O acordo firmado, com grande visibilidade na mídia,
entre o governo de Minas e o SindUTE MG está sendo muito celebrado por todos. Por
um lado a categoria percebendo que nossa luta valeu a pena e por outro o
governo que tenta dizer que foi um grande feito no inicio de sua gestão.
De fato, diante dos terríveis ataques sofridos por
nossa categoria durante as gestões do PSDB, como arrocho salarial; a retirada
de direitos; a piora nas condições de trabalho; o assédio moral; o cerceamento
ao direito de greve etc., a contra proposta final apresentada por Pimentel às
nossas reivindicações representa um inegável avanço. Mas não podemos
esquecer que o compromisso de Pimentel nas eleições de 2014 era de pagar o piso
salarial nacional em 2015 e não em 2018
Pimentel faz
contraproposta rebaixada, mas é
obrigado a avançar por pressão da categoria
Pimentel é um político experiente e, analisando o
papel dos trabalhadores em educação de Minas na derrota de Aécio; as enormes
lutas que fizemos mesmo nos períodos de muita repressão dos tucanos; o apoio da
sociedade à nossas lutas e a grande expectativa gerada por suas declarações e
acordos assinados no período eleitoral, avaliou que um enfrentamento com nossa
categoria logo no início de seu mandato seria muito prejudicial à sua carreira
política. Além disso, Pimentel traz na memória os enfrentamentos que o
magistério da rede municipal de BH fez com sua gestão frente à prefeitura
daquela cidade, quando ele cortou direitos, arrochou salário, cerceou
direito de greve com corte de ponto e perseguiu os sindicatos municipais como o
Sindrede e o Sindibel.
Diante de uma realidade de dificuldade financeira,
não só por causa da dilapidação dos cofres públicos feitos pelos governos do
PSDB, mas também da crise econômica que assola o país, o governador adotou a
tática de oferecer uma contraproposta muito rebaixada (abono de 160,00, sem
reajuste até 2018, exclusão dos aposentados, tratamento diferenciado aos outros
segmentos, certificação etc) e aguardar a reação da categoria e da
direção do SindUTE MG.
A enorme indignação, as declarações de
frustração e a grande possibilidade de enfrentamento dos educadores
com seu governo, fez Pimentel recuar e ir medindo passo a passo os
avanços possíveis até chegar à contraproposta aceita pela direção estadual do
sindicato e aprovada pela categoria em assembleia no último dia 14/05.
Nós, do MEL – Movimento Educação e Luta - e da CSP - Conlutas estivemos em todos os momentos dessa luta e avaliamos que a contraproposta significa avanço importante porém insuficiente.
A direção do SindUte/MG e a categoria aceitaram a
contra proposta do governo, mas as mobilizações pelas reivindicações não
atendidas não podem parar.
Na assembleia colocamos nossa posição de que o
acordo era sim um avanço e, que diante da crescente mobilização da categoria,
era possível avançar em pontos onde ainda há problemas. Seria um erro recusar o
acordo, mas era possível melhorar.
O governo Pimentel (PT) reconhece o Piso, mas
apenas para 2018; a carreira continua com os ataques desferidos por Anastasia/PSDB;
os ASBs permanecem sem vale transporte, com vínculo precário por falta de
concurso público e sobrecarregados pelo número reduzido de funcionários; os
ATbs e servidores das SREs sem suas reivindicações específicas atendidas; os
servidores da ex lei 100 sem direito a aposentadoria; a permanência da
superlotação das salas de aula; da extinção do turno noturno; da
obrigatoriedade do módulo II; das avaliações de desempenho e externas; da
precariedade do atendimento no Ipsemg e vários trabalhadores que estão sendo
nomeados estão sendo considerados inaptos pela perícia média, mesmo aptos para
trabalhar como designados.
Pimentel segue as orientações do governo do PSDB
para os peritos barrarem todos. Não há um critério claro da SEPLAG e as
denúncias são muitas. A direção do sindicato deve pautar o quanto antes este
problema na mesa de negociação para que todos os casos sejam revistos e o
governo pare com essa política nefasta.
Devemos
continuar reivindicando o que nos é de direito: Piso salarial já! rumo ao piso do Dieese, a recomposição da
carreira, melhores condições de trabalho e atendimento no nosso instituto de
saúde.
Educadores lutam por todo o país e CNTE, mais uma vez, não cumpre seu papel
Em todo o país os educadores lutam por
direitos, Piso Nacional, Carreira e valorização. Desde o início do ano cinco
estados já fizeram greve, cinco estão em greve no momento e doze estão em
campanha salarial, e há greves também em inúmeros municípios, dentre eles
Macapá, Juiz de Fora e Betim. Professores foram massacrados pela PM no Paraná
causando uma comoção nacional.
Diante de toda essa luta o que faz a CNTE -
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação- ao qual o sindUte é
filiado? Apenas uma paralisação as vésperas de um feriado nacional. Perante
o clamor por uma unificação nacional das lutas da educação a CNTE se cala, como
se calou em 2011, e deixa cada estado e município com suas lutas isoladas
e assim com menores chances de alcançar seus objetivos.
O MEL e a CSP Conlutas repudiam o silêncio da CNTE
frente às lutas do magistério e exige que ela exerça seu papel de
convocar uma greve geral da educação para que todos os trabalhadores em
educação do país ganhem o piso salarial, tenham plano de carreira e condições
dignas de trabalho.
Dia 29/05 tem paralisação nacional da classe trabalhadora. Contra o ajuste Fiscal de Dilma e o PL das terceirizações do Congresso
de Eduardo Cunha
Da mesma forma conclamamos a CUT e outras centrais
sindicais a organizar uma greve geral da classe trabalhadora para derrubar o PL
4330 das terceirizações e as MPs 6644 e 665 do governo Dilma que já estão no
senado. Infelizmente assistimos os (as) deputados (as) do PT e do PCdoB votarem
a favor do ajuste fiscal e contra os trabalhadores. Isso mais uma vez nos
demonstra que não podemos confiar em governos e parlamentares e que só a luta
unificada de toda a classe trabalhadora é capaz de conter os ataques dos
patrões e dos governos.
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10% do PIB pra educação pública já!
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Piso Salarial Já! Rumo ao piso do Dieese!
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Recomposição da Carreira!
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Não ao módulo II!
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Atendimento das reivindicações dos ASbs, ATbs e
SREs!
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Aposentadoria para os ex servidores da lei 100!
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Não ás avaliação de desempenho e avaliações
externas!
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Não à superlotação das salas de aula!
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Por atendimento de qualidade no Ipsemg!
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Fim da política discriminatória na Pericia Médica!
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Não ao ajuste fiscal de Dilma e ao PL 4330!
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Greve geral da educação e da classe trabalhadora!
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