segunda-feira, 28 de novembro de 2011

MAGISTÉRIO SOFRE NOVO ATAQUE. AGORA, DOS DEPUTADOS FEDERAIS

Comissão de Finanças da Câmara cede à pressão da Fazenda e dos governadores e rebaixa reajuste do piso

Em decisão que contraria o processo de evolução do piso salarial profissional nacional do magistério (PSPN) e os fundamentos constitucionais de financiamento dessa política pública, a Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados aprovou, no último dia 23 de novembro, parecer do dep. José Guimarães (PT-CE), que estabelece o INPC/IBGE como único índice de reajuste anual do PSPN.
Para os cerca de dois milhões de profissionais do magistério público da educação básica no país, essa deliberação da CFT/Câmara requerida pela Fazenda Federal e por governadores e prefeitos, não só anula a possibilidade de valorização do piso e das carreiras profissionais - por meio de medida que contraria, inclusive, preceito constitucional - como dá guarida aos entes federados que, desde a vigência da norma federal lutam, deliberadamente, inclusive por meio de ações judiciais no Supremo Tribunal Federal, contra a Lei 11.738.
Em 2008, após ano e meio de tramitação do PL 619/07, o presidente Lula sancionou a Lei do Piso e sua sucessora, a exemplo de toda base aliada do Governo Federal, utilizou-se dessa importante conquista da educação para angariar prestígio e votos não só dos/as trabalhadores/as em educação como também de grande parte do eleitorado brasileiro.
No entanto, paradoxalmente, desde que o piso entrou em vigor, a CNTE e seus sindicatos filiados têm precisado lutar pelo cumprimento dos preceitos da Lei - insistentemente descumpridos por gestores públicos -, por entender que o piso é o primeiro passo rumo à efetiva valorização de uma categoria profissional castigada ao longo de décadas, e por que não dizer séculos! Prova dessa luta está expressa nas 16 greves estaduais e nos inúmeros outros movimentos paredistas municipais, deflagrados ao longo do ano de 2011, em protesto aos desrespeitos à lei federal.
Ainda sobre as greves, importante frisar que, em nenhuma delas, as administrações públicas conseguiram comprovar a falta de recursos para o pagamento do piso, haja vista o MEC não ter utilizado os cerca de R$ 1 bilhão que dispõe para complementar os vencimentos iniciais da categoria. Também o Supremo Tribunal Federal, no julgamento de mérito da ação direta de inconstitucionalidade (ADI 4.167), rechaçou o argumento dos governadores de escassez de recursos para cumprimento do piso, tanto por falta de provas como por considerar que as administrações públicas tiveram tempo suficiente, desde a sanção presidencial, para se adaptarem à norma. Ademais, o STF também foi taxativo quanto à constitucionalidade do piso, que precisa, por óbvio, ter sua valorização vinculada à principal fonte financiadora - o Fundeb.
Lembramos, por oportuno, que o Substitutivo do Senado, acordado entre o MEC e as entidades da educação, e que mantém a perspectiva de aumento real do valor do piso, havia sido aprovado, por unanimidade, nas Comissões de Educação; de Trabalho, Administração e Serviço Público, além da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, de forma que a CFT foi a única Comissão a recusá-lo por razões meramente de economia fiscal.
Por estas razões, a CNTE manifesta sua absoluta insatisfação com a decisão da CFT/Câmara dos Deputados, ao tempo em que procurará formas de reverter essa votação que compromete qualquer possibilidade de melhoria das condições de vida e trabalho do magistério público da educação básica.
Enfatizamos, por fim, que essa decisão da CFT/Câmara ocorre simultaneamente à pressão que o relator do PNE tem sofrido para não propor nenhum percentual de investimento do PIB na educação acima de 7%. Contudo, o indicativo do Governo Federal não atende às demandas educacionais, a começar pela que exige valorização salarial do magistério, razão pela qual a sociedade reforçará a mobilização pelos 10% do PIB para a educação.
Fonte: CNTE.

UNIFICAR AS LUTAS E EXIGIR NOSSOS DIREITOS

Essa notícia acima demonstra-nos que, para a classe trabalhadora brasileira não basta uma lei, é preciso que os trabalhadores lutem pela sua implementação. Demonstra-nos também que nenhum benefício ou direito que conquistamos é para sempre ou está imune a ataques. Cada conquista alcançada requer de nós que fiquemos atentos na sua defesa, porque, a qualquer momento ela pode ser alterada ou extinguida de acordo com os interesses da elite que está no governo, se for no setor público ou na direção da empresa, se for no setor privado.
Outra demonstração importante é a de que não devemos depositar nossas esperanças no parlamento. O acontecimento recente que vicenciamos no nosso estado nos prova isso. Aqui em Minas os deputados que votaram a favor de retirada de nossos direitos foram de partidos diferentes do PT, no entanto na Câmara Federal um deputado do PT é que está no comando da alteração do reajuste do piso.
Reafirmamos que a CNTE deve organizar uma greve nacional em defesa do piso salarial e da carreira que valorize a formação e a experiência. Os educadores, isoladamente nos municípios e estados, não têm conseguido alcançar vitórias em suas lutas. É necessário unificar o país em torno dessas reivindicações.
O slogan que sempre colocamos nos materiais da nossa Subsede: SÓ A LUTA MUDA A VIDA está, mais do que nunca, em validade. Nada mudará para melhor a nossa vida, senão a nossa luta.

domingo, 27 de novembro de 2011

Revolta nas escolas!

Esse é o sentimento da categoria diante da aprovação do projeto de lei que retira os direitos de biênio, quinquênio e trintenário do nosso plano de carreira.
Mesmo os educadores que já não possuiam mais esses direitos como consequência da reforma administrativa que Aécio fez em 2003, também se indignaram com esse ataque tão brutal de Anastasia.
A indignação não se dá apenas pela retirada de direitos, mas pelo fato do governo burlar o cumprimento da lei do piso salarial nacional através dessa nova forma de remuneração.
A revolta e indignação são justas,mas é preciso que elas não diminuam com o passar do tempo e acabem se transformando em acomodação. No próximo ano teremos mais uma campanha salarial e retomaremos nossa luta em defesa da carreira e do piso e aí, será a hora de transformar a indignação e AÇÃO, em atitudes contra o governo que tanto nos ataca.
Já fizemos em momentos anteriores a avaliação da necessidade de toda a categoria no enfrentamento ao governo e de que, um grupo pequeno, por mais corajoso que seja, jamais substituirá a força de milhares.
Em relação a nossa situação diante da nova lei, avaliamos em reunião de diretoria da subsede, realizada hoje, que teremos de esperar a lei ser publicada na íntegra para termos melhores condições de análise. Além disso estamos aguardando orientações e esclarecimentos da sede central, inclusive na questão jurídica da lei. Assim que tivermos clareza de toda a situação enviaremos às escolas.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

ANASTASIA E SEUS LACAIOS APROVA PROJETO QUE RETIRA DIREITOS DOS EDUCADORES

Ontem à noite, após dois dias de intensos embates na casa da vergonha (é assim que chamamos a ALMG durante esses tristes dias) o governo de Minas e seu bando, agindo como uma verdadeira quadrilha, conseguiu avançar sobre nossos direitos e roubá-los de nós.
Centenas de educadores acompanharam por dois dolorosos dias o que os quadrilheiros chamam pomposamente de "trabalhos da casa" e puderam sentir na pele o que esse sistema político corrupto podem fazer contra os trabalhadores. A ALMG, como qualquer outro espaço do parlamento, nada mais é do que a casa das negociatas, o lugar onde as elites fazem seus melhores negócios representados pelos seus lacaios que são, infelizmente, eleitos pelo povo.
Mas, a luta não termina por aqui, fomos golpeados, mas estamos vivos e indignados e temos uma vida profissional pela frente. Continuaremos lutando pela derrubada dessa lei e pela reconstituição da nossa carreira.
A direção da Subsede fará uma reunião nesse próximo domingo (dia 27) para analisar a lei e todas as suas implicações e em seguida repassaremos a toda a categoria as informações e avaliações que fizermos.

SÓ A LUTA MUDA A VIDA!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Paralisação no dias 23 e 24 de novembro

Com o anúncio feito pelo Governador Antônio Anastasia da imposição de uma nova proposta remuneratória - que nada mais é que o retorno ao subsídio com o novo nome de modelo unificado de remuneração - o Comando Estadual de Greve, reunido em Belo Horizonte na manhã desta terça-feira, votou por PARALISAR AS ATIVIDADES NOS DIAS 23 E 24 DE NOVEMBRO, para mobilizar a categoria.

É muito importante neste momento a unidade da categoria para resistirmos aos ataques covardes desse governo neoliberal, portanto convocamos a todos para partimos em caravana rumo à ALMG em Belo Horizonte com o objetivo de impedir a votação desta proposta por parte dos deputados.

A reunião extraordinária da Assembleia Legislativa está convocada para esta quarta-feira, 9 horas.

Os interessados em participar da caravana deverão entrar em contato com a subsede Juiz de Fora pelo telefone (32) 3216-4963.

Vamos à luta, pois QUEM LUTA, EDUCA!

domingo, 20 de novembro de 2011

Já começou o plebiscito da Campanha pelos 10% do PIB para a Educação Pública Já!

O Plebiscito Nacional pelos 10% do PIB já para a Educação já começou. A votação acontece no período de 6 de novembro a 6 de dezembro.


A pergunta do Plebiscito é: ‘Você é a favor do investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para Educação Pública Já?’. Com as possibilidades de resposta ‘Sim’ ou ‘Não’. Também foi definido que os estados terão autonomia para colocar uma pergunta específica sobre a realidade de cada local(em Minas isso não ocorreu) Para a votação, é necessário garantir as cédulas, as listas de votantes, as atas de apuração, uma urna (que pode ser adquirida no Sind-ute) e muita disposição de debater, conversar e apresentar para a população brasileira esta luta justa e fundamental para toda a juventude e a classe trabalhadora do nosso país.

Mãos à obra! É hora do Plebiscito Nacional pelos 10% do PIB para a Educação Pública Já!

sábado, 19 de novembro de 2011

BOICOTE AO SIMAVE

Colegas,

Na última assembleia estadual (10/11) foi deliberado fazer um boicote ao Simave como forma de pressionar Anastasia a retirar o PL que diminui percentuais de adicionais do nosso plano de carreira.
Impedir a realização do Simave significa atingir um dos pilares de sustentação do projeto de ducação do governo de Minas. É através dos resultados dessa, e outras avaliações, que o governo faz suas propagandas, obtém empréstimos de organismos internacionais como o Banco Mundial e passa para a sociedade a imagem de que está "melhorando" a educação em nosso estado.
O governo se dá bem com os resultados positivos que são frutos, exclusivamente de nosso trabalho e dedicação, e ao mesmo tempo nos ataca em nosso direitos e nossa dignidade.
O que ganhamos com esses resultados?. Um mísero "prêmio de produtividade" que nos é pago quando ele bem entende?. É essa política salarial que queremos para nós? É essa política salarial que merecemos?. Um ano inteiro de trabalho duro, em precárias condições, com reajuste mínimo ou até mesmo sem nenhum, com a SEE e a SRE pegando no nosso pé por causa do famigerado módulo II, das metas, dos descritores, para, ao final, nos contentarmos com um pequeno "prêmio"?
Não, merecemos muito mais. Merecemos ter um salário digno, uma carreira que nos valorize, uma escola bem cuidada e bem equipada.
Estamos cansados de dados estatísticos que só servem para escamotear a difícil situação das escolas e o descaso com os educadores.
A aplicação do Simave está programada para os dias 23 e 24/11. Discuta na sua escola a melhor forma de fazer o boicote e vamos dar o troco no governador que nos chamou de mentirosos e preguiçosos na milionária propaganda na mídia durante o feriado.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O país da Copa do Mundo de 2014 é o mesmo cujos governantes se recusam a pagar um miserável piso salarial para os educadores

Em 2014 está prevista a realização da Copa do Mundo no Brasil. Bilhões de reais estão sendo investidos para a construção e reforma de estádios, de viadutos, rodovias, reformas em aeroportos, investimentos, enfim, na rede hoteleira e toda a infra-estrutura necessária para que se realize esta festa mundialmente esperada, que tem a duração de alguns dias, apenas.

A exploração política eleitoreira do evento obviamente está no cardápio de praticamente todos os partidos e governos. Já se falou que os gastos com a Copa ultrapassarão a casa dos R$ 100 bilhões, pelo menos, o que não duvido.

Contudo, o que a grande (em negociatas, não em jornalismo) mídia não mostra para o público brasileiro, e muito menos para os povos de outros países, é que, neste mesmo Brasil da Copa de 2014, os governantes dos estados, incluindo Minas Gerais, recusam-se a pagar um miserável piso salarial de R$ 1.187,00 para os educadores.

Trata-se de uma verdadeira agressão aos destinos dos brasileiros e brasileiras, especialmente aos milhões de estudantes filhos de trabalhadores de baixa renda, que dependem do ensino público como única porta de saída da realidade do crime organizado ou da falta de perspectiva e exclusão social imposta pela dinâmica da reprodução do capital.

Os mesmos governos de estado - como o de Minas Gerais - e o governo federal, que investem bilhões em obras faraônicas, têm a cara de pau de dizerem que não possuem recursos em caixa para pagar o piso salarial, que é assegurado pela lei federal 11.738, aprovada em 2008 e considerada constitucional pelo STF em 2011.

A opção prioritária destes governos por eventos midiáticos espetaculosos se choca com a realidade dramática vivida pelos profissionais da educação nos estados e municípios do país, que recebem os piores salários do mercado de trabalho, e sobre cujos ombros são colocadas atribuições de peso, entre as quais a de contribuir com a formação humana e profissional de milhões de crianças, jovens e adultos.

Não é por acaso que cada vez um número menor de estudantes opta pelos cursos de licenciatura; também não é por acaso que a qualidade do ensino público deixa a desejar, dada à sobrecarga de trabalho dos profissionais, que labutam em dois ou três cargos para sobreviverem, e não contam com políticas sérias de formação continuada por parte das redes de ensino; além das contratações de pessoas não habilitadas para atuarem na docência.

A recusa dos governos em pagarem o piso salarial, que é lei federal - e que define as fontes de financiamento e os meios compartilhados entre os entes federados para sua implementação -, conseguiu reunir os diversos partidos políticos que gerenciam a máquina do estado. Do PT no Governo Federal ou no estado do Rio Grande do Sul, passando pelo PMDB do governo de Maranhão e do Rio de Janeiro, pelo PSB do governo do Ceará, pelo DEMO do governo do Rio Grande do Norte e de Santa Catarina, ou pelo PSDB do governo do Pará ou de Minas Gerais - estado que vergonhosamente paga o pior piso do país - R$ 369,00 -, todos, sem exceção, uniram-se nesta santa aliança contra os educadores do ensino básico.

Durante o ano de 2011 o Brasil assistiu à deflagração de greves em praticamente todos os estados da Federação, com a exigência comum, pelos educadores, de que fosse cumprida uma lei federal em vigor, a Lei do Piso. A greve que teve a maior duração foi a de Minas Gerais, com 112 dias de paralisação, que foi também a maior greve da história dos educadores do estado.

O atual governador de Minas, um professor, segundo consta do biografia do mesmo, se não mudar a sua forma de relacionamento com os profissionais da Educação, pode entrar para a história como o pior carrasco que os educadores já conheceram em várias décadas. E olha que os educadores mineiros já enfrentaram desgovernos de todo tipo: de Newton Cardoso a Eduardo Azeredo, passando por Hélio Garcia, Itamar Franco, Tancredo Neves e seu neto, o faraó, todos eles com claro desprezo pelos servidores em geral, mas especialmente pelos trabalhadores em educação.

Mas, chama-nos a atenção para este dado relevante da nossa realidade: enquanto se investe bilhões em obras faraônicas e pagamento de juros para banqueiros que não têm onde guardar tanta fortuna, nega-se, aos educadores, um direito constitucional, o de receberem um piso salarial nos respectivos planos de carreira e tabelas salariais.

Por toda parte a desculpa é a mesma: os governos alegam não terem recursos para pagar o miserável piso salarial dos educadores. Ainda têm a cara de pau de aparecerem na TV dizendo que os educadores estão pedindo valores absurdos, quando estamos falando de um piso de R$ 1.187,00 para um jornada de até 40 horas. E o mais grave é que a Lei do Piso assegura, aos que provarem não ter dinheiro em caixa, que lancem mão de ajuda do governo federal.

Assim, os governantes dizem não possuírem recursos, mas não provam isso de papel passado, talvez porque estejam fazendo mau uso dos recursos da Educação. Por sua vez, o governo federal, que deveria complementar os recursos dos estados e municípios que comprovarem não poder pagar o piso, nada faz, num ato de omissão e cumplicidade com estes governos. O compadrio funciona, assim, ao estilo da política dos coronéis dos tempos da República Velha: eles não nos pedem nada, porque usam mal o dinheiro público; e nós podemos dizer que estamos prontos para ajudá-los, desde que provem que realmente precisam. Quem são as vítimas deste acordão implícito que envolve a conivência dos procuradores regionais, dos legislativos e dos judiciários? Obviamente, os educadores e os estudantes.

Contudo, quando se trata das obras para a Copa do Mundo, o comportamento do governo federal foi bem diferente. A presidenta Dilma fez questão de visitar as obras da reforma do estádio do Mineirão - onde aliás acontecia uma greve dos operários. No mesmo período em que esteve aqui, estávamos em greve, na nossa heroica greve dos 112 dias. Infelizmente, tal como o governador-professor de Minas, a presidenta não demonstrou o mesmo zelo pelo ensino público que tivera em relação às obras faraônicas, que servirão para o espetáculo midiático de alguns dias apenas, em meados de 2014.

A principal obra social, que é a formação humana, crítica, proporcionada pelo incansável trabalho diário de milhares de educadores que recebem salários de fome, esta obra não interessou nem à presidenta, e muito menos aos governadores dos estados, especialmente ao governador-professor de Minas e seu padrinho político, um total omisso em relação ao drama vivido em Minas pelos educadores, como legado do governo dele.

É este o cenário fantasioso e espetaculoso montado pelas elites políticas brasileiras, financiadas por uma trupe de grandes empresários, que fatiam entre si as receitas do orçamento público - este mesmo, que nunca sobra para remunerar condignamente os professores e demais educadores.

O que os profissionais da Educação de Minas pedem desde o ano passado é o cumprimento de uma lei federal - a Lei do Piso. Esta luta, em 2010, resultou numa greve de 47 dias; em 2011, outra, de 112 dias, além das mobilizações que estão previstas, como o boicote ao SIMAVE, a redução de jornada entre os dias 16 e 18 e a paralisação no dia 22. Seguramente em 2012, caso o governo insista em não pagar o piso e em destruir a carreira dos educadores, nova greve será deflagrada - e desta feita com maior organização e apoio da comunidade, que já está ciente do descaso e descaramento do atual governo para com os trabalhadores, que estão em contato diário com milhões de alunos e pais de alunos.

Até o momento, já neste final de 2011, o país sede da Copa do Mundo versão 2014 continua sendo aquele cujos governantes, que gastam bilhões em obras faraônicas e em publicidade, são os mesmos que se recusam a cumprir uma lei federal, sonegando aos educadores um miserável piso salarial nacional.

Que o chão de Minas e do Brasil continue tremendo, até o pagamento do piso nas nossas carreiras e a devolução de cada centavo que foi garfado dos educadores em 2011

Texto extraído do blog do professor Euler Conrado.

GREVE NO PARÁ

Professores do Pará decidem em assembleia continuar greve que já dura mais de um mês

A paralisação já dura 46 dias, contrariando a decisão da Justiça que determinou o retorno imediato dos professores ao trabalho na sexta-feira (5) passada

Em uma grande assembleia realizada nesta sexta (11), no Centro Social de Nazaré, os trabalhadores em educação do Pará em greve decidiram, por maioria esmagadora dos presentes, a manutenção da greve.

Foi aprovado a realização de um grande ato público para sensibilizar a sociedade para se contrapor às calúnias veiculadas pelo Governo Jatene através da maioria da imprensa televisiva, escrita e radiofônica, no dia 16 de novembro, no CAN, às 9 horas.

As várias formas utilizadas pelo Governo de Simão Jatene/Nilson Pinto para criminalizar o movimento utilizando-se do aparelhamento da máquina estatal com alguns grupos de comunicação; a forma obscura da utilização do Judiciário/Ministério Público; a ameaça de demissão em massa de trabalhadores temporários do estado e em estágio probatório mostra a disposição do seu partido em superar os seus antecessores, como sendo o mais novo/velho repressor dos movimentos sociais deste estado.

Recentemente o governo do estado enviou ao Conselho Estadual de Educação, a proposta de redução de 20 dias no calendário escolar, que, felizmente, ainda não foi aprovada pelo conselho, mas deixa clara mais esta tentativa de reduzir as leis que resguardam a educação, pois a Lei de Diretrizes e Bases da Educação estabelece 200 dias letivos.

Isto mostra o desespero deste desgoverno e o ódio que eles nutrem a nossa categoria. Em outras linhas, querem a qualquer custo punir os que ousam a não abaixar a cabeça aos arrogantes Nilson Pinto, Jatene e Alice Viana, pois vêem o desgaste que sentem nas suas aparições em público, quando são vaiados.

A categoria mostrou-se, mais uma vez, madura e mobilizada para não aceitar nenhum ataque vindos de qualquer lugar, seja ele da imprensa marrom deste Estado ou dos nossos maiores algozes do executivo estadual, pois lotou a CSN, pela manhã, com a presença expressiva de 25 municípios que se deslocaram até a capital para participar da assembleia. Entre eles: Santarém, Peixe Boi, Augusto Correa, Santa Izabel, Curionópolis, São Francisco do Pará, Itaituba, Curralinho, Breves, Alenquer, Monte Alegre, Curuça, Colares, Marapanim, Abaetetuba, Barcarena, Castanhal, Igarapé Açu, Magalhães Barata, Maracanã, Portel, Terra Alta, Vigia, Capanema e Bragança

Fonte: www.cspconlutas.org.br

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Veja quanto Anastasia gastou com propaganda. Pra isso o estado tem dinheiro?

Por que o Estado de Minas Gerais não tem dinheiro para pagar o Piso Salarial?


O Estado de Minas Gerais não tem recursos para o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional porque estabelece outras prioridades na execução do orçamento estadual. Entre elas, o grande investimento em mídia paga nos meios de comunicação.
Neste fim de semana assistimos mais um grande investimento. A partir dos orçamentos que o sindicato já fez é possível revelar alguns valores.
Acompanhe:
- Jornal Estado de Minas: R$104.401,44
- Jornal Hoje em Dia: R$78.624,00
- Jornal Super: R$39.065,00
- Jornal Aqui: R$12.840,10
- Jornal O Tempo: R$ 39.065,00 (valor de 1/2 página, preto e branco)
- 1 inserção de 30 segundos na TV Alterosas: R$15.013,55
- 1 inserção de 30 segundos na TV Bandeirantes: R$22.005,00
- 1 inserção de 30 segundos na TV Record: R$ 16.822,00
- 1 inserção de 30 segundos na TV Glogo: pode chegar a R$120.000,00 dependendo do horário.
- 1 inserção de 45 segundos na Rádio Itatiaia: R$1.905,00
Como cada inserção na televisão durou em média 5 minutos e foram várias, é necessário fazer as contas. Os valores são para inserção no Estado, mas se o Governo quis veicular em mídia nacional ficou muito mais caro.
É preciso somar ainda a produção do VT, a Agência de Publicidade, bônus de veiculação e outras despesas.
O governo gastou dinheiro público por vaidade de alguns secretários de Estado que não conseguem lidar com a divergência de opinião. O sindicato afirmou apenas que "Governo sério cumpre o que assina" e publicou o Termo de Compromisso. Cada um faria a leitura do documento e formaria a sua opinião. Mas o Governo resolveu ajudar para que a sociedade forme a opinião de acordo com os interesses dele.
É lamentável a agressividade das peças publicitárias. Mas elas demonstraram que a estratégia da mobilização do dia 10 de novembro foi correta, o governo está desesperado com a não realização das avaliações sistêmicas e de fato ainda não cumpriu o Termo de Compromisso assinado no dia 27/09.
É por isso que o Governo não tem dinheiro para o Piso Salarial e mesmo para o pagamento do prêmio por produtividade. Ele revela ter outras prioridades.

Texto reproduzido de Batânia Lobato - Movimento Educação em Luta de Uberlândia

COMANDO DE GREVE LOCAL RETOMA SUA ATIVIDADES

Nessa 3ª feira, em pleno feriado, o comando local de greve volta a reunir-se para avaliar as negociações com o governo e organizar as próximas atividades da nossa campanha salarial.
As discussões que serão realizadas nas escolas entre os trabalhadores e a comunidade nos dias de redução da carga horária (16, 17 e 18/11) e a organização da caravana à BH no dia 22/11 (paralisação)serão temas de debate da reunião.
Além disso, o comando também discutirá a realização do plebiscito popular sobre os 10% do PIB para a educação pública já!, nas escolas de Juiz de Fora e da região.
A reunião será as 15h no sindicato e está aberta a todos (as) trabalhadores (as)em educação da nossa base.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

REDUÇÃO DA CARGA HORÁRIA DIAS 16/17 e 18

A assembleia estadual de hoje (10/11) deliberou por fazer redução de carga horária nos dias 16,17 e 18. No dia 16 a estratégia é discutir com os colegas a situação em que nos encontramos e saídas para ela. Nesse dia está marcada mais uma negociação, então o governador precisa saber que estamos nos mobilizando No dia 17 a discussão é com os pais e alunos,denunciando pra eles que Anastasia não está cumprindo com o que foi acordado e a proposta do governo de retirada de direitos do plano de carreira . No dia 18 é pra fazer assmbleia com todas as escolas para fechar todas as discussões acontecidas nas escolas
A mudança dos percentuais do nosso plano de carreira já está num projeto de lei que pode ser votada já no dia 22/11, por isso foi deliberado também paralisar nesse dia e fazer uma grande manifestação em BH desde cedo.
Como os prazos estão em cima devido e 2ª e 3ª as escolas estarão fechadas,precisamos encaminhar isso amanhã. Contamos com cada um pra fazer isso em suas escolas. No sindicato tem material para os pais.
A manifstação após a assembleia foi ótima. Estiveram presentes a saúde, a polícia civil, os eletrecitários,estudantes,MST e vários outros movimentos sociais.

A LUTA PELO PISO E CARREIRA CONTINUA. FAÇA A SUA PARTE SE ORGANIZANDO NA SUA ESCOLA.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

DIA 10 TEM MANIFESTAÇÃO E ASSEMBLEIA EM JUIZ DE FORA

Na reunião de diretoria da Subsede realizada ontem foi deliberado realizar na 5ª feira uma manifestação aqui também em Juiz de Fora, além de uma assembeia reegional.
A manifestação será a partir das 15h no calçadão e a assembleia será as 17.30 na Escola Norma

domingo, 6 de novembro de 2011

PARALISAÇÃO DIA 10/11

Nessa próxima 5ª feira a brava categoria dos trabalhadores em educação de Minas retoma sua luta contra o governo.
Anastasia,nega-se a cumprir o acordo de greve e a resposta da categoria já começará a ser dada no dia 10, com um dia de paralisação e manifestação em Belo Horizonte, unificada com outros setores do serviço público.
Será só o começo,porque se o governador insistir em não honrar com compromisso assumido outras ações serão organizadas, inclusive a retomada da greve.
O germe da resistência construido em 2010 e fortalecido na heróica greve deste ano trouxe aos trabalhadores que participaram do movimento a certeza de que nunca mais permitirão que um governo de plantão se arvore no direito de nos atacar sem que seja também atacado.
Para que essa resistência se fortaleça ainda mais, é preciso que a parcela dos educadores que não aderiram à greve,mas a apoiaram e compreenderam a sua necessidade, o faça agora,juntando-se aos que já estão de punhos fechados e preparados para essa nova etapa do nosso enfretamento ao governo Anastasia.
Cumprimos a nossa parte no acordo, voltamos às escolas e iniciamos a reposição. Exigimos que o governo também cumpra a parte dele com negociação séria e respeito aos nossos direitos adquiridos no plano de carreira.
A subsede já está organizando a caravana à BH no dia 10. Ligue e reserve sua vaga. 32164963.

SÓ A LUTA MUDA A VIDA!


SÓ LUTA

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

POSSE DAS DIREÇÕES ELEITAS

Agora é oficial, tá no site da SEE:as direçõs eleitas serão empossadas em janeiro.Finalmente o governo finaliza o processo de eleição de diretores (as)das escolas estaduais.
Várias delas já estavam com problemas, uma vez que muitas direções aposentaram após o processo eleitoral e as escolas ficaram à deriva, vivenciando, inclusive, falta de dinheiro porque não havia quem assinasse o recebimento das verbas.
A Subsede fez, recentemente, uma reunião com as direções eleitas e reeleitas para uma bate papo sobre a nossa concepção de gestão democrática. Os que compareceram compreenderam a necessidade de se organizar num coletivo que discuta permanentemente as ações do governo sobre as direções.
As tentativas de fazer de diretores (as) os (as) gerentes de aplicação dos projetos governamentais são enormes e a pressão é imensa, no entanto, reafirmamos que as direções são eleitas pela comunidade para representar seus interesses e não os do governo de plantão. Por isso, a saída é estreitar a proximidade com a comunidade escolar,com os trabalhadores da escola e com o sindicato.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A CATEGORIA RETOMA A LUTA. AGORA EM DEFESA DA CARREIRA

Anastasia,para cumprir a lei do Piso Salarial e não honerar a folha de pagamento cria uma proposta esdrúxula e completamente em desacordo com o que foi definido ao final da greve.
Na proposta de Anastasia (veja no site www.sindutemg.org.br) a lei do piso está cumprida,mas de uma forma extremamente perversa porque destroi nosso plano de carreira,o que rebaixa enormemente a possibilidade de melhorias efetivas no salário. Além disso ASB e ATB não estão contemplados na proposta.
Agora precisamos retomar nossa luta em defesa do plano de carreira. Sabemos que o plano que temos não é o dos nossos sonhos, mas não podemos deixar que Anastasia destrua exatamente o que tem de melhor nele que são os percentuais de mudança de nível e de grau. Além disso
Fazemos um chamamento à toda a categoria: efetivos, lei 100,designados, plano antigo e subsídio.Ninguem está livre de ser atacado por esse governador fascista. A nossa unidade é fundamental para mostrarmos ao governo de Minas que todos nós estamos determinados a lutar para sermos respeitados e valorizados.
A direção estadual está convocando para uma manifestação. Vamos todos participar. A diretoria da Subsede reune-se nesse domingo e vamos organizar a participação de Juiz de Fora e região.Aguardem novas informações.


SÓ A LUTA MUDA A VIDA!