domingo, 13 de julho de 2014

Na Alemanha, trabalhadores metroviários e rodoviários iniciam greve por reajuste salarial

 A acachapante vitória da Alemanha sobre o Brasil por 7 a 0 foi analisada como a vitória da competência construída, planejada etc sobre o improviso e a desorganização. Isso ajuda a reforçar uma imagem de um país em que todos vivem bem e sem problemas de nenhuma ordem, mas essa notícia abaixo vem nos mostrar que, para os trabalhadores da Alemanha as coisas não são bem assim.
Para a burguesia alemã tudo vai bem sim, obrigado, aliás, como em qualquer lugar do mundo, mas para os trabalhadores alemães tem que ter luta para que seus direitos sejam respeitados,  como aliás, também aqui ou em qualquer outro país do mundo. 
Hoje os alemães poderão ser os campeões mundiais do futebol, mas para milhares de trabalhadores daquele país a alegria de ser campeões se misturará com a luta por melhores condições e vida. Como seria aqui, se fôssemos campeões ou na Argentina se for ela a vencedora.

Os trabalhadores metroviários e motoristas de ônibus e trólebus iniciaram greve nesta manhã nas cidades de Munique, Augsburg e Nuremberg, na Alemanha.
 As categorias reivindicam 4% de aumento salarial e adição de 120 euros para salários inferiores durante um ano. A patronal oferece 3% e 90 euros respectivamente, a partir de junho de 2015.
 A greve dos rodoviários se deu após três rodadas de negociação sem êxito, e a empresa – Corporação de Transportes de Munique (MVG, sigla em alemão) – afirma não abrir mais diálogo com a categoria.
 Somente neste primeiro dia de paralisação, são 4500 motoristas de trólebus que cruzaram os braços.
 Amanhã, a partir das 5 horas da manhã, os metroviários reforçam a mobilização dos trabalhadores em transporte e iniciam greve, com a paralisação também dos bilheteiros e, consequentemente, com a liberação das catracas.

Trabalhadores da categoria seguram faixa: "Sem nós, não há transporte"
Em ato, trabalhadores da categoria seguram faixa: “Sem nós, não há transporte”
 O sindicato da categoria é o VER.DI (Sindicato de Prestação de Serviços Unificado), entidade que já manifestou apoio aos metroviários de São Paulo e engrossa a campanha pela readmissão dos 42 demitidos.

Confira abaixo a nota de apoio enviada pela entidade:
 “VER.DI ativo – solidário com as companheiras e companheiros lutadores do Brasil

Nós, do Grupo de Sindicato de Base VER.DI ATIVO (Empresa de Transporte de Berlim BVG) estamos firmemente do lado de todas as trabalhadoras e todos os trabalhadores lutadores do Brasil. Basta de declaração de ilegalidade de greve, de gás lacrimogêneo, de tiros, cassetetes e demissões contra os metroviários em greve de São Paulo! Exigimos o mais pleno atendimento das exigências e a readmissão de nossos companheiros demitidos!! Vossa luta é também a nossa luta. Juntos, em escala mundial, por boas condições de trabalho e de vida, podemos, unidos, ser invencíveis! Conclamamos a todos os sindicatos alemães a apoiar-vos financeiramente e com apoio político, declarações, manifestações e atos públicos! A solidariedade é a nossa força!
Fonte: site CSPConlutas

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