30/09/2013
Durante a
tarde de domingo, professores da rede municipal do Rio de Janeiro tiveram
espaço na reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas para denunciar a
violenta repressão policial para desocupar a Câmara dos Vereadores na noite
anterior.
A representante do SEPE-RJ Maristela Abreu contou
as atitudes vergonhosas protagonizadas pela polícia carioca e pediu que a
Central e todas as entidades filiadas endossassem as notas de solidariedade aos
professores e o repúdio à ação policial cometida na noite anterior a mando do
prefeito Eduardo Paes.
Moção em Solidariedade à greve dos
trabalhadores da Educação do Rio de Janeiro
No dia 08 de agosto de 2013 teve início a
mais poderosa greve da educação pública no Rio de Janeiro. Neste dia os
trabalhadores em assembleia deflagaram uma greve nas escolas estaduais e nas do
Município do Rio de Janeiro. São mais de 70 mil trabalhadores que aderem a este
movimento colocando em cheque a política neoliberal e meritocrática do Governo
Sérgio Cabral e do Prefeito Eduardo Paes. Suas reivindicações de melhores
condições de trabalho e salário empalmam com a exigência de uma educação
pública de qualidade de milhões que ocuparam às ruas nos meses de junho e
julho.
Tanto Cabral como Paes preferem gastar
milhões com a preparação dos mega eventos (Copa e Olimpíada), alimentar a
industria da corrupção e desmontar a educação em pública carioca e no Estado do
Rio de Janeiro do que oferece um ensino de qualidade aos filhos e filhas dos
trabalhadores. Além disso, estes governantes atacam os direitos dos
trabalhadores da educação pública com um brutal arrocho salarial e a
responsabilização da categoria pelo fracasso escolar. Se negam a atender as
mínimas reivindicações com sua política meritocrática, impondo uma série bônus
e gratificações que dividem e colocam em competição entre si tanto os
professores como os funcionários.
Os trabalhadores das escolas municipais
tentaram uma saída negociada contra estas políticas por 19 anos. Diante da dura
realidade de completa intransigência por parte da prefeitura não tiveram outro
caminho ser não recorrer a greve. Nestes cinquenta dias de greve já há duas
vitórias políticas da luta: a certeza de que a mobilização pode arrancar uma
educação de qualidade, manter e ampliar os direitos e a derrota política do
governo diante dos demais trabalhadores e do povo. A força das greves
desmascarou o populismo dos governantes que se elegem defendendo a educação
como uma de suas principais prioridade. Também deixa claro a serviço de quem
está a grande imprensa que, mesmo diante do fechamento de várias escolas e o
sucateamento da educação, ataca a greve para proteger os poderosos.
Nós, representantes das entidades da
Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, estamos solidários com a luta destes
trabalhadores. Nos colocamos ombro a ombro com a greve dos professores e
funcionários incondicionalmente. A luta da educação no Rio é a mesma travada
pelos educadores em todos os municípios e estados dos país. Suas reivindicações
também são denuncias do profundo processo de privatização do ensino público
federal, estadual e municipal. Exigimos do Governo Sérgio Cabral e da
Prefeitura de Eduardo Paes o imediato atendimento de todas as justas
reivindicações dos profissionais de educação em luta.
Conclamamos que as demais entidades e movimentos se
somem a esta exigência em nome da construção de uma escola pública, gratuita e
de qualidade que atenda aos interesses do conjunto da classe trabalhadora. A
nossa unidade e solidariedade com a greve dos educadores do Rio de Janeiro pode
pavimentar a necessária vitória destes lutadores e avançar na vitória de toda a
classe.
Moção de repúdio à violenta ação
policial
PM-RJ DO GOVERNADOR SERGIO CABRAL A
SERVIÇO DO PREFEITO EDUARDO PAES REPRIME VIOLENTAMENSTE PROFISSIONAIS DA REDE
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Na calada da noite de sábado (28/09/2013) para
domingo (29/09/2013) a Policia Militar do Rio de Janeiro expulsou com bombas,
choques elétricos e armas químicas (gás lacrimogêneo e spray de pimenta) os
profissionais de educação que – lutando por um educação pública gratuita e de
qualidade – ocupavam a Câmara de Vereadores da cidade do Rio de Janeiro.
Dando continuidade a sua greve, iniciada em 8
de agosto de 2013, que estava suspensa, e objetivando impedir que fosse votado
um “PCCR” “Plano de Cargos Carreira e Remuneração”, elaborado pelo governo
Paes, cujo conteúdo é um profundo ataque à escola publica e às trabalhadoras e
trabalhadores que nela trabalham, os profissionais da educação ocuparam a
Câmara de Vereadores.
Foram várias passeatas reunindo nas ruas 20
mil cozinheiras e cozinheiros; porteiras e porteiros; secretárias e
secretários; auxiliares de creche; professoras e professores. A solidariedade
dos estudantes, dos responsáveis, da população em geral tem sido a tônica dessa
luta que enfrenta o prefeito Eduardo Paes e sua secretária de educação Claudia
Costin.
Diante desta justa luta a resposta de Eduardo
Paes, com o auxílio do governador Sergio Cabral, agora é a brutal repressão
policial.
A CSP-Conlutas manifesta seu incondicional apoio à
luta dos profissionais da educação da cidade do Rio de Janeiro. As entidades,
oposições e movimentos que compõem nossa Central desde já estamos realizando
campanha de denúncia da violência sofrida por nossas irmãs e irmãos
trabalhadoras e trabalhadores da educação pública da cidade do Rio de Janeiro e
exigindo o imediato atendimento de suas reivindicações.
Repudiamos a brutal violência policial usada
contra os trabalhadores e a as trabalhadoras da educação da cidade do Rio de
Janeiro.
Exigimos do prefeito Eduardo Paes a
reabertura das negociações.
Exigimos a retirada do PCCR do prefeito Eduardo
Paes e a aprovação do PCCS (Plano da Cargos Carreira e Salários) elaborado pela
categoria.
Abaixo a repressão
Pela desmilitarização da Polícia Militar – Fim da
PM
Fora Cabral, vá com Paes.
Fonte: Site CSPConlutas
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