A ocupação Willian Rosa, que nasceu no dia 11 de outubro de 2013, na cidade de Contagem, agrega aproximadamente 3 mil e novecentas famílias que buscam um único sonho: ter um lugar onde descansar e abrigar seus filhos.
Numa luta intensa por moradia e contra a especulação, heroicamente resistem há semanas sob péssimas condições, em barracos de lona frágeis, sem infraestrutura básica.
A prefeitura da cidade de Contagem (município da Grande BH), governada pelo prefeito Carlin, do PC do B, parece não sensibilizar-se com o clamor dos trabalhadores que querem apensa ter onde morar; faz-se de surda.
Tentando superar a paralisia do poder público, as famílias fizeram no dia de hoje, 1 de novembro, uma manifestação até a prefeitura e, após terem negado o pedido de serem recebidos, desesperadas, bloquearam a rodovia BR040, contra o despejo iminente.
A resposta do poder público foi aplicada pelo braço repressor do estado: Neste exato momento, uma chuva de bombas de gás lacrimogêneo sufoca crianças, mulheres e idosos. Lançadas pelos policiais – que agora invadem o acampamento atirando com balas de borracha em famílias pobres e vulneráveis. Ateiam fogo aos barracos, pondo em risco as vidas que lá estão a gritar por socorro. Socorro de quem, se é o próprio estado que sob os coturnos da violência esmaga a esperança dos pobres?
Precisamos de ajuda, precisamos de solidariedade, precisamos que se divulgue mais esta imensurável injustiça a que nos acostumamos ver em um país riquíssimo chamado Brasil.
A área pertence ao governos federal (PT); a prefeitura é dirigida por Carlin (PCdoB) e o governo estadual de Minas, conduzido por Anastasia (PSDB). Neste momento, todos são responsáveis por espancar, sufocar, atingir, violar os direitos de milhares de trabalhadores e trabalhadoras pobres.
Não destruirão, no entanto, nossa luta, nossa busca por justiça, nossa esperança por um mundo livre onde não sejamos massacrados pelo fato de não possuirmos bens, dinheiro, propriedades ou sobrenome nobre.
Não destruirão a Ocupação Willian Rosa, que seguirá firme, dentro ou fora deste terreno a incomodar os que dizem que não há problemas na vida dos que tudo produzem e nada tem.
Não destruirão a Luta Popular, que seguirá se organizando onde houverem pessoas com coragem de gritar aos poderosos que o mundo não pertence a eles e que não somos uma mercadoria à venda nas agências de emprego.
Aos que puderem deslocar-se para o local do acampamento, estamos em frente ao CEASA Minas, em Contagem, no bairro Laguna.
Aos que possuírem contatos que possam amenizar a barbárie que foi instalada pelo estado naquela ocupação, pedimos que ajudem.
Aos que se solidarizam que divulguem mais este absurdo cometido contra a vida.
Movimento Luta Popular
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