Após a "jornada de junho" e o dia 11J, a luta da classe trabalhadora continua até que o governo Dilma escute, de verdade, a voz das ruas e mude sua política econômica. Não queremos nada de mais, apenas que o dinheiro público seja utilizado em políticas públicas para a maioria e não em privilégios para uma minoria. Chega de dinheiro para os grandes empresários, banqueiros e políticos corruptos!
As oito
Centrais Sindicais, reunidas nesta sexta-feira (12) , fizeram um balanço
positivo das ações que realizaram no dia ontem (11 de julho), “Dia
Nacional de Greves, Paralisações e manifestações”. Diante disso, convocaram um
novo “Dia Nacional de Paralisação” marcado para o dia 30 de agosto. O
objetivo é pressionar a presidente Dilma para que atenda as reivindicações dos
trabalhadores.
Para José
Maria de Almeida, que juntamente com Atnágoras Lopes, esteve representando a
CSP-Conlutas, “a definição desse chamado é muito importante porque, conforme
ficou demostrado na força das mobilizações ocorridas (em praticamente todos os
Estados país) no último dia 11, a classe trabalhadora está disposta e vai
manter a pressão sobre o governo”.
De acordo
com o dirigente, “ou a Dilma atende a pauta dos trabalhadores, até esta data,
ou a paralisação nacional pode ser um caminho para uma greve geral no Brasil”.
Muito
além do que as mais de 50 estradas bloqueadas nas diversas regiões do Brasil,
durante os protestos do dia 11, o balanço de todas as Centrais deu ênfase aos
milhões de trabalhadores e trabalhadoras que cruzaram os braços, fizeram greves
e promoveram a paralisação da produção de diversos setores da indústria, do
comércio e de serviços, a exemplo dos metalúrgicos das montadoras de São José
dos Campos, Minas Gerais, São Paulo, capital e ABC, Santos e Rio Grande do Sul;
operários da Construção Civil de Fortaleza, Belém e São Paulo, capital, além de
comerciários e setores do transporte em algumas capitais, servidores do Paraná,
entre outros. Para os diversos representantes das Centrais Sindicais a classe
entrou com força na defesa de suas reivindicações e isso foi um elemento chave.
As organizações presentes também destacaram as ações dos movimentos sociais, em
especial do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).
A CSP-Conlutas
chegou a propor que se definisse já pelo chamado a Greve Geral para o dia 30 de
agosto. Essa forma, porém, não foi aceita pelas demais centrais. Ao final,
todos concordaram com o chamado ao Dia Nacional de Paralisação, marcado para 30
de agosto. Até lá, as centrais vão exigir uma reunião com a presidente Dilma
para, mais uma vez, exigir o atendimento da pauta unitária: redução do preço e
melhor a qualidade dos transportes coletivos; mais investimentos na saúde e
educação pública; fim do fator previdenciário e aumento das aposentadorias;
redução da jornada de trabalho; fim dos leilões das reservas de petróleo;
contra o PL 4330, da terceirização; Reforma Agrária.
Zé Maria
reiterou ainda que é importante as Centrais Sindicais seguirem em unidade para
arrancar essas conquistas para os trabalhadores brasileiros. Contudo, o
dirigente fez uma ponderação: “Para conquistarmos nossas reivindicações temos
enfrentar os governos, a começar pela presidente Dilma que, não só não atende a
nossa pauta, mas segue aplicando uma política a serviço dos interesses do
capital. Basta ver a manutenção do superávit primário, o envio de centenas de
bilhões de nosso dinheiro público todos os anos pra pagar juros da dívida
pública, a desoneração da folha aos empresários, aumento da taxa de juros, as
privatizações, etc.”, salientou.
O
dirigente da Central disse ainda que nessa batalha os sindicatos têm de ter um
lado, ou seja, da classe trabalhadora, contra os patrões e o governo.
“Devemos seguir com as mobilizações, realizar os protestos estaduais, preparar
o dia nacional de paralisação e irmos criando as condições para realizarmos uma
Greve Geral nesse país”, finalizou Zé Maria.
As
centrais sindicais definiram ainda que vão pedir uma reunião com presidente do
TST (Tribunal Superior do Trabalho) pra discutir sobre os ataques ao movimento
sindical com o chamado “interdito proibitório”, com condenações e multas
ao movimento. No dia 11 de julho, dezenas de liminares, com aplicação de
multas de centenas de milhares de reais, foram concedidas, a pedido de
instituições do governo, contra várias centrais sindicais. Os representantes
das Centrais estavam indignados com isso. Também ficou definido o dia 6 de
agosto como um dia de realização de protesto nos Estados e distrito federal
contra o PL 4330.
Estiveram
presentes na CSP-Conlutas, CUT, FS, UGT, CGTB, NCST, CGTB, CTB e CSB.
Fonte:Site CSPConlutas
Nenhum comentário:
Postar um comentário