Pessoal, nosso blog esteve fora do ar por algum tempo por problemas técnicos, porém já estamos conectados novamente e vamos reproduzir aqui a avaliação do comando de greve local sobre o nosso movimento suspenso no dia 28/09.
Avaliamos a maior e mais heróica greve da história de Minas Gerais sob dois aspectos: o econômico e o político.
No aspecto econômico avaliamos que a conquista foi muito aquém da reivindicação inicial, porém diante da situação em que o movimento se encontrava no dia 27, de desgaste dos 112 dias de greve, das demissões dos designados que começaria no dia seguinte e do refluxo havido por causa das substituições e outros ataques, consideramos que o fato do governo ter cedido comprometendo-se com o pagamento do piso dentro da carreira e estendido o direito aos demais segmentos da escola (ASG/ATB) foi um avanço e uma conquista importante naquele momento.
No aspecto político a avaliação é muito positiva: conseguimos denunciar o governo Anastasia pra todo o país como um governo que não valoriza os educadores e que tem um caráter extremamente autoritário e antidemocrático;
construimos uma aliança com todos os movimentos socias do estado o que caracterizou a educação pública como uma luta de toda a classe trabalhadora e não só dos educadores; conseguimos o apoio da maioria da comunidade escolar que entendeu a nossa greve como justa; desmascaramos o judiciário (MP/TJ) que, ao arrepio da lei, esteve todo o tempo da greve ao lado do governador; desmascaramos também a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadoresa em Educação) que se furtou a cumprir seu papel de organizadora do magistério em todo o país e não convocou uma greve nacional da educação pelo piso, o que teria sido fundamental no fortalecimento do nosso (e de outros estados)enfretamento ao Anastasia; desmascaramos ainda, o governo federal pois a presidenta Dilma só recebeu o sindicato após mais de 100 dias de greve, por apenas 10 minutos no aeroporto, quando já estava indo embora depois de ter passado um dia inteiro em Belo Horizonte e o ministro Hadad que passou quase a greve toda calado,e quando se manifestou foi para declarar apoio à medida facista do governo de susbstituir os grevistas.
Mas, para além disso, essa greve consolidou um grupo de resistência na nossa categoria que começou a se organizar na greve do ano passado e nesse ano teve um papel fundamental de manter o movimento até que o governador cedesse e negociasse efetivamente o piso salarial. Esse grupo, pequeno ainda no tamanho, mas imenso na coragem e na determinação é que garantiu, com suas ações radicalizadas de acorrentamentos, de enfretamento à polícia e de ocupação não só do pátio da ALMG, mas, principalemnte, do plenário, que a fase final da greve tivesse um desfecho que podemos considerar positivo.
Tivemos também a coragem de dois companheiros da direção estadual que se dispuseram a ficar mais de uma semana sem comer, pressionando o governo a abrir negociação.
Temos agora, que acompanhar atentamente os trabalhos da comissão instituida para discutir a implementação do pagamento do piso. Sabemos que não podemos confiar no parlamento e que só a nossa luta é que nos garante conquistas. Por isso é preciso ficar mobilizado e participar das atividades do sindicato que foram aprovadas na assembelia regional:
Nessa 4ª feira realizaremos uma reunião de representantes de escola de Juiz de Fora,as 15h e 18h no sindicato; sábado estaremos em BH na reunião do comando estadual; no dia 10 realizaremos uma reunião das direções das escolas as 17h no salão nobre da Escola Normal e nos próximos dias estaremos convocando para reuniões dos núcleos de ASB, ATB, aposentados, filosofia e sociologia e dos núcleos de representantes de escolas da região.
SÓ A LUTA MUDA A VIDA!
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