sábado, 31 de março de 2012

Há 3 dias em greve, trabalhadores denunciam sindicato e mortes nas obras de Belo Monte

Vejam abaixo, como deve agir uma categoria de trabalhadores quando a direção do seu sindicato não atua em defesa dos interesses da categoria.


Os operários da Usina Hidrelétrica Belo Monte continuam em greve por melhores condições de trabalho. As paralisações, que começaram na quarta-feira, 28, em apenas um canteiro, atingem neste sábado, 31, todas as unidades da obra. Segundo contagem dos trabalhadores, ao menos 80% dos 7 mil operários – novo número oficial informado pelo Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) – já aderiram a greve por melhores condições de trabalho. A morte de um operador de motosserra esta semana também teria contribuído para que se iniciasse o movimento grevista.
Na manhã deste sábado foi feito um bloqueio na estrada que dá acesso aos sítios. Apenas os ônibus que fazem o translado dos trabalhadores foram retidos.
“Estamos conscientizando os companheiros sobre o que está acontecendo aos poucos”, conta Fábio Kanan, armador do canteiro de obras Canais e Diques. “A gente explica que não existe baixada de seis meses em nenhum lugar, que não dá pra receber só mil reais por mês. O problema é que o sindicato não está do nosso lado, estamos isolados”, explica. Por conta disso, os trabalhadores lançaram, hoje, um abaixo-assinado para que o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Pará (Sintrapav), ligado à Força Sindical, não seja mais a entidade representativa da categoria.
Na quinta, 30, o sindicato tentou realizar uma reunião em praça pública com os trabalhadores, mas houve tumulto. “O presidente do sindicato disse que quem quer fazer greve é vagabundo, baderneiro”, relataram. Os trabalhadores também acusam o sindicato de não acompanhar e cobrar o cumprimento das pautas o acordo coletivo firmado no final do ano passado, e de não tentar reverter as demissões ocorridas nas greves anteriores.
Os trabalhadores temem pela estabilidade de seus empregos. “Nós fomos ameaçados de demissão. Os encarregados disseram que, se a gente fizesse greve, seríamos demitidos. Como já aconteceu“. Durante a greve, havia diversos funcionários de “farda azul” (cor do uniforme das chefias) filmando e fotografando ostensivamente os operários. Segundo os trabalhadores, o RH da empresa esteve reunido pela manhã, checando as fotografias e vídeos registrados durante as manifestações, para identificar as lideranças do movimento.
Segundo o documento redigido à mão pelos grevistas, as reivindicações são: equiparação salarial, redução do intervalo da baixada (visita à família, quando são de outras regiões) de seis para três meses, melhores na comida e água, o fim do desvio de função, baixada para ajudantes de produção (cargo mais baixo na hierarquia da obra), capacitação para funcionários, plano de saúde, aumento do cartão alimentação (hoje, em cerca de 90 reais), aumento de salário, pagamento de horas extras aos sábados, transporte digno, a “troca” do sindicato representativo e o direito à baixada para os trabalhadores que decidirem, por conta própria, morar fora dos canteiros de obras. No final do documento, uma observação: “não atendendo as reivindicações, mantém-se a paralização”.
A morte de um trabalhador na última semana também levou a questionamentos mais fortes sobre as condições de segurança nos canteiros de obra. De acordo com os operários, os problemas são graves e a morte do operador de motossera não foi um fato isolado. “Ja ocorreram outras mortes nas obras e ninguém ficou sabendo”, denuncia um dos trabalhadores do canteiro Belo Monte. “Eles [a empresa] mandam o corpo pra família, porque eles moram fora, e ninguém fica sabendo de nada. Eles abafam. Mas não conseguiram abafar agora porque o peão era de Altamira”.

Texto: Ruy Sposati
Fotos: Pierre André Le Leuch e Ruy Sposati
Fonte: Movimento Xingu Vivo

sexta-feira, 30 de março de 2012

Reajuste do Piso está ameaçado. CNTE precisa organizar a luta nacional para barrar essa ameaça.

A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) lançou em seu site uma campanha em defesa da metodologia de reajuste do Piso Salarial pelo valor aluno do Fundeb, como está na lei. Como já informamos nesse blog, essa metodologia está ameaçada por governadores e prefeitos, de todos os partidos, que querem alterá-la para o índice do INPC. Se essa mudança já existisse em janeiro desse ano, ao invés de 22% o Piso seria rejustado em torno de 5%.  Seria um enorme prejuízo para os educadores e tornaria a lei do Piso totalmente desinteressante.
Diante dessa  grave ameaça, a campanha vem em boa hora, no entanto, a CNTE, equivoca-se, mais uma vez, pois foca as ações no parlamento ao invés de focar na organização da luta nacional.
A frase  da campanha, "Prof (a), voce já falou com seu deputado hoje? Diga a ele para não votar contra a educação", estimula os educadores a acreditarem que a disputa no parlamento poderá barrar  esse ataque.
Avaliamos que essa possibilidade não existe, pois todos sabemos que a correlação de forças no parlamento é amplamente desfavorável aos trabalhadores.
Não trata-se aqui de desmobilizar a campanha., ela deve ser feita, no entanto deve ser acompanhada de uma grande mobilização nacional.. Só teremos chance de derrubarmos essa  ameaça de formos às ruas, principalmente de Brasília, onde fica o parlamento federal para exigirmos dos deputados e do governo Dilma a manutenção desse artigo da lei.
A direção estadual do SindUte, filiada a CNTE, deve cobrar da direção da Confederação a realização de uma grande marcha à Brasilia na semana da educação que começa em 21/04.

Marcha dos servidores públicos federais reúne 4 mil em Brasília. Pressão vai continuar!

A marcha dos servidores públicos federais reuniu mais de 4 mil pessoas nesta quinta-feira (28), em Brasília. Com faixas, cartazes e palavras de ordem, manifestantes vindo de diversas regiões do país pressionaram o governo para o atendimento da pauta de reivindicações da campanha salarial 2012 Após a passeata, representantes das entidades do funcionalismo se reuniram com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, que mais uma vez teve uma postura evasiva.
O secretário descartou a possibilidade de reajuste linear e de uma política salarial para o setor, indicando que o governo só admite discussões salariais setoriais e que não tenham impacto em 2012. Os servidores públicos presentes na manifestação enfatizarão que responderão com mais mobilizações unificadas.
Mendonça queria jogar a próxima reunião da mesa geral de negociação para maio, mas acabou concordando em fixar a data para 24 de abril, véspera de novo Dia Nacional de Mobilizações do funcionalismo.
Em entrevista para a Agencia Fenajufe de Noticias o servidor e um dos membros da CSP-Conlutas Paulo Barela, informou que tanto na reunião, quanto na Marcha, os trabalhadores demonstraram que estão unidos em torno da campanha salarial. “Enquanto conversávamos com o representante do governo na mesa, aproveitamos para mostrar que estamos unificados também nas mobilizações e não somente na pauta de reivindicações. Pudemos mostrar que estamos unidos e que vamos pressionar o governo até o final”, disse.
Mesmo com a pressão dos servidores PLC2/2012 é aprovado - Uma das principais reivindicações dos servidores foi pela rejeição do PLC 2/2012 que cria o fundo de pensão complementar e privatiza o sistema de previdência do funcionalismo federal. Mesmo com a pressão feita pelos manifestantes, o projeto foi aprovado nas comissões e Plenário do Senado.

quinta-feira, 29 de março de 2012

ATÉ QUANDO A MORTE DOS QUE LUTAM POR DIREITO À TERRA E MORADIA?

MOVIMENTO DE LIBERTAÇÃO DOS SEM TERRA


O MLST DENUNCIA O ASSASSINATO DE TRÊS LIDERANÇAS NO TRIANGULO MINEIRO

Ontem os companheiros Valdir Dias Ferreira, 40 anos e Milton Santos Nunes da Silva, 52 e a companheira Clestina Leonor Sales Nunes, 48, membros da Coordenação Estadual do MLST no Estado de Minas Gerais, foram executados na rodovia MGC-455, a dois quilômetros de Miraporanga, distrito de Uberlândia. O bárbaro crime aconteceu na presença de uma criança de 5 anos.

Os companheiros e a companheira eram acampados na Fazenda São José dos Cravos, no município do Prata, Triangulo Mineiro/MG. A Usina Vale do Tijuco (com sede na cidade de Ribeirão Preto/SP) entrou com pedido de reintegração de posse apenas com um contrato de arrendamento. Diversas usinas vem implementando na região o monocultivo da cana de açúcar, trabalho degradante e o uso intensivo de agrotóxico e destruição do meio ambiente.

Essa área foi objeto de audiência no último dia 8 de março de 2012, não havendo acordo entre as partes. Dezesseis dias depois da Audiência as três lideranças que tinham uma expressiva atuação na luta pela terra na região e eram coordenadoras do acampamento foram assassinadas.

Trata-se de mais um crime agrário, executado pelo tão endeusado Agronegócio onde a vida e o direito de ir e vir não são respeitados. A impunidade e a ausência do Estado de Direito na região vem causando o aumento da violência e da tensão social.

Os nomes dos companheiros Ismael Costa, Robson dos Santos Guedes e Vander Nogueira Monteiro estão na lista de morte. Solicitamos imediatamente do Governo do Estado de Minas Gerais e da Política Federal proteção às lideranças ameaçadas. Não podemos mais ficar chorando a perda de pessoas, a obrigação do Estado é garantir o direito a vida de sua população, independente de classe social, cor e raça.

Por tudo isso, O MLST reivindica aos Governos Federal e Estadual a constituição imediata de uma Força Tarefa na região do Triangulo Mineiro com a participação efetiva da Ouvidoria Agrária Nacional do MDA, INCRA, Secretaria Especial de Direitos Humanos, Secretaria da Presidência da República, Ministério da Justiça, Polícia Federal e o Promotor Agrário de Minas Gerais, Dr. Afonso Henrique.

Reivindicamos o assentamento imediato das famílias acampadas na região do Triangulo Mineiro.

Por fim, exigimos a prisão imediata dos fazendeiros mentores intelectuais dos assassinatos, bem como dos executores. Basta de Impunidade. Basta de Violência.

O MLST presta sua última homenagem aos três dirigentes do Movimento no Triangulo Mineiro, clama por justiça e reafirma seu compromisso na luta pela democratização da terra para construir um País mais justo e igualitário.

Viva Clestina Leonor Sales Nunes!

Viva Valdir Dias Ferreira!

Viva Milton Santos Nunes da Silva!

Uberlândia, 24 de março de 2012

Coordenação Nacional do MLST

quarta-feira, 28 de março de 2012

O concurso para a educação desmascara discurso de competência do govermno Anastasia

O governo Anastasia tenta passar à população uma imagem de gestor altamente competente e para isso gasta enormes quantias do dinheiro público com propagandas milionárias. Entretanto, a realidade, a cada dia demonstra exatamente o contrário. Um exemplo é o caso do concurso público para educação.
A SEE gabou-se de ter contrato uma das melhores empresas de realização de conscursos, a Fundação Carlos Chagas. Uma das melhores? Vejamos os problemas vivenciados pelos candidatos:
1º problema: Logo após as inscrições houve uma prorrogação do prazo, o que gerou insegurança  e milhares de boatos sobre a possibilidade de não concretização do concurso.
2º problema: publicação de um "Aviso" acrescentando no edital exigência de inscrição de Registro profissional. Essa é uma exigência completamente desnecessária pois professores pedagogos são fiscalizados e regulamentados pelo MEC.
3º problema: Demora no envio de informações dos locais e horários das provas aumentando a insegurança
4º problema:  Logo após a relização da prova, insegurança de novo,  pois muitas questões, sobretudo no concurso de professores para os anos inciais e pedagoga, davam margem para interpretações dúbias
5º problema: Demora, inexplicável da publicação do gabarito
6º problema: Adiamento da data de publicação do gabarito
7º problema: Alteração nos resultados do gabarito
8º problema: Informações insuficientes sobre a prova de títulos no que se refere às certidões de tempo de serviço, causando confusão e angústia entre os aprovados na 1ª fase.
Esses são, por enquanto, os problemas levantados nesse concurso, pois outros ainda poderão vir  até a publicação final do resultado.
Diante disso, perguntamos: quanto o governo de Minas está pagando para  "uma da melhores empresas de concurso fazer toda essa trapalhada? Como pode ser classificada de competente uma administração que apresenta tantos problemas para um ato tão simples como a realização de um concurso público?.

I Congresso CSP Conlutas

segunda-feira, 26 de março de 2012

Membro da direção nacional da CSP Conlutas visita Juiz de Fora

Atnágoras, dirigente sindical da construção civil do Pará e membro da direção nacional da CSP Conlutas estará em Juiz de Fora nessa 4ª feira, dia 28/03 as 19h no sindicato dos enfermeiros, a rua Barão de Cataguazes, 55.
O companheiro da CSP participará de uma mesa redonda sobre movimento sindical na calourada da UFJF e a noite participará de uma reunião com sindicalistas da cidade. A reunião é aberta à participação de todos (as) os (as) trabalhadores (a).

domingo, 25 de março de 2012

Servidores públicos preparam marcha a Brasília em 28 de março

Os servidores públicos federais vão sacudir a Esplanada dos Ministérios numa grande marcha na próxima quarta-feira (28). A categoria organizou uma jornada de lutas neste mês, realizando manifestações na maioria das capitais dos estados no dia 15. Foram ações preparatórias para essa atividade, em Brasília. O Ato Público Nacional foi convocado pelas 31 entidades que compõe o Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Federais e terá a participação de caravanas vindas de diversos estados. A intenção é pressionar o governo para o atendimento da pauta de reivindicações e exigir a rejeição do PLC 2/2012 que cria o fundo de pensão complementar e privatiza o sistema de previdência do funcionalismo federal. Além disso, a marcha vai exigir mais investimentos no setor público para atender às demandas da população.
A concentração terá lugar na Praça da Catedral, com saída prevista para as 10h. Os manifestantes seguirão em passeata pela Esplanada dos Ministérios até a frente do Bloco C (Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento), onde será realizado o ato político. No mesmo horário, também neste local, estará ocorrendo uma nova reunião de negociação com o governo sobre a pauta de reivindicações dos servidores.
Está previsto também a possibilidade da marcha se estender até o Congresso Nacional, onde será realizado outro ato público para exigir dos parlamentares a rejeição dos projetos que retiram direitos dos trabalhadores.
Como parte das atividades, na tarde desse dia 28, será realizado o Seminário “Pela Rejeição do PLC 2/2012”, no Senado Federal (Auditório Petrônio Portela).
Mesa de negociação não avança – Na ultima reunião a Secretaria de Relações do Trabalho (MPOG), realizada nesta quinta-feira (22), o representante do governo, Sérgio Mendonça, foi novamente evasivo em relação às reivindicações das entidades. O tema foi sobre o PL-2203/11.
Esse projeto de lei deveria refletir os acordos fechados com algumas categorias no ano passado. Porém, de acordo com o membro da CSP-Conlutas, Paulo Barela, o governo manipulou o texto, excluindo parte das categorias dos ganhos salariais. Foi o caso dos docentes das escolas técnicas federais dos ex-territórios e das escolas militares, que compõem a mesma carreira dos demais beneficiados com o acordo firmado pelo ANDES-SN.
Ainda seguindo essa prática de manipulação dos acordos, a antiga SRH, alterou o conceito do adicional de insalubridade, mudando de percentual sobre o vencimento básico do servidor para uma tabela escalonada com valores fixos. “Essa alteração levará o congelamento ao adicional de insalubridade/periculosidade, ferindo, inclusive, os preceitos constitucionais”, explicou Barela.
“As entidades exigiram tratamento igual para os docentes e a supressão da Seção IV do PL-2203/11, que trata da mudança no adicional de insalubridade/periculosidade”, enfatizou o membro da CSP-Conlutas.
Após quase três horas de debate, Sérgio Mendonça apenas assumiu o compromisso de dar uma resposta na próxima reunião, dia 28, após consulta a outras instâncias do governo.
“Nesse dia, os servidores estarão tomando as ruas em Brasília, e se não houver resposta positiva às reivindicações das entidades, a indignação com governo Dilma Rousseff-PT vai aumentar a pressão do funcionalismo federal, aprofundando na categoria a perspectiva de mais luta”, finalizou Barela.
Todos a Brasília!
Fonte: site CSP Conlutas













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No mês da Mulher trabalhadora, uma homenagem a uma guerreira

 O adeus à ativista boliviana Domitila Por Cecília Toledo



Domilita Barrios de Chungara, que foi uma das mais importantes ativistas da Bolívia, faleceu no dia 7 de março em Cochabamba, na casa humilde em que viveu toda a sua vida. Domitila tinha 75 anos e morreu de câncer no pulmão. Ela foi a principal líder das donas de casa da mina de estanho Siglo XX que no final dos anos 70 fizeram uma greve de fome de dez dias e obrigaram a temida ditadura do general Hugo Banzer a voltar atrás e libertar quase uma centena de trabalhadores mineiros, presos por lutarem por melhores salários. Dessa luta surgiu o Comitê de Donas de Casa da Mina Siglo XX e projetou a figura de Domitila em todo o mundo. Desde então, cumpriu um papel de destaque nas lutas pelos direitos das mulheres e participou como representante das trabalhadoras na Tribuna do Ano Internacional da Mulher reunida no México em 1975. Liderava as mulheres das minas na luta pelo controle do abastecimento das chamadas “pulperías”, os armazéns nos quais os mineiros compravam os alimentos. Domitila também ficou conhecida por falar na poderosa rede de rádios mineiras, chamando os trabalhadores e trabalhadoras a lutar por uma vida digna e contra os temidos coronéis e generais que dominavam o país.
Domitila nasceu na mina Siglo XX e foi criada em Pulacayo, lugar que ficou conhecido porque aí, na Revolução de 1952, na Bolívia, ficaram conhecidas as importantes teses trotskistas que chamavam os trabalhadores a organizar um governo operário e camponês como única alternativa para salvar o país da destruição provocada pelo capitalismo e o imperialismo. Até hoje, as lutas dos homens e mulheres trabalhadoras da Bolívia e de toda a América Latina demonstram que as famosas Teses de Pulacayo guardam sua total atualidade. Em 2005 Domitila denunciou a burguesia como uma classe “brutal, mentirosa e ladrona” e chamou os pobres a fazerem uma revolução porque “as injustiças não vão durar para sempre”. Também nesse mesmo ano ela saudou a vitória de Evo Morales e do MAS, mas colocou em dúvida seu caráter “revolucionário”.
O livro de Moema Viezzer, “Si me dejan hablar”, é uma importante fonte para se conhecer melhor a vida e as idéias de Domitila. Como Moema “la dejó hablar”, Domitila “rasgou o verbo”. Aqui vão algumas de suas opiniões: “Cedo aprendi que ao trabalhador não dão nenhuma comodidade. Que se vire sozinho. E pronto. No meu caso, por exemplo, trabalha meu marido, trabalho eu, faço meus filhos trabalharem, assim somos vários trabalhando para manter a casa. E mesmo assim ainda dizem que as mulheres não fazem nada, porque não dão dinheiro em casa, que só o marido trabalha porque ele recebe um salário. Apesar de o Estado não reconhecer o trabalho que fazemos em casa, dele se beneficia o país e os governos, porque por esse trabalho não recebemos nenhum pagamento.

“Nós, mulheres, fomos criadas desde o berço com a idéia de que a mulher foi feita somente para a cozinha e para cuidar das crianças, que é incapaz de fazer tarefas importantes, e não se pode permitir que se meta em política. Mas a necessidade nos fez mudar de vida.
“Nossa posição não é igual a das feministas. A nossa libertação consiste primeiramente em conseguir que nosso país seja liberado para sempre da opressão das grandes potências capitalistas e que possamos formar um governo da classe trabalhadora, incluindo nós, as mulheres. Aí então as leis, a educação, tudo será feito de acordo com as necessidades do povo trabalhador. Então, sim, vamos ter mais condições de chegar a uma liberação completa, também e nossa condição de mulheres”. (Si me dejan hablar…)

Comitê Nacional defende, na comissão do PNE, os 10% do PIB já para a educação

Participantes do Comitê Nacional da Campanha pelos 10% do PIB para a educação pública,já! defenderam na tarde desta quarta-feira (20), em audiência pública na comissão especial que está analisando o PNE (Plano Nacional de Educação), a aplicação imediata dos 10% do Produto Interno Bruno na educação pública. “Podem dizer que é um sonho, mas neste país ainda não é proibido sonhar. Sem contar que acreditamos ser plenamente possível alcançarmos já essa meta”, afirmou Mauro Puerro, dirigente da CSP-Conlutas, que falou em nome do Comitê.


Os diretores do ANDES-SN César Minto (2º secretário), Laura Fonseca (1º vice-presidente da Regional Sul) e Maria Suely Soares (3ª tesoureira) e a professora da Universidade de São Paulo (USP) Lighia Horodinsky Matsushigue, participante da Campanha, acompanharam a audiência pública.



Na sua fala, Puerro criticou o fato de o governo, ao encaminhar a proposta de PNE para o Congresso, não ter apresentado um diagnóstico da educação pública no país e de a proposta governista incentivar a educação à distância e a ampliação do fundo público para a iniciativa privada.
“E sobretudo, preocupa-nos o fato de o percentual do PIB proposto, seja 7,5% ou 8%, ter como prazo para consecução o ano de 2020”, afirmou. Puerro também criticou o fato de o PNE não compatibilizar responsabilidades entre os entes da federação.
Ele lembrou que o “PNE – Proposta da Sociedade Brasileira”, foi construído, na década de 1990, a partir de uma articulação da sociedade, enquanto que a proposta atual foi discutida em uma conferência hegemonizada pelo governo. “E, mesmo assim, a proposta de 10% tirada pela Conferência Nacional de Educação (Conae) não foi cumprida”, afirmou.
Durante a audiência, Puerro entregou ao relator do PNE, deputado Ângelo Vanhoni, um manifesto do Comitê (que pode ser lido aqui), em que é feita a defesa de investimentos urgentes em educação, da educação básica ao ensino ao superior, como forma do avançar a qualidade de vida do trabalhador.
Na sua fala, o representante da CSP-Conlutas também explicou que durante o ano passado, a Campanha realizou reuniões, debates, aulas públicas, abaixo-assinados e diferentes mobilizações, obtendo cerca de 400 mil assinaturas em um plebiscito pela aplicação já dos 10% do PIB em educação.
“O governo federal gasta hoje quase 50% do orçamento com o pagamento da dida e o acumulado do superávit primário nos últimos 12 meses chega a 5,71% do PIB. Temos de mudar essa relação. Estamos aqui em mais uma tentativa de sensibilizar a todos, relator, comissão especial e governo federal, a investirem na educação e, consequentemente, na dignidade da reprodução da força de trabalho”, argumentou Puerro.
Também falaram na audiência pública, o professor da Universidade de São Paulo (USP) José Marcelino Rezende Pinto; o professor da Universidade Federal de Goiás (UFG) Nelson Cardoso Amaral; o coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara; e o integrante do Conselho do Movimento Todos pela Educação Mozart Neves Ramos.
A audiência também foi acompanhada pela integrante da Assembleia Nacional dos Estudantes Livre (Anel), Clara Saraiva, e integrantes da Anel-DF, pelo membro do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Jorge Araujo, pela representante da Oposição Alternativa do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Almeida, pelo professor do Sinpro-DF, Robson e por membros do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Fonte: ANDES-SN













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sábado, 24 de março de 2012

Mais um projeto privatizante da educação em Minas

O governador Anastasia e a secretária da educação lançaram nessa semana mais um projeto que trilha o caminho da privatização da educação pública, através das PPPs (parceria público privada): o projeto "Minas presente nas Escolas" (ver no site da SEE)
Essa política das PPPs foi iniciada nos governos neoliberais do  FHC (PSDB) e tem sido aprofundada nos governos do PT (Lula/ Dilma). É portanto, um programa de estado para todas as áreas e na educação os governos vêm,  a cada dia, intensificando essa lógica privatista.
A proposta do ministro Mercadante, já analisada nesse blog, de premiar professores bem avaliados com bolsas em instituições privadas de educação  e essa proposta de Anastasia de empresas privadas adotarem projetos nas escolas de tempo integral são duas moedas da mesma face.
É necessário elaborar uma analise mais aprofundada desse projeto para que possamos encontrar formas de  derrotá-lo, no entanto, uma coisa já temos condições de afirmar: é o caminho da privatização da escola pública em Minas.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Para toda ação maléfica do Governo Anastasia, toda direção sindical têm que se posicionar contrária.

Falta compromisso e seriedade por parte do governo mineiro que, em 2011, assinou um termo de compromisso com a categoria para negociar o Piso Salarial na carreira. Mas, não cumpriu e aprovou uma lei retirando direitos, congelando a carreira dos profissionais da educação até dezembro de 2015.

Além de não cumprir o que negociou, o governo de Minas perseguiu os trabalhadores, cortou salários e impôs muitas dificuldades financeiras a milhares de famílias.
Os números são taxativos: quando se fala em valorização da educação pública estadual em Minas Gerais, a realidade não é nada positiva. Aliás, muito diferente do que o Governo de Minas tenta mostrar por meio de propagandas na mídia. Na verdade, em 2011, um ano marcante para os trabalhadores em educação, que realizaram a maior greve de sua história (112 dias), os dados dão conta de que, caminhamos na contramão do progresso alardeado. Minas não avançou na educação e quem diz isso são os números.

Desde 2008, há uma diminuição do investimento do governo estadual em educação, a saber:

 
• Apenas 60% do total dos recursos que o Governo de Minas deveria investir em educação foram feitos. O restante foi destinado para fins previdenciários.

• Qualidade da educação: o Estado de Minas Gerais tem resultado abaixo da média da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

• Apenas 35% das crianças mineiras até cinco anos frequentam estabelecimentos de ensino.
• Ainda sobre a qualidade da educação, a realidade de Minas é preocupante: 76% das escolas de ensino fundamental não possuem laboratório de ciências, 55% não possuem quadra de esporte e 11% não possuem biblioteca.

• A escolaridade média da população adulta mineira é de 6,9 anos. Dos alunos que ingressam no ensino médio, apenas 68% dos adolescentes de 16 anos conseguem concluí-lo e somente 48,5% dos jovens de 19 anos também.

• De acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), apenas 30,7% dos alunos encontram-se num estágio recomendável em leitura, 18,8% em matemática e 25% em ciências.

• Nos últimos 6 anos, houve uma redução de matrículas no ensino médio de 14,18%. O passivo de atendimento acumulado no Ensino Médio Regular, entre 2003 e 2011, seria de 9,2 milhões de atendimento. Isso quer dizer que nem todos os adolescentes tiveram o direito garantido de estudar.

• Minas Gerais, quando comparada à média nacional, tem a pior colocação em qualidade da escola: 96% das escolas não têm sala de leitura, 49% não têm quadra de esportes e 64% não têm laboratório de ciências.

Não obstante aos valorosos educadores que se desdobram para educar os filhos da classe trabalhadora, mesmo com a falta de estrutura que o Governo Anastasia disponibiliza para a educação pública em Minas Gerais, a realidade do ensino em Minas Gerais cada vez mais precário.
Projetos e programas na área da educação são descontínuos e beneficiam parcela pequena de alunos:

• Projeto Escola de Tempo Integral – 105 mil alunos beneficiados. Universo que deveria beneficiar: 2.238.620.

• Programa Professor da Família - não atinge as famílias mineiras que necessitam de ajuda. É feito por pessoas sem a formação em licenciatura e não por professores.

• Falta rede própria de ensino profissionalizante. Os recursos públicos são repassados à iniciativa privada.
• Em Minas, existem turmas multisseriadas no Ensino Fundamental em que alunos de anos diferentes estudam na mesma sala.

• Sobre o Sistema de Avaliação, vale ressaltar que não há transparência na gestão desse processo. A participação da comunidade escolar é baixa e a metodologia adotada não é de conhecimento da sociedade.

• O Governo de Minas congelou a carreira dos profissionais da educação, desrespeita direitos adquiridos, não cumpre 1/3 da jornada do professor fora da regência.

• Na prática, o que se percebe, é que a profissão de educador é pouco valorizada. Basta tomar como base o pequeno número de inscritos para professor(a) no concurso da Secretaria de Estado da Educação (SEE).
• O Governo de Minas não paga o Piso Salarial Profissional Nacional, mas subsídio. Em 2011, 153 mil trabalhadores em educação manifestaram a vontade de não receber o subsídio. Ainda assim, o Governo impôs esta remuneração.

Apresentamos também a relação de escolas estaduais e Superintendências Regionais de Ensino com problemas de pagamento. Também apresentamos a situação dos servidores contratados que trabalharam em janeiro sem contrato e sem contracheque. E vários também não receberam pela reposição feita.

A organização das turmas de escola de tempo integral deve ser feita considerando o número de 50 alunos por turma.
Professores excedentes de uma Escola Estadual precisam completar o cargo em outra escola e tem 15 minutos para correr de uma escola a outra. Isso quando não completam na mesma escola, desta vez lecionando várias disciplinas para as quais não foram formados.

De acordo com a Resolução 2.018/12 profissionais são obrigados a assumir aula de disciplinas sem ter a formação correspondente.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Novo calendário de lutas: Para defender o Piso e conquistar carreira

A nossa longa e corajosa luta pela defesa do Piso Salarial Nacional e do nosso plano de Carreira continua. Veja abaixo o calendário de atividades que tem como objetivo preparar a categoria para a campanha salarial de 2012.

Dia: 26/03 - segunda feira - 18h: Reunião do Núcleo de Auxiliares de Educação Básica (ASB) na sala da Subsede
Dia 27/03 - terça feira - 18h: Reunião do Núcleo de Auxiliares Técnicos da Educação Básica (ATB) na sala da subsede
Dia 28/03 - quarta feira - 18h: Reunião de diretores de escolas na Escola Normal
Dia 29/-03 - quinta feira - 16h: Reunião do núcleo de aposentados na Escola Normal
Dia 30/03 - sexta feira- 15h: Reunião do Núcleo de professores de sociologia/filosofia e ensino religioso na sala do sindicato
Dia 03/04 - quarta feira - 15 e 18h: Reunião de Representantes de Escola na Escola Normal
De 04/ a 20/04 - visita às escolas
Dia 21/04 - Abertura da Semana Nacional da Educação Pública em Mariana - MG. A susbsede enviará caravana.

Todos (as) trabalhadores (as) em Educação estão convidados à participação nessas atividades. Só com a unidade direção sindical/trabalhadores é que é possível avançar nas nossas conquistas.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Manifestações contra fechamento de turmas obtem vitórias

A SRE, pressionada pelas manifestações e denúncias veiculadas na imprensa, voltou atrás na decisão de fechar turmas na escola Juscelino Kubitschek e Henrique Burnier.
 Educadores dessas escolas, inconformados e indignados escolheram o caminho da luta e da pressão,  procuraram o sindicato e juntos organizaram manifestações na porta da escola e na SRE. Essas ações abriram espaço na imprensa para denúncia à toda a população, envolvendo a comunidade escolar que também se mobilizou como no caso de um pai de aluno da escola Henrique Burnier.
O recuo da SRE demonstra-nos que a unidade da categoria com a direção do sindicato é fundamental para os enfrentamentos necessários aos ataques que estamos sofrendo por parte do governo. Mas, mais importante, demonstra-nos que QUEM LUTA ALCANÇA CONQUISTAS.
O embate contra o fechamento de turmas ainda não acabou. Se a sua escola está ameaçada entre em contato com o sindicato: 3216-4963.

terça-feira, 20 de março de 2012

Mais uma avaliação externa.Isso muda a educação?

No modelo noeliberal da educação, do PSDB ao PT,  a ladainha é sempre a mesma: avaliação externa. Entra ministro, sai ministro e nada muda de verdade para a educação e os educadores.
Vejam na notícia abaixo mais uma proposta de avaliação externa do novo ministro da educação. E notem em qual forum ele deu a notícia: entre empresários. E os educadores, quando serão ouvidos pelos ministros na realização de projetos para a educação? Porque os empresários recebem mais atenção do governo no debate sobre educação, do que os que constrõe o dia a dia da educação nesse país?
A resposta salta aos olhos: é porque a proposta de educação do governo federal é privatizante. Na reunião com empresários, Mercadante dá mais uma boa notícia: "melhores professores terão bolsa em colégios privados". Vejam como a lógica é toda invertida: melhores professores com bolsas em colégios privados. Não deveria ser: professores com maiores problemas sendo preparados nas melhores universidades públicas?
A  direção da CNTE e do Sind-Ute precisam repudiar essa proposta do ministro Mercadante e exigir um projeto sério, contruído pelos educadores que valorize a escola pública e quem nela trabalha. As bandeiras de luta devem ser:
NENHUM DINHEIRO DOS TRABALHADORES PARA OS EMPRESÁRIOS DA EDUCAÇÃO!
DINHEIRO PÚBLICO, SÓ PARA A ESCOLA PÚBLICA!



MEC anuncia avaliação nacional da alfabetização

Agência Estado

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou nesta segunda-feira criação de uma prova nacional para medir o grau de alfabetização de crianças de 7 e de 8 anos. O exame, que será aplicado para todos os estudantes a partir do ano que vem, será uma ampliação da Provinha Brasil, que avalia o estágio de alfabetização e de conhecimentos básicos de matemática de estudantes do 2º ano do ensino fundamental.



“A Provinha Brasil é amostral. Nós faremos um exame nacional para ver a qualidade do letramento”, disse Mercadante, que participou de um debate promovido pelo Lide, Grupo de Líderes Empresariais, na zona sul de São Paulo. No evento, o ministro disse que a garantia de alfabetização na idade correta, até 8 anos, é a grande prioridade da sua gestão. “O exame será para todas as crianças. Tem custo? Tem. Mas é muito menor que o da ignorância”.
Mercadante quer usar o desempenho dos estudantes no exame de alfabetização no Escola Sem Fronteiras, programa que vai oferecer bolsas de estudo em colégios privados de referência, como o Pedro II, do Rio, para professores cujos alunos de destacaram na avaliação. O outro indicador para selecionar professores do Escola Sem Fronteiras será o desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O ministro disse que professores com desempenho excepcional podem ganhar bolsas de estudo no exterior.
“Já recebemos uma proposta da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e estamos discutindo com secretários de Educação, porque isso tem de ser feito em parceria. Quem administra a rede são Estados e municípios”, disse Mercadante. “Estamos chamando os secretários para participar do desenho do programa, da modelagem. Na quinta-feira haverá uma oficina dos secretários para que em conjunto a gente consiga fechar a proposta

A luta pelo piso continua!

A greve nacional de três dias cumpriu o importante papel de denunciar a toda a sociedade brasileira que os governantes, em sua, maioria, não cumprem a lei do piso nacional do magistério. Milhares de educadores já haviam feito, em suas greves, essa denúncia em 2011, porém de forma isolada em seus municípios e estados. Agora, todo o país já sabe: os educadores brasileiros não são respeitados em seu direito básico de receber um piso nacional..
Cumpriu também outro  importante papel que é o de desmascarar propagandas governamentais de todas as esferas: federal, estadual e municipal,  que tentam iludir a população de que a educação mudou para melhor em nosso país. Nós que estamos cotidianamente nas escolas sabemos que isso não é verdade, mas não basta nós sabermos, é preciso mostrar isso à sociedade, e as greves são a forma mais eficiente dessa demonstração.
E a luta por valorização continua. Em abril será realizada mais uma semana nacional em defesa da educação pública e a abertura da semana será dia 21/04 aqui em Minas Gerais na cidade de Mariana.
Na reunião do Conselho Geral dia 15/03 o MEL - Movimento Educação em Luta - propôs ( e foi aprovado em assembleia) que nessa semana seja realizada uma marcha à Brasília, porque avaliamos que é muito necessário fazer pressão no governo federal, que fez a lei  e no parlamento que a aprovou,  para que exijam dos governos estaduais e municipais o seu cumprimento.
 Precisamos também dar um recado aos deputados e senadores: a de que não aceitaremos nenhuma alteração na lei que retire o artigo que define o reajuste do piso pelo valor aluno do Fundeb. Se esse artigo for alterado para o INPC, como querem governadores e prefeitos,  o valor financeiro do piso nada valerá, uma vez que, seu valor incial (de 950,00) é muito rebaixado e o único mecanismo que garante  um aumento decente desse valor é a metodologia contida na lei. 
A CNTE deve organizar essa marcha.

sábado, 17 de março de 2012

Assembleia Regional discute os próximos passos.

Na tarde do dia 16 de março, foi realizada mais uma Assembleia Regional do Sind-UTE, Subsede Juiz de Fora. A pauta fora: Informes gerais e específicos; Avaliação do movimento; Sugestões e Encaminhamentos.

O debate foi feito sabendo que foram 24 Estados e o Distrito Federal os participantes da paralisação nacional em defesa do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) e da Carreira do Magistério.

Foram aprovadas ações que deverão ser encaminhadas pela Direção da Subsede Juiz de Fora, entre elas a Coleta de Abaixo-assinado exigindo que a Presidenta Dilma Roulssef pressione os Governadores e Prefeitos que não cumprirem a aplicação da referida lei. Além disso, foi aprovado que a categoria se mantenha alerta para a continuidade das lutas e a direção do Sind-UTE Subsede Juiz de Fora continuará buscando a organização da categoria através de visitas às escolas.

Outro ponto fundamental foi o informe apresentado segundo o qual, as salas de aulas que teriam sido fundidas em algumas escolas, com a pressão da categoria e a acertada política da Direção da Subsede Juiz de Fora, foram revistas. As Escolas Estaduais JK e Henrique Burnier já não contavam mais com salas bisseriadas ou com um número de estudantes chegando aos 60 alunos. Vitória da luta!

A Direção da Subsede Juiz de Fora está atenta a tais problemas e já, inclusive, pressionou a 18ª SRE, exigindo que a resolução 2.018/12 fosse revogada. Além disso, a direção da Subsede Juiz de Fora, cobrou coerência do Governo de Minas Gerais, uma vez que, se fecharem turmas em algumas escolas, tais alunos não estudarão em outras escolas, dada a rivalidade entre bairros da cidade.

Segundo o Diretor André Nogueira, o "Governo de Minas Gerais não pode ignorar a educação pública e seus educadores. Queremos 10% do PIB para a Educação Pública." Para a Diretora da Subsede Juiz de Fora, Yara Aquino, "fechar turmas é negar aos alunos o direito à educação e aos trabalhadores o direito ao trabalho." Ainda conforme Moacyr, também diretor da Subsede Juiz de Fora, "a educação pública tem sido gradualmente precarizada".

As decisões foram aprovadas em blocos com a certeza de que a luta da educação pública não é tarefa de uma direção sindical, mas de toda a categoria. Para isso, ajude-nos nessa tarefa. Caso tenha conhecimento de salas muito cheias, busque denunciar através do telefone do Sind-UTE Subsede Juiz de Fora. Podem ser feitas gravações das salas superlotadas. Telefone do sindicato: 3216-4963.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Deu no jornal Hoje em dia: "A greve é legítima"

A mídia governista, mesmo querendo "mostrar serviço" para seus governos, nem sempre pode deixar de divulgar o que toda a sociedade sabe. Em uma matéria, oportunísticamente,  publicada pelo site da SEE, o jornal hoje em dia, mesmo atacando ferozmente os educadores, não pôde deixar de reconhecer  que a greve é um direito dos trabalhadores.
Em um dos seus parágrafos o jornal diz: "a greve é legítima, mas é a última opção em uma negociação. Não a primeira".
Ora, precisamos dizer ao jornal hoje em dia que essa frase não contém nenhma novidade. Todos os educadores de Minas concordam com essa afirmativa. A greve é legítima, mas deve ser num momento extremo.
Queremos, então, informar ao jornal hoje em dia que vivemos esse momento extremo há mais de tres anos.  Ou será que os (as) donos (as) desse jornal não sabem que em Minas o governo não cumpre a Lei Nacional de Piso Salarial que é de 2008?; será que não sabem que o governo de Minas não negocia com os educadores e que, quando negocia não cumpre o que foi acordado?; será que não sabem que os deputados governistas aprovaram, no final do ano passado, uma lei que retira direitos dos educadores e achata seus salários através de uma engodo chamado subsídio?;será que não sabem das precárias condições de trabalho nas escolas mineiras?; será que não sabem da política de destruição da educação através de junção de turmas e superlotação das salas de aula?; será que não sabem que em Minas está sendo reeditada a prática de turmas multisseriadas, que era utilizada há décadas atrás, e apenas nas zonas rurais?.
Diante dessa realidade, até um jornal governista tem que admitir: A GREVE É LEGÍTIMA!

Greve Nacional da Educação incomoda governos e a mídia governista

A Greve nacional da Educação é uma realidade. Apesar de todas as dificuldades encontradas pelos educadores de todo o país  em fazer valer seu direito de se mobilizar e apesar da vacilação da CNTE em chamar uma greve nacional no momento correto, que a nosso ver seria nas lutas do ano passado, a greve nacional acontece, em maior ou menor medida, em 23 estados e no Distrito Federal. Importante entender que nos estados inclui-se as redes municipais, portanto não só os educadores de redes estaduais estão nesses três municipais, como aqui em JF.
É claro que os governos, extremamente incomodados com essa mobilização, que escancaram para toda as sociedade brasileira o abandono ao qual eles relegam a educação pública, lançam mão de todas as suas armas, incluindo a imprensa governista para desmoralisar o movimento. Um exemplo é o governo e parte da mídia mineira.
Quem acessou o site da SEE viu lá a informação, completamente mentirosa, de que a greve em Minas atingiu apenas 1, 7% das escolas. Isso não é verdade. Mesmo com o risco de corte de ponto por cinco dias; com a pressão das SREs e inspetores; com ameaças do governo através  de ofícios enviados às escolas e com o cansaço da última greve, cerca de 35% dos educadores estão em greve nesses três dias de luta. Boa parte das escolas mineiras, estaduais ou municipais, não estão funcionando normalmente nessa semana, e é isso que incomoda quem quer passar à sociedade a imagem de que tudo vai bem na educação em Minas.
Outra notícia veiculada no site é de que o Consede (conselho de secretários de educação) condenam a greve. Ora, seria grande novidade se apoiassem, afinal todos (as) os (as) secretários (as) de educação são cargos de confiança de governadores ou prefeitos, isto é, seus cargos fazem parte da negociação na partilha dos cargos públicos entre partidos que apoiam os governos. Queremos ver é eles (as) condenarem uma aumento nos salários dos secretários (as) de educação.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Trabalhadores da educação de Juiz de Fora e região aderem ao movimento de greve nacional

Apesar de todas as dificuldadades que o governo de Anastasia impõe aos educadores mineiros, na tentativa de impedir as lutas da categoria, cerca de 65% dos trabalhadores em educação de Juiz de Fora e região aderiram à greve nacional.
Consideramos que esse índice reflete a indignação que sentem os educadores diante dos ataques aos nossos direitos; das mentiras veiculadas nas propagandas milionárias; das ações de pressão cotidianas nas escolas; das precárias condições de trabalho e do baixo salário.
Parabenizamos os trabalhadores que estão enfretando, nesses dias de greve nacional, o fantasma do corte de ponto e transformando sua indignação em ação contra esse governo.
SÓ A LUTA MUDA A VIDA!

Manifestações marcam 1º dia de greve nacional em Juiz de Fora

No 1º dia da greve nacional da educação a subsede de Juiz de Fora realizou duas manifestações: as 9h na SRE e as 16:30 no calçadão.
 Na parte da manhã diretores do sindicato, professores de várias escolas e alunos da Escola Henrique Burnier manifestaram-se na SRE contra o fechamento de turmas que está superlotando as salas de aula de muitas escolas. A superintendente não estava presente  e os manifestantes foram recebidos por tres assessores que vieram com o mesmo blá, blá, blá de sempre: cumprem ordens da SEE.
Na discussão deixamos bem claro que a responsabilidade pela destruição da qualidade da educação em Minas  é do governo Anastasia e que continuaremos pressionando e denuncinado o ataque que a educação está sofrendo junto à comunidade escolar e a toda a população.
A tarde realizamos uma panfletagem no calçadão num ato unificado com o sindicato da rede municipal. Amanhã iremos em caravana à BH onde será realizada, pela manhã, reunião do Conselho Geral e a tarde uma manifestação unificada com os movimentos sociais.
Na sexta, aguardamos a categoria na assembelia regional as 17h na Escola Normal.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Curso de Especialização gratuito no João XXIII

CURSO DE

ESPECIALIZAÇÃO EM

EDUCAÇÃO NO ENSINO

FUNDAMENTAL


Duração do curso: Abril/2012 a Abril/2013

Carga horária: 410h presenciais

Dias e Horários do curso: Quintas e sextas-feiras de 18h às 22h e Sábados de 8h às 12h

Público Alvo: Graduados em Pedagogia, Normal Superior, Licenciaturas e áreas afins.

Taxa de Inscrição/Matrícula/Mensalidade: Gratuito

Número de vagas: 30 (trinta)

Inscrições: Data: 01/03/2012 a 15/03/2012

Horário: 8h às 12h e 13h30 às 17h30

Local: C.A.João XXIII – sala 35

Rua Visconde de Mauá, 300 – Santa Helena

36015-260 – Juiz de Fora - MG

O formulário de inscrição deverá ser preenchido no site

www.ufjf.br/especializacaojoaoxxiii, impresso e entregue

na secretaria com os documentos.

Seleção: 19/03/2012 a 23/03/2012

Resultado: 30/03/2012

Matrícula: 02 a 04 de abril de 2012

Maiores Informações:

Site: www.ufjf.br/especializacaojoaoxxiii

e-mail: pos.joaoxxiii@ufjf.edu.br

Secretaria: (32)3229-7615

Calendário de atividades da greve nacional em Juiz de Fora

Dia 14 - 4ª feira: 9h - Manifestação na SRE contra fechamento de turmas
                          16:30h - Panfletagem no Calçadão
Dia 15 - 5ª feira - Caravana a BH para participar  da manifestação  unificada com movimentos sociais
Dia 16 - 6ª feira- 17h - Assembleia Regional na Escola Normal  

Participem       

Reposição de aulas da greve nacional está garantida por ofício da SEE

As escolas receberam nos últimos dias o Ofício Circular SG nº 11/2012, no qual  a SEE orienta que na folha de frequência do servidor que aderir à greve nacional dos dias 14,15 e 16 deverá ser registrado FALTA GREVE. Isso garante-nos o direito de reposição das aulas sem prejuizo funcional, isto é, sem levar falta comum.

Manifestação contra fechamento de turmas

Devido às denúncias  de fechamento de turmas em várias escolas  e a ameaças de fechamrnto em várias outras, a direção da Subsede de Juiz de Fora decidiu incorporar às atividades da greve nacional uma manifestação na SRE nessa 4ª feira. Participe!  Nenhuma escola está imune a mais esse ataque do governo Anastasia.


Convocação a toda a comunidade escolar – educadores, país e responsáveis, alunos e comunidade

- Manifestação -
Por uma educação pública de qualidade!
- Contra o fechamento de Turmas

- Contra salas de aula superlotadas

- Contra a obrigação de professores lecionar aulas de outros conteúdos

Manifestação na SRE dia 14/03 (quarta-feira)
Concentração as 9h na escadaria da catedral – Centro - JF


Subsede Sind-UTE JF

sexta-feira, 9 de março de 2012

Mais uma mulher é estuprada em Juiz de Fora.

Por Tribuna de Minas - 09/03/2012.

Na mesma data em que foi comemorado o Dia Internacional da Mulher, uma doméstica de 21 anos foi estuprada e ferida no pescoço ontem. A ocorrência foi registrada pela Polícia Militar na Zona Sul, durante a madrugada. Também ontem, a violência sexual contra a mulher foi tema de uma passeata realizada, no início da noite, no Bairro São Mateus. Apesar da coincidência, a manifestação já estava programada. Cerca de 30 pessoas se reuniram em frente à igreja do bairro e caminharam até a Praça Jarbas de Lery Santos. Conforme uma das organizadoras do ato público, Ligia Seccadio, o objetivo foi alertar e refletir sobre a situação em Juiz de Fora. Levantamento publicado pela Tribuna aponta que 56 mulheres foram vítimas de estupros nos últimos quatro meses.

A vítima de ontem seguia do Bairro Teixeiras para o Santa Cecília, ambos na Zona Sul. Segundo o boletim de ocorrência da PM, ao passar perto de um escadão próximo ao número 390 da Rua João Francisco Monteiro, ela teria sido surpreendida por um homem negro, que usava bermuda vermelha, com listras brancas laterais. O criminoso teria agarrado o pescoço da mulher, em um golpe de gravata, até que ela perdesse os sentidos. Em seguida, teria retirado as roupas dela e a violentado sexualmente. O bandido fugiu, abandonando a doméstica no local.

Quando a vítima retomou a consciência, percebeu que estava nua e sentiu fortes dores pelo corpo, principalmente nas partes íntimas. Após se recompor, ela seguiu até a Rua Rodrigo Lemos de Paula e acionou a PM. A mulher foi socorrida e levada para o Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde passou por uma série de exames. A jovem apresentava um ferimento no pescoço e vestígios de capim na vagina. Depois de ser medicada, foi entregue aos cuidados de familiares. Nenhum suspeito foi localizado. No local do crime, a PM apreendeu uma cueca. De acordo com a titular da Delegacia de Polícia Civil de Orientação e Proteção à Família, Maria Isabella Bovalente, é preciso que a vítima procure a delegacia especializada para representar a denúncia. "Como ela tem mais de 18 anos, para a apuração, é preciso que se manifeste. Além disso, é importante que as vítimas nos forneçam as características dos autores para facilitar a identificação e prisão dos suspeitos. Em 2010, chegamos a um autor por conta de um defeito que tinha na orelha."

Ainda conforme a delegada, o índice de estupros entre mulheres cresceu desde dezembro. As últimas ocorrências aconteceram, sobretudo, no Centro e nos bairros São Pedro e Bom Pastor. Na maioria dos casos, o suspeito descrito pelas vítimas é negro e alto, o que aponta para a possibilidade de ser um único autor. "Não podemos descartar esta hipótese", concluiu a delegada.

Já para o comandante interino da 32ª Cia da PM, tenente Luciano Fontainha, o caso de ontem é considerado pontual. "Pelos levantamentos não houve registro de estupros no último quadrimestre de 2011 na Zona Sul, contra quatro ocorrências no mesmo período de 2010."

terça-feira, 6 de março de 2012

Dia de Luta da Mulher Trabalhadora

Nossa categoria é composta por maioria de mulheres, e não nos enganemos, isso é um dos motivos da desvalorização da profissão. 
Na sociedade capitalista, o machismo é um instrumento importante para os capitalistas, porque ao mesmo tempo que explora a mão de obra feminina com menos custo, divide a classe trabalhadora colocando homens contra mulheres, aumentando a exploração de ambos.
Nós mulheres trabalhadoras da educação devemos unificar nossa luta com as mulheres trabalhadoras de todas as profissões e exigir dos governos a oferta de creches, de lavanderias e de restaurantes públicos para que não precisemos ter tripla jornada ao chegar em caso do trabalho e ter que fazer todas essas funções. Devemos também dialogar incensantemente com nossos parceiros para conscientizá-los da necessidade da divisão de tarefas da casa e na educação dos filhos.
Na luta contra a exploração do capitalismo a unidade do homem e da mulher trabalhadora é uma necessidade da classe.
Parabéns a todas as educadoras que constroem, a duras penas,  a educação de milhares de crianças e jovens dessa cidade e desse estado. Parabéns a todas as mulheres trabalhadoras do Brasil e do mundo.

No dia 08 - 5ª feira a Subsede do Sind-Ute em Juiz de Fora realizará, em conjunto com o Comitê Central Popular uma manifestação que terá, entre outras bandeiras, a defesa do restaurante popular que nem esta terminado ainda e já está ameaçado de ser terceirizado pelo prefeito Custódio. A concentração será em frente à construção do restaurante, na parte baixa da Halfeld, as 16.30. Compareçam!

Educadores grevistas de Juiz de Fora não recebem por reposição.

Os educadores da Escola Normal que fizeram greve e repuseram as aulas devidas, até agora não receberam nenhum centavo por tais reposições. A argumentação da SRE é de que os funcionários cujas funções são as de "taxadores" (responsáveis pela folha de pagamento da SEE/MG) entraram em greve e não enviaram os dados à SEPLAG. O problema se amplia pois, segundo a 18ª SRE, não há certeza de que tais profissionais receberão no próximo mês.

Indignados e inconformados com a justificativa da SRE, que jogou a responsabilidade pra cima dos servidores "taxadores". Os educadores estão planejando uma manifestação na 18ª Superintendência para o dia 08 de março, quinta-feira, às 9 h 30.

A direção do SIND-UTE/JF estará em mais essa luta e alerta para que, caso haja o mesmo problema com educadores de outras escolas, favor entrar em contato com a sede do sindicato para os devidos encaminhamentos.

SEE e SRE's fecham turmas e superlotam as salas de aula

O ano de 2012 começou com uma nova ofensiva do governo de Minas sobre as escolas. Em grande parte delas está havendo, por determinação da SEE,  fechamento de turmas, com o argumento de que o número de alunos é pequeno.
A nova Superintendente  da 18ª  está esmerando-se em cumprir as ordens de sua chefia e já mandou fechar turmas em várias escolas de Juiz de Fora e região, causando superlotação nas salas, excedência entre os efetivos e efetivados e  desemprego entre os designados.
Mas, a comunidade escolar está reagindo, indignada, e a superindente está passando maus momentos com  denúncias na imprensa e manifestações em portas de escolas. A direção da subsede do Sind-Ute tem apoiado as manifestações e participado dos atos.
As junções de turmas estão resultando em salas de aula superlotadas com número de alunos muito superior ao que determina a lei estadual nº 16056/2006, chegando ao absurdo de na Escola Estadual Cândido Mota Filho ter uma turma multiseriada de 1º e 2º ano do ensino fundamental com 30 alunos. Isso é inadimissível. Crianças em fases diferentes de alfabetização amontoados em uma sala superlotada. É claro que, nessas condições, a qualidade fica comprometida e a professora superexplorada. 
Temos tentado fazer uma reunião com  a superintendência, mas até agora, a resposta que recebemos é de que só poderemos ser recebidos no turno da manhã, e os diretores do sindicato, todos, trabalham nesse turno. Não entendemos porque a nova superintendente não pode receber o sindicato no turno da tarde. Isso nunca aconteceu antes. Sempre tivemos muitas discordâncias com as (os) Superintendentes porque são agentes do governo e representam seu projeto na região, que é contrário ao nosso, mas todas as vezes que solicitamos reunião, fomos recebidos.  Agora isso não está mais acontecendo e acreditamos ser parte da definição da política do governo Anastasia de não dialogar com o sindicato, nem mesmo com as subsedes.
Mas, continuaremos estimulando e apoiando as manifestações das comunidades escolares que estão defendendo a qualidade da educação de seus filhos e alunos. Vamos continuar denunciando a política de destruição da escola pública promovida pelo governo mineiro e, se necessário acionar a justiça para o cumprimento da lei 16056/2006.

domingo, 4 de março de 2012

Paciência Ministro?

Leiam com atenção essa notícia. Seria risível, se não fosse um deboche!

Novo piso: Mercadante apela para que professores e gestores busquem entendimento e evitem greve


01/03/2012


Paula Laboissière

Repórter da Agência Brasil



Brasília - O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, reconheceu hoje (1º) que o reajuste de 22,2% no piso nacional do magistério é elevado e que algumas prefeituras terão dificuldade com as novas folhas de pagamento. Ele fez um apelo a professores e gestores municipais para que busquem o entendimento e evitem paralisações.
“É preciso equilíbrio, responsabilidade. Os professores têm que ajudar para que isso seja absorvido e para que não haja retrocesso”, ressaltou, ao participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência.
O novo piso foi anunciado na última segunda-feira (27) e elevou o salário dos professores de R$ 1.187 para R$ 1.451. O valor estipulado para este ano acompanha o aumento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) de 2011 para 2012, conforme determina a legislação atual
Alguns estados e municípios alegam dificuldade financeira para pagar o valor determinado. Governadores reuniram-se ontem (28) com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), e pediram a aprovação de um projeto de lei que altere o critério de correção do piso, que passaria a ser feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação.
Mercadante lembrou que, em alguns estados, 57% da folha de pagamento são destinados a pagamento de aposentados. “Não é só um problema do piso, há problemas localizados”, avaliou. Para o ministro, a qualidade da educação constitui o maior desafio histórico brasileiro e, sem incentivo financeiro, os bons profissionais não vão querer lecionar.
Precisamos de uma solução que seja sustentável e progressiva. O que não podemos é congelar o piso”, disse. “Para este ano, a lei é esta. Já divulgamos os parâmetros e a lei é para ser cumprida”, concluiu.

Edição: Talita Cavalcante

Existem algumas palavras nessa notícia que precisam ser analisadas em toda a sua extensão, porque embora pareçam, elas não são nada casuais. Vamos a elas:
 Logo no primeiro parágrafo o  ministro faz um "apelo" para que gestores e professores busquem um "entendimento". Como  assim Sr. Ministro? Que tipo de "entendimento" podem ter professores com gestores autoritários, que não cumprem leis, que não respeitam direito de greve, que mandam  a polícia bater nos professores, que não negociam e que mentem descaradamente para a população?
E o "apelo". Precisamos lembrar ao Sr Mercadente que o único "apelo" que os educadores mineiros tiveram do MEC foi aquele dado ao governador Anastasia, apoiando-o na contratação de substituição dos grevistas. O  "apelo" dos educadores em greve para que o MEC e a presidenta interferisse junto ao governador mineiro para que a lei fosse cumprida foi solenemente ignorado.
No segundo parágrafo o Sr. Ministro fala em "equilíbrio e responsabilidade", e que os professores precisam "ajudar". Ora por favor, exigimos respeito!.  De quem deve ser cobrado "equilíbrio e responsabilidade"? Dos educadores que estão todos os dias nas escolas educando as crianças e jovens desse país, apesar dos baixíssimos salários e das péssimas condições de trabalho? Que o Sr. Ministro vá cobrar  "responsabilidade" dos governantes irresponsáveis que não cumprem a lei, e equilíbrio dos governantes desequilibrados que mandam a polícia  jogar gás pimenta e dar porretada  nos educadores.  E ainda temos que "ajudar"? Ora, isso já é demais!
Por fim, no último parágrafo, na última linha o Sr. Ministro dá um aviso: "para este ano,  a lei é esta".  Ele refere-se à mudança de metodologia do reajuste do piso que está ameaçada por prefeitos e governadores que podem ter apoio de deputados e senadores. Isto é, para os próximos anos ela pode mudar, e para pior, afinal, logo no início da notícia o Sr.Ministro "reconhece"que o índice de 22% foi elevado
Como já postamos aqui nesse blog, temos que ficar atentos. A luta por valorização será, ainda,  uma longa caminhada, e de muitas lutas.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Professores protestam contra fechamento de turmas na escola Juscelino Kubitschek


Problema que acontece na Escola Estadual Juscelino Kubitschek, em Santa Luzia, também está aparecendo em outras unidade da cidade

Um protesto reuniu pelo menos 50 alunos, professores e membros do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), no início da tarde desta quinta-feira (1°), em Santa Luzia, Zona Sul. Com cartazes e carro de som, os docentes chamaram atenção da sociedade para o fechamento e junção de turmas em escolas da cidade, como a Estadual Governador Juscelino Kubitschek, naquele bairro. O principal motivo da manifestação foi o fechamento de uma turma do nono ano e o possível fechamento de outras duas, uma de primeiro ano do ensino médio e outra do sexto ano. Com isso, os 28 alunos da turma fechada foram redistribuídos, fazendo com que outras fiquem com até 45 estudantes, segundo reclamaram os manifestantes.