quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

ATENÇÃO CANDIDATOS À DESIGNAÇÃO


Finalmente foi publicada a resolução de organização do quadro de escola, mais conhecida pela categoria como resolução de designação, pelo óbvio motivo de ter ainda um número absurdamente alto de contratos temporário em Minas. 
Não deu tempo da direção da Subsede/JF fazer uma análise, porem numa olhada rápida parece que nada mudou em relação à minuta.
Para o encontro que haveria com o governo dia 11/12, a Subsede enviou, por email à direção estadual do SindUte reivindicação de vínculo para os ASBs; de contagem de tempo da lei 100 para designação (não estava contemplado no cadastro de 2014); de redução de número de alunos por turma e aumento do quantitativo de ASB e ATB. No entanto não obtivemos retorno da sede central sobre esse encontro, sequer sabemos se ele aconteceu.
Vamos elaborar uma análise detalhada e publicaremos no face e blog da subsede
A resolução está publicada na pagina 48 do Minas de hoje, ver site:www.iof.mg.gov.br

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Sobre as designações de 2016

À procura de informações sobre a resolução (atrasadíssima) do quadro de escola, a direção da Subsede encontrou a notícia abaixo no site do Plantão Inspeção Escolar e em seguida checou no site do deputado Rogério Correa.
Muito estranho, para dizer o mínimo, que uma notícia tão importante como essa seja dada por deputados e não pelo SindUte. Das duas uma: ou o governo Pimentel não está cumprindo com o compromisso de campanha de ouvir, negociar e debater com o sindicato ou o SindUte estadual não repassa devidamente as informações à categoria e às Subsedes (não encontramos nada no site do sindicato) permitindo, assim, que deputados se promovam.


"EDUCAÇÃO - DESIGNAÇÕES 2016
Os deputados Rogério Correia e Prof. Neivaldo, estiveram, nesta manhã (28), na Secretaria de Estado de Educação, solicitando esclarecimentos sobre o processo de designação para o ano que vem.
Foram repassadas as seguintes informações:
1º - O Quadro Escola será publicado até dia 31 de dezembro
2º - A Secretaria está implementando um hotsite, onde as dúvidas e orientações relativas à Lei 100 e designação, serão tratadas diretamente pela SEE e SEPLAG.
3º - As nomeações serão retomadas em março/16, incluindo séries iniciais e concurso 2014, conforme relato de hoje da Secretaria.
4º - Novos diretores/diretoras serão nomeados já no início de janeiro/16
O portal da Secretaria de Educação é: www.educacao.mg.gov.br, onde será encontrado o hotsite. Se restar alguma dúvida, nosso gabinete estará à disposição."

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

PIMENTEL/MACAÉ: CADÊ A RESOLUÇÃO?


A resolução de 2015 foi publicada só em janeiro, porém compreendemos, afinal era início de um novo governo, mas e a de 2016, quando será publicada?
A indescupável demora do governo na publicação da resolução do quadro de escola é que faz sugir boatos que precisam levar a esclarecimentos oficiais como esse.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

RECESSO DE FINAL DE ANO

O SindUte  estadual estará de recesso no período de 21/12/2015 à 10/01/2016 e a Subsede acompanhará esse calendário. No entanto, devido ao fato da não publicação da resolução de organização do quadro de escola, alguns diretores estarão de prontidão e atenderão as emergências pelo telefone: 98898-4964.
A advogada atenderá no dia 12/01 e não haverá marcação prévía de horário. Quem necessitar de assistência jurídica é só comparecer na Subsede nesse dia das 12:30 as 15h.
Um feliz Natal a todos e todas e um Revellion repleto de festas e alegrias.Em 2016 estaremos a postos na continuidade da luta em defesa de uma Educação Pública de Qualidade para a classe trabalhadora e dos direitos dos trabalhadores em educação.
Boas Férias!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Gasparette se retrata em plenário sobre críticas a professores

Se não bastasse a deplorável declaração do ministro Marcadante de que se "a formação dos médicos fossem como a dos professores todos os pacientes morreriam", os professores de Juiz de Fora ainda tiveram que ouvir uma outra declaração tão deplorável quanto a do ministro. 
Retratar-se é o mínimo que o vereador Gasparetti deve fazer. Se tem algum professor ou alguma professora que votou nesse vereador deve repensar muito seriamente suas escolhas eleitorais.
Ano que vem tem campanha salarial do magistério municipal , e certamente em algum momento, haveremos de nos encontrar na Câmara com Gasparetti. Ele que nos aguarde!

POR TRIBUNA
No último dia de reunião na Câmara no ano, o vereador Julio Gasparette (PMDB) se retratou de uma declaração dada em plenário na última quinta-feira. Na ocasião, em embate com Roberto Cupolillo (Betão, PT), as palavras do peemedebista insinuaram que professores não sofriam acidentes, pois “professor não trabalha”. Após a repercussão negativa da fala, Gasparette subiu na tribuna para se defender e considerar que houve um mau entendido em seu posicionamento anterior. O parlamentar afirmou que em momento algum quis dizer que os docentes não trabalham, mas ressaltar que não “trabalham em atividades de maior risco”, como os metalúrgicos, por exemplo. “Aproveito a oportunidade de pedir desculpa para o vereador Betão e aos professores. Sabemos que os professores trabalham e muito.” A fala polêmica ocorreu durante as discussões acerca de representação apresentada por Betão, tratando de questões pertinentes à situação dos funcionários terceirizados da empresa ArcelorMittal.

Queremos informações jà!


Os efetivos apreensivos, os ex efetivados e designados angustiados, a direção da Subsede pressionada pela categoria a dar respostas e a direção estadual que negocia com o governo e o próprio governo não dizem nada. 
Enquanto não se tem notícia e a resolução não é publicada os boatos aumentam e vão criando muitas confusões nas cabeças dos trabalhadores em educação.
Havia uma reunião marcada com o governo na última sexta feira, hoje já faz quase uma semana e a sede central não dá nenhuma notícia.
Assim fica muito difícil.
Queremos informãcões Já!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

SUBSEDE/JF ESCLARECE

O governo publicou o contracheque do 13º salário somando o abono e vencimento básico e com descontos sobre o IPSEMG saúde e IPSEMG previdência . Além disso o contracheque veio com  um sinal de interrogação diante dos descontos.

Esclarecemos que:

a)  os descontos  estão incidindo apenas sobre o vencimento básico. O valor do abono (sobre o qual não pode ter descontos)  não foi computado para os mesmos.
b) O desconto sobre o IPSEMG previdência é legal, no entanto, segundo a advogada da Subsede,  sobre o IPSEMG saúde pode ser considerado abusivo. A direção da Subsede já entrou em contato com a direção estadual e estamos aguardando orientações sobre isso.
c) Os sinais de interrogação, de acordo com a SRE, é um problema do sistema.

sábado, 12 de dezembro de 2015

POSIÇÃO DA DIREÇÃO DA SUBSEDE/JF SOBRE A ELEIÇÃO PARA DIREÇÃO DE ESCOLA


Na próxima 3ª feira, dia 15/12 os trabalhadores em educação de Minas terão uma importantíssima tarefa que é a de eleger as direções nas escolas em que trabalham.
Nosso local de trabalho é o primeiro espaço de organização da nossa categoria. É nele que sentimos  o primeiro e mais forte impacto das politicas implementadas pelos governos. É nele que dividimos, diariamente, com nossos colegas os problemas que temos na educação. E é nele que podemos debater mais profundamente os ataques que sofremos e iniciar a resistência necessária a esses ataques.
A eleição foi uma  conquista da categoria que o PSDB tentou destruir
Até início dos anos 90 os  cargos de direção de escola eram utilizados como uma troca de favores entre políticos municipais e estaduais que indicavam seus cabos eleitorais. Muitas das vezes o (a) diretor (a) indicado (a) nunca havia trabalhado na escola e sua lealdade ao político que o (a) indicou e ao governo de plantão era o que balizava suas ações.
Nos últimos anos os governos do PSDB em Minas tentaram destruir essa conquista com medidas de cooptação das direções através de convencimento ideológico, e se, diante de direções mais politizadas e conscientes de seu papel coletivo na escola isso não funcionasse, da coação através de mecanismos como avaliação de desempenho e de presença ostensiva nas escolas do serviço de inspeção que, muitas vezes era o verdadeiro dirigente.
Com essas medidas, a função da direção que é de  coordenar um projeto coletivo no qual as decisões devem ser tomadas democraticamente,  foi esvaziada  e diminuída a um mero guardião das politicas do governo para a educação . O resultado disso todos sabemos: a categoria sendo atacada brutalmente em seus direitos,  implementação de projetos educacionais estranhos à escola e aos educadores, a educação reduzida a números estatísticos  e de disputa  de ranqueamento e o aumento sem precedentes do assédio moral sobre as direções e os trabalhadores que teve como uma das mais graves consequências um altíssimo índice de adoecimento entre os educadores.
Governo federal do PT  também tenta destruir essa conquista.
A nível federal a política para a educação não é diferente. Recentemente o ministro Mercadante  declarou numa entrevista que  “ se o Brasil formasse médicos como professores, os pacientes morreriam”   (Folha de São Paulo, 28/11/2015), jogando assim  nas costas dos educadores todos os problemas vivenciados na educação.  Nessa mesma entrevista, defendeu  as avaliações e a certificação nacional para direção de escolas. Mercadante estava falando em nome do PNE de Dilma que prevê a certificação nacional (meta 19-estratégia 19.8)   colocando em risco a eleição democrática pela comunidade escolar.
Essas declarações do ministro demonstram que o governo federal considera que os problemas que temos  se originam  na escola  em decorrência da má formação dos professores e da má gestão das direções escolares  se eximindo assim da responsabilidade por um projeto nacional de  educação,  pelo baixo investimento na educação pública, pela desvalorização dos educadores  e pelos problemas sociais que a desigualdade  econômica produz e que desaguam dentro das escolas.
A direção que queremos deve se pautar por uma gestão democrática
Enfrentamos muitos  desafios na educação e temos nesse momento diante de nós um dos mais importantes. Consideramos que a direção da escola é um importantíssimo fator para que as escolas sejam um bom  ambiente de trabalho.  Os problemas externos à escola são imensos, e  muitos não estão sob nosso controle, porém  no interior da escola  uma direção democrática na qual  trabalhadores sejam ouvidos,  que todas as decisões sejam tomadas coletivamente, em que não haja hierarquia e a direção seja considerada como uma coordenação de um projeto decidido pela maioria,  podem minimizar as dificuldades dessa realidade e tornar a escola um espaço  menos opressivo e mais interessante para trabalhadores e alunos.
A direção da Subsede/JF orienta o conjunto da nossa categoria a escolher no dia 15 a chapa para direção que se comprometa com essa concepção de direção escolar. Que se proponha a ser a coordenação de um projeto coletivo e não o “patrão, o chefe”  ou representante do governo ou da SRE, pois quem elege é a comunidade e é à comunidade que a direção deve respeito.  Que se ampare no coletivo da comunidade escolar para enfrentar os ataques que o governo venha a fazer, quer seja em relação aos direitos dos trabalhadores, quer seja em relação à autonomia pedagógica da escola. Que seja uma direção de luta, que defenda a educação pública e  os direitos dos trabalhadores em educação.
Nas escolas em que forem chapa única orientamos a exigir posicionamento da chapa em relação  aos princípios acima colocados.

ü  EM DEFESA DE UM PROJETO DE EDUCAÇÃO DEMOCRÁTICO  PARA A CLASSE TRABALHADORA!
ü  QUEM SABE DA EDUCAÇÃO É QUEM NELA TRABALHA!
ü  SÓ A LUTA MUDA A VIDA!








quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Sobre o não pagamento de férias de janeiro aos ex servidores da lei 100 e a minuta da resolução de organização do quadro de escola (resolução de designação):


O governo enviou às escolas o Ofício nº 430/DCCTA/SCAP no dia 01/12/2015 afirmando não caber pagamento de férias (o chamado rateio de férias) e o 1/3 para os ex servidores da lei 100 e publicou uma minuta com critérios para designação de 2016.
Vale lembrar que as direções das Subsedes não negociam com o governo, essa tarefa é da direção estadual do SindUte. Está agendada uam reunião para dia 11/12. Uma data assim tão poróxima do final do ano evidencia uma despreocupação do governo com todo o processo, desde os efetivos e, principalmdnte os designados e ex efetivados da lei 100. 
A direção da Subsede está aguardando informações e orientações da sede central sobre esses temas e assim  que nos forem repassadas enviaremos às escolas e publicaremos nas redes sociais.
Esperamos que isso seja feito o mais rápido possível pois já estamos próximo ao final do ano é grande expectativa e angústia da categoria.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Mariana (MG)


Um mês e ninguém foi punido; exigimos imediata punição dos responsáveis

05/12/2015




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Neste sábado, 5 de dezembro, faz um mês do crime socioambiental cometido em Mariana (MG) pela Samarco/Vale/BHP. Um dia antes dessa data, a mídia anuncia que a Vale jogou mais rejeitos na barragem do Fundão do que havia declarado. Não foram somente 5%. Foram 28%.

Os rejeitos produzidos na mina da empresa que ficava ao lado da barragem eram levados por meio de tubos.

“A Vale contribuiu com quase 30% do rejeito depositado na barragem de Fundão. Diante desse volume declarado da deposição de rejeitos, mais uma vez se confirma a orientação seguida pelo Ministério Público Federal de que, no contexto de responsabilização, nós tratamos a Vale, a BHP e a Samarco dentro do mesmo grupo de responsáveis”, declarou o procurador da República Jorge Munhós.

Não esqueçamos que a Vale, poucos dias depois do rompimento, declarou ao Wall Street Journal, nos Estados Unidos, que não era responsável pelo acidente por ser mera acionista da empresa Samarco.

A cada dia as evidências mostram o tamanho do descaso das empresas com a segurança em torno de uma atividade tão perigosa, a mineração. E esta já era uma tragédia anunciada. As empresas já haviam sido alertadas dos riscos que implicavam aquela barragem.

Uma semana depois do acidente, a subprocuradora-geral da República Sandra Cureau, na abertura de um seminário que sobre mineração em Brasília, na sede da Procuradoria Geral da República, afirmou: “A cada passo da investigação se vê que as duas empresas, a Vale e a BHP, foram totalmente displicentes na prevenção, demonstraram que não tinham qualquer plano de ação para o caso de um desastre e não tinham nenhum sistema de alarme”.

Sandra denunciou ainda que houve um desinteresse quase total com relação às vítimas desse desastre, que não foram auxiliadas, não foram avisadas e não estão sendo recebidas.

A subprocuradora defendeu que as empresas fossem denunciadas para reparar danos civis, mas também no âmbito criminal, por negligência.

Há um mês do rompimento da barragem pouco foi feito. Em matérias anteriores expusemos o quanto as relações corrompidas entre setor privado e público no Brasil se mostravam diante do que aconteceu em Mariana. As doações de campanha, os beneficiamentos das empresas doadoras, as “vistas grossas” ao desrespeito às leis.

Encontro Nacional de trabalhadores e movimentos sociais para fortalecer campanha pela punição dos responsáveis

A CSP-Conlutas tem entre suas campanhas centrais a cobrança pela punição das empresas responsáveis por esse crime e ações efetivas principalmente do governo Dilma (PT) e do Estado de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).

A Central está apoiando a iniciativa chamada desde o Sindicato Metabase de Inconfidentes, Congonhas e Ouro Preto e diversas entidades de Minas Gerais de realizar um Encontro Sindical e Popular no dia 17 de dezembro, na cidade de Mariana. Ao final será realizado um ato nacional em memória das vítimas e de denúncia da mineradora Samarco/Vale/BHP e dos governos como responsáveis pelo desastre. Esta será uma campanha internacional realizada em conjunto com a Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Luta.

Segundo o dirigente do Metabase Inconfidentes, Rafael Ávila, o Duda, esse encontro pretende discutir a relação das mineradoras da região com os trabalhadores e com as comunidades do entorno. “Uma resposta política não só à mineração, como também aos trabalhadores e à comunidade, pois achamos que as medidas encaminhadas pelo governo tem sido lamentáveis diante disso, entre elas a liberação do FGTS dos trabalhadores para arcarem do seu próprio bolso o prejuízo causado pela Samarco/Vale/BHP, que destruiu tantas vidas”, salienta.

Entre os temas do encontro devem constar também o Código da Mineração que tende a beneficiar as empresas, a proposta de anulação do leilão da Vale, como o monopólio estatal da mineração sob controle dos trabalhadores.

- See more at: http://cspconlutas.org.br/2015/12/mariana-mg-um-mes-e-ninguem-foi-punido-exigimos-imediata-punicao-dos-responsaveis/#sthash.yq7A4DnT.dpuf

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Comunicado do governo sobre atraso de pagamento e 13º

Atenção!
A direção da Subsede/JF não aceita essa explicação do governo sobre o atraso no pagamento e no 13º. Feriado e final de semana deve ser utlilizado para antecipar pagamento e não atrasar.

COMUNICADO
A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) informa que o pagamento dos servidores referente ao mês de novembro será creditado no dia 09/12, em função do feriado.
Esclarece também que o décimo terceiro salário será pago no dia 22/12, em parcela única.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

MANIFESTO DE INTELECTUAIS E ARTISTAS EM APOIO AS ESCOLAS

Belíssimo manifesto. Esses manifestos precisam se espalhar pelo país. A luta heróica desses meninos e meninas precisa ser reforçada. Vamos assinar!
Não fechem minha escola
13 hEditado

"Não fechem as nossas escolas! Respeitem os estudantes!
Não bastasse o atual estado crítico do ensino básico – com salas superlotadas, baixíssimos salários para docentes e funcionários e péssimas condições de trabalho –, o governo Geraldo Alckmin impõe uma mudança de grande porte à rede de ensino paulista, fechando mais de 90 escolas, encerrando períodos inteiros, removendo milhares de estudantes de suas escolas, impactando a vida de milhares de famílias e ameaçando o emprego de professores em todo estado.
O projeto de “reorganização” foi construído a toque de caixa, sem qualquer consulta às comunidades, sem audiências efetivamente públicas, sem tempo hábil de se fazer o real debate sobre as necessidades das escolas e o mérito da iniciativa. Como tem sido demonstrado em muitos estudos que contestam o projeto, suas justificativas são muito frágeis ou questionáveis. Não por acaso, em sua versão oficial que acaba de ser publicada, a reorganização foi baixada por decreto, sequer apresentada aos parlamentares estaduais.
Para agravar a situação, de forma covarde o governo conclama a uma “guerra” contra os estudantes que tiveram que ocupar suas escolas para serem ouvidos. Estão amplamente registrados todos os tipos de agressão, intimidação, coação e diversas ilegalidades por parte da polícia e de agentes públicos na tentativa de “desqualificar” ou “desmoralizar” o movimento enquanto se supostamente se consolida o projeto como um fato consumado.
Ao contrário das tentativas, o que temos visto são estudantes com muita convicção e firmeza, reforçando como nunca sua identidade com as escolas, cuidando dos espaços públicos, sendo protagonistas das programações de aulas públicas, de eventos culturais e esportivos.
Nós, intelectuais, artistas e figuras públicas que de maneira suprapartidária subescrevemos esse manifesto reivindicamos, para o bem da cidadania e da escola pública, a suspensão imediata da “guerra” contra os estudantes adolescentes bem como desse projeto de reorganização para que de uma vez por todas se escutem as vozes das escolas e comunidades que são as mais interessadas e com quais deve se pensar a educação."
Primeiros signatários:
Ariovaldo Umbelino de Oliveira (Geografia – USP)
Cesar Cordado (Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça)
Christian Dunker (Psicologia – USP)
Cibele Lima (Rede Emancipa de Educação Popular)
Cilaine Alves Cunha (Literatura – USP)
Ciro Correia (Geologia – USP)
Cristiane Gonçalves (Políticas Públicas e Saúde Coletiva – Unifesp)
Fábio Konder Comparato (Direito – USP)
Franciso Miraglia (Matemática – USP)
Frederico de Almeida (Ciência Política – Unicamp)
Gilberto Cunha Franca (Geografia – Ufscar)
Gilson Schwartz (Cinema, Rádio e TV – USP)
Gregório Duvivier (Ator e escritor – Porta dos Fundos)
Guilherme Boulos (Coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto - MTST)
Henrique Carneiro (História – USP)
Homero Santiago (Filosofia - USP)
Isabel Maria Loureiro (Filosofia – Unesp)
Luciana Genro (Presidenta da Fundação Lauro Campos e ex-candidata à Presidência pelo PSOL)
Manoela Miklos (Produtora Cultural)
Márcia Tiburi (Filosofia – Mackenzie)
Márcio Seligmann-Silva (Teoria Literária e Literatura – Unicamp)
Marcos Barbosa de Oliveira. Prof. Colaborador, depto. Filosofia, FFLCH-USP
Maria Cecília Wey (Aliança pela Água)
Maria Rita Kehl (Psicanalista, jornalista, ensaísta, poetisa, cronista e crítica literária)
Mariana Fix (Urbanista – Unicamp)
Mario Schapiro, professor FGV Direito SP
Marussia Whately (Aliança pela Água)
Mauro Pinto (Advogado OAB-SP)
Marcos N. Magalhães (IME – USP)
Miranda (Coordenador do Movimento Negro Socialista – MNS)
Otaviano Helene (Física – USP)
Paulo Eduardo Arantes (Filosofia – USP)
Paulo Miklos (Vocalista do Titãs)
Plínio de Arruda Sampaio Jr (Economia - Unicamp)
Ricardo Antunes (Unicamp)
Ricardo Musse (Sociologia – USP)
Rosa Maria Marques - PUCSP
Ruy Braga (Sociologia – USP)
Sara Del Prete Panciera – (Saúde, Educação e Sociedade - Unifesp )
Vladimir Safatle (Filosofia – USP)
para assinar o manifesto, envie seu nome, instituição e contato para o email naofechemminhaescola15@gmail.com

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Estudantes ocupam as ruas e dão aula de resistência contra a truculência de Alckmin; manifestação nesta sexta-feira

02/12/2015


Os estudantes estão dando aula nas ruas sobre o direito que tem de se manifestar contra algo que não são a favor: a reorganização das escolas, projeto do governador Geraldo Alckmin que pretende fechar 94 unidades escolares. A polícia, por sua vez, a mando desse mesmo governador, retira a força esse direito, com  violência.

Mas a juventude não desiste. As atividades seguem durante essa semana, e na sexta-feira (4), às 14h, haverá uma manifestação dos professores, com o apoio dos estudantes, na Praça Roosevelt contra a reorganização.

A repressão de Alckmin

Os estudantes começam a sair das escolas e tomar as ruas para mostrar sua luta à população.

Ontem a Avenida Nove de Julho foi bloqueada com cadeiras de salas de aula e com faixas exigindo que o governo investisse em mais escolas e menos em prisões. Indo na contramão disso, a polícia, braço de ferro do estado, levou presas pelo menos quatro pessoas, entre elas dois menores. Outras três relataram ferimentos leves. Isso tudo com o objetivo de calar o movimento, mas não conseguiram.
Hoje, novamente, desta vez na Avenida Doutor Arnaldo, os estudantes voltaram a protestar. A polícia, novamente reprimiu a manifestação. Mais uma vez a ação contou com quatro detenções.

Meme O Mal Educado
Meme_Crédito: O Mal Educado

É assim que está sendo conduzido o diálogo que o secretário da Educação de São Paulo, Herman Jacobus Cornelis Voorwald, disse que teria com os estudantes das mais de 200 escolas ocupadas desde o início de novembro: com prisões, cassetetes e gás de pimenta na cara.

No início dessa semana, as mobilizações contra a (des) organização do ensino tomaram as avenidas Faria Lima e a João Dias.

Governo parte para ofensiva para tentar desmontar movimento de ocupações nas escolas

“O governo decidiu agir de forma ofensiva para tomar à força as escolas ocupadas”, informa o membro da Oposição Alternativa João Zafalão que acompanha de perto as ocupações em escolas, e que tem dado apoio aos estudantes.

Essa atitude arbitrária também se confirma em áudio vazado e divulgado no domingo (29), com exclusividade pela rede de comunicação Jornalistas Livres. A gravação é de uma reunião realizada entre o secretário da Educação, Voorwald, e cerca de 40 dirigentes de ensino do estado de São Paulo, na escola Caetano Campos. No áudio é possível ouvir como a cúpula do estado no setor de Educação pretende atuar essa semana para enfraquecer a mobilização dos alunos, professores e funcionários que estão luta em defesa das escolas. 

Entretanto, conforme aumenta a violência da polícia, aumenta a resistência dos estudantes.

A CSP-Conlutas está ajudando em diversas ocupações, principalmente em Itaquera, Zona Sul e Zona Leste por meio dos professores da rede estadual. Nossa Central está nesta luta e faz um chamado para que fortaleçamos a movimento durante essa semana, pois será decisiva.

Fonte; site CSPConlutas