Estudantes ocupam as ruas e dão aula de resistência contra a truculência de Alckmin; manifestação nesta sexta-feira
02/12/2015
Os estudantes estão dando aula nas ruas sobre o direito que tem de se manifestar contra algo que não são a favor: a reorganização das escolas, projeto do governador Geraldo Alckmin que pretende fechar 94 unidades escolares. A polícia, por sua vez, a mando desse mesmo governador, retira a força esse direito, com violência.
Mas a juventude não desiste. As atividades seguem durante essa semana, e na sexta-feira (4), às 14h, haverá uma manifestação dos professores, com o apoio dos estudantes, na Praça Roosevelt contra a reorganização.
A repressão de Alckmin
Os estudantes começam a sair das escolas e tomar as ruas para mostrar sua luta à população.
Ontem a Avenida Nove de Julho foi bloqueada com cadeiras de salas de aula e com faixas exigindo que o governo investisse em mais escolas e menos em prisões. Indo na contramão disso, a polícia, braço de ferro do estado, levou presas pelo menos quatro pessoas, entre elas dois menores. Outras três relataram ferimentos leves. Isso tudo com o objetivo de calar o movimento, mas não conseguiram.
Hoje, novamente, desta vez na Avenida Doutor Arnaldo, os estudantes voltaram a protestar. A polícia, novamente reprimiu a manifestação. Mais uma vez a ação contou com quatro detenções.
É assim que está sendo conduzido o diálogo que o secretário da Educação de São Paulo, Herman Jacobus Cornelis Voorwald, disse que teria com os estudantes das mais de 200 escolas ocupadas desde o início de novembro: com prisões, cassetetes e gás de pimenta na cara.
No início dessa semana, as mobilizações contra a (des) organização do ensino tomaram as avenidas Faria Lima e a João Dias.
Governo parte para ofensiva para tentar desmontar movimento de ocupações nas escolas
“O governo decidiu agir de forma ofensiva para tomar à força as escolas ocupadas”, informa o membro da Oposição Alternativa João Zafalão que acompanha de perto as ocupações em escolas, e que tem dado apoio aos estudantes.
Essa atitude arbitrária também se confirma em áudio vazado e divulgado no domingo (29), com exclusividade pela rede de comunicação Jornalistas Livres. A gravação é de uma reunião realizada entre o secretário da Educação, Voorwald, e cerca de 40 dirigentes de ensino do estado de São Paulo, na escola Caetano Campos. No áudio é possível ouvir como a cúpula do estado no setor de Educação pretende atuar essa semana para enfraquecer a mobilização dos alunos, professores e funcionários que estão luta em defesa das escolas.
Entretanto, conforme aumenta a violência da polícia, aumenta a resistência dos estudantes.
A CSP-Conlutas está ajudando em diversas ocupações, principalmente em Itaquera, Zona Sul e Zona Leste por meio dos professores da rede estadual. Nossa Central está nesta luta e faz um chamado para que fortaleçamos a movimento durante essa semana, pois será decisiva.
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