terça-feira, 13 de novembro de 2012

Essa unidade da classe trabalhadora Européia é fundamental para o enfrentamento aos ataques que os trabalhadores estão sofrendo por parte dos governos, que representam a  burguesia, e dos banqueiros que tentam jogar nas costas dos trabalhadores os prejuízos da crise econômica criada por eles. 

Trabalhadores europeus realizam Greve Geral nesta quarta-feira (14)



Os trabalhadores europeus estão chamando uma Greve Geral para amanhã (14). É primeira vez na história que ao menos quatro países (Espanha, Itália, Portugal e Grécia), convocam uma greve geral unitária. Estão previstas também manifestações em diversos países da Europa em apoio à paralisação.  Essas ações convergem para o mesmo objetivo: firmar a unidade dos trabalhadores para combater os ataques aos seus direitos que se intensificaram nos últimos anos.
A Greve Geral, que recebeu o nome de 14N,a exemplo de outras manifestações do mesmo caráter,  é marcada pela unidade  dos movimentos sindicais e sociais que darão a resposta nas ruas contra a retirada direitos, imposto por pacotes de austeridade para combater a crise, que teve seu agravamento em 2008.
Os trabalhadores de toda a Europa são vítimas de uma crise econômica e social, causada por políticas de arrocho e anti-trabalhador da União Europeia, FMI (Fundo Monetário Internacional) e governos que só atendem aos interesses de empresários e banqueiros.
Essa crise tem como consequência o empobrecimento da população, o aumento da exploração dos trabalhadores, o desmonte dos serviços públicos e as precárias condições de trabalho dos funcionários públicos, com cortes de salário e retirada de benefícios.
Na Espanha, a exemplo da que ocorre em outros países, os dados econômicos não são de crise e sim de catástrofe social. Mais de 6 milhões de pessoas estão desempregadas e só no último ano mais de 800 mil pessoas foram demitidas. Sem contar os mais de  517 despejos diários, a falência dos municípios, as universidades que não pagam os salários,  as centenas de milhares de trabalhadores com mais de cinco meses de prestações do seguro desemprego em atraso, os imigrantes, que são privados por decreto de terem acesso aos serviços de saúde, entre outros ataques.
A reforma trabalhista na Espanha causou a demissão de mais de 700 mil servidores públicos, anunciou novas restrições de aposentadoria e novas privatização no setor de saúde. Tudo para manter e salvar os banqueiros e fazer os trabalhadores pagar uma dívida que não é deles. Essa dívida é dos banqueiros, especuladores  e querem pagar a conta  ao custo  da miséria dos trabalhadores e do povo.
Os trabalhadores realizarão esta greve para dizer que não pagarão essa conta. O ato foi convocado pela Confederação Europeia de Sindicatos e contou também com o apoio do Conselho Geral da Confederação Sindical Internacional.
A CSP-Conlutas apoia essa luta e, também no Brasil, realizará um ato em solidariedade à luta dos trabalhadores europeus, amanhã, no Consulado da Espanha, em São Paulo,  em conjunto com outras centrais sindicais.
Todo apoio à Greve Geral na Europa

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