Trabalhadores
gregos fazem fila para sacar dinheiro. No detalhe, OXI, que significa NÃO em
grego.
O
referendo que se realiza na Grécia neste domingo (05/07) pode significar uma
mudança nos rumos da política econômica proposta pela Troika, nome pelo qual é
conhecida a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI.
Caso
ganhe o NÃO, o acordo proposto pelo imperialismo europeu — que significa um
ataque de € 2 bi em cortes nas aposentadorias e aumento de impostos, além
do aumento do superávit primário — deve ser rechaçado pelo governo
Tsipras. Além disso, a vitória do NÃO coloca em debate a permanência da
Grécia na União Europeia.
Esta
situação implicaria em importantes modificações no cenário político, uma vez
que o governo poderá contar com a força do referendo popular para romper com o
nefasto ciclo econômico proposto pelas potências europeias: empréstimos
financeiros para saldar as dívidas assumidas anteriormente em troca de um plano
de austeridade que significa o aumento do desemprego e ataques aos direitos
trabalhistas e à previdência.
Os
institutos de pesquisa apontam para uma disputa acirrada entre o SIM e o NÃO.
Caso o SIM — apoiado pelos grandes empresários, pelos bancos estrangeiros, que
são os detentores dos títulos da dívida grega, pela mídia e pela igreja
ortodoxa — seja aprovado pela maioria do povo grego, isso não significará
apenas uma escolha econômica em manter os planos de austeridade, mas pode
influenciar todo o cenário político, já que o próprio primeiro-ministro Tsipras
pode renunciar ao cargo, convocando novas eleições.
O sistema
político grego é diferente do brasileiro, em que um presidente é eleito através
do voto direto para um mandato de 4 anos. Na Grécia (uma república
parlamentarista), o partido que obtiver maioria nas eleições legislativas
indica o primeiro-ministro. Tsipras faz parte do partido Syriza (Coligação de
Esquerda Radical), que venceu o pleito grego em janeiro deste ano, obtendo 149
das 300 cadeiras do Parlamento.
O Governo
Tsipras
O partido
do primeiro-ministro Alexis Tsipras ganhou apoio popular com promessas de
romper com a política econômica da Troika, que vem castigando a Grécia desde a
crise econômica de 2008. Na campanha eleitoral, o Syriza prometeu aumentar o
salário mínimo e revogar a reforma trabalhista implementada pelo governo
anterior.
No
governo, Tsipras tem acenado com medidas contraditórias, algumas de apelo
popular, como o aumento de salários, mas também com medidas de continuidade das
políticas anteriores, como a privatização de aeroportos e portos.
A Grécia
se tornou recentemente o primeiro país “desenvolvido” a não pagar suas dívidas
com o Fundo Monetário Internacional, cujo total representa 180% do PIB
Nacional, cerca de € 271 bilhões.
A maior
parte da dívida grega é com bancos privados de países europeus, em
particular da Alemanha, França, Espanha e Itália.
Pressionada
pelos países imperialistas da Europa, com a Alemanha à frente, a Grécia
implementou uma série de planos de austeridade, que aumentaram a idade de
aposentadoria, rebaixaram salários, diminuíram brutalmente os postos de
trabalho do serviço público e levaram a economia a uma brutal recessão, análoga
a uma depressão econômica.
Hoje, 40%
das crianças estão sob a linha da pobreza na Grécia. O ataque às aposentadorias
pode aprofundar ainda mais o cenário de caos social no qual se encontra o povo
grego, uma vez que metade dos lares vivem das aposentadorias, num país em que
52% dos jovens estão desempregados. Em 2013, mais de 300 mil crianças não
tinham supridas suas necessidades nutricionais mais básicas, de acordo com a
Unicef.
A
CSP-Conlutas apoia a luta do povo grego, que já realizou dezenas de greves
gerais nos últimos anos em defesa de seus direitos. A nossa Central também se
solidariza com os que dirão NÃO neste plebiscito.
Fonte:
site CSPConlutas.
O
referendo que se realiza na Grécia neste domingo (05/07) pode
significar uma mudança nos rumos da política econômica proposta pela
Troika, nome pelo qual é conhecida a Comissão Europeia, o Banco Central
Europeu e o FMI.
Caso ganhe o NÃO, o acordo proposto pelo imperialismo europeu — que
significa um ataque de € 2 bi em cortes nas aposentadorias e aumento
de impostos, além do aumento do superávit primário — deve ser rechaçado
pelo governo Tsipras. Além disso, a vitória do NÃO coloca em debate a
permanência da Grécia na União Europeia.
Esta situação implicaria em importantes modificações no cenário
político, uma vez que o governo poderá contar com a força do referendo
popular para romper com o nefasto ciclo econômico proposto pelas
potências europeias: empréstimos financeiros para saldar as dívidas
assumidas anteriormente em troca de um plano de austeridade que
significa o aumento do desemprego e ataques aos direitos trabalhistas e à
previdência.
Os institutos de pesquisa apontam para uma disputa acirrada entre o
SIM e o NÃO. Caso o SIM — apoiado pelos grandes empresários, pelos
bancos estrangeiros, que são os detentores dos títulos da dívida grega,
pela mídia e pela igreja ortodoxa — seja aprovado pela maioria do povo
grego, isso não significará apenas uma escolha econômica em manter os
planos de austeridade, mas pode influenciar todo o cenário político, já
que o próprio primeiro-ministro Tsipras pode renunciar ao cargo,
convocando novas eleições.
O sistema político grego é diferente do brasileiro, em que um
presidente é eleito através do voto direto para um mandato de 4 anos. Na
Grécia (uma república parlamentarista), o partido que obtiver maioria
nas eleições legislativas indica o primeiro-ministro. Tsipras faz parte
do partido Syriza (Coligação de Esquerda Radical), que venceu o pleito
grego em janeiro deste ano, obtendo 149 das 300 cadeiras do Parlamento.
O Governo Tsipras
O partido do primeiro-ministro Alexis Tsipras ganhou apoio popular
com promessas de romper com a política econômica da Troika, que vem
castigando a Grécia desde a crise econômica de 2008. Na campanha
eleitoral, o Syriza prometeu aumentar o salário mínimo e revogar a
reforma trabalhista implementada pelo governo anterior.
No governo, Tsipras tem acenado com medidas contraditórias, algumas
de apelo popular, como o aumento de salários, mas também com medidas de
continuidade das políticas anteriores, como a privatização de
aeroportos e portos.
A Grécia se tornou recentemente o primeiro país “desenvolvido” a
não pagar suas dívidas com o Fundo Monetário Internacional, cujo total
representa 180% do PIB Nacional, cerca de € 271 bilhões.
A maior parte da dívida grega é com bancos privados de países europeus, em particular da Alemanha, França, Espanha e Itália.
Pressionada pelos países imperialistas da Europa, com a Alemanha à
frente, a Grécia implementou uma série de planos de austeridade, que
aumentaram a idade de aposentadoria, rebaixaram salários, diminuíram
brutalmente os postos de trabalho do serviço público e levaram a
economia a uma brutal recessão, análoga a uma depressão econômica.
Hoje, 40% das crianças estão sob a linha da pobreza na Grécia. O
ataque às aposentadorias pode aprofundar ainda mais o cenário de caos
social no qual se encontra o povo grego, uma vez que metade dos lares
vivem das aposentadorias, num país em que 52% dos jovens estão
desempregados. Em 2013, mais de 300 mil crianças não tinham supridas
suas necessidades nutricionais mais básicas, de acordo com a Unicef.
A CSP-Conlutas apoia a luta do povo grego, que já realizou dezenas
de greves gerais nos últimos anos em defesa de seus direitos. A nossa
Central também se solidariza com os que dirão NÃO neste plebiscito.
O
referendo que se realiza na Grécia neste domingo (05/07) pode
significar uma mudança nos rumos da política econômica proposta pela
Troika, nome pelo qual é conhecida a Comissão Europeia, o Banco Central
Europeu e o FMI.
Caso ganhe o NÃO, o acordo proposto pelo imperialismo europeu — que
significa um ataque de € 2 bi em cortes nas aposentadorias e aumento
de impostos, além do aumento do superávit primário — deve ser rechaçado
pelo governo Tsipras. Além disso, a vitória do NÃO coloca em debate a
permanência da Grécia na União Europeia.
Esta situação implicaria em importantes modificações no cenário
político, uma vez que o governo poderá contar com a força do referendo
popular para romper com o nefasto ciclo econômico proposto pelas
potências europeias: empréstimos financeiros para saldar as dívidas
assumidas anteriormente em troca de um plano de austeridade que
significa o aumento do desemprego e ataques aos direitos trabalhistas e à
previdência.
Os institutos de pesquisa apontam para uma disputa acirrada entre o
SIM e o NÃO. Caso o SIM — apoiado pelos grandes empresários, pelos
bancos estrangeiros, que são os detentores dos títulos da dívida grega,
pela mídia e pela igreja ortodoxa — seja aprovado pela maioria do povo
grego, isso não significará apenas uma escolha econômica em manter os
planos de austeridade, mas pode influenciar todo o cenário político, já
que o próprio primeiro-ministro Tsipras pode renunciar ao cargo,
convocando novas eleições.
O sistema político grego é diferente do brasileiro, em que um
presidente é eleito através do voto direto para um mandato de 4 anos. Na
Grécia (uma república parlamentarista), o partido que obtiver maioria
nas eleições legislativas indica o primeiro-ministro. Tsipras faz parte
do partido Syriza (Coligação de Esquerda Radical), que venceu o pleito
grego em janeiro deste ano, obtendo 149 das 300 cadeiras do Parlamento.
O Governo Tsipras
O partido do primeiro-ministro Alexis Tsipras ganhou apoio popular
com promessas de romper com a política econômica da Troika, que vem
castigando a Grécia desde a crise econômica de 2008. Na campanha
eleitoral, o Syriza prometeu aumentar o salário mínimo e revogar a
reforma trabalhista implementada pelo governo anterior.
No governo, Tsipras tem acenado com medidas contraditórias, algumas
de apelo popular, como o aumento de salários, mas também com medidas de
continuidade das políticas anteriores, como a privatização de
aeroportos e portos.
A Grécia se tornou recentemente o primeiro país “desenvolvido” a
não pagar suas dívidas com o Fundo Monetário Internacional, cujo total
representa 180% do PIB Nacional, cerca de € 271 bilhões.
A maior parte da dívida grega é com bancos privados de países europeus, em particular da Alemanha, França, Espanha e Itália.
Pressionada pelos países imperialistas da Europa, com a Alemanha à
frente, a Grécia implementou uma série de planos de austeridade, que
aumentaram a idade de aposentadoria, rebaixaram salários, diminuíram
brutalmente os postos de trabalho do serviço público e levaram a
economia a uma brutal recessão, análoga a uma depressão econômica.
Hoje, 40% das crianças estão sob a linha da pobreza na Grécia. O
ataque às aposentadorias pode aprofundar ainda mais o cenário de caos
social no qual se encontra o povo grego, uma vez que metade dos lares
vivem das aposentadorias, num país em que 52% dos jovens estão
desempregados. Em 2013, mais de 300 mil crianças não tinham supridas
suas necessidades nutricionais mais básicas, de acordo com a Unicef.
A CSP-Conlutas apoia a luta do povo grego, que já realizou dezenas
de greves gerais nos últimos anos em defesa de seus direitos. A nossa
Central também se solidariza com os que dirão NÃO neste plebiscito.
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