão atacados? Quando o governo federal tomará a decisão de enfrentar os latifundiários e a defesa dos indígenas que vivem nessas  terras há séculos?



Em protesto contra o assassinato de adolescente, povo Guarani Kaiowá faz retomada de terra indígena


“Após assassinato de adolescente de 15 anos, povo Guarani Kaiowá faz retomada neste momento. Cerca de 500 indígenas estão retomando a terra indígena em protesto ao assassinato”

Esse foi o comunicado enviado por Valdelice Veron, liderança indígena Guarani Kaiowá .


O crime aconteceu no sábado (16). Três jovens Guarani Kaiowá da aldeia Tey’ikue, município de Caarapó, saíram para pescar nas margens do córrego Mbope’i. Na ocasião, três pistoleiros perseguiram os adolescentes. Dois deles conseguiram fugir. Denilson Barbosa, de 15 anos, foi capturado pelos jagunços e assassinado com três tiros: dois na cabeça e um no pescoço. Suspeita-se que o mandante do crime é o fazendeiro Oladino, proprietário da fazenda Sardinha. O corpo do adolescente foi encontrado na manhã deste domingo, 17, na estrada vicinal a sete quilômetros do perímetro urbano.

Em protesto ao assassinato do jovem, mais de 500 indígenas Guarani Kaiowá estão, neste momento, retomando a terra indígena a qual a fazenda Sardinha está instalada. Somente a Polícia Civil apareceu no local do crime para fazer a perícia criminal. Segundo indígenas que estão no local da retomada, até a noite de hoje (18), a Fundação Nacional do Índio (Funai) não apareceu no local do conflito. A Procuradoria Geral da República foi acionada e garantiu o envio da Força Nacional para a região a partir de amanhã (19).

O clima é de tensão na retomada da terra indígena e muitos dos indígenas temem novos ataques dos jagunços. Porém, a decisão dos indígenas é resistir em protesto ao assassinato do adolescente Kaiowá Guarani e em defesa das terras tradicionais.

Os indígenas Guarani Kaiowá pedem, neste momento, todo apoio e solidariedade das entidades e militantes para que possam resistir na retomada indígena, comparecendo ao local e ajudando a divulgar a situação!

Fonte: Blog Conversa de Fera