1º de maio tem de ser independente de patrões e governos. A Força Sindical, que apoia o PL 4330 das terceirizações, faz ato festivo e com sorteios de carros. A CUT faz ato sem criticar o governo Dilma que retira direitos dos trabalhadores.
O movimento sindical tem o dever de defender a classe trabalhadora contra os ataques, venham de onde vier.
CUT, UNE, MST e outras organizações tentam impor ato chapa-branca e censurar críticas ao governo
O material da convocatória já estava rodado e vinha com as bandeiras do ato do 13 de março, ou seja, contra a retirada de direitos, pela reforma política, em “defesa” da Petrobras, contra o suposto golpismo, etc. Logicamente, estas propostas não viabilizariam um ato unitário e o pior, era uma exigência dos organizadores que não poderia haver nenhuma faixa ou bandeira contra o governo Dilma e os partidos da base aliada. Não poderia haver nas faixas palavras como “chega”, “basta”, “fora”, senão elas seriam arrancadas na porrada. Um absurdo que nenhuma organização classista pode concordar já que a independência das organizações com suas faixas e bandeiras é inegociável.
Assim, vão realizar um ato que, objetivamente, será de cobertura do governo Dilma, na medida em que não permite qualquer tipo de crítica. Infelizmente, a CSP-Conlutas foi voz solitária contra esta posição, pois a Intersindical (Central), o PSOL e o MTST concordaram com estas imposições e estão trabalhando para o ato que, longe dos sentimentos das ruas, dos trabalhadores das fábricas, dos bancos, será bem chapa-branca.
Defendemos a mais ampla unidade de ação das organizações dos trabalhadores para derrotar a PL 4330 e as Medidas Provisórias de Dilma que retiram direitos dos trabalhadores. Estivemos à frente das manifestações e paralisações do dia 15 de abril e defendemos que é necessária uma Greve Geral para derrotar as terceirizações e o ajuste do governo. Temos feito insistentemente este chamado às centrais sindicais, independente de sua posição em relação ao governo. No entanto, não abrimos mão de denunciar o governo Dilma e os governos estaduais como responsáveis pela situação de penúria dos trabalhadores, de fazerem o ajuste fiscal para atender aos bancos e grandes empresas e de sucatear o serviço público para pagar a dívida aos banqueiros.
Em São Paulo, estaremos na Praça da Sé no 1º de maio de luta e independente dos patrões e dos governos. Contra Dilma e Alckmin, contra o PL 4330 e as MP’s 664 e 665 e defendendo a organização de uma Greve Geral.
Fonte: site CSPConlutas
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