No último dia 22 de janeiro, a eleição organizada pelo Public Eye Awards, mais conhecido como a organização que apresenta o hall das piores empresas do mundo, encerrou o canal de votação para escolha do público.
A Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (ANCOP) e o Jubileu Sul, com os quais a CSP-Conlutas se integrou na iniciativa, promoveram forte campanha para impulsionar os votos a fim de eleger a FIFA como a pior empresa do mundo. A FIFA, com 54333 votos, ficou em terceiro lugar, e teve maior participação de brasileiros na votação.
A vencedora pela escolha mundial do público foi a Gazprom, acusada de violar regulamentações federais de segurança e ambiental no Ártico. Sua principal atividade na região é perfurar o mar ártico para extração de petróleo.
A ANCOP, o Jubileu Sul, a CSP-Conlutas e outras organizações promoveram a campanha digital, que circulou nas redes sociais e denunciou características machistas, homofóbicas e as violações aos direitos da pessoa cometidas por esta instituição. Essas organizações denunciaram a Fifa como responsável por violentas remoções e despejos do povo pobre que mora nas periferias no entorno dos estádios, assim como suas exigências e influência sobre o estado brasileiro que cada vez mais vem impondo medidas de repressão e violência para “garantir a ordem” no período da Copa do Mundo.
A CSP-Conlutas somou-se a esse trabalho, que obteve um expressivo alcance de público nas redes sociais e no site, com mais de 28 mil visualizações das publicações da campanha.
“Apesar de a Fifa não ter ganho em primeiro lugar, podemos considerar como muito importante o fato de ter sido eleita como a pior se considerarmos só o votos dos brasileiros. Demonstra-se que, como expresso nas manifestações de junho do ano passado e já em diversas manifestações ocorridas esse ano, essa “instituição” sofre repúdio em nosso país que carece de melhorias profundas nas áreas social, como transporte, saúde, educação e moradia”, afirma o membro da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes, responsável pela campanha na Central.
Mesmo sem alcançar o primeiro lugar, Atnágoras avalia a importância da iniciativa. “Parte de nosso objetivo foi alcançado nessa campanha que buscou denunciar os desmandos e a ganância dessa entidade que tem as manchas da corrupção e de atitudes que ferem os direitos humanos”.
Confira a colocação:
1° Gazprom 95279
2° Syngente, Bayer, BASF 59837
3° Fifa 54333 ( desses 33642 são do Brasil)
Fonte: site CSPConblutas
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