sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Comissão discutirá salário e carreira para todos os cargos da educação, incluindo os aposentados

A notícia abaixo é alentadora, indica que poderemos ter com esse governo, uma relação de diálogo como deve ser com todos os governos. Vejamos como serão as propostas que o governo apresentará na próxima reunião, esse será o grande teste, porque diálogo é bom, mas tem que avançar com propostas que nos valorizem.


Aconteceu na manhã desta terça-feira, dia 27, a primeira reunião do grupo de trabalho responsável por propor novas remunerações para a educação.  A reunião ocorreu no Palácio Tiradentes e, além do Sind-UTE/MG, participaram  representantes da Adeomg e os Secretários de Estado e Adjuntos do Planejamento, da Educação, do Governo, da Fazenda, Casa Civil e o presidente da Prodemge.
As representantes do  Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Coordenadora-geral, Beatriz Cerqueira, a diretora estadual, coordenadora do departamento Administrativo e Financeiro e Secretária de Organização da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Marilda de Abreu Araújo e a diretora estadual e coordenadora do departamento de  Formação Pedagógica e Sindical, Feliciana Saldanha do Vale, apresentaram um balanço das lutas pelo Piso Salarial, desde 2008, e três propostas como base para o trabalho da Comissão:
1ª)  que todos os cargos da educação sejam contemplados na negociação;
2ª) que além da remuneração se defina uma política de carreira;
3ª) que a proposta inclua os aposentados.
Sobre a proporcionalidade do Piso, o Sindicato informou que discute o Piso salarial  para a jornada existente na rede estadual.
Após as considerações dos participantes foram definidas, como parâmetros para o trabalho da comissão, as propostas apresentadas pelo Sindicato: incluir os aposentados, discutir a carreira, todos os cargos da educação e os passivos de direitos que o governo tem com os trabalhadores em educação com a mudança para o subsídio - esta última, proposta da Adeomg.
Participaram desta reunião pelo governo do Estado: Secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães; Secretário de Estado de Governo, Odair Cunha; Secretário de Estado de Fazenda, José Afonso Bicalho, Secretário de Estado de Casa Civil e de Relações Institucionais, Marco Antônio Rezende Teixeira, Secretária de Estado da Educação, Macaé Evaristo, Secretário-Adjunto da Educação, Antônio Carlos Pereira, Secretário-Adjunto da Fazenda, Bruno Westin Prado Soares Leal, Secretário-Adjunto de Governo, Francisco Eduardo Moreira, Secretária-Adjunta da Casa Civil, Mariah Brochado Ferreira e o Subsecretário de Gestão da Estratégia Governamental, Wieland Silberschneider.
A próxima reunião foi marcada para o dia 5 de fevereiro, às 14h:30, data em que a Comissão começará a discutir propostas.
Fonte: site Sindute Minas

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Pimentel, cadê as nomeações dos (as) novos (as) Superintendentes?

Democratizar a educação é uma luta histórica dos Trabalhadores em Educação em todo o país. Escolher os (as) que vão organizar e coordenar o sistema educacional é uma antiga reivindicação da categoria e a condição primeira para que a democratização possa acontecer.
Aqui em Minas, após muitas lutas, conquistamos a eleição para direção de escola e varremos do mapa a prática politiqueira de deputados e afins (ligados ao governador de plantão) indicarem seus cabos eleitorais, parentes e apadrinhados que, retribuíam agindo como um braço do governo nas  escolas aplicando todas as suas políticas , mesmo as que oprimiam  seus colegas de trabalho.
Esse foi uma grande avanço, mas ainda insuficiente para democratizar o ambiente escolar pois permaneceu a indicação política dos (as) Secretários (as) de Educação e Superintendes Regionais e, com ela  manteve-se  a velha pratica de tomar as decisões de cima para baixo cabendo às direções escolares, numa lógica hierárquica de subalternidade, o cumprimento   das mesmas. Para garantir esse processo  utilizava-se o assédio moral, as ameaças e pressões sobre as direções que, mesmo eleitas pela comunidade, se viam coagidas a atuar na linha política dos governos.
Com a eleição de Pimentel e com seu compromisso  de dialogar com os educadores e alterar essa lógica opressora, a categoria vislumbrou a possibilidade de dar mais um passo em direção à democratização e organizou-se para fazer valer seu direito de escolher os Superintendes Regionais. 
Mobilizamo-nos, realizamos plenárias em quase todas as regiões do estado e, mesmo com curto espaço de tempo, a categoria escolheu seus representantes e os apresentou ao governo que comprometeu-se a nomeá-los ainda em janeiro.
A direção da Subsede de Juiz de Fora, reivindicou na plenária um processo mais amplo, com eleição direta na base e com amplo debate, porém os educadores presentes entenderam que, mesmo não sendo o método ideal, deveriam fazer a escolha naquele momento e assim o fizeram: elegeram uma servidora de carreira da SRE para ser a nova Superintendente da nossa região. 
O mês de janeiro já está chegando ao fim e o governo ainda não pronunciou-se sobre as nomeações. A direção da Subsede/JF, respeitando a decisão tomada pela categoria na plenária, exige do governador Pimentel a nomeação da servidora escolhida por seus pares.
Não aceitaremos que o casuísmo e a politicagem permaneça como pratica. Os trabalhadores em educação de Minas deram mais um passo rumo à democratização da educação em nosso estado e não aceitarão retrocesso. O próximo passo será a escolha da (o) Secretário (a) de Educação.

Pimentel nomeia já os (as)  Superintendestes escolhidos (as) nas plenárias do SindUte!
Pela democratização plena da educação em Minas!


 

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

As designações começaram!

A partir de hoje, pelo cronograma estipulado na resolução 2741, começam as designações. Como sempre acontece em Minas as resoluções não têm a clareza necessária e surgem muitas dúvidas. Estamos tentando falar com a SRE para esclarecimentos mas está difícil, muitos servidores em férias, inclusive a Superintendente, e os que lá ficaram estão sobrecarregados. Diante disso orientamos aos candidatos (as) que se sentirem prejudicados (as) a entrar com recurso, imediatamente à designação,  na escola onde  a mesma ocorreu ou na SRE.
Estamos acompanhando pelo site da Superintendência e vimos que já há editais publicados. Os (as) interessados (as) podem verificar a publicação dos editais de duas formas: 1ª: indo direto no site da SRE: www.srejuizdefora.educacao.mg.gov.br e em seguida ir no link designação 2014 (isso mesmo 2014, estamos tentando  que o responsável pelo site arrume isso) ou indo no google, solicitando sre juiz de fora e ir direto em designações 2015.
Há um boato de prorrogação do prazo da designação. Não achamos que o  boato seja  infundado pois o prazo de organização do quadro de escola foi muito exíguo, no entanto não há nada oficial sobre isso.
O novo governo comprometeu-se a discutir sobre designação centralizada a partir do próximo ano, precisamos também de resoluções  mais claras e de melhores prazos.
Acompanhem pelo blog ou face da Subsede as notícias e esclarecimentos.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Hoje tem reunião do GT que discute remumeração da educação

Essa é uma notícia interessante porque indica que o governo está aberto ao diálogo, embora fique a dúvida de porque estabelecer um grupo de trabalho para discutir salário para professores se há uma lei federal que já define isso. 
A direção da Subsede/JF entende que essa necessidade existe, de fato, para os cargos que não foram contemplados na lei como ASB, ATB, Tecnicos das SRE's e SEE e outros. Porém, curiosamente, esses cargos não estão inseridos no decreto que estabeleceu o Grupo de Trabalho.
Vamos aguardar o relato da direção estadual do SindUte sobre a reunião e esperamos que nos traga mais clareza sobre o assunto

Foi marcada a primeira reunião do Grupo de Trabalho sobre a remuneração dos profissionais da educação. Será nesta terça-feira, dia 27 de janeiro, 11h30, no Palácio Tiradentes. 

A Comissão foi instituída pelo Decreto 46.709, publicado no dia 13 de janeiro. No mesmo dia, a direção do Sind-UTE/MG encaminhou à Secretária de Educação, a indicação de seus representantes para composição da Comissão representando a entidade. A Comissão da categoria foi eleita em Conselho Geral e Assembleia e tem sido responsável pelas discussões com o governo do Estado nos últimos anos. Ela é composta pelas diretoras estaduais Beatriz da Silva Cerqueira, professora dos anos iniciais do Ensino Fundamental; Lecioni Pereira Pinto, professora dos anos iniciais e especialista da educação; Marilda de Abreu Araújo, diretora apostilada e professora de Matemática e Feliciana do
Alves Saldanha, professora de Educação Física.

A primeira questão que o Sindicato defenderá é que a Comissão discuta a remuneração dos cargos da educação, uma vez que todos são profissionais da educação e sofreram com as medidas do governo anterior, de imposição do subsídio e destruição da carreira. Outra questão será a defesa de que Piso Salarial deve ser discutido junto com a reconstrução das carreiras. A Comissão do Sindicato terá assessoria jurídica e do Dieese Subseção/Sind-UTE/MG.
Fonte: site SindUte/MG

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Resolução 2742 põe fim ao reiventando o Ensino Médio

Está publicada no Minas e no site da SEE a resolução 2742 que organiza o currículo do EM e enterra o famigerado Reinventando o Ensino Médio.
As argumentações contidas no texto do governo (publicado no site da SEE) para o término do projeto, não são as melhores: problemas com formação dos professores, ônibus de zona rural e merenda. Esses seriam problemas facilmente resolvíveis, desde que se tivesse vontade política. A questão principal, pela qual os educadores  e a sociedade rejeitou o projeto é de ordem pedagógica: substituiu-se tempo de importantes disciplinas  na formação dos estudantes  por ensino, pretensamente técnico, que na verdade não formava para nada. Assim nossos jovens nem tinham formação geral e nem estavam sendo preparados para o mercado de trabalho como dizia o governo Anastasia.
O novo governo comprometeu-se a ouvir os educadores sobre uma possível reformulação curricular, é o que esperamos que aconteça.


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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Resolução do quadro de escola causa decepção na categoria.



Decepcionante, essa é a palavra que define o sentimento da maioria da categoria em relação à resolução que organiza o quadro de  escola  e que, portanto,  determina   as nossas condições de trabalho nas escolas.
Após a posse de Pimentel e da nova secretária de educação, Macaé Evaristo, a categoria esperou pacientemente e compreendeu a demora para publicação da resolução por se tratar de início de um novo governo. A expectativa era imensa, afinal após doze anos de massacre de governos do PSDB e do compromisso expresso por Pimentel  num documento (assinado por ele perante mais de 2.000 educadores presentes na conferencia  estadual de educação em agosto do ano passado), a categoria esperava que muitas das medidas que afetam diretamente as nossas condições de trabalho como o número de alunos por sala, o módulo II,  a volta do turno noturno e das disciplinas retiradas do currículo etc. fossem revistas nessa resolução pelo novo governo, porém não foi bem isso o que lemos ontem na resolução 2741.
É necessário dizer que a resolução avança em alguns pontos, mas que não são suficientes para alterar a lógica  de opressão e exploração praticada pelos governos de Aécio e Anastasia, pois,  na essência mantém  mesma lógica: a super exploração através de aulas superlotadas; aumento do tempo na escola pelo módulo II; aumento da carga de trabalho através da  correção de avaliações externas e outras práticas  e a avaliação  de desempenho como critério para várias situações.

Análise da resolução 2741/2015 – organização do quadro de escola
A direção da Subsede/JF fez uma análise de algumas das reivindicações mais importantes que o sindicato fez ao governo:
 
1- Turno noturno:  Entendemos que essa reivindicação não foi atendida plenamente pois a resolução determina prioridade para o turno diurno e, apesar de abrir a possibilidade de declaração de trabalho sem a carteira assinada, burocratiza o processo pois a declaração é padronizada e nela contém um informe de que a declaração poderá ser enviada ao Ministério Público, Ministério Público do Trabalho e ao próprio Ministério do Trabalho . Todos sabemos que as relações de trabalho na adolescência é extremamente frágil, pois os patrões não cumprem com suas obrigações trabalhistas e os jovens se submetem a essa exploração pela necessidade do emprego. A argumentação do governo poderá ser a de proteger os direitos dos jovens trabalhadores, mas acreditamos que muitos temerão assinar tal declaração e poderão ficar sem estudar numa escola pública. Além do mais não cabe aos jovens, vítimas da situação, a responsabilidade pela  fiscalização do cumprimento das leis trabalhistas.
2- Educação física e Ensino religioso nos anos iniciais do ensino fundamental: quanto ao ensino religioso a resolução nem toca no assunto e em relação a educação física há dois problemas: o primeiro é que está sendo negado aos efetivos e efetivados o direito a dar aulas nesse segmento , pois terão que completar o cargo com anos finais e médio, e só poderão atuar nos iniciais caso  o cargo não seja completado. O segundo problema é que  continua aberta a possibilidade das aulas serem dadas pelos regentes de turma  no caso de “ausência” do profissional habilitado. A resolução não esclarece o que seria a “ausência”, deixando brecha para ser pelo fato de que o (a) professor  (a) da escola já esteja com cargo completo nos outros segmentos. Além do mais não está claro se  haverá designação já que os efetivos efetivados não poderão dar essas aulas.
3-Módulo II: O cumprimento da 1/3 da lei do piso foi um pretexto muito bem utilizado pelo governo Anastasia para regulamentar o famigerado módulo II e aumentar o tempo de permanência na escola e, consequentemente, nossa exploração. A resolução de Pimentel  mantem exatamente como estava na época de Anastasia.
4- Extensão de Carga Horária: mantém a obrigatoriedade, não permitindo que aqueles que necessitem de CH menor possam tê-la. Mantém a proibição de gozar férias prêmio e a avaliação de desempenho como critério para concessão da extensão.
5- Substituições: determina que só pode haver substituição para ASB após 15 dias de licença, para ATB, EEB e ANE/IE, 30 dias e ATB financeiro só em caso de vacância, mantém também a proibição de designação de substitutos   no caso de férias regulamentares desses cargos. Está mantida, portanto a lógica da super exploração, pois os colegas terão que fazer o trabalho de quem está de licença médica ou de férias.
6- dispensa do designado por ofício: mantém a absurda penalidade de três anos
7- Composição de turmas: para os professores, aqui está a maior decepção pois o governo Pimentel manteve as mesmas regras dos governos do PSDB: turmas superlotadas só podendo desmembrá-las após exceder o que determina  a legislação em mais de 10 alunos e ainda abre brecha para fechamento ou ajuntamento de turmas, uma vez que não permite que haja turmas com número menor do que determina a legislação. Ou seja a mesma lógica dos governos anteriores: mais alunos pode, menos não.
8-  Escolarização e habilitação: no anexo há uma exigência que ainda não conseguimos compreender: boa parte da exigência contempla apenas a licenciatura curta.

Essa é uma análise sem muita profundidade.  A Subsede retornará ao seu funcionamento regular na próxima semana e estaremos de plantão para atendermos a categoria. Quem tiver outras críticas e sugestões sobre a resolução pode nos enviar que as encaminharemos à direção estadual para que sejam levadas ao conhecimento da Secretária.
 Esperamos que a secretária de educação receba o SindUte imediatamente  e reveja essas situações. A maioria dos educadores mineiros rejeitou nas urnas a política nefasta dos governos do PSDB e não aceitará que a mesmas medidas sejam tomadas por um governo que ajudaram a eleger.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Governo publica resolução de organização do quadro de escola

Foi publicado no Minas de hoje (21/01), a partir da página 08, a resolução nº 2741 que organiza o quadro de escola para o ano de 2015.
A direção da Subsede está analisando a resolução e publicará, posteriormente, um parecer sobre a mesma. Solicitamos à categoria que auxilie a direção nessa análise enviando ao sindicato através do site, blog ou facebook  algum problema que venha a observar na resolução.

Sind-UTE/MG informa

Esse informe da direção estadual é preocupante. A direção da Subsede/JF compreende os problemas que uma nova gestão pode enfrentar em seu início, porém a não realização dessas reuniões, tanto com a secretária da educação quanto com a Seplag vai na contra mão da promessa de Pimentel  de dialogar permanentemente com os educadores. 
A resolução de organização do quadro de escola publicada ontem não contemplou a maior parte das reivindicações do sindicato, e é preciso que o governo receba o SindUte e reveja vários pontos da resolução. Além disso, temos muitas questões a serem respondidas:  não tivemos reajuste em 2014 e novo reajuste da lei do piso já foi anunciado a partir de 1º de janeiro; férias prêmio; remoções; nomeações dos concursados, nomeação dos novos superintendentes e situação dos servidores das ex lei 100 são algumas delas.  É urgente que  a SEE e a SEPLAG receba o SindUte  e dê respostas e essas e outras questões.
A educação foi, certamente, a categoria que mais foi atacada e negligenciada pelos governos do PSDB e praticas de ausências de reuniões  ou sucessivas desmarcações sem justificativas coerentes foi uma marca que queremos ver varridas do cenário nessa nova gestão
A reunião agendada entre a Secretária de Educação, Macaé Evaristo, e o Sind-UTE/MG para esta terça-feira, dia 20 de janeiro, foi desmarcada. Nova reunião deve ser agendada para a próxima semana, mas ainda não tem dia definido. 

Já solicitamos reunião com a Secretaria de Planejamento e Gestão para discussão da integralização da VTAP e férias-prêmio.

No dia 13 de janeiro, encaminhamos a indicação de representantes para a Comissão sobre o Piso Salarial. Até o momento, nenhuma reunião da Comissão foi agendada.
Fonte: Site SindUte Estadual

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Sind-UTE/MG reúne com a Secretária de Educação, Macaé Evaristo

Direção estadual avalia como positiva a primeira reunião com a nova secretária da educação. Confira abaixo o que foi discutido e as respostas da secretária. A direção da Subsede vê com apreensão a formação da comissão de estudos para o pagamento do piso salarial pois a questão é muito clara: é lei e tem que ser cumprida.  Pela experiência que temos, em geral a formação de comissão de estudos significa adiamento do atendimento de reivindicações. Esperamos que essa prática seja banida nessa nova gestão que se inicia. Estranhamos não haver entre as reivindicações a suspensão do módulo II que tem sido uma forma de opressão e aumento da exploração dos professores e supervisores pedagógicos.  Avaliamos que essa deva ser uma importante reivindicação do nosso sindicato.
Ainda em dezembro, o Sind-UTE/MG teve uma primeira reunião com a professora Macaé Evaristo, que assumiria o cargo de Secretária de Estado da Educação, a partir de 1º de janeiro. A reunião aconteceu no dia 23 na sede do BDMG. Na oportunidade, o Sindicato apresentou à nova Secretária, as principais demandas da categoria e os principais problemas da rede estadual, na visão da categoria. Ela afirmou que o compromisso seria de ouvir a categoria e que, em janeiro, já como secretária, reuniria com o Sindicato para os encaminhamentos necessários.
A reunião com a nova Secretária aconteceu nesta segunda-feira, dia 12 de janeiro, a partir das 10 horas, na Cidade Administrativa. Representando o Sind-UTE/MG participaram a coordenadora-geral Beatriz Cerqueira e a diretora estadual Lecioni Pereira. Da Secretaria, a Secretária Macaé e o assessor Hércules.
O Sindicato apresentou várias demandas. Algumas já tiveram retorno da Secretária. Outras serão avaliadas. Acompanhe:
1.    Piso Salarial Profissional Nacional e Carreira
Nos próximos dias será publicado um Decreto do Governador instituindo uma Comissão de estudos para o pagamento do Piso Salarial. A Comissão terá a seguinte composição: Secretaria de Educação, Secretaria de Planejamento e Gestão, Prodemge, Sind-UTE/MG e Adeomg. A primeira reunião deve acontecer ainda em janeiro.

2.     Organização da rede estadual
A Secretária de Educacão, Macaé, afirmou ser importante estabelecer um planejamento da organização da rede estadual ao longo do ano. Após ouvir a avaliação e propostas do Sind-UTE, ficou acordada a seguinte dinâmica:

- Ampliação do cargo: os atuais efetivos poderão ampliar o cargo até o limite estabelecido por lei (16 horas de regência/24 hora/aula), corrigindo assim, a enorme distorção criada pela Secretaria a partir de 2013. Esta ampliação já estará prevista na Resolução de Quadro de Escola. Isso atende a uma reivindicação da categoria, que motivou a greve de 2014 e acaba com a precarização de cargos fracionados.
- Servidores efetivados da Lei Complementar 100: permanecerão com vínculo no Estado através da Previdência Própria até o prazo limite estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal, que é 01 de abril. O Sindicato reivindicou que, nos meses de fevereiro e março, haja um esforço redobrado para que sejam regularizados os pedidos de aposentadoria (que continuam sendo negados) e a avaliação médica para possíveis aposentadorias. Na Resolução do Quadro de Escola será mantida regra de vínculo com a rede, de modo que, após abril/15 possam continuar trabalhando.
- remoção e mudança de lotação: apresentamos à Secretária a situação dos efetivos que estão com a vida funcional paralisada há mais de 5 anos. Relatamos o prejuízo que os atuais nomeados do concurso do edital de 2011 tiveram na escolha da lotação e a urgência de se estabelecer um processo sério e transparente para mudança de lotação. No próximo período para mudança de lotação (1º semestre de 2015), TODOS os cargos vagos serão disponibilizados para os servidores efetivos, inclusive quem está em estágio probatório.
- Ajustamento funcional: rediscutir toda a política da Secretaria de Educação para o servidor que está em ajustamento funcional. Isso será feito em reunião especifica que deve acontecer em fevereiro deste ano.

3.    Quadro de Escola de 2015
Sobre a organização do Quadro de Escola para 2015, apresentamos as seguintes questões, relatadas a seguir. Os retornos serão dados ainda nesta semana, uma vez que a perspectiva é que a nova Resolução do Quadro de Escola seja publicada até dia 16 de janeiro, próxima sexta-feira.
- fim do turno preferencial: a posição da Secretária é manter para avaliar posteriormente;
- reabertura do noturno: haverá mudança na regra para possibilitar que o aluno trabalhador, mesmo sem carteira assinada, possa ter direito ao ensino no 3º turno;
- retorno dos professores habilitados de Educação Física e Ensino Religioso nos anos iniciais: será avaliado pela Secretária, que dará retorno ao Sindicato;
- distribuição de turmas: a prioridade será do professor efetivo, que também poderá ampliar o cargo ou fazer extensão de jornada;
- Assistente Técnico da Educação Básica Financeiro por escola e não por grupo de escolas: será avaliado pela Secretária, para posterior retorno;
- diminuição das punições ao servidor sobre afastamento, previstas na Resolução anterior, como impedimento de participar de novas designações e negativa do retorno do diretor e vice-diretor após 60 dias - será avaliado pela Secretária, para posterior retorno;
- que o ajustado funcional não conte no cômputo da escola: será avaliado pela Secretária, para posterior retorno;
- na distribuição de turmas, que o professor não habilitado no conteúdo não seja obrigado a assumir aulas: será permitido, como exceção, apenas na mesma área de formação;
- substituição de servidores em férias: será avaliado pela Secretária, para posterior retorno;
- diminuição do prazo de licença de ASB para substituição: será avaliado pela Secretária, para posterior retorno;
- que a primeira designação seja nucleada/centralizada: para esta designação não será possível. Mas será discutida para o próximo período;
- organização de critérios para remanejamento de servidores em ajustamento funcional: será avaliado pela Secretária, para posterior retorno;
- aumentar o número de Auxiliar de Serviços da Educação Básica, Assistente Técnico e Especialista da Educação por turno e não apenas por número de turmas ou de alunos: será avaliado pela Secretária, para posterior retorno;
- fim das turmas multisseriadas na zona urbana: será avaliado pela Secretária, para posterior retorno.
4.    Concurso Público
Apresentamos as seguintes demandas:
- imediata divulgação dos cargos vagos existentes para nomeação de concursados: o que acontecerá em conjunto com o processo de mudança de lotação;
- uma agenda específica para discutir questões do atual edital de concurso: será no dia 20/01/15.
5.     Exoneração dos atuais superintendentes e nomeação dos novos: a exoneração acontecerá ainda em janeiro.
6.     Agenda conjunta com a Seplag para discussão de férias prêmio e a integralização da VTAP: será encaminhada.

7.     Reinventando o Ensino Médio: resgatamos o contexto em que o Reinventando o Ensino Médio foi criado: sem diálogo com a categoria, sem ouvir a comunidade escolar, impondo áreas de empregabilidade sem que o professor tivesse apoio. Os problemas com alimentação escolar e transporte escolar não foram solucionados. Foi um projeto político sem repercussão pedagógica. É importante um Ensino Médio que atenda a comunidade escolar, mas não este que foi imposto. A proposta apresentada pelo Sindicato foi pelo fim deste projeto e a construção de uma nova proposta com a participação da comunidade escolar. A Secretária avaliará e dará retorno.

Avaliação

É a primeira vez, em quatro anos, que a Secretaria de Educação discute com a categoria o Quadro de Escola. Éramos surpreendidos por Resoluções publicadas durante o recesso, que modificavam direitos, prejudicavam alunos e não conseguíamos nenhuma interlocução. Neste sentido, a avaliação da direção do Sind-UTE/MG é de que o início deste diálogo é importante e positivo. Já conseguimos corrigir distorções criadas pelo governo anterior e iniciar um planejamento de organização da rede estadual. Isso nos dará condições de focar na luta pelo Piso Salarial Profissional Nacional e reconstrução da carreira.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Cid Gomes diz que corte de R$ 7 bi não vai prejudicar Educação


Nossos colegas professores (as) de matemática talvez possam explicar-nos esse raciocínio (i)lógico do novo ministro da educação: como tirar, subtrair, diminuir não prejudica?
Dilma em sua posse disse a seguinte frase:"Brasil, Pátria Educadora", porém contraditoriamente, uma das suas primeiras ações foi cortar 7 bilhões da verba para a educação. Até agora não vimos ser cortado nem um centavo do dinheiro do orçamento que vai para os banqueiros, dos privilégios dos políticos e grandes empresários. 
Não foi para isso que  milhares de educadores  por todo o país  votaram em Dilma. As direções da  CNTE,  CUT e  UNE, entidades que apoiam o governo, precisam repudiar esse ataque à educação e exigir de Dilma mais investimentos e não cortes.

  • Fábio Rodrigues Pozzebom | ABr | 09.04. 2013
    "É um esforço válido para o Brasil ", afirmou Cid, sobre os cortes
O ministro da Educação, Cid Gomes, disse, na tarde desta sexta-feira, 09, no Recife que o corte de R$ 7 bilhões do orçamento da Pasta, considerada prioritária pela presidente Dilma Rousseff, não vai prejudicar a atuação da área. "Não há um centavo de corte na atividade fim", frisou Gomes, que disse concordar com a medida do Governo Federal.
 
O ministro disse que é preciso economizar de uma forma geral, para melhor aplicação dos recursos. "Os gastos de custeio no funcionamento da máquina precisam ser reduzidos", disse ele. "É um esforço válido para o Brasil ", afirmou.
 
Pernambuco é o primeiro Estado visitado por Cid Gomes como Ministro da Educação. Ele pretende coletar experiências e projetos de sucesso que possam ser replicados por todo o País. Para o ministro, o ensino médio é ponto nevrálgico do sistema educacional e Pernambuco conseguiu uma grande ascensão neste setor.
 
Cid está nesta tarde no Palácio do Governo para um encontro e almoço com o governador Paulo Câmara (PSB). Embora o PSB tenha feito oposição a Dilma depois que o ex-governador Eduardo Campos decidiu se candidatar à Presidência, o comportamento é amistoso. O prefeito Geraldo Júlio (PSB) fez vários elogios ao ministro em seu discurso de saudação.

Prorrogado período de inscrições para concursos da Educação

Foi publicado no Minas do dia 09/01 a prorrogação do prazo para inscrição no concurso. Prazo para os cinco editais em aberto vai até o dia 1º de fevereiro de 2015

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Declaração da direção da Subsede/JF sobre a nomeação do novo ministro da educação










 

 
Causou-nos grande indignação a indicação pela Presidente Dilma de Cid Gomes, ex governador do Ceará para Ministro da Educação nos próximos quatro anos.

Cid Gomes, foi um dos governadores que impetrou ação judicial contra a Lei do Piso Salarial Nacional e foi, por isso, taxado de inimigo da educação pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em educação – CNTE.

Mas esse não foi o único ataque de Cid Gomes aos educadores. Na greve da educação no Ceará em 2011, ano em que governava o estado, ele determinou uma enorme repressão contra os grevistas. Numa manifestação na Assembleia Legislativa daquele estado a polícia Cearense, sob controle do governo, bateu duramente nos manifestantes e cenas de professores ensanguentados ganharam as páginas de jornais e internet.

Pelo que lutavam aqueles educadores? Pelo cumprimento da Lei do Piso Salarial Nacional que Cid Gomes, assim como fez Anastasia, recusava-se a cumprir. Qual o motivo da manifestação na Assembleia Legislativa? Impedir a retirada de direitos no plano de carreira, proposta por Cid Gomes, assim como fez Anastasia em Minas.

Mas isso ainda não basta. É de Cid Gomes a famosa frase “Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado.”
Essa frase por si só já representa o que pensa o novo ministro sobre os trabalhadores em educação.

Os milhares de educadores mineiros que votaram em Dilma, não querem um ministro da educação que se comportou, quando governador de seu estado, da mesma forma autoritária e truculenta de Aécio e Anastasia no governo de Minas e que, além disso, trata os educadores com desprezo.

O novo ministro da educação deve ser um defensor do cumprimento da Lei do Piso Salarial, dos 10% do PIB exclusivamente para a educação pública já, da valorização dos trabalhadores em educação e de uma educação emancipadora que esteja a serviço da classe trabalhadora que produz toda a riqueza dessa nação.

Não ao Cid Gomes!
Dilma: Exigimos um ministro que valorize os educadores!