Governo recua em itens do 'pacotaço' que mexem no bolso dos servidores
Governo fez três alterações em dois projetos de lei do pacote de medidas.
Entre as alterações, o governo decidiu manter o quinquênio e anuênio.

Conforme o governo, também será mantido o auxílio transporte para servidores do magistério que estejam afastados do trabalho e o direito a licenças, cuja concessão caberá exclusivamente ao secretário estadual da Educação ou diretor-geral da pasta. Outro ajuste garante a manutenção do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) para promoção e progressões.
Além de interferir em alguns benefícios históricos do funcionalismo público, o conjunto de medidas ainda permite que o governo utilize fundos estaduais como os do Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas e Defensoria Pública para cobrir quaisquer despesas. Outras ações autorizam o parcelamento de tributos devidos. Há ainda o contingenciamento de R$ 11 bilhões do orçamento de 2015, com exceções apenas para as áreas de saúde e educação.
"Temos que reconhecer que o estado atravessa uma crise financeira. Então, são 12 medidas de austeridades que estão sendo adotadas, mas nós manteremos todas as garantias e todos os direitos dos servidores", disse o líder do governo na Alep – deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB).
Greve dos educadores
O pacotaço do governo também interfere na carreira dos educadores do estado. A questão acabou sendo mais um motivo pra que 100% da categoria entrasse em greve na segunda-feira (9). Entre as exigências dos trabalhadores estão o pagamento de benefícios atrasados e a reabertura dos turnos fechados no fim de 2014. Por causa da paralisação, quase um milhão de estudantes estão sem aula.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), os profissionais da educação da capital e Região Metropolitana vão se reunir com mais cinco mil trabalhadores do interior que serão trazidos em cem ônibus até o início da tarde, segundo o sindicato.
Paralisação dos professores universitários
Os professores de universidades estaduais do Paraná também entraram em greve por tempo indeterminado nesta terça-feira (10) por causa das medidas apresentadas pelo governo. Os professores universitários ressaltam que no "pacotaço" há medidas que afetam a autonomia universitária.
Assembleia das demais categorias
Além dos profissionais da educação, centenas e trabalhadores se reúnem em frente à Assembleia Legislativa para acompanhar a sessão plenária que deve discutir a possibilidade de mudanças no pacote apresentado pelo governo.
A sessão desta terça foi convocada por Romanelli após a polêmica da greve. Ele apresentou à presidência da Casa o requerimento para transformar o Plenário em comissão geral. Desta forma, o pacote de medidas será analisado diretamente pelos parlamentares, sem a tramitação pelas comissões específicas.
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