sábado, 18 de outubro de 2014

Atos no Rio, Pará e Rio Grande do Sul marcam jornada de luta em defesa da educação pública; atividades estão previstas nos próximos dias em SP, PB, PE e RN

A merecida semana de descanso está terminando e as lutas continuam. 

Em Juiz de Fora a manifestação da Jornada Nacional de Lutas em defesa da Educação Pública será nessa próxima 4ª feira - dia 22/10 - a partir das 15h no calçadão. 

Participem, vamos construir um PNE dos trabalhadores!

Exigimos:  10% do PIB já e não para daqui há nove anos. Contra  a meritocracia e por nenhum centavo do dinheiro público para a educação privada como prevê o PNE do governo. 



Um dos principais encaminhamentos do Encontro Nacional da Educação – ENE foi a realização de atos nos estados em defesa da educação pública. Nesta quarta-feira (15), dia dos professores, iniciou-se essa Jornada Nacional nos estados do Pará e Rio de Janeiro.  Também estão previstos atos nos próximos dias em São Paulo, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Em Belém (PA), os educadores das redes municipal e estadual do Pará se reuniram pela manhã, em um ato, em frente à prefeitura para denunciar o descaso que o prefeito da capital paraense, Zenaldo Coutinho (PSDB) e o governador do estado Simão Jatene também do PSDB, candidato à reeleição estão tendo com a educação pública do estado.  O ato foi organizado pelo SINTEPP (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Pará) e demais entidades como a Oposição Sindical “Luta Educador” que constrói a CSP- Conlutas. A atividade também marcou o lançamento do Comitê Estadual em Defesa da Escola Pública do Estado do Pará. Uma aula pública foi organizada em frente à prefeitura pelas entidades participantes. Para Abel Ribeiro, da Executiva Estadual da CSP Conlutas PA, “não há nenhuma alternativa para melhorar a educação pública se não houver a ampliação do investimento na educação como empregar 10% do PIB no setor, por exemplo. Essa é uma das bandeiras que o Comitê defende”, finalizou Abel.
  
No Rio de Janeiro o ato, que ocorreu na quarta-feira (15), reuniu mais de 2 mil pessoas, ao longo do dia, na Cinelândia, com  intervenções e atividades culturais. “A palavra de ordem no ato do Rio foi ‘A Educação não é mercadoria’ e ‘Lutar não é crime’. Além das pautas já conhecidas também, como o destino de 10% do PIB para a educação e a valorização do professor”, disse Luis Eduardo Acosta, 1º vice-presidente da Regional RJ do ANDES-SN.
  
O ato foi organizado pelo Fórum Estadual em Defesa da Educação Pública que, na próxima terça (21), organizará um seminário para debater o PNE. “Temos que fortalecer a entidade. Instrumento de comunicação para todas as entidades”, afirmou Acosta. Segundo Acosta, antes da atividade na Cinelândia, as seções sindicais do ANDES-SN no estado realizaram uma homenagem a Washington Costa, presidente da Seção Sindical do ANDES-SN no Cefet Rio de Janeiro, que faleceu em maio em decorrência de um câncer. A homenagem aconteceu no Cefet, e uma placa com o nome do docente foi colocada na sala da diretoria do sindicato.

No Rio Grande do Sul, a atividade ocorreu em frente à prefeitura de Porto Alegre, também na quarta-feira (15). As entidades e movimentos se somaram aos servidores municipais, a maioria professores, da cidade para um ato conjunto. Além das pautas do dia de luta, o fechamento de uma escola municipal especial, voltada a jovens moradores de rua, também foi lembrado e criticado. De acordo com Carlos Schimdt, 2º Tesoureiro da Regional Rio Grande do Sul, mais de 600 pessoas estiveram na mobilização.

Nos estados estão ocorrendo reuniões de preparação dessas atividades. Em cada um deles, terá um formato, desde manifestação de rua, panfletagem, diálogo com a população, debates.

O objetivo é apresentar o programa em defesa da educação pública brasileira e pelo seu caráter democrático, laico, gratuito, de qualidade e a serviço dos trabalhadores.

Nesse período vamos defender a aplicação imediata de 10% do PIB em educação pública e dizer não ao novo PNE (Plano Nacional de Educação).


As mudanças são urgentes

A educação pública brasileira vem sofrendo uma série de ataques, em especial nos últimos 20 anos. A aprovação recente do novo Plano Nacional de Educação é a gota d’água de todo esse processo. Não é à toa que o ENE confirma a possibilidade de reorganizar o movimento nacional em defesa da educação pública brasileira por fora das organizações tradicionais do movimento.

Fonte: site CSPConlutas

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