Lá como cá a luta contra a crise econômica que os capitalistas querem jogar nas costas dos trabalhadores levam milhões as ruas. As denúncias são quase as mesma que enfrentamos aqui: reforma da previdência, retirada de direitos, corte de verba para serviços públicos como educação e corte de salários.
Atentem para o parágrafo 6º, a denúncia é a de "escolas de lata", em plena Europa. Isso nos mostra que o sistema capitalista não tem fronteiras e nem limites e quando entra em crise lança mão de todo seu arsenal. Quando só explorar riqueza e trabalhadores de países pobres não for suficiente para manter os lucros os capitalistas atacam trabalhadores de países outrora bem sucedidos. Diante disso a construção de um outro modelo de sociedade é necessária, onde não haja uma pequena classe que enriquece com a exploração da classe que trabalha.
Nesta
quinta-feira (10), cerca de 1.2 milhão de trabalhadores do serviço público,
organizados por diversos sindicatos, realizaram uma paralisação de 24 horas
contra a reforma previdenciária e cortes salariais. A adesão ao
movimento atingiu a Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales. A greve
é a maior registrada em três anos sob o governo conservador de David Cameron
que impõe medidas de retirada de direitos dos trabalhadores com pacotes de
austeridade.
A
mobilização coordenada foi organizada por diversas entidades como o Sindicato
Nacional dos Docentes (NUT) e o Sindicato dos Bombeiros (FBU), os três maiores
sindicatos de servidores públicos do Reino Unidos, Unison, Unite e GMB, o
Sindicato de Servidores Públicos e Comerciais (PCS), e a Aliança dos Servidores
Públicos do Norte da Irlanda (Nipsa), além de categorias ligadas ao transporte
de Londres, como o metrô, com a participação do Sindicato dos Trabalhadores
Ferroviários, Marítimos e dos Transportes (RMT) e a Associação dos Funcionários
Assalariados em Transporte (TSSA).
Em Liverpool, durante uma manifestação com cerca de 3 mil pessoas, foi
votada e aprovada a moção que pede a Federação Sindical (TUC) que
organize em breve uma greve geral de dois dias.
Mark Rowe, representante do Sindicato dos Bombeiros, também esteve
presente no ato de Liverpool, e agradeceu as mensagens de apoio dos
companheiros do Brasil que via Rede Sindical Internacional de Solidariedade e
Lutas enviaram solidariedade.
Cathy Fitgerald-Taher, representante do NUT, também mencionou o apoio de
nossa rede internacionalista e citou os países em solidariedade como Brasil,
Colômbia, França, Espanha e Itália.
O NUT, que conta com cerca de 300 mil trabalhadores, se manifestou
contra a reforma previdenciária e teve o apoio de outras categorias por travar
luta contra outros 10 ataques, incluindo campanha pela redução da carga horária
e inspeção do trabalho, e contra a privatização e o sucateamento da educação
pública, que tem cada vez menos profissionais qualificados e alunos que
frequentam “escolas de lata” implantadas nos playgrounds dos colégios.
O
investimento em educação tem sofrido cortes e o sexto grau do ensino chegou a
perder 100 milhões de libras por ano na Inglaterra.
Outras
greves foram organizadas pelos servidores públicos municipais que fazem parte
dos sindicatos Unite, Unison (governo local e funcionários da educação) e GMB
(com cerca de 150 mil membros). As categorias enfrentam os mesmos problemas com
a austeridade do governo que oferece apenas 1% de aumento salarial.
O
PCS, com cerca de 270 mil trabalhadores, engrossou a greve com os trabalhadores
do funcionalismo público, com destaque para os ligados a setores responsáveis
por emissão de passaportes e autoridades fiscais.
Este
dia nacional de ações foi construído individualmente pelos diversos sindicatos,
e a mobilização coordenada, apesar de apresentar diferentes pautas, traz
consigo um tema em comum que é a luta contra a austeridade.
A
ação deste dia 10 deve se consagrar como a maior greve geral desde a de 1926,
que contou com a adesão de 1.7 milhão de trabalhadores durante a paralisação.
Além disso, protestos, como o d Liverpool, foram realizados em cerca de 50
locais na Inglaterra e no País de Gales.
A CSP-Conlutas envia moção de apoio aos trabalhadores envolvidos nesta
greve histórica contra os planos de austeridade. Se no Brasil, tendo como
destaques os casos da luta dos trabalhadores da Construção Civil de Fortaleza e
dos Metroviários de São Paulo, recebemos apoio de diversas dessas entidades
internacionais, agora retribuímos a solidariedade e fortalecemos esta rede internacionalista
de lutas.
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