Democratizar a educação é uma luta histórica dos Trabalhadores em Educação em todo o país. Escolher os (as) que vão organizar e coordenar o sistema educacional é uma antiga reivindicação da categoria e a condição primeira para que a democratização possa acontecer.
Aqui em Minas, após muitas lutas, conquistamos a eleição para direção de escola e varremos do mapa a prática politiqueira de deputados e afins (ligados ao governador de plantão) indicarem seus cabos eleitorais, parentes e apadrinhados que, retribuíam agindo como um braço do governo nas escolas aplicando todas as suas políticas , mesmo as que oprimiam seus colegas de trabalho.
Esse foi uma grande avanço, mas ainda insuficiente para democratizar o ambiente escolar pois permaneceu a indicação política dos (as) Secretários (as) de Educação e Superintendes Regionais e, com ela manteve-se a velha pratica de tomar as decisões de cima para baixo cabendo às direções escolares, numa lógica hierárquica de subalternidade, o cumprimento das mesmas. Para garantir esse processo utilizava-se o assédio moral, as ameaças e pressões sobre as direções que, mesmo eleitas pela comunidade, se viam coagidas a atuar na linha política dos governos.
Com a eleição de Pimentel e com seu compromisso de dialogar com os educadores e alterar essa lógica opressora, a categoria vislumbrou a possibilidade de dar mais um passo em direção à democratização e organizou-se para fazer valer seu direito de escolher os Superintendes Regionais.
Mobilizamo-nos, realizamos plenárias em quase todas as regiões do estado e, mesmo com curto espaço de tempo, a categoria escolheu seus representantes e os apresentou ao governo que comprometeu-se a nomeá-los ainda em janeiro.
A direção da Subsede de Juiz de Fora, reivindicou na plenária um processo mais amplo, com eleição direta na base e com amplo debate, porém os educadores presentes entenderam que, mesmo não sendo o método ideal, deveriam fazer a escolha naquele momento e assim o fizeram: elegeram uma servidora de carreira da SRE para ser a nova Superintendente da nossa região.
O mês de janeiro já está chegando ao fim e o governo ainda não pronunciou-se sobre as nomeações. A direção da Subsede/JF, respeitando a decisão tomada pela categoria na
plenária, exige do governador Pimentel a nomeação da servidora escolhida
por seus pares.
Não aceitaremos que o casuísmo e a politicagem permaneça como pratica. Os trabalhadores em educação de Minas deram mais um passo rumo à democratização da educação em nosso estado e não aceitarão retrocesso. O próximo passo será a escolha da (o) Secretário (a) de Educação.
Pimentel nomeia já os (as) Superintendestes escolhidos (as) nas plenárias do SindUte!
Pela democratização plena da educação em Minas!
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